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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Alien – Cosmic Fantasy [1983]

Aqui está um campeão de audiência dos tempos áureos de ‘comberocks’. Cosmic Fantasy foi o único trabalho lançado pelo Alien, grupo nova-iorquino do início dos anos 80 que revelou para o mundo o saudoso vocalista Frank Starr. Composto por seis faixas, o mini-álbum lançado em 1983 pelo selo Mongol Horde (confesso que rio horrores sempre que leio esse nome!), até onde eu sei, não foi lançado oficialmente em CD. Ainda.

“Space Prelude”, uma instrumental interestelar de quase dois minutos que mais parece alguém brincando com os efeitos de um sintetizador abre o trabalho. Na seqüência, Heavy Metal como le gusta na faixa-título, com direito a vocais pra lá de estridentes.

A veloz “Headbangin’” é de longe a minha favorita, parece até que foi feita na Terra da Rainha de tão boa que é. O nível cai um pouco na melosa “Don’t Say Goodbye”, que foge da proposta inicial, com Starr dividindo o microfone com uma mina no melhor estilo ‘good times’, voltando a crescer na reprise da faixa-título.

Como eu disse anteriormente, após Cosmic Fantasy, o Alien foi para o espaço. Seu comandante só voltaria ao Planeta Terra seis anos mais tarde a frente do The Four Horsemen. No dia 18 de junho de 1999, o mesmo partiu desta para uma melhor.

01. Space Prelude
02. Cosmic Fantasy
03. Star Lover
04. Headbangin’
05. Don’t Say Goodbye
06. Cosmic Fantasy (Reprise)

Frank Starr – Vocais
Brian Fair – Guitarra
Rikki Kristi – Guitarra
Damien “The Beast” Bardot – Baixo
Roxann Harlow – Bateria

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Rude – Touch It! [1992]

A história do Rude é um mistério só. Impossível encontrar informações na web. Touch It!, de 1992, foi o único trabalho lançado pelo grupo, e no decorrer de seus 35 minutos o que se ouve é um Hard Rock do mais alto nível. Ouvintes mais atentos notarão que a voz de J.J. Carle lembra bastante a de Paul Laine em alguns momentos, enquanto os riffs do ótimo Mario Lessard remetem principalmente ao genial Pete Lesperance.

Primeiro grande destaque, “Slap” é um farofão só, com um refrão cantado em coro que fica na cabeça logo após a primeira ouvida. A irresistível “Light a Candle” vem em seguida incorporando todos os clichês possíveis dentro de uma só balada. “One in a Million” retoma o clima de festa.

“How Many Hearts”, que é Harem Scarem puro, abre espaço para “So Right So Wrong”, a predileta deste que vos fala. O encerramento fica por conta da versão acústica (e deprê) de “Light a Candle”. Ideal para ouvir naqueles momentos em que o álcool parece ser a única saída.

Não citei a faixa-título por não gostar dela. Mas isso não quer dizer que você não irá gostar também. E mesmo que não goste, é apenas uma ruim diante de seis que com certeza irão conquistar você. Altamente recomendado!

01. Touch It!
02. Slap
03. Light a Candle
04. One in a Million
05. How Many Hearts
06. So Right So Wrong
07. Light a Candle [Accoustic Version]

J.J. Carle – Vocais
Mario Lessard – Guitarra
Marty Phillips – Baixo
Mike Kozak – Bateria

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Richie Kotzen - Mother Head's Family Reunion [1994]


Após ser despachado do Poison, não pelo seu talento como músico mas como mulherengo ao traçar a ex-esposa do baterista Rikki Rockett, Richie Kotzen voltou a investir em sua carreira solo, que já contava com 3 álbuns no currículo. Mas, aqui, haveria uma diferença brutal entre seus antecessores.

A mudança já se nota pelo orçamento. "Mother Head's Family Reunion" é o primeiro disco que Kotzen gravaria pela poderosa Geffen Records, enquanto os anteriores foram lançados pela Shrapnel Records, famosa porém não muito grande gravadora.

Mas a principal distinção se dava nas composições. Richie estreou com um álbum digno de shredder mas, aos poucos, dava espaço aos vocais em suas composições, bem como inclusão de elementos do Rock N' Roll, Blues, Pop, Funk e Soul Music. Aqui o mesmo se encontrou como músico e compositor, tomando este disco como referência para futuros trabalhos. O cara simplesmente pegou todos os gêneros já citados, misturou com muita criatividade e sem om enor medo de ser feliz e teve um grande resultado.


"Mother Head's Family Reunion" é o disco que resume a essência de Richie Kotzen como músico. Não é possível afirmar que seja o definitivo de sua carreira, mas pode ser um dos mais importantes para o encontro de sua identidade musical.

Vale lembrar que a ótima mistureba dos gêneros não impediu que o até então jovem guitarrista mostrasse sua técnica nas seis cordas, até porque tem-se solos sensacionais e riffs muito bem feitos por aqui. O diferencial está na criativa cozinha e nas composições magistrais, além do ótimo vocal do garoto, que permitiram que o som não ficasse chato e de difícil assimilação mesmo sendo complexo - coisa que só quem tem talento pode proporcionar.

Os destaques ficam para a funkeada "Socialite", a blueseira "Where Did Our Love Go", a belíssima "Soul To Soul", a paulada "A Love Divine" e a incrível readaptação de "Reach Out, I'll Be There", original do Four Tops.

Caro leitor, se procura música de qualidade, aqui está um prato cheio!

01. Socialite
02. Mother Head's Family Reunion
03. Where Did Our Love Go
04. Natural Thing
05. A Love Divine
06. Soul To Soul
07. Reach Out I'll Be There
08. Testify
09. Used
10. A Woman And A Man
11. Livin' Easy
12. Cover Me

Richie Kotzen - vocal, guitarra, órgão Hammond, teclados
John Pierce - baixo
Atma Anur - bateria, percussão

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by Silver

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Roxy Blue – Discografia [1992 – 2001]

Oriundos de Memphis, Tennessee, Todd Poole (vocais), Sid “Boogie” Fletcher (guitarra), Josh Weil (baixo) e Scotty T. (bateria) formaram o Roxy Blue em 1990, debandando dois anos mais tarde, logo após o lançamento de seu primeiro e único álbum, Want Some?. Seu maior sucesso é “Rob the Cradle”, que mesmo diante da explosão do Grunge na mídia, teve seu espaço na programação da MTV.

Want Some? [1992]

Há de se convir que o Roxy Blue não trouxe nada de novo em Want Some? – e por mais que tivesse trazido, já seria tarde demais, pois em 1992 só dava Nirvana nas capas das revistas e nos canais de TV –, mas nem por isso devemos menosprezar seu primeiro e único álbum. Influenciados por grupos tanto dos anos 70 quanto dos anos 80, o quarteto de Memphis foi responsável por jóias como “Rob the Cradle” (seu maior sucesso, no melhor estilo Van Halen), “Rock-A-Bye Baby” (misture um pouco de AC/DC ao Van Halen já citado) e as power ballads “Times Are Changin’” e “Nobody Knows”, que são os grandes destaques. E dá só uma olhadinha em quem fez os backing vocals...

01. Too Hot To Handle
02. Sister Sister
03. Times Are Changin'
04. It's So Easy
05. Rob the Cradle
06. Squeeze Box
07. Talk of the Town
08. Rock-A-Bye Baby
09. Luv on Me
10. Nobody Knows
11. Love's Got a Hold on Me
12. Main Attraction

Todd Poole – Vocais; Guitarra
Sid “Boogie” Fletcher – Guitarra; Backing Vocals
Josh Weil – Baixo; Backing Vocals
Scotty T. – Bateria; Backing Vocals

Músicos adicionais:
Jani Lane – Backing Vocals
Jimi Jamison – Backing Vocals
Tommy Funderburk – Backing Vocals

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Rock-A-Bye Hollywood [2001]

Gravada a partir de uma transmissão de rádio FM, esta bootleg datada de 1991 mostra o poder de fogo do Roxy Blue no palco do Troubadour, em Hollywood. No repertório, oito das 10 faixas que viriam a fazer parte de Want Some? tocadas com fúria. Um detalhe curioso a respeito deste Rock-A-Bye Hollywood é sua introdução, onde o locutor da rádio anuncia um show do Nirvana (!), no Del Mar Fairgrounds, em San Diego, como se ambas as bandas fossem parceiras. Impossível não gargalhar ouvindo.

01. Love’s Got a Hold on Me
02. It’s So Easy
03. Talk of the Town
04. Luv on Me
05. Nobody Knows
06. Rob the Cradle
07. Main Attraction
08. Rock-A-Bye Baby

Todd Poole – Vocais; Guitarra
Sid “Boogie” Fletcher – Guitarra; Backing Vocals
Josh Weil – Baixo; Backing Vocals
Scotty T. – Bateria; Backing Vocals

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Loverboy - Get Lucky [1981]


O Loverboy surgiu em 1980 e, em meio à muitas atrações que surgiam no momento, se destacou por ser originalmente do Canadá e por apresentar um Hard Rock mais acessível à massa, sem perder a essência, mas com generosos toques radiofônicos - até porque, na época do lançamento de "Get Lucky", o NWOBHM crescia nos Estados Unidos mas sem aquele "crunch" no som a ponto de emplacar nas rádios.

Inicialmente os caras não fizeram tanto sucesso nos Estados Unidos, mas seu álbum de estreia, auto-intitulado e lançado antes de "Get Lucky", conquistou o Canadá ao vender mais de 500 mil cópias por lá, extendendo o sucesso para o país vizinho e garantindo um contrato com a Columbia Records americana.

Com grana, popularidade e ótimo contrato, não havia como o Loverboy decepcionar. Em novembro de 1981 o clássico "Get Lucky" chegou às prateleiras arrebentando. Conquistou a sétima posição nas paradas americanas, obteve disco quádruplo de platina e hoje em dia já passou das 4 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos. Vale citar que, no Canadá, o disco conquistou 3 discos de platina e 5 premiações no Juno Awards, a mais importante premiação musical naquelas terras.


E qual o motivo de tanto sucesso? Qualidade musical incontestável - é isso que os caras do Loverboy apresentaram do começo ao fim do play. A fusão entre o Hard Rock emergente até então com incursões Pop e AOR funcionou com uma química incrível, com menções honrosas ao tecladista Doug Johnson e ao vocalista Mike Reno (o responsável pela capa duvidosa do álbum), que se destacam a todo momento com belos riffs e vocais cativantes. O guitarrista Paul Dean também faz um ótimo trabalho e a cozinha, responsável pelo baterista Matt Frenette e pelo falecido baixista Scott Smith, apesar de básica, é infalível.

"Get Lucky" é um álbum sem fillers que merece ser aproveitado da cabeça aos pés. Além dos mega-hits "Working For The Weekend" e "When It's Over", vale mencionar "Jump" (que devia ter virado single), "Lucky Ones" e a brevemente experimental "Take Me To The Top".

01. Working For The Weekend
02. When it’s Over
03. Jump
04. Gangs In The Street
05. Emotional
06. Lucky Ones
07. It’s Your Life
08. Watch Out
09. Take Me To The Top

Mike Reno - vocal
Paul Dean - guitarra, backing vocals
Scott Smith - baixo, backing vocals
Matt Frenette - bateria
Doug Johnson - teclados
Nancy Nash - backing vocals

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by Silver

Babe Blu – Can’t Stop Rock’n’Roll [1987]

Durante o tempo em que fez parte da equipe do blog, o sueco me apresentou uma porção de bandas e vice-versa. Uma das que eu mais curti foi o Babe Blu – prato cheio para fãs de sons mais melódicos e ‘açucarados’.

Can’t Stop Rock’n’Roll, de 1987, foi o único trabalho lançado por este quarteto norte-americano que tocava um AOR de primeira. A presença de dois vocalistas – tanto o guitarrista Michael Whalen quanto o baixista Doug James cantam no EP – é provavelmente o maior diferencial. Vale ressaltar também o trabalho de Carl Brown nos teclados (que timbres!) e J.T. Williams na bateria.

A faixa-título dá início à patifaria com uma pegada Pop que me lembrou Huey Lewis and The News, e um ótimo refrão cantado em coro. Mas se a intenção for não ficar parado, a empolgante “Just One Night” é sem dúvidas a melhor opção. Belíssimas e repletas de feeling, as baladaças “Do You Remember” e “Good for You” são as prediletas deste que vos escreve – principalmente a segunda.

Antes que eu me esqueça, isto aqui é vinyl rip, ou seja, áudio transferido de LP para CD. Mas nem parece, pois a qualidade está muito boa. Enquanto ninguém/nenhum selo de propõe a lançar o CD oficialmente – o que seria uma boa –, o jeito é se contentar com as mp3s.

01. Can’t Stop Rock’n’Roll
02. Do What I Want
03. Do You Remember
04. Just One Night
05. Good for You

Michael Whalen – Vocais; Guitarra
Doug James – Vocais; Baixo
Carl Brown – Teclados
J.T. Williams – Bateria

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Tigertailz – Bezerk [1990] e Bezerk Demoz [1989/1990]

Beberrão de carteirinha, o vocalista Steevi Jaimz foi demitido do Tigertailz para a entrada do ex-baixista do Rankelson e amigo de longa data, Kim Hooker. O marco zero dessa nova fase foi o relançamento de “Living Without You” – canção originalmente lançada em Young and Crazy, de 1987 –, regravada, com Hooker nos vocais. O sucesso foi instantâneo. O caminho estava aberto para a banda no Velho Mundo e, em 1989, o quarteto deu início à pré-produção de seu novo trabalho.

Bezerk chegou às lojas na primavera de 1990 através do selo Music for Nations para firmar o Tigertailz entre os principais expoentes do Glam Metal do Reino Unido. Embalado pelos singles “Love Bomb Baby”, “Noise Level Critical” e “Heaven”, o álbum entrou no Top 40 britânico e é, até hoje, o mais bem sucedido já lançado pela banda. No auge de sua popularidade, o Tigertailz aproveitou para lançar seu primeiro, e, que eu saiba, único VHS, intitulado Bezerk Live 1990, que conta com músicas registradas ao vivo em Cardiff e Londres.

Depois de uma instrumental ‘das Arábias’ de quase um minuto, “Sick Sex” vem com tudo e a superioridade de Hooker em relação à Jaimz no que diz respeito a alcance vocal, atitude e energia comprova que o som do Tigertailz havia atingido outro nível. Primeiro single extraído de Bezerk, “Love Bomb Baby”, traz um dos refrães mais marcantes e empolgantes que eu já ouvi. Hit absoluto com todos os méritos. “Noise Level Critical” é outro grande momento, com direito a um locutor anunciando a música no como se fosse um programa de rádio. E o clipe é pura diversão.

A balada “Heaven” é a minha predileta do álbum. Letra belíssima, refrão que emociona, show de interpretação de Hooker e a participação especialíssima de Don Airey nos teclados. Sem dúvidas um dos momentos mais inspirados do Tigertailz em mais de duas décadas de carreira. E como o ouro já foi entregue, medalha de prata para “Love Overload”. As animadíssimas “Twist and Shake” e “Squeeze It Dry” garantem os agitos finais da festa, que acaba de vez com a veloz “Call of the Wild”.

Ainda bem que no encarte já vem escrito ‘THIS ALBUM HAS BEEN SPECIALLY DESIGNED TO EXPLODE YOUR HEAD’, porque a cabeça explode mesmo!

Incluí no arquivo por conta própria a bootleg Bezerk Demoz que, como o próprio nome já diz, contém as demos que deram origem ao ‘monstro’. Confira!

Disc 1:
01. Sick Sex
02. Love Bomb Baby
03. I Can Fight Dirty Too
04. Noise Level Critical
05. Heaven
06. Love Overload
07. Action City
08. Twist And Shake
09. Squeeze It Dry
10. Call Of The Wild

Disc 2:
01. Sick Sex [Demo]
02. Love Bomb Baby [Demo]
03. I Can Fight Dirty Too [Demo]
04. Noise Level Critical [Demo]
05. Love Overload [Demo]
06. Action City [Demo]
07. Action City (Alt. Version) [Demo]
08. Twist And Shake [Demo]
09. Squeeze It Dry [Demo]
10. Call Of The Wild [Demo]

Kim Hooker – Vocais
Jay Pepper – Guitarra
Pepsi Tate – Baixo
Ace Finchum – Bateria

Músico adicional:
Don Airey – Teclados em “Heaven”

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Bezerk ensina a viver

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Lynch Mob - Live In Hollywood [1992]


Mesmo com a baixa gerada pela saída do vocalista Oni Logan em meados de 1991 e sem a mesma atenção que o Dokken tinha nos anos 1980 (os tempos eram outros e o Hard Rock já estava desgastado), o Lynch Mob continuou presenteando os fãs com música de qualidade.

A competência já pode ser provada pelos músicos: além de George Lynch e o baterista Mick Brown, famosos pelo trabalho com o Dokken, o grupo conta com Anthony Esposito, atual baixista da banda de Ace Frehley, e Robert Mason, atual vocalista do Warrant. Vale lembrar que Mason já foi convidado para ser vocalista do Ratt, mas dispensou o posto.

A bootleg que trago-vos nessa postagem foi gravada no The Palace, pub no distrito de Hollywood, en Los Angeles, com uma ótima gravação de áudio, repertório soberbo e execuções de se tirar o chapéu. Vale destacar pepitas como "River Of Love", "Tangled In The Web" e os covers de "Tie Your Mother Down" (Queen) e "Mr. Scary" (Dokken, que nem chega a ser um cover, mas tudo bem). Confiram!

01. River Of Love
02. Wicked Sensation
03. I Want It
04. Cold Is The Heart
05. She's Evil But She's Mine
06. Dance Of The Dogs
07. Jungle Of Love
08. The Secret
09. All I Want
10. Tangled In The Web
11. Street Fightin' Man
12. Guitar Solo
13. Mr. Scary
14. Tie Your Mother Down

Robert Mason - vocal
George Lynch - guitarra
Anthony Esposito - baixo
Mick Brown - bateria

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by Silver

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ted Nugent - Free-For-All [1976]


O segundo álbum de uma banda ou artista é bem mais difícil de ser feito do que o primeiro, principalmente quando este fez sucesso. A expectativa e a pressão externa costumam interferir e prejudicar o resultado, sem contar que, diferente do primeiro álbum, composto durante vários anos, o segundo álbum geralmente é feito em menos tempo.

Com Ted Nugent foi totalmente diferente. Lançado no fim de 1976, "Free-For-All" sucedeu o seu primeiro trabalho solo, auto-intitulado, com muita classe, fazendo parte da trindade dourada de Nugent (juntamente do homônimo e de "Cat Scratch Fever", todos multi-platinados nos Estados Unidos) merecidamente.

Mesmo com o grupo em alta por conta do primeiro play, Derek St. Holmes (guitarrista base e vocalista) deixou o grupo durante as gravações de "Free-For-All" por conta de divergências pessoais com Ted. Por isso, convocaram o até então desconhecido e hoje em dia lendário Meat Loaf para gravar os vocais das canções restantes: "Street Rats", "Writing On The Wall", "Hammerdown", "I Love You So I Told You A Lie" e "Together". Nugent cantou a faixa-título e Derek, as demais.

Pra quem nunca entendeu o "braço" na capa. (risos)

"Free-For-All" chegou a ser lançado ainda sem Derek St. Holmes, que voltaria apenas no início da turnê de divulgação do álbum. Após muita briga, eis que o álbum chega às lojas e é um grande sucesso.

Nota-se uma maior abordagem melódica no andamento de "Free-For-All", talvez pela presença de Meat Loaf, mas já percebida por Holmes antes de sua saída (esta foi uma das justificativas). Mas nada que comprometesse o som, até porque o principal motivo foram as brigas, mas perceptível e até mesmo agradável aos ouvidos dos fãs.

Além disso, o de sempre em qualquer álbum do Tedão está por aqui: ótimos vocais, linhas de guitarras fantásticas, solos incríveis, cozinha forte, teclados que mesmo em segundo plano fazem a diferença, composições diretas e Hard Rock à moda clássica, com "hinos do Rock" de primeira. A audição completa é recomendada e a diversão é garantida. Confiram!

01. Free-For-All
02. Dog Eat Dog
03. Writing On The Wall
04. Turn It Up
05. Street Rats
06. Together
07. Light My Way
08. Hammerdown
09. I Love You So I Told You A Lie

Bonustracks:
10. Free-For-All (Live)
11. Dog Eat Dog (Live)
12. Street Rats (Derek St. Holmes vocals)

Ted Nugent - vocal em 1, guitarra solo, percussão, baixo adicional, backing vocals
Derek St. Holmes - vocal em 2, 4, 7, 11 e 12, guitarra base
Meat Loaf - vocal em 3, 5, 6, 8 e 9
Cliff Davies - bateria, percussão backing vocals
Rob Grange - baixo, guitarra adicional
Steve McRay - teclados, backing vocals
Tom Werman - percussão

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by Silver

Sha-Boom – R.O.C.K. [1988] e Let’s Party [1990]

R.O.C.K. [1988]

Antes de qualquer coisa reparem no moleque de boné na capa. Seu nome é Øystein “Bobby” Andersen, mas hoje em dia todo mundo o conhece como Sporty, para quem não sabe, baterista do Wig Wam. Assim como seus colegas de banda, Andersen percorreu um longo caminho até chegar onde está. Entre os muitos projetos pelos quais o músico passou está o Sha-Boom. Apresento-vos o seu disco de estréia.

Lançado no dia 14 de dezembro de 1988, R.O.C.K. seria um típico disco de hard rock melódico escandinavo não fossem as influências da música pop latentes do início ao fim – tudo na medida certa, diga-se de passagem, o que impede que a banda perca o foco. O resultado é um som bem original e com uma qualidade acima da média a despeito de o quinteto não contar com nenhum músico que por si só faça a diferença.

Destaque para a abertura 100% rock ‘n’ roll com a faixa-título, para a setentista “Only Love”, para as dançantes (se você tiver um adjetivo melhor, me avise) “Dangerous” e “1992”, e para o encerramento com um cover de “Fox on the Run” do Sweet (algo que nenhuma banda de hard rock havia feito antes, né?) com a participação especial de seu guitarrista, Andy Scott. Não perca mais tempo e caia no R.O.C.K.!

01. R.O.C.K.
02. Don't Steal My Heart Away
03. Only Love
04. Dangerous
05. Too Hard To Say Goodbye
06. Night After Night
07. Dancing In Fire
08. Wheels of Rock ‘n’ Roll
09. 1992
10. Fox On The Run

Dag Finn – Vocais; Backing Vocals
Hasse Lind – Vocais em 05; Teclados; Programações; Guitarra; Backing Vocals
John Sanhd – Guitarra; Backing Vocals
Peo Tyren – Baixo; Backing Vocals
Bobby Andersen – Bateria; Percussão

Músicos adicionais:
Naile Pahlsson – Backing Vocals
Andy Scott – Backing Vocals; Guitarra em 10
Lars McLachlan – Teclados; Programações em 02

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Let’s Party [1990]

Let’s Party – com certeza não há título mais apropriado para este disco aqui. Mas nomenclaturas a parte, não dá pra negar que o segundo trabalho dos suecos do Sha-Boom é um verdadeiro convite à farra. Só é uma pena que a farra tenha terminado aqui, visto que depois deste a banda não soltaria nada no mesmo patamar.

Lançado em 1990, dois anos após R.O.C.K., Let’s Party é a prova maior do potencial que o grupo liderado pelo vocalista Dag Finn tinha. Novamente as influências da música pop da década de 80 se fazem presentes assegurando a originalidade do quarteto. E antes que os xingamentos comecem, saibam que é quarteto sim, pois naquela altura do campeonato o guitarrista John Sanhd já havia se desligado do Sha-Boom.

A faixa-título já abre o play no maior clima de festa. Na seqüência “The Wild Ones” mantém o nível lá no alto com um refrão que fica na cabeça. Mais adiante a balada “I Don’t Wanna Say Goodnight” garante o momento mais mela-cueca. Mas é da metade para o final que estão os pontos mais altos: “X-Ray Specs”, que é a minha favorita, com direito a um solo de arrepiar; os hino “Don’t Stop” e “Rock This City”; e o hit “Werewolf”, com direito a um videoclipe que eu acho que é o único oficial da banda. E vamos festejar, pooorra!!!

01. Let’s Party
02. The Wild Ones
03. Desperado
04. I Don't Wanna Say Goodnight
05. Get Wild
06. X-Ray Specs
07. Don't Stop
08. Lost In a Feeling
09. Wish I Had a Gun
10. Werewolf
11. Stay
12. Rock This City

Dag Finn – Vocais
Hasse Lind – Teclados; Guitarra
Peo Tyren – Baixo
Bobby Andersen – Bateria

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мєαиѕтяєєт

Dio – Master of the Moon [2004]

No dia 18 de novembro, Ronnie James Dio foi hospitalizado pegando todos de surpresa. Para o desespero geral, Ronnie foi diagnosticado com câncer de estômago e agora está em tratamento. Enquanto aguardamos ansiosamente que ele mate mais este dragão e volte aos palcos 100% recuperado, voltemos cinco anos no tempo e nos deparemos com um dos melhores registros da carreira do vocalista.

Lançado em 2004, Master of the Moon é o décimo e, até então, último disco de estúdio do Dio. Além de contar com o multi-instrumentista Jeff Pilson (ex-Dokken) no baixo, o disco marca o retorno do guitarrista de Dream Evil (1987) e Magica (2000), Craig Goldy, que aqui gravou todas as guitarras e teclados e é co-autor de todas as músicas.

Musicalmente, Master of the Moon é pesado e sombrio como manda o figurino, com Ronnie impecável e Craig comprovando que, apesar de não ser fodão que nem Vivian Campbell ou Doug Aldrich, é o guitarrista que melhor se encaixa na proposta do grupo. E não dá para não ressaltar a contribuição de Pilson com linhas de baixo marcantes que ao vivo ficaram ainda melhores tocadas pelo também experiente Rudy Sarzo.

Não vou fazer destaques, visto que o nível é mantido lá em cima do início ao fim. E para a festa ser completa, o arquivo inclui ainda “The Prisoner of Paradise”, faixa bônus da versão japonesa do álbum. Quer mais?

01. One More for the Road
02. Master of the Moon
03. The End of the World
04. Shivers
05. The Man Who Would Be King
06. The Eyes
07. Living the Lie
08. I Am
09. Death By Love
10. In Dreams

Bonus Track:
11. The Prisoner of Paradise

Ronnie James Dio – Vocais
Craig Goldy – Guitarra; Teclados
Jeff Pilson – Baixo
Simon Wright – Bateria
Scott Warren – Teclados (creditado, mas não tocou no álbum)

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Saigon Kick – Water [1993]

No verão de 1992, às vésperas do início da turnê de divulgação do álbum The Lizard, o baixista Tom Defile foi demitido do Saigon Kick. Em seu lugar entrou Chris McLernon, conhecido por ter tocado anteriormente ao lado de bandas como Cold Sweat e Sweating Bullets. Após o fim da turnê, na primavera de 1993, o grupo viajou para a Suécia a fim de gravar o álbum seguinte, originalmente intitulado Fields of Rape. Não deu certo.
Insatisfeito com a direção musical que estava sendo tomada, o vocalista Matt Kramer pediu as contas. Sem a voz de Kramer, que cá entre nós, é a marca registrada do Kick, coube ao guitarrista Jason Bieler assumir o microfone e dar o melhor de si para, se não repetir, chegar próximo do status de ouro alcançado por The Lizard.

Por mais que seja, em minha opinião, o melhor registro do Saigon Kick, Water, de 1993, não foi muito bem recebido pelo público que, acostumado com a voz de Matt Kramer, meio que torceu o nariz para a voz de Bieler. Em termos de som, Water traz consigo diversas novas influências que seriam consolidadas dois anos mais tarde no psicodélico e experimental Devil in the Details. Mas o Hard Rock que consagrou o grupo ainda se faz presente, sobretudo nas excelentes “Torture” e “My Heart”.

Há ainda espaço para belíssimas baladas (especialidade do Kick, vide “Love is on the Way”), dentre as quais se destaca “When You Were Mine”, com direito a piano, orquestração e refrão pegajoso, ou seja, tudo de bom, não é mesmo? Rola até um tributo ao camaleão do rock, David Bowie, num cover morno de “Space Oddity”. Eu não gosto, mas com certeza muitos gostarão. Deixe o preconceito de lado e ouça com vontade. O prazer é garantido.

01. One Step Closer
02. Space Oddity
03. Water
04. Torture
05. Fields Of Rape
06. I Love You
07. Sgt. Steve
08. My Heart
09. On And On
10. The Way
11. Sentimental Girl
12. Close To You
13. When You Were Mine
14. Reprise

Jason Bieler – Vocais; Guitarra; Piano; Teclados
Chris McLernon – Baixo; Guitarra; Backing Vocals
Phil Varone – Bateria; Percussão; Piano

Músicos adicionais:
Richard Drexler – Piano
Basil Rodriguez – Trompete; Arranjo de Cordas
Ronny Lahti – Backing Vocals

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Alfonzetti – Ready [2000] e Machine [2002]

Ready [2000]

Matti Alfonzetti é o cara! Após gravar um disco fabuloso a frente do Jagged Edge U.K. (Fuel For Your Soul, de 1990), o vocalista deu uma de free lancer em inúmeros projetos até dar o pontapé inicial em sua carreira solo quase uma década depois com o excelente Ready. Lançado pelo selo alemão MTM Records, o álbum atende às expectativas dos fãs de Matti que mal podiam esperar para ouvir a voz do ídolo novamente. Aqui encontramos AOR de qualidade do início ao fim, com direito a melodias cativantes e refrães que são um chiclete só.

Abrindo com um cover (“Blowing Up Detroit” foi originalmente gravada pelo cantor Charlie Sexton em seu álbum auto-intitulado lançado em 1989) e encerrando com a acústica “Things That Make You Cry”, Ready inclui ainda uma regravação de “Out In The Cold”, canção presente no já citado Fuel For Your Soul. Resumindo, 50 minutos que passam rápido e pede bis devido à qualidade apresentada no decorrer de cada uma das 12 faixas. A fim de evitar um posterior peso na consciência, não farei destaques. Apenas ouçam e desfrutem de um dos melhores CDs lançados depois da virada do ano 2000.

01. Blowing Up Detroit
02. Better Than Goodbye
03. I'm Ready
04. Angel
05. Blue Hero
06. Out In The Cold
07. No Way Out
08. Am I Fooling Myself?
09. Let Me In
10. Don't Let Our Love Go Down
11. In The Groove
12. Things That Make You Cry

Matti Alfonzetti – Vocais; Guitarra; Violão; Bateria
Stefan Bergstrom – Guitarra; Violão
Mikael Hoglund – Baixo

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Machine [2002]

Dois anos após o excelente Ready, Matti Alfonzetti e seus fiéis escudeiros – Stefan Bergstrom e Mikael Hoglund – atacariam novamente. Também lançado pelo selo alemão MTM Records, Machine mostra o ex-vocalista do Jagged Edge U.K. em uma tentativa frustrada de soar industrial, obtendo como resultado um álbum mais Grunge do que qualquer outra coisa.

Apesar da comprometedora e repentina mudança de gênero, o alcance vocal de Alfonzetti continua digno de aplausos, bem como os desempenhos tanto de Bergstrom quanto de Hoglund. E tudo isso pode ser percebido com nitidez em “My Machine”, “Welcome To My Mind” (a melhor do disco) e “A Happy Guy”. Destaque também para a faixa bônus – uma ótima versão ao vivo da já conhecida “In The Groove”.

Depois deste aqui, Matti, Stefan e Mikael não lançaram mais nada juntos, mas isso não descarta a possibilidade de um novo trabalho, que se vier, que venha nos moldes de Ready. Os fãs agradecem.

01. It Speaks
02. My Machine
03. Welcome To My Mind
04. Barbie Doll
05. Live In Sin
06. A Happy Guy
07. Boss of Me
08. Give It All Away
09. The Bitter End

Bonus Track:
10. In The Groove (Live)

Matti Alfonzetti – Vocais; Guitarra; Violão; Teclados; Bateria Eletrônica
Stefan Bergstrom – Guitarra; Violão
Mikael Hoglund – Baixo

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Alleycat Smile – S/T [2007]

Vindo de Nova Iorque no início da década de 90, o Alleycat Smile tocava um Hard Rock de primeira que, devido à explosão do Grunge, não obteve a repercussão merecida. Brian Krell (vocais/baixo), Scott Krell (guitarra), Harley Vaiano (guitarra) e Doug Walker (bateria) tinham tudo que era necessário para fazer sucesso, mas infelizmente chegaram tarde demais.

Os únicos registros em áudio do quarteto datam de 1992 e 1993, mas só foram lançados oficialmente em CD em 2007. Em outras palavras, quase duas décadas se passaram até o gato de rua, poder, de fato, sorrir. Sem destaques. Nove pedradas imperdíveis altamente recomendadas a todos os fãs do bom e velho farofão.

01. Whip Strikes Flesh
02. Castles in the Sky
03. Time Waits For No One
04. Ritual
05. Starlight
06. Sayonara
07. Passion
08. Say Goodbye
09. Kid Electric

Brian Krell – Vocais; Baixo
Scott Krell – Guitarra; Backing Vocals
Harley Vaiano – Guitarra; Backing Vocals
Doug Walker – Bateria

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O alleycat mais famoso de todos os tempos

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Y&T - Yesterday & Today Live [1991]


Para a felicidade de muitos fãs do Y&T, a banda voltou às atividades quatro anos depois de acabar. Mas o play que trago-vos nesta postagem era pra ser o último de sua carreira, que estava sendo encerrada já com uma formação diferente da original, com Stef Burns na guitarra base e Jimmy DeGrasso na bateria, além do líder Dave Meniketti e do baixista Phil Kennemore.

Se era pra ser um "adeus", "Yesterday & Today Live" não apenas foi uma das mais soberbas despedidas que já tive conhecimento, mas também deixou qualquer ouvinte implorando por mais. O Hard Rock fervoroso e repleto de melodia e feeling do grupo tem a capacidade de conquistar qualquer tipo de fã de Rock e até mesmo não-fas (principalmente com as power ballads), e nesse belíssimo registro ao vivo, não foi diferente.

A performance é mais do que impressionante até mesmo pra quem está acostumado a curtir dinossauros do Rock e seus concertos, pois, se faltam explosões e pirotecnias nos shows em que esse registro fora gravado, sobra disposição e energia.

DeGrasso ocupa bem o posto deixado pelo lendário Leonard Haze, provando que não é a toa que, hoje em dia, já é um baterista reconhecido e com um currículo invejável. A dupla base, Stef Burns e Phil Kennemore, demonstra solidez e competência do início ao fim, tanto em seus instrumentos quanto nos backing vocals. E, como sempre, Dave Meniketti está endiabrado - esse cara nasceu pra ser uma estrela do Rock! Desfilando solos de guitarra incríveis e vocais emocionantes, Dave com certeza conquistou não só a plateia presente como também os ouvintes e fãs desse álbum.

O repertório é um show à parte. Os integrantes, do início ao fim, demonstram segurança ao iniciar cada canção, sabendo que este é um dos melhores set-lists da carreira deles, que já contava com muito material de primeira qualidade. É complicado realizar qualquer destaque, mas vale citar as ótimas "Don't Stop Runnin'", "Black Tiger", "Midnight In Tokyo", "I Believe In You", "Meanstreak" e a arrasa-quarteirões "Forever", que comove até pedra com a execução do notoriamente emocionado Dave Meniketti.

Se vale a conferida? Nem preciso responder! Quem não curte Y&T não é feliz!

01. Meanstreak
02. Hurricane
03. Don't Stop Runnin'
04. Struck Down
05. Winds Of Change
06. Black Tiger
07. Midnight In Tokyo
08. Beautiful Dreamer
09. Hard Times
10. I'll Cry
11. I Believe In You
12. Squeeze
13. Forever

Dave Meniketti - vocal, guitarra solo
Phil Kennemore - baixo, backing vocals (vocal principal em 12)
Stef Burns - guitarra base, backing vocals
Jimmy DeGrasso - bateria

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by Silver

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tigertailz – Thrill Pistol [2007]

O relançamento mundial dos clássicos Bezerk e Banzai!, em 2005, pela Sanctuary Music motivou Kim Hooker, Jay Pepper e Pepsi Tate a reativar o Tigertailz um ano mais tarde, com Matt Blackout assumindo as baquetas no lugar de Ace Finchum. Pouco tempo depois, Bezerk 2.0 foi lançado e o quarteto caiu na estrada a fim de promovê-lo.

No início de 2007, Tate foi diagnosticado com câncer no pâncreas. Mesmo doente, o baixista participou das gravações deste aqui, o até então, último álbum do Tigertailz. Thrill Pistol chegou às lojas no dia 27 de agosto daquele ano. Menos de um mês depois, no dia 18 de setembro, Tate perdeu a batalha contra o câncer.

Ao contrário do que era esperado de um disco feito durante um período tão difícil, o Tigertailz surpreendeu. Thrill Pistol está longe de ser um disco deprê e tão pouco reflete a tristeza que tomava conta de Kim, Jay e Matt diante da perda iminente de seu amigo e colega de banda.

Pepsi Tate

“Brain the Sucker” abre o trabalho com aquela empolgação típica dos grandes hinos do Tigertailz, com todo mundo cantando junto. A excelente “Twisted” remete a sonoridade da época de Bezerk/Banzai!, com um refrão marcante. Trazendo backing vocals femininos e uma pegada meio Stoniana, a comercial faixa-título é mais uma entre as favoritas. A balada “Milez Away”, cujas semelhanças com “Home Sweet Home”, do Motley Crue, são notáveis logo à primeira ouvida encerra a primeira metade do disco.

Um riff de guitarra bem bolado com um timbre de guitarra bem gordo e mais um refrão marcante definem bem “Natural Born Animal”. Segunda e última balada do álbum, “Only You” merece destaque pela letra colegial e apaixonada. “Tongwynlais Fly”, um breve interlúdio acústico, abre caminho para outro grande momento do álbum, a pesada “Hanging by the Heels”. “Serpent Queen”, bem como a não citada “Long Live the New Flesh”, não agradou este que vos escreve.

Para o deleite dos fãs, o Tigertailz incluiu o inédito Wazbones, de 1992, como bônus. Despedida de altíssimo nível para Pepsi Tate, que esteja onde estiver, deve estar orgulhoso.

Disc 1:
01. Brain the Sucker
02. Long Live the New Flash
03. Twisted
04. Thrill Pistol
05. Milez Away
06. Natural Born Animal
07. Only You
08. Tongwynlais Fly
09. Hanging by the Heelz
10. Serpent Queen

Disc 2:
01. TYFHO
02. Wazbonez
03. Make Me Bleed
04. Dirty Needlez
05. I Believe
06. Love Junkie
07. One Beat of Your Heart
08. Show Me
09. Love Can Kill
10. The Final Solution

Kim Hooker – Vocais; Guitarra
Jay Pepper – Guitarra
Pepsi Tate – Baixo
Matt Blackout – Bateria

Músicos adicionais:
Cy Danaher – Guitarra em Disc 2
Andy Skinner – Bateria em Disc 2

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Dorian Gray – Demos [1988]

Como quem procura acha, aqui estão as demos do Dorian Gray, grupo cujas cinzas deram origem ao Wild Boyz. Apenas três faixas, todas datadas de 1988 e registradas com boa qualidade. Destaque para “Dangerous” – puta riff de guitarra e um excelente refrão. Vale a pena conferir.

01. Dangerous
02. What I Need
03. Gun for Hire

Line up indisponível

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Os Paralamas do Sucesso e Titãs - Juntos e Ao Vivo [2008]


É difícil descrever a importância que Os Paralamas do Sucesso e os Titãs tiveram nas últimas décadas. As duas bandas influenciaram muita gente e são parte de um poderoso aglomerado de grupos surgidos nos anos 80 que definiram o que é o rock brasileiro desde então.

No final da década de 70, Herbert Vianna e Bi Ribeiro formaram Os Paralamas do Sucesso no Rio de Janeiro. O estilo da banda sempre foi marcado pela pesada influência de reggae e ska. Mas a sonoridade do grupo traz um pouco de The Police, de pop, de MPB e do rock setentista em geral. Emplacam hits e estão nas paradas musicais desde que começaram até os dias de hoje. Herbert Vianna, além de um exemplo de superação, é um excelente guitarrista e letrista, e já se tornou uma lenda da música brasileira.

Os Titãs começaram a carreira no início da década de 80. Sempre foram uma banda no mínimo versátil, com um som que traz um pouco de muita coisa: rock setentista, psicodélico, punk, pop, ska, entre outros gêneros variados. Fizeram sucesso avassalador com álbuns excelentes, que sempre continham um ácido espírito crítico. Para fazer essa resenha, deixarei de lado alguns trabalhos atuais do grupo [risos].


E as duas bandas, que sempre foiram parceiras, decidiram se reunir em 2008 para criar uma turnê que gerou esse live inesquecível, gravado no Rio, que tem o que há de melhor da carreira de ambas.

Juntos e Ao Vivo é um desfile de sucessos da música brasileira. Faixas que todo mundo sabe a letra de cor, mas aqui com uma roupagem muito mais interessante. Os instrumentistas estão melhor do que nunca, com destaque absoluto para as guitarras, que marcam sólida presença durante todo o play. Gavin é um ótimo baterista e vai muito bem, mas o destaque nas baquetas é do monstro João Barone, que arrebenta tudo. De qualquer forma, os dois aparecem muito bem em Cabeça Dinossauro. Os instrumentos ainda incluem bandolins, gaitas, teclados, metais variados e percussão. E tudo soa muito homogêneo. Os vocais são revezados ou feitos em dueto.

As participações são outro ponto forte. Aqui temos os vocais de Arnaldo Antunes trazendo a nostalgia da formação original dos Titãs, Samuel Rosa cantando ao lado de seus ídolos (como ele mesmo disse) e Andreas Kisser tocando, entre outras, adivinha qual música? Isso mesmo, Polícia [risos].

Os destaques ficam para as rockers Diversão, Calibre e Comida; para as ótimas execuções de Uma Brasileira, Flores e Lourinha Bombri; para as jams de bateria em Cabeça Dinossauro e de guitarra em Lugar Nenhum (que tem até o riff de Black Dog em algum momento); para as brilhantes fusões de Sonífera Ilha com Ska e Selvagem com Polícia e para as divertidas Óculos e Homem Primata. Enfim, não é um disco pra se fazer destaques, e sim pra ouvir do começo ao fim.

Juntos e Ao Vivo é um longo play que se aproxima da perfeição. Dois gigantes do rock nacional em um mesmo palco tocando as músicas que compuseram suas histórias. Um presente para o público, e pra quem gosta de boa música em geral. Baixe!

01. Diversão
02. O Calibre
03. Marvin
04. Selvagem / Polícia
05. Uma Brasileira
06. A Novidade
07. Homem Primata
08. Lourinha Bombril [parate Y Mira]
09. Cabeça Dinossauro
10. A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana
12. O Beco
13. Go Back
14. Comida
15. Lugar Nenhum
16. Óculos
17. Sonífera Ilha / Ska
18. Meu Erro
19. Flores

Os Paralamas do Sucesso
Herbert Vianna - guitarra, vocais
Bi Ribeiro - baixo
João Barone - bateria, percussão, vocais de apoio

Músicos dOs Paralamas do Sucesso
João Fera - teclados
José Monteiro Jr - saxofone
Bidu Cordeiro - trombone

Titãs
Branco Mello - vocais, baixo
Charles Gavin - bateria, percussão
Paulo Miklos - teclados, bandolin, saxofone, gaita, guitarra e vocais
Sérgio Britto - teclados, vocais
Tony Belloto - guitarra

Participações Especiais
Arnaldo Antunes - vocais em 14 e 15
Samuel Rosa - vocais e guitarra em 08 e 11
Andreas Kisser - guitarra e vocais de apoio em 04 e 15


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Jp


domingo, 25 de abril de 2010

Deep Purple - Burn [1974]


Em 1973, o Deep Purple ia muito bem, obrigado. No auge da formação clássica, o grupo já havia dominado o mundo com seu Rock n' Roll divertido, pesado e levemente psicodélico. Mas o mundo foi surpreendido com a notícia que o vocalista Ian Gillan, após muitos desentendimentos com o guitarrista Ritchie Blackmore, sairia da banda. Com ele, também foi o baixista Roger Glover, após o mesmo descobrir que os remanescentes queriam despedí-lo.

Para os postos, foram escalados David Coverdale (vocal) e Glenn Hughes (baixo e vocal). Inicialmente, apenas Glenn Hughes seria convocado e permaenceria como vocalista principal, mas os caras optaram por ter um frontman. Para quem conhece um pouco de Hard Rock, esses nomes não são nem um pouco desconhecidos, apesar de que, antes disso, eram. Coverdale é o líder do Whitesnake e Hughes já participou de tantas bandas que nem compensa citá-las. (risos)

Com as mudanças e a liberdade de composição entregue aos novatos, era de se esperar que a sonoridade sofresse mudanças. David e Glenn eram muito influenciados pelo Blues e Soul Music, logo, suas composições inseriam mais pegada e boogie, mas sem perder o peso. Jon Lord e Ian Paice conciliaram bem as mudanças, mas Blackmore demorou pra se acostumar com tudo, não aceitando de primeira. Ironicamente, considero as guitarras desse álbum excelentes, com várias das melhores linhas já compostas pelo excêntrico Ritchie.

Enfim, "Burn" demorou um mês para ser gravado. A banda saiu da estrada em julho de 1973 e em três meses conseguiram encontrar os músicos, compor as canções do disco (isso foi realizado em duas semanas apenas) e gravar este que é um dos maiores clássicos do Hard Rock. Apesar de apenas 8 faixas, o play não precisa mais do que isso para mostrar ao mundo o poder desses caras.


Tudo começa com um genial riff de Ritchie Blackmore abrindo a faixa título com muita energia. A canção, que já se tornou um hino rocker logo de cara, conta com uma performance incrível de todos os integrantes: guitarras fantásticas, baixo bem colocado, bateria furiosa, teclados frenéticos e vozes (tanto de Coverdale quanto de Hughes) simplesmente fantásticas!

A cativante "Might Just Take Your Life" destaca Jon Lord e Glenn Hughes. O riff nos teclados ganha espaço e segue a música que, além de contar com a grande voz de David, tem uma performance incrível de Glenn Hughes, que arregaça em um dueto com si mesmo, em tons de voz diferentes. "Lay Down, Stay Down", em compensação, coloca Ian Paice em destaque, com uma bateria muito bem tocada. Além disso, há uma divisão vocal incrível entre Coverdale e Hughes que, quando não revezam estrofes, cantam em uníssono. A guitarra de Ritchie Blackmore está excelente, por sinal, com ótimos riffs e belos solos.

"Sail Away", um pouco mais calma, tem uma pegada repleta de groove, instrumental rebuscado e, novamente, divisão vocal belíssima. "You Fool No One" mantém a pegada diferenciada, mas com mais agilidade e força, com menções honrosas às vozes de Glenn e às guitarras frenéticas de Blackmore. O frenezzi descamba em "What's Goin' On Here", um digno blues de boteco norte-americano, com direito a órgão Hammond e frases de guitarra e baixo bem criativas.

O álbum chega ao fim, mas em grande estilo. A melancólica "Mistreated" entra com uma performance emocionante de David Coverdale, além de guitarras e teclados harmonizados, solos belíssimos e cozinha bastante cuidadosa. O instrumental "A 200" fecha o disco com Jon Lord e Ritchie Blackmore brilhando mais do que nunca.

Em questão de receptividade, "Burn" divide opiniões. Há quem não concorde com o direcionamento que a banda tomou após a saída de Gillan e Glover. Mas é inegável a importância desse play, em vários aspectos e contextos históricos.

Além de ter dado holofotes à David Coverdale e Glenn Hughes, dois talentos até então desconhecidos que contribuiriam muito para o Rock no futuro, vale lembrar que o Deep Purple estava com baixos números de vendas com o antecessor "Who Do We Think We Are", que vendeu abaixo do esperado nos Estados Unidos e na Inglaterra, mercados que eram referência para o Rock na época, juntamente do Japão. "Burn", em compensação, vendeu mais de 500 mil cópias na terra do Tio Sam e, no Reino Unido, ultrapassou a marca de 100 mil exemplares vendidos.

Caro leitor, isso é Deep Purple! É clássico! Confira já!

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' On Here
07. Mistreated
08. A 200

David Coverdale - vocal
Ritchie Blackmore - guitarra
Glenn Hughes - baixo, vocal
Jon Lord - teclados, órgão Hammond
Ian Paice - bateria, percussão

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by Silver

Audioslave - Audioslave [2002]


Não é todo dia que músicos renomados no mundo do Rock se juntam para fazer um som. Mas de vez em quando acontecem milagres como o Audioslave.

Tudo começou no fim do ano 2000, quando o Rage Against The Machine acabou com a saída do vocalista Zack de la Rocha. Os integrantes remanescentes não queriam cessar suas atividades, então decidiram continuar juntos, mas com outro nome e outro vocalista. Através da indicação do lendário produtor Rick Rubin, chegaram à Chris Cornell (ex-Soundgarden).

Apesar de hoje parecer óbvio que essa união traria bons frutos, pois já aconteceu e muitos sabem do resultado, na época pouco se acreditava que o Audioslave teria futuro. Acreditava-se que seria um grupo de sonoridade bizarra, algo que atravessaria os egos e não duraria mais do que um ano ou simplesmente um projeto paralelo dos caras.

Quem pensou nisso, errou redondamente. Cornell, juntamente do guitarrista Tom Morello, do baixista Tim Commerford e e do baterista Brad Wilk não demoraram muito para lançarem o primeiro álbum, auto-intitulado, já que a química foi inegavelmente fantástica.

As vendas e a recepção calorosa já explicam que a coisa era boa: o álbum estreiou na 6ª e 7ª posições das paradas canadenses e americanas, respectivamente, vendendo mais de 150 mil cópias nos Estados Unidos apenas na primeira semana (hoje já passou dos 3 milhões de exemplares vendidos no país). Além disso, os singles "Cochise, "Show Me How To Live" e "Like A Stone" receberam imensa difusão em várias partes do mundo, os críticos do gênero adoraram e a turnê foi um sucesso incrível.


Mas como o que importa é o som, vale comentar que tudo por aqui é fantástico. Apesar do Rage Against The Machine ser uma banda de Rock, há a fusão do Rap e de sons alternativos nas canções. Já na estreia do Audioslave, o trio "rageano" simplesmente destruiu com composições genuinamente roqueiras. E tanto Chris Cornell quanto os instrumentistas tiveram uma ótima qualidade em todo o processo de composição: utilizaram suas respectivas identidades, mas sem se espelhar nas antigas bandas. Percebemos de longe, por exemplo, que Tom Morello está por aqui, mas não existem muitas semelhanças com seus anteriores trabalhos.

E por falar em Morello, seus riffs fantásticos permeiam todo o disco, aliando-se ao baixo feroz de Commerford e à bateria pesada de Wilk, proporcionando, assim, um instrumental perfeito para a voz rasgada e poderosíssima de Cornell, pouco lembrando o Soundgarden por aqui. Das pauleiras e arregaçadoras, vale destacar "Gasoline", "What You Are", "Exploder" e as já citadas "Cochise" e "Show Me How To Live".

Ainda há tempo para experimentar um pouco. Canções mais pop e leves, como "Like A Stone", "The Last Remaining Light" e "Getaway Car", garantem o fácil acesso ao play, sendo que a primeira é a mais famosa de toda a carreira do grupo. "Hypnotize" e "Light My Way", no entanto, lembram o Rage em alguns momentos, principalmente a primeira que apela para várias nuances experimentais.

No geral, este álbum é um dos grandes lançamentos do início do século XXI, ainda mais se tratando de tempos em que o Rock de verdade já não tem a mesma força no mainstream. Infelizmente o Audioslave não existe mais, mas esse play é o principal responsável pela eternização desse nome.

01. Cochise
02. Show Me How To Live
03. Gasoline
04. What You Are
05. Like A Stone
06. Set It Off
07. Shadow on the Sun
08. I Am The Highway
09. Exploder
10. Hyptnotize
11. Bring Em Back Alive
12. Light My Way
13. Getaway Car
14. The Last Remaining Light

Chris Cornell - vocal
Tom Morello - guitarra
Tim Commerford - baixo, backing vocals
Brad Wilk - bateria

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by Silver