O Black Sabbath passou por maus bocados na década de 1980 e chegou a deixar de existir por um curto período de tempo. Aliás, depois do álbum "Born Again", de 1983, o grupo estava muito mais para um projeto solo do guitarrista Tony Iommi. O próprio "Seventh Star", de 1986, tinha a intenção de ser um disco solo, mas por ordens da gravadora, não foi. Vários músicos passaram pelo Sabbath de 1985 até 1990, mas os posteriores "Headless Cross" e "Tyr", respectivamente de 1988 e 1990, consolidaram a presença do vocalista Tony Martin.
A repercussão dos lançamentos até então recentes não era a mesma dos saudosos tempos do Black Sabbath. Por acaso, em 1990, Ronnie James Dio e Geezer Butler haviam tocado juntos em um show e ambos manifestaram vontade de voltar à banda. Facilmente convencido, Tony Iommi aceitou-os de volta e demitiu Martin e o baixista Neil Murray. Cozy Powell foi mantido nas baquetas, mas fraturou uma costela e não pôde permanecer, sendo substituído por Vinny Appice.
A repercussão dos lançamentos até então recentes não era a mesma dos saudosos tempos do Black Sabbath. Por acaso, em 1990, Ronnie James Dio e Geezer Butler haviam tocado juntos em um show e ambos manifestaram vontade de voltar à banda. Facilmente convencido, Tony Iommi aceitou-os de volta e demitiu Martin e o baixista Neil Murray. Cozy Powell foi mantido nas baquetas, mas fraturou uma costela e não pôde permanecer, sendo substituído por Vinny Appice.
A formação lançou "Dehumanizer" em junho de 1992. O processo de composição foi complicado e demorado por conta de tensões entre Iommi e Dio sobre as próprias composições - egos falando sempre mais alto. Mas os primeiros segundos de Computer God, a faixa de abertura, mostram que todo o esforço e toda a demora valeram muito a pena, pois trata-se de um álbum poderoso, com letras incríveis, instrumental soberbo e uma das vozes mais imponentes do Heavy Metal.
Provavelmente um dos mais viscerais do grupo, "Dehumanizer" traz canções muito maduras. Houve uma mistura dosada e precisa dos elementos dos períodos mais consagrados do Sabbath: as fases Ozzy e Dio. A maioria das faixas lembram a fase Dio, por serem mais melódicas e rápidas sem perder o peso impactante do Sabbath. Mas há faixas como Computer God, Letters From Earth e Master Of Insanity que enfatizam riffs soturnos e andamentos bem arrastados, o que é notável nos primeiros lançamentos da banda.
Provavelmente um dos mais viscerais do grupo, "Dehumanizer" traz canções muito maduras. Houve uma mistura dosada e precisa dos elementos dos períodos mais consagrados do Sabbath: as fases Ozzy e Dio. A maioria das faixas lembram a fase Dio, por serem mais melódicas e rápidas sem perder o peso impactante do Sabbath. Mas há faixas como Computer God, Letters From Earth e Master Of Insanity que enfatizam riffs soturnos e andamentos bem arrastados, o que é notável nos primeiros lançamentos da banda.
O trabalho dos integrantes é incrível. Como já disse anteriormente, Ronnie James Dio tinha uma das vozes mais imponentes do Heavy Metal, tanto por ser alcance quanto pelo feeling de suas interpretações. A guitarra de Tony Iommi é absurda, com certeza foi o músico que mais se superou por aqui, pois alguns de seus melhores solos estão neste disco. A cozinha insana de Geezer Butler e Vinny Appice funciona muito bem, é responsável pelo peso do registro e está bem destacada na mixagem - ainda bem! Além disso, há a cama de teclados e a pitada de sintetizadores tenebrosos do grande Geoff Nicholls.
O êxito comercial do disco foi grande e a turnê atravessou vários lugares, incluindo o Brasil. Mas, infelizmente, a formação não durou por muito tempo (de novo) e a separação ocorreu por conta de um motivo besta (de novo). Ozzy Osbourne, ex-vocalista do Black Sabbath, estava encerrando a sua carreira e pediu para que o grupo abrisse dois shows de seu conjunto solo. Todos aceitaram, exceto Ronnie, que voltou para a sua banda, Dio, e teve que ser substituído às pressas por Rob Halford, do Judas Priest.
O êxito comercial do disco foi grande e a turnê atravessou vários lugares, incluindo o Brasil. Mas, infelizmente, a formação não durou por muito tempo (de novo) e a separação ocorreu por conta de um motivo besta (de novo). Ozzy Osbourne, ex-vocalista do Black Sabbath, estava encerrando a sua carreira e pediu para que o grupo abrisse dois shows de seu conjunto solo. Todos aceitaram, exceto Ronnie, que voltou para a sua banda, Dio, e teve que ser substituído às pressas por Rob Halford, do Judas Priest.
Entre os destaques de "Dehumanizer", estão a melódica e depravada Too Late, o single TV Crimes, a pesada I e a incrível Master Of Insanity. Uma grande aula de Heavy Metal que merece ser conferida e ouvida inúmeras vezes.
01. Computer God
02. After All (The Dead)
03. TV Crimes
04. Letters From Earth
05. Master Of Insanity
06. Time Machine
07. Sins Of The Father
08. Too Late
09. I
10. Buried Alive
Ronnie James Dio - vocal
Tony Iommi - guitarra
Geezer Butler - baixo
Vinny Appice - bateria
Geoff Nichols - teclados
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
13 comentários:
Black Sabbath - Dehumanizer [1992]
(121,2mb ~ 320kbps)
Download link:
http://www.multiupload.com/HZYKRIIKYF
CLÁSSICO! Simplesmente isso!
Aquela partezinha da "TV Crimes" antes do solo em que fica só a guitarra foi algo que me virou definitivamente a cabeça. Altamente formador de caráter!
Ah, Dio, por que fostes morrer???
Valeu, parabens pela postagem. Abraço a todos da Combe.
Um dos meus prediletos ''of all times''
Pedrada. Computer's God mostra a escola Bonham/Appice (Carmine) a todo vapor nas baquetas do mano mais novo.
Achávamos que seria o último disco com a voz de Dio poderosa, mas o baixinho mmostrou que sempre cuidou daquele trovão que tinha na goela.
Postaço
Ainda tenho o meu ingresso. Ganhei numa promoção, respondendo questões sobre o Black Sabbath. Foi um show inesquecível.
atemporal,é lamentável que grande parte da molecada de hoje não saiba degustar esse tipo de som,são pobres mancebos idiotas.
Pra mim a melhor musica do disco é "Too Late".
A letra e a harmonia sombria são as maiores coisas que Mr. Dio e Mr. Iommi inventaram. Nem quando eles voltaram com o Heaven ad Hell conseguiram repetir a performance.
discão..
qdo ouvi a 1º vez não gostei, mas hoje acho muito bom..
Bons tempos em que o Black Sabbath impunha respeito. Hoje qualquer pivete "pensa" que a banda se resume a Ozzy, e não se preocupa em evoluir para aprender que Dio é e sempre será a voz mais poderosa do Sabbath.
Tempos em que o grunge e o hip hop/gangsta rap ousavam desafiar os resistentes roqueiros dos anos 70/80, e aí, vem essa paulada na moleira digna de representar o Hard 'n'Heavy anos 90!
Tempos em que as grandes bandas continuaram mandando brasa, independentemente das modinhas. O Judas tinha lançado Painkiller, um verdadeiro marco na música pesada.
Quem não teve cacife para bancar, ou pulou fora do barco, ou se adaptou às tendências do momento.
O difícil é resgatar a dignidada, e o Black Sabbath soube se impor.
Long Live Rock'n'Roll!
Nossa eu também tenho esse ingresso, esse show foi do caralho , o Dio foi 100% carisma. Valeu!
INCRÍVEl...minha banda preferida em excelente fase.
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