Antes de ser a banda que investia pesado em sintetizadores e teclados, o Rush era apenas uma banda canadense que investia pesado no Classic/Hard, um gênero muito comum (principalmente na época em que se deu a formação do grupo, ainda no final dos anos 60).
Essa primeira formação contava com Jeff Jones (baixo e vocal), o baterista John Rutsey e Alex Lifeson ocupando o posto de guitarrista. Rapidamente Jones foi substituído por Gary Lee Weinrib, ou Geddy Lee. Veio então o primeiro álbum, batizado simplesmente Rush. O lançamento foi independente, e o resultado pode ser rotulado como "promissor". Isso porque, apesar de ser bom, não há uma identidade definida: ora temos flertes com o Blues, ora com o Classic, ora com o Hard.
Alex Lifeson, John Rutsey e Geddy Lee
Fly By Night foi o início da transição do Classic/Hard ao Rock Progressivo propriamente dito. Inclusive as letras passaram por esse processo, se tornando mais complexas e abordando temas mais profundos e por vezes épicos. O amadurecimento do trio como instrumentistas também é algo notável; cada um contribui com uma competência enorme (afinal, Lifeson pode não ser um dos grandes nomes da guitarra, mas realiza sua função como poucos), e isso resulta em um trabalho igualmente notável.
"Anthem" é uma abertura porrada, onde, logo de cara, Peart se destaca. Alterações de ritmo bem colocadas, cozinha mais que eficiente e guitarra furiosa são os ingredientes desta que é uma das músicas que mais gosto do Rush (e Fly By Night, um de meus discos preferidos deles). "Best I Can" é uma ode ao rock'n'roll, enérgica e curta como deve ser.
Temos, agora, o primeiro flerte com o Progressivo. O épico "By-Tor And The Snow Dog" é dividido em partes (como outras composições do trio) que contam uma história e/ou a representam. Sem entrarmos no aspecto lírico; só o que digo é que essa faixa é perfeita.
A faixa-título é simples, porém muito boa. A otimista Making Memories tem violões ótimos e slides que beiram a perfeição. "Rivendell" é climática e apresenta um Lifeson inspiradíssimo nas doze cordas. "In The End" encerra o disco com a mesma energia com que o mesmo começou.
Naquele mesmo ano viria o subestimado (e, porque não, obscuro) "Caress of Steel", e, em 1976, a obra "2112", que definiria de vez o som do power trio natural do Canadá. No entanto, sem comparações entre uma fase e outra: as duas têm uma qualidade inquestionável e incontestável. Confira sem medo.
Geddy Lee - baixo, vocais
Neil Peart - bateria, percussão
1. Anthem
2. Best I Can
3. Beneath, Between & Behind
4. By-Tor And The Snow Dog
5. Fly By Night
6. Making Memories
7. Rivendell
8. In The End
Por Gabriel
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http://www.multiupload.com/XGQRSJA8GD
ResponderExcluirRush, perfeito!!!
ResponderExcluirGrandes disco, um clássico do Rush e para o Progressivo, o que seria do mundo sem o grande Fly By Night? Excelente review Gabriel, vc nunca perde a qualidade camarada!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirGrande banda e grande disco!Excelente post.Mas considero o Lifeson sim um grande nome das guitarras,pois o considero bem técnico e com ótimo feeling, executando seu trabalho co grande maestria.
ResponderExcluirMúsica boa transcende o tempo. Eu ouvia muito esse vinil quando moleque. Fiz uma homenagem, meia boca, da música "Making Memories" desse disco. Fiz acústico pois não sei tocar bateria. Quem quiser é só conferir no site http://www.myspace.com/leetavaresband
ResponderExcluirLonga vida ao Rush!
Conhecí Rush por esse album e me apaixonei pela banda desde então, aliás foi vc mesmo quem me indicou há anos hehe
ResponderExcluirÓtima resenha gaga!
Caralho! Não tem muito o que comentar, só agradecer.
ResponderExcluirParabéns pela postagem e pelo blog. Tenho este seguinte blog: http://centrodoheavymetal.blogspot.com/
ResponderExcluirQuero parceria, se você aceitar, poste aqui nos comentários mesmo que eu vejo e já adiciono o link de vocês. Continuem com esse grande trabalho.
Agora é esperar Clockwork Angels!
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