Pages

Lembre-se

Comentar em alguma postagem não irá lhe custar mais do que alguns segundos. Não seja um sanguessuga - COMENTE nas postagens que apreciar!

Os links para download estão nos comentários de cada postagem.

Acesse: www.vandohalen.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Deep Purple - Slaves And Masters [1990]


Falar sobre discos polêmicos e criticados é um desafio pra qualquer redator. E toda banda com carreira um pouco mais extensa ou mais conhecida tem um álbum considerado a "ovelha negra" de toda a discografia, porém recebe o rótulo por ser diferente de todo o resto, e não pela ausência de qualidade. Esse é o caso de "Slaves And Masters", 13° trabalho de estúdio do Deep Purple.

Após desentendimentos, a reunião da formação clássica do Purple tinha um fim, com a saída do vocalista Ian Gillan. Para o posto, Joe Lynn Turner foi convocado. O homem já havia trabalhado com o guitarrista Ritchie Blackmore e o baixista Roger Glover no Rainbow, e outros projetos, ou seja, experiência não faltava. Com a entrada de um novo tripulante, era óbvio que o trabalho mudaria - já tiveram essa experiência com a entrada de Glenn Hughes, David Coverdale e Tommy Bolin, no passado -, então não é surpresa dizer que "Slaves And Masters" mostra um grupo um pouco distante de petardos como "Machine Head" e "Perfect Strangers" - o que, de fato, não é um aspecto ruim.


Em um âmbito geral, as composições mantém aspectos clássicos do Purple, como riffs impecáveis e ótimos solos de guitarra de Ritchie Blackmore, teclados e órgãos fantasticamente capitaneados por Jon Lord e uma das cozinhas mais precisas do Rock: a de Roger Glover e Ian Paice. Mas a voz de Joe Lynn Turner, mais melódica e até mais charmosa que a de seu antecessor (não significando "melhor" ou "pior"), bem como as inserções mais grudentas, deram à bolacha uma levada inspirada no AOR nos moldes do Foreigner, por exemplo, mas sem perder sua consagrada essência.

Esse "mix" gerou músicas acessíveis e muito apreciáveis para muitos (como eu), e odiáveis para outros. Gostos pessoais à parte, deve-se considerar "Slaves And Masters" como um capítulo à parte na história do grupo, e não subestimá-lo de forma alguma. Para degustá-lo corretamente, é importante evitar qualquer comparação inconveniente com outros trabalhos. Apesar de alguns insistirem, é óbvio que aqui não se tem uma nova "Smoke On The Water" ou "Child In Time" - nem a formação responsável por tais feitos conseguiram repetí-los!


"Slaves And Masters" não atraiu muitos olhares na época. Conquistou as modestas posições de número 45 e 87 nas paradas inglesas e norte-americanas, respectivamente, e os singles de "King Of Dreams" e "Love Conquers All" não tiveram bom desempenho. Mas a turnê mundial foi um grande sucesso. Passaram por toda a Europa, incluindo vários países "esquecidos" por estarem envolvidos na Guerra do Golfo, e pela América do Sul, incluindo um memorável concerto no Brasil - o primeiro por terras tupiniquins. O grupo ainda se destacou pela versatilidade dos repertórios e novas adaptações das canções, com novos medleys, tornando a formação respeitada por vários fãs do Purple.

Mas isso não foi suficiente para evitar a demissão de Joe Lynn Turner, já que os outros integrantes (com exceção de Blackmore) estavam descontentes com o rumo que a sonoridade estava tomando. A tendência era entrar mais ainda no gênero aqui apresentado, algo semelhante ao que o Aerosmith fez a partir do fim dos anos 1980. Ian Gillan foi chamado de volta para a comemoração dos 25 anos de Deep Purple e algumas demos feitas com Turner foram reaproveitadas em "The Battle Rages On", próximo e último lançamento com a formação clássica. O resto, todos já sabem.

No mais, destaques particulares ficam para a abertura marcante de "King Of Dreams", para a magnífica e quase setentista "Fire In The Basement", e para as baladas "Love Conquers All" e "Truth Hurts". Mas essa pepita é tão bela que merece ser aproveitada do primeiro fio de cabelo à unha do dedão do pé. Confiram!

01. King Of Dreams
02. The Cut Runs Deep
03. Fire In The Basement
04. Fortuneteller
05. Truth Hurts
06. Love Conquers All
07. Breakfast In Bed
08. Too Much Is Not Enough
09. Wicked Ways

Joe Lynn Turner - vocal
Ritchie Blackmore - guitarra
Roger Glover - baixo, backing vocals
Jon Lord - teclados, órgão
Ian Paice - bateria, percussão

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

17 comentários:

Anônimo disse...

Slaves And Masters [1990]
(63,9mb ~ 192kbps)

http://www.multiupload.com/A5T6G63LLT

Anônimo disse...

Ótima crítica! O álbum é legal, e acho "Love Conquers All", uma bela música, com bastante feeling, merecia mais sucesso.

Malu disse...

Curti o post, ta foda. Ouvi umas musicas do album. Diferente, mas achei maravilhoso.

Anônimo disse...

Das três bandas q comandavam o Hard Rock nos anos 70, o Deep Purple é a q eu menos aprecio. Os delírios do Zeppelin e o satanismo sarcástico do Sabbath sempre me atraíram muito mais.

Nos anos 80 a coisa mudou. O Led não existia mais e o q antes era Black Sabbath havia se tornado quase q uma carreira solo do Tony Iommi - não desmerecendo nem um pouco os trabalhos oriundos dessa época. E o Purple ressurgia com o SUPERHIPERMEGAULTRAMASTER fantástico "Perfect Strangers", q é até hoje o meu disco preferido da banda.

Quando a esmola é muita, o santo desconfia, e a reunião não foi pra frente. A qualidade do Linquito é incontestável. O problema é q ele sempre foi e sempre será um "figuraça". Não combinou com o jeito "quadradão" de Blackmore e companhia. Essa incompatibilidade faz com q este "Slaves and Masters" seja considerado a ovelha negra, pois o q temos aqui é a busca por uma sintonia q não tinha como acontecer.

Quando o Silver me disse no MSN q ia postar este disco, tratei de ouvi-lo para poder dar o meu parecer - na condição de sócio-fundador e acionista majoritário da Combe S/A, creio q minha opinião faça alguma diferença por aqui. E o q eu tenho a dizer é: NÃO É DEEP PURPLE, MAS É FODÃO!

Meanstreet @ work

Anônimo disse...

Eu gosto muito desse disco, acabou se tornando um dos meus prediletos da carreira do Deep Purple, por ser justamente o mais diferenciado, mas muito bom! E o Lynn Turner está cantando muito aqui

Vinicius799 disse...

Acabei de baixar... PUTA DISCO! Me surpreendeu, pois não gosto do JLT no Rainbow. Mas casou bem demais nesse play, SHOW!
ALiás como citaram o Aerosmith, o Rock in a Hard Place (disco sem o Joe Perry e o Brad Whitford) é excelente, foda que tem mta gente com cabeça pequena que não entende que, mesmo que uma banda perca alguns de seus membros originais, os outros tem direito de querer seguir com sua música! Abs

JORJAOFONSECA disse...

Concordo em parte com o Meanstreet, não é Purple; e não é tão fodão assim, acho que Joe Lynn Turner não tem cacife pra ser vocalista do GRANDE Deep Purple(opinião pessoal e intransferível rsrs), mas também, sou fâ inveterado de Ian Gillan,de David Coverdale e Glenn Hughes, prefiro The Battle Rages On e até mesmo Bananas(opinião novamente pessoal e intrasferível rsrs), tenho o Deep Purple como minha banda nº 1 desde meus quinze anos,tenho 37 hj)

Valeu

Anônimo disse...

Silver,

Excelente texto, sem mais a acrescentar. E Pra quem acha que esse play não é Purple, é porque não os viu ao vivo na época...

Al Bass Player
Curitiba

jantchc disse...

sou suspeito, pra mim se é deep purple é bom, mas este cd é muito legal..

o melhor album da carreira do JLT e um bom CD na discografia do DP..

pra mim este cd é muito superior ao come taste the band, por exemplo..

mas igual o ian gillan só o ian gillan, então ainda bem q o gente fina voltou..

mas valeu pelo post, silver..

Unknown disse...

um dos meus albuns prediletos do purple, melhor do q o trblho q eles vem fazendo agora pos blackmore

Unknown disse...

um dos meus albuns prediletos do purple, melhor do q o trblho q eles vem fazendo agora pos blackmore

Lyn disse...

Simplesmente, clássico.

ZORREIRO disse...

Meanstreet: não é Deep Purple, mas é fodão.
Achas mesmo?
Eu acho que nenhum dos discos pós-John Lord é Deep Purple.
Acho que nenhum dos discos sem Blackmore (nem Bolin substitui) é Deep Purple.
Mas são fodões, porque Gillan, na minha opinião, sempre foi muito bem substituído....

Gusta disse...

fui bem surpreendido pelo disco. Antes de ouvir havia ouvido comentarios negativos sobre o play. Depois de ouvir o Turner ganhou meu respeito e o disco parece ficar cada vez melhor a medida que vamos nos adaptando ao estilo, no minimo diferente da maioria dos outros plays do Purple. É bem diferente do que se espera do Purple mas é um CD FODA. Muito melhor do uqe eu esperava. A resenha me convenceu a baixar e valeu a pena

Ito disse...

Já tenho esse e recomendo, não se deixem levar por críticas alheias, esse disco é duca e vale muito a pena mesmo!!!!

Anônimo disse...

muito massa este album, podemos diser que o deep e ao mesmo tempo duas bandas.

Lucas Araujo disse...

É um excelente disco, com Joe cantando muito e mostrando porque foi merecedor da vaga do mestre Gillan. Não tinha ouvido nada que não tivesse coverdale ou gillan no purple e esse disco me surpreendeu muito.Esse disco e o bootleg da turnê que foram postados aqui na cobe são excelentes,mas não poderia ser difrente contendo o trabalho de jon lord e do blackmore.