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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Guns N' Roses - Lies [1988]


Bastou um álbum e pronto: o Guns N' Roses havia se tornado a maior banda de Rock do mundo naqueles dias. "Appetite For Destruction" pode ser considerado como o começo da banda (como o óbvio permite concluir), mas também pode ser tratado como o começo do fim. Foi o início da construção de um monstro - nos dois sentidos - chamado Axl Rose. Mas não estou aqui para discutir conduta moral, nem falar sobre o que ocorreu após o contexto dessa postagem.

"GN'R Lies", ou simplesmente "Lies", deu as caras no fim de 1988 após a Geffen Records vir a mina de ouro que o Guns N' Roses representava e, consequentemente, fechar contrato para mais discos. As quatro primeiras faixas não são inéditas, pois são as mesmas que constituem o EP "Live ?!*@ Like a Suicide", primeiro lançamento oficial do grupo. Em seguida, quatro outras novas e acústicas. Vale lembrar que este é o último registro que conta com a presença de Steven Adler nas baquetas, pois algum tempo depois foi demitido por conta das drogas.


É interessante observar como "Lies" representa extremos e, mesmo assim, soa homogêneo e com muita qualidade. A primeira metade do álbum traz a crueza da banda que foi considerada "a mais perigosa do mundo". Tem-se duas composições próprias que nunca foram relançadas nos full-length ("Reckless Life" e "Move To The City") e duas versões para pedradas do Aerosmith e Rose Tattoo: "Mama Kin" e "Nice Boys", respectivamente. O instrumental visceral e roqueiro, "melhorado" pelo orçamento limitado para os caras, que não faziam parte do cast da poderosa Geffen e tinham que se virar; aliados aos vocais agudos e berrados de Rose, que recitava palavras não muito conservadoras, marca os primeiros 14 minutos de duração da bolacha.

A segunda metade é marcada pela presença de violões e até mesmo ausência de bateria em algumas músicas. Mesmo assim, nota-se facilmente que são os caras tocando, principalmente pela pegada inconfundível de Slash, pelas habilidades compositivas líricas e melódicas de Izzy Stradlin, pela sólida cozinha (quando aparece) de Duff McKagan e Steven Adler e pelas vozes de Axl Rose, agora mais calmas porém sempre cheias de personalidade. Além das conhecidas "Patience" e "Used To Love Her", desse lado tem-se a regravação de "You're Crazy", anteriormente lançada no "Appetite" numa versão bem mais rápida, e a polêmica "One In A Million", que gerou alvoroço pelo uso dos termos "niggers" e "faggots" em sua letra, se referindo à negros e homossexuais de forma pejorativa.



Mesmo com essa controvérsia, "Lies" vendeu bastante. Conquistou a segunda posição das paradas norte-americanas e hoje já coleciona 5 milhões de cópias vendidas por lá, além de 11 milhões por outros cantos do mundo. O single de "Patience" atingiu o 4° lugar dos charts da terra do Tio Sam e o top 10 de vários países, incluindo o Reino Unido e a Holanda.

Além disso, "Lies" teve uma clara função: manter o Guns N' Roses no topo. Ainda mais se for considerado que, das oito, apenas três são canções realmente novas ("You're Crazy" é uma versão de uma canção já lançada por eles mesmos). Tiveram êxito nisso, tanto que alavancou novamente as vendas de "Appetite For Destruction", que atingiu novamente ao primeiro lugar nos Estados Unidos e não permitiu que o novo lançamento chegasse ao topo. Independente disso, vale a pena conferir mais esse petardo da turma do William.

01. Reckless Life (Live)
02. Nice Boys (Live - Rose Tattoo cover)
03. Move To The City (Live)
04. Mama Kin (Live - Aerosmith cover)
05. Patience
06. Used To Love Her
07. You're Crazy (Acoustic version)
08. One In A Million

Axl Rose - vocal, percussão
Slash - guitarra, violão
Izzy Stradlin - guitarra, violão, backing vocals
Duff McKagan - baixo, violão em 5 e 8, backing vocals
Steven Adler - bateria, percussão, backing vocals

Músicos adicionais:
Howard Teman - percussão
Rick Richards - percussão

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

15 comentários:

Anônimo disse...

Guns N' Roses - Lies [1988]

http://www.multiupload.com/930USWYY51

мєαиѕтяєєт disse...

Não sei se vc sabe, mas a You're Crazy é originalmente acústica. A versão do Appetite foi feita durante as sessions à pedidos da "cúpula" q temia q um som acústico cortasse o clima (e cortaria, sem dúvidas) roqueiro-malvadão do álbum.

Tenho aqui três versões desse clássico: LP, primeira tiragem em CD e CD da nova tiragem. A propósito, estou vendendo o da primeira tiragem. Interessados, falar com o PAULO (aquele do Playstation II)

Excelente postagem!

Igor Miranda disse...

Eu sabia disso. Nâo sei como esqueci de emitir no texto, mas foi bom você ter lembrado. A versão pesada de "You're Crazy" é bem inferior ao meu ver, soa mais deslocada do que essa. Também, nao é a original. :P

Paulo rules!

E não acredito que essa postagem só terá esse comentário...

Rezo disse...

'último registro que conta com a presença de Steven Adler nas baquetas, pois algum tempo depois foi demitido por conta das drogas.'

Tirando a parte que o album é muito foda, o Steven ainda gravou Civil War do UYI I.

Valeu aí galera!

Daniel Nolasco disse...

Esse álbum é muito bom. Depois de um álbum de puro Hard Rock a banda voltou com um acústico e com uma das canções mais bonitas que já vi. Slash, Izzy e Duff não brincavam em serviço, nos violões. Ótimo álbum, recomendo muito.

ZORREIRO disse...

O video do The Late Show de 88 (presente na postagem) é a última apresentação do Guns 'n' Roses como a banda mais perigosa do planeta.
Desculpem-me, mas acho Matt Sorum um baterista de bosta e todos os guitarristas que vieram substituir Izzy (inclusive o excelente Gilby Clarke) apenas serviram de base pro Slash.
Aqui é banda completa. Com a genialidade e simplicidade das composiões de Izzy.
A batera perfeita (ainda que minimalista) de Adler.
E todo o resto.
Discão de uma época que, a julgar pelos últimos videos de Adler, não voltará nunca mais.
Grande resenha, grande post.
Desculpe se me estendi.

Anônimo disse...

Izzy comandava na parte musical. Foi só ele sair que o Gusn ruiu.

Igor Miranda disse...

Rezo, me referi aos registros full-length. Se for por registros gerais, esse não é o último com a presença de Adler, que ainda tocou na 5ª edição do Farm Aid, em 1990 - inclusive a própria "Civil War", numa versão mais lenta e rústica.

Zorreiro, discordo quanto ao seu pensamento de Matt ser um "baterista de bosta". Acredito que a formação com Matt e Izzy tenha sido bem potente, chegado perto da original. Quem tirou toda essa potência foi Dizzy e seu "ganho de espaço" na banda.
Não dá pra comparar os dois, mas creio que Matt tenha sido (e ainda é) um baita de um baterista, que além de tudo era um bom performer e chamava atenção ao vivo. Não é a toa que foi escolhido por Deus para substituir Mikkey Dee no Motörhead por uns tempos.
Pra mim é como comparar Peter Criss e Eric Singer no Kiss - o original tem magia e criatividade, o substituto tem técnica e até mesmo dotes de showman, mesmo atrás do kit.

Gilby era apenas um empregado e ficou ofuscado por conta dos fatos - foi base em turnê e gravou um disco de covers, não pôde demonstrar seu poder de fogo. Mas é um cara de respeito que apresentou solidez em suas empreitadas solo. Tá aí, inclusive, um cara que merecia Combest Of. (risos)

Sobre Izzy comandar: eu acredito que não. A ruína do Guns naquela época veio muito mais por conta do direcionamento do Axl do que pela saída de Izzy. Axl poderia continuar numa boa, ainda mais que tem algumas composições boas assinadas apenas por ele, tais como "Dead Horse", "Estranged" e "Breakdown", bem como algumas que não tem a mão de Izzy, como "Welcome To The Jungle" (feita com Slash) e "Civil War" (com Slash e Duff McKagan).
Claro, Izzy é um cara foda. Nâo desmereço seu trabalho, ainda mais por ser o principal, ao lado de Rose, pelo sucesso da banda no quesito musical. Mas, sem levar em conta as piras do Axl, o Guns poderia ter continuado bem sem ele - não a mesma coisa, mas poderia. Então eu não credito a ruína apenas por sua saída. Daí é questão de opinião.

Um abraço à todos que comentaram e outro pr'á quem teve o saco de ler esse novo outro!

Rezo disse...

Sim Silver, de fato mesmo o Steven só tocou em uma música do UYI, e tb além da Civil War, a versão de 'Down On The Farm' no Farm Aid, que diz a lenda que ele não sabia a música e pediu pro Duff contar o tempo pra ele! ahuauhahuauhauh

Anônimo disse...

Disco essencial!

ZORREIRO disse...

Hauhauha
O Silver acaba de fazer um manifesto.
Maravilha!
Mas ainda acho que a banda definitiva do Matt é o The Cult (sou um purista).
Izzy (só pra completar) é o cara que faz as músicas com gavetão (dó maior, sol e ré), e o Slash brinca em cima.
Essa harmonia fez muita falta à banda após a sua saída.
Mas é isso aí. Abraço

Unknown disse...

Eita GN´R sempre da o que falar

PS. Pawn shop Guitar Gilby Clark
o cara é bom

belo post

Unknown disse...

silver é um Ex. Gunneer
tenho certeza

Igor Miranda disse...

Rodolfo, nunca fui "gunner". Nunca pertenci à "seita" de grupo nenhum. Minha cabeça é aberta o suficiente pra apreciar e pesquisar sobre as bandas que gosto sem me envolver sentimentalmente com integrantes ou qualquer bobagem, coisa que gunners fazem. Você pode ter a prova disso lendo meus textos que abrangem de Rolling Stones até Megadeth. E se tocar em pontos curiosos desses dois, discutirei da mesma forma. E ainda há de se salientar, por minha parte, que só depois que "desviciei" de GN'R é que fui conhecer realmente a história das coisas (God bless the Internet).

Mas o Guns demonstrou certas atitudes que me deixam seriamente duvidoso quanto à conduta geral. E muitas vezes a galera atesta opiniões muito divergentes. Gosto de falar sobre música, ainda mais quando se há tantos "mistérios" e tantas opiniões diferentes em relação à tal assunto. Como se não bastasse, essa área gerou uma espécie de "debate", com várias pessoas se expressando de formas diferentes. Acho essa proposta muito legal e deveria ocorrer sempre nos posts da Combe. Só eu falando e o resto lendo é chato.

Zorreiro, manifesto não hahah! Fui escrevendo e só depois vi que ficou tão grande. Realmente tenho que concordar que o Matt é bem melhor no Cult ou até no Velvet Revolver. Mas o acho muito subestimado, considerando que Axl ia acabar saindo do grupo se Steven fosse mantido com aquela drogalhada toda. E Izzy sim fez falta à banda. Steven, pra mim, fez pouca. A situação do Rezo já demonstra o que acabou sendo melhor naquela situação.

Um abraço!

Unknown disse...

Baita disco, baita resenha. E não importa o que disserem, pra mim a melhor formação é a primeira, mas também não desmereço Matt Sorum nem Gilby Clarke, que eram dois competentes instrumentistas.