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sábado, 15 de janeiro de 2011

Santa Esmeralda - Don't Let Me Be Misunderstood [1977]


Santa Esmeralda sempre foi um estranho fora do ninho. Praticava música pop completamente voltada pra sonoridade latina em plena Paris, e durante toda a carreira foi associada, erroneamente, à Disco Music por um simples motivo: fazia parte do cast da Casablanca, um selo que tinha exclusiva abrangência ao universo Disco. Até hoje, nas inúmeras coletâneas lançadas baseadas no cast desta gravadora o Santa Esmeralda se encontra misturado com bandas que não possuem nenhuma semelhança com seu trabalho - somente o lado dançante, mas ainda assim há uma diferença abismal.

Tudo aconteceu quando o saxofonista americano Leroy Gomez chegou à cidade luz e foi descoberto por Elton John, que prontamente lhe chamou para participar do seu disco. Mas para Leroy isso ainda era pouco, sua ascendência afro/portuguesa ansiava por algo mais próximo de suas origens. E as coisas se encaixaram quando conheceu dois caras que estavam fundando um pequeno selo - que depois teriam seus direitos comprados pela Casablanca - e buscavam músicos para interpretar suas composições. O convite foi aceito, e o sangue do, até então saxofonista, falou mais alto e foram incorporados fortes elementos da música latina.

Mas o grupo só saiu do papel porque surgiu no caminho o arranjador e compositor Jean Claude Petit que já tinha experiência em trabalhar com produções de terceiros. E depois de convocados o restante dos músicos, o que se suscitou foi algo inédito na música pop. Don't Let Me Be Misunderstood trouxe uma roupagem para o clássico, que ficou conhecido através do The Animals, em forma de suíte, ultrapassando os 16 minutos e que é continuada em outra faixa, somando quase meia hora. Uma versão incomparável, repleta de metais, improvisações de precisão cirúrgica e um ritmo altamente percussivo. Não obstante, fez um estrondoso sucesso e os royalties, somente desta versão, garantiram a boa vida de Leroy até hoje.



O Santa Esmeralda não se apega a batidas programadas e sintetizadores frouxos para produzir sua música dançante, e executa o trabalho honestamente com instrumentos reais e se difere do montante por possuir instrumentistas de alto nível. E Leroy redobra as atenções para si com seu carisma e competência, tanto vocal quanto performática. Mas não só de releitura viveu esse grupo, tanto que a balada, de autoria própria, "You're My Everything" fez um sucesso enorme. E completando o disco ainda tem "Gloria" com os backing vocals marcando o refrão memorável, e a extraordinária "Black Pot" que possui sessões de cordas e metais genialmente introduzidas, colocando o Santa Esmeralda num segmento isolado e mostrando que existe música pop tão valorosa quanto em qualquer outro estilo.

A globalização da música latina de modo 'americanizado' é fascinante e é uma pena que praticamente não existam bandas seguindo os mesmos passos da fusão desse estilo com o Blues Rock, como feito por Santana, e muito menos a mistura desse ritmo com o Hard Rock, como é praticado pelo Tribe of Gypsies. E essa proposta do Santa Esmeralda de produzir música pop fundamentada nesse gênero é algo inatingível, ainda mais se tratando de uma banda pré-fabricada, o que na maioria das vezes é abominável. Os números de Don't Let Me Be Misunderstood e as dezenas de premiações arrebatadas falam por si só, e constitui um dos maiores êxitos da música pop de todos os tempos.

01 - Don't Let Me Be Misunderstood + Esmeralda Suite
02 - Esmeralda Suite
03 - Gloria
04 - You're My Everything
05 - Black Pot

Leroy Gomez - vocals
José Souc - spanish guitars
Slim Pezin - electric guitars
Christian Padovan - bass
Jean Claude Petit - keyboards

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

Dá-lhe Lerarrior!

15 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?cafaw8lvjcz1zt4

Guilherme M disse...

Eai pessoal, bom, primeiramente eu acompanho o blog de vocês a meses,mas hoje eu vim aqui ver se vocês podem aceitar meu blog na lita de parceiros. Já add a Combe na minha lista.

Valeu e espero respostas !!!

Guilherme M disse...

www.destroyerockcity.blogspot.com

Esqueçi a url

Anônimo disse...

Primeiramente digo: SENSACIONAL! Me remeteu a infância, lembro da novela os ricos também choram! Tô velho galera....

E quem não se lembra do belo final de Kill Bill I ao som dessa bela versão? Até o Eric Burdon deve ter curtido! hsuahsuahushauhsuhuahsua

Anônimo disse...

Caralho!!! Com essa eu não contava. Ouvia esse disco quando era criança (também estou velho...), antes até de saber o que era Rock e afins (até o Kiss vir ao Brasil em 83). Meu pai tinha esse vinil e era um dos únicos que tinhamos em casa (disco vinil tb era caro!!!). O tempo passou e eu o tenho até hoje (!!!) guardado numa estante. Depois desta, acho que vou resgata-lo e colocar na minha coleção. Weschap: também chorei...

AlBassPlayer
Curitiba

Anônimo disse...

Trilha sonora de puteiro...

Anônimo disse...

Baixando pra conferir!

Anônimo disse...

E ai Drag td bem?Essa veio pra arrebentar, como tbm sou velho, lembro dos bailes nas garagens onde tocava de tudo, Rock, funk(não essa merda de hj de funk carioca), dico, baladas pra melar cueca, P.Q.P., to baixando que minha mulher ficou loka qdo mostrei no blog, mesmo vc não respondendo alguns pedidos meus, deixo aqui um abraço do tiozão CHOPÃO.TKS

Dragztripztar disse...

Eu sempre leio teus comentários (e de todos), Chopão. Fico ligado nas dicas, agradeço os elogios e fico contente que se interesse pelas bandas postadas. Mas nem sempre tem como responder, ou quando vejo o comment, o post já tá muito "passado". Não é desprezo.

No mais, o lance de pedido é complicado de atender pq eu tenho, já na cabeça, trocentas idéias de bandas pra postar. Aí até eu conhecer uma banda sugerida, me interessar pelo som e elaborar o post, fica difícil.

Abraços.

Anônimo disse...

Valeu ai pela atenção meu irmão, não sei se é coincidencia, mas a maioria dos sons que baixo aqui são postados por vc, DRAGZTRIPSTAR, provavelmente 85%, agradeço mesmo pelos posts sensacionais que vem colocando na COMBE, parabens por esse trabalho, que sei que deve ser puro prazer pra vcs, e como sempre, tks por tudo, e abraço do tiozão CHOPÃO.

Jon disse...

Muito bão esse, taquelpariu!

Anônimo disse...

Clássico!!!

Jack Bracan disse...

Well, vejam só como é a p0rr@!! Este disco era na minha época a grande merda! Logo que saiu nós odiamos a versão do Animals, e um ano depois eles cometeram outro sacrilégio!! A discoteca era a nossa Grande INIMIGA! É, estou ficando velho mesmo... devido as porcarias de hoje já aceito a onda Disco! P0RR@ TÔ VELHO MESMO!! Aí PESSOAS, RESPEITO a opinião de TODOS, apenas dei a minha visão (das diferentes épocas)! See ya!
http://salada-rock.blogspot.com

Dragztripztar disse...

Don't Let Me Be Misunderstood e The House of the Rising Sun (que foi também regravada posteriormente pelo S.E.) não são composições do The Animals, apenas ficaram conhecidas através deles. E por sinal, todas as 5218456221 versões que fizeram depois são muito melhores. Em todos os aspectos; execução, força, interpretação...

Vide as versões de Gary Moore e Toto, principalmente!

Sampto disse...

Como todos os roqueiros, eu abominava a disco music e naquela época não achava que pudesse aparecer coisa pior (mas teve axé, pagode, breganejo...). Por isso ouvia esse disco meio escondido pois como vc disse era enquadrado como disco music. Mas hoje vejo com mais clareza que eles estavam mesmo há anos luz daquela merda dançante do final dos anos 70...