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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Echo & The Bunnymen - Ocean Rain [1984]


A Inglaterra acabara de ser assolada pelo movimento punk, envolvida na rebeldia das letras e na simplicidade musical dos pioneiros do estilo. Mas paralelamente aquele cenário, começaram a aparecer outros grupos com o visual menos agressivo, com letras reflexivas e instrumental sombrio, que ao invés de procurar gritar ao mundo os seus problemas, procuram dentro do seu próprio interior a razão destes. Esse movimento ganha força no início dos anos 80 e começa a ser chamado de Post-punk, ou para nós, Pós-punk.

E com sua natureza introspectiva, acabam por aparecer pequenas pérolas, discos que realmente merecem ser escutados. Um dos belos exemplos é o ótimo "Ocean Rain", lançado em 1984 pelo Echo & The Bunnymen. O início do grupo se dá no fim dos anos 70, com o vocalista Ian McCullochm, o guitarrista Will Sergeant e o baixista Les Pattinson. No início dos anos 80, o baterista Pete de Freitas entra para o grupo e atrai a atenção da crítica desde seu disco de estréia, até que seu terceiro disco, Porcupine, alcança o segundo lugar das paradas britânicas.


Para aproveitar o momento, após uma extensa turnê, a banda se tranca na cidade inglesa de Bath para a gravação de seu próximo disco. Mas o início das gravações foi carregado de tensão, com os membros do grupo discordando sobre o som da bateria, sem falar que o McCulloch ficou gripado durante as gravações, o que resultou em cinco dias improdutivos. O clima de tensão era tanto, que McCulloch cogitava sair do grupo, o que não ocorreu devido à insistência do baterista Pete de Freitas, que dizia que essas eram as melhores letras que o grupo já criou. Após isso a banda vai gravar o disco em Paris, ao lado do produtor Gil Norton.

Após o fim das gravações, e antes do lançamento, tanto a gravadora como grupo faziam propaganda de que aquele era o melhor disco já feito. Lógico que essa afirmação era um exagero para a promoção deste, porém temos um trabalho genial em mãos. Um disco lotado de instrumentos de cordas, com um trabalho inspirado de todos, em que o objetivo era criar melodias grudentas e letras sensacionais. A abertura "Silver" resume bem o que nos espera durante todo o registro: Orquestrações precisas, McCulloch com um vocal sombrio e ao mesmo tempo hipnótico, com letras introspectivas.



E temos ainda outros excelentes momentos em que seríamos presenteados com esse brilhantismo. Quem aqui viveu nos anos 80, ou escuta rádios de rock se lembrará de clássicos como a soturna, épica e ainda mais hipnótica "The Killing Moon" e a empolgante "Seven Seas", que alavancaram o sucesso desse disco e se tornariam clássicos dessa fase. "Ocean rain" é uma balada carregada de tristeza, com uma letra contra-indicada para que se encontra na fossa. Ainda destaco "Crystal Days" e "My Kingdom" que em suas melodias não trazem o clima carregado da maioria desse registro e fazem um belo contraponto.

Um disco agradável de se escutar, suave e bem homogêneo. Lembro que a primeira vez que o escutei, me deu vontade de aprender muitas letras deste, e ficava as cantarolando durante dias. Com certeza, se você é daqueles que não fica muito preso a estereótipos e curte rock n' roll não importa a vertente, sentirá essa mesma vontade, pois tudo aqui é muito bem feito.



1.Silver
2.Nocturnal Me
3.Crystal Days
4.The Yo Yo Man
5.Thorn of Crowns
6.The Killing Moon
7.Seven Seas
8.My Kingdom
9.Ocean Rain
10.Angels and Devils (Bonus Track)
11.All You Need Is Love (Live)
12.The Killing Moon (Live)
13.Stars are Stars (Live)
14.Villiers Terrace (Live)
15.Silver (Live)
16.My Kingdom (Live)
17.Ocean Rain (Live)

Ian McCulloch – Vocais
Will Sergeant – Guitarras, Sítara
Les Pattinson – Baixo
Pete de Freitas – Bateria



By Weschap Coverdale

2 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?cil7zbo83dztz86

Wibsson disse...

killing moon é de arrepiar