Em 1977, era posssível afirmar que o KISS era a banda de Rock mais conhecida dos Estados Unidos – não vou entrar no mérito de quem é melhor ou pior, pois é algo muito pessoal. Essa onda de popularidade havia começado dois anos antes com Alive, álbum ao vivo que é referência na história da música. Como as crises de ego entre os integrantes já começavam a acontecer, a gravadora resolveu explorar o bom momento o máximo que pudesse. Para isso, nada mais garantido que uma continuação do grande sucesso de outrora. Chamaram o produtor Eddie Kramer, figura presente na história do grupo desde os primeiros passos. Buscando não repetir as faixas do primeiro Alive, foram selecionadas apenas canções de Destroyer, Rock And Roll Over e Love Gun. Como isso não seria suficiente para preencher um álbum duplo, a solução foi gravar mais cinco músicas em estúdio.
A maior parte de Alive II foi gravada durante uma série de shows entre 25 e 28 de agosto do já citado ano, no The Forum, em Los Angeles. As exceções são: “Hard Luck Woman” e “Tomorrow and Tonight”, registradas durante a passagem de som em Passaic, New Jersey e editadas nos estúdios; “Beth” e “I Want You”, do show de 2 de abril, em Tóquio, Japão. Fica clara a evolução artística do quarteto, especialmente de Paul Stanley e Ace Frehley. Enquanto o Starchild caprichava nos vocais e na postura de showman, o Space Ace mostrava porque seria influência para todas as gerações futuras de guitarristas. Mandando ver em riffs e solos cada vez melhores, dava uma aula de como ser simples e eficiente. Gene Simmons encarnava de vez sua figura misteriosa e o contestado Peter Criss ainda conseguia espancar seu instrumento com ritmo e força impecáveis, além de mostrar aquele registro vocal rouco sensacional.
Dos cinco novos sons, Bob Kulick assumiu o lugar de Ace em quatro, já que este andava desligado do mundo naquele momento, graças a seus constantes abusos de ordem química. A exceção fica por conta da excelente “Rocket Ride”, composta e cantada pelo próprio. Em minha opinião, a melhor das inéditas. Não à toa, é presença garantida nas apresentações solo de Frehley até hoje. Mas Paul também deixa sua marca em “All American Man”, enquanto Gene contribui com a festeira “Rockin’ In The USA” e “Larger Than Life”. Para fechar o trabalho, uma regravação para “Anyway You Want It”, hit do Dave Clark Five. Como curiosidade, a idéia original para o cover era “Jailhouse Rock”. Mas como Elvis Presley recém havia falecido, a sugestão foi descartada, para não soar oportunista no pior sentido da palavra.
Alive II encerra uma fase do KISS, que passaria por sérias turbulências no ano posterior. A solução para disfarçar veio com cada membro lançando seu próprio álbum e o pastelão KISS Meets The Phantom Of The Park. O começo do fim, que ficaria mais evidente após o lançamento de Dynasty e uma turnê cheia de crises pessoais, que resultariam na saída de Peter Criss. Como escreveu o jornalista Thales de Menezes ao comentar o relançamento dos oito primeiros discos da banda na finada Showbizz: “Quem quiser entender a importância do KISS só precisa colocar a primeira faixa de Alive II para tocar. Bastam os primeiros 40 segundos de ‘Detroit Rock City’, com o riff matador de Ace Frehley, para perceber que o Rock sempre deve ser uma grande festa”. Precisa mais?
Paul Stanley (vocals, guitars)
Gene Simmons (vocals, bass)
Ace Frehley (guitars, vocals)
Peter Criss (drums, vocals)
Special Guest
Bob Kulick (guitars on CD 2 # 6, 7, 8, 10)
CD 1
01. Detroit Rock City
02. King Of The Night Time World
03. Ladies Room
04. Makin’ Love
05. Love Gun
06. Calling Dr. Love
07. Christine Sixteen
08. Shock Me
09. Hard Luck Woman
10. Tomorrow And Tonight
CD 2
01. I Stole Your Love
02. Beth
03. God Of Thunder
04. I Want You
05. Shout It Out Loud
06. All American Man
07. Rockin’ In The USA
08. Larger Than Life
09. Rocket Ride
10. Anyway You Want It
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JAY
12 comentários:
KISS – Alive II [1977]
99 MB
192 kbps
http://www.mediafire.com/?d63ysqs61hvwdrk
Puta post. Alive II realmente fecha uma fase de ouro de uma banda que estava no auge. Mas já era possível perceber o declínio posterior, apenas analisando as músicas inéditas e seu processo de gravação.
Peter Criss nunca mais tocou como no Alive original. Ainda assim, um puta album. Comprei uma edição especial nos EUA que veio com umas tatuagens temporarias ahuahauha.
É Kiss? Baixando! Obrigatório!
Lembro quando comprei o vinil. O choque ao abrir e ver a foto do meio.
Grande post.
Cara: puta post. Kiss é obrigatório mesmo em seus piores álbuns (na minha opinião de Kissologo o Dinasty, Unmasked e Hot In The Shade) mas que, mesmo assim, de longe não são nada ruins, que sá em clássicos como o Alive II. Post muito bem resenhado e concordando fazendo meu os comentários anteriores do Silver, -gui e Zorreiro. Apenas complementando, _gui: esta edição ao qual vc se referiu é a versão remasterizada em CD com a arte e capas reproduzidas tal qual como a que foi na época do lançamento (que, logicamente, foi em vinil). Fico imaginando como é que deve ter sido na época. No Brasil, claro, a prensagem foi mais econômica, mas não menos espetacular como citou o Zorreiro.
Crianças, aproveitem agora, pois bandas como o Kiss, Iron, Scorpions, Judas e etc, nunca mais surgirão e estes já estão se aposentando... e eu ficando velho junto com eles (que tristeza...).
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Fui apresentado ao rock por este disco. Marcou minha vida e tenho certeza de que vai marcar mais pessoa. Grande disco!
Valeu Combe!
Tenho em vinil! Épico!
Que sá? Seria quiçá?
Que quer dizer "talvez". Ficou meio fora de contexto. Jesus salve a gramática?
O texto "ei, anônimo covarde, vá tomar no seu cú que sua mãe já tomou, gostou e recomenda" necessita de correção ou você entendeu direitinho?
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KISS, minha paixão, a melhor banda que existe para mim.
acabei de ouvir love gun e achei medio..
ta na hora de baixar esse aqui e ver no q dá..
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