Cheap Trick é uma das maiores bandas de rock dos Estados Unidos. Talvez a sua fama não tenha atingido as terras tupiniquins ou a Europa com a mesma força que atingiu o mercado norte americano, mas, por lá, os caras são deuses.
Mais uma banda em que os componentes assumem características de personagens, cada capa de disco é uma piada a parte. Enquanto Robin Zander (guitarra e vocais) e Tom Petersson (baixo e vocais) fazem as vezes de rockstars lindos e pomposos, Rick Nielsen, uma das maiores feras da guitarra do rock, faz o papel do nerd maluco, e Bun E. Carlos (bateria) representa um burocrata em final de expediente.
Mais uma banda em que os componentes assumem características de personagens, cada capa de disco é uma piada a parte. Enquanto Robin Zander (guitarra e vocais) e Tom Petersson (baixo e vocais) fazem as vezes de rockstars lindos e pomposos, Rick Nielsen, uma das maiores feras da guitarra do rock, faz o papel do nerd maluco, e Bun E. Carlos (bateria) representa um burocrata em final de expediente.
Heaven Tonight é um clássico da contracultura norteamericana. Rick Nielsen é o principal compositor e, ao vivo, faz diversas maluquices, como tocar uma guitarra de cinco braços, caras e bocas para o público e as câmeras, enfim, um performer que tira sarro da indústria de rockstars criada pelas companhias da sua terra natal.
Heaven Tonight é o terceiro disco da banda e o que originou a megaturnê que resultou no clássico ao vivo Live At Budokhan. Também é conhecido como o primeiro disco a ter um baixo de 12 cordas gravado e é o preferido de toda a vasta carreira do produtor Tom Werman (Ted Nugent, Blue Öyster Cult, Molly Hatchet, Twisted Sister, Mötley Crüe, Stryper, L.A. Guns, Poison e mais uma porrada de hardeiros que fazem a nossa alegria). A reedição foi produzida por ninguém menos que Bruce Dickinson. Estamos diante de um clássico.
Sobre Tom Werman, é importante frisar que ele tem um currículo invejável de discos de ouro e platina sob sua batuta. O Girls Girls Girls, do Mötley, é dele e, embora Nikki Sixx diga em sua autobiografia que Tom estragou aquilo que ele considera uma grande obra, eu imagino que o disco só saiu por causa da organização do produtor, afinal, 1987 não foi um ano bom para Nikki e sua turma.
Sobre Tom Werman, é importante frisar que ele tem um currículo invejável de discos de ouro e platina sob sua batuta. O Girls Girls Girls, do Mötley, é dele e, embora Nikki Sixx diga em sua autobiografia que Tom estragou aquilo que ele considera uma grande obra, eu imagino que o disco só saiu por causa da organização do produtor, afinal, 1987 não foi um ano bom para Nikki e sua turma.
Enquanto, na capa, os linduchos fazem beicinho pra foto, na contracapa a dupla Nielsen e Carlos se arrumam no banheiro. Esse é o típico senso de humor do Cheap Trick, uma banda que sempre soube se reinventar para o seu público, mesmo em tempos difíceis.
Surrender abre o disco de forma magistral. Teclados que seriam a cama padrão do hard rock da década seguinte, traz guitarras fuzz com um sotaque quase punk que culminam em um refrão para todo mundo cantar junto. Exatamente o que os norteamericanos gostam.
Surrender abre o disco de forma magistral. Teclados que seriam a cama padrão do hard rock da década seguinte, traz guitarras fuzz com um sotaque quase punk que culminam em um refrão para todo mundo cantar junto. Exatamente o que os norteamericanos gostam.
On Top Of The World é aquele rock’n’roll típico do final dos anos 70. Me lembra o já postado aqui Rocky Burnette. California Man, de Roy Wood, é uma ode (ou paródia) aos Beach Boys, com um sotaque tipicamente Cheap Trick. Guitarras discretas jogando para o time, e cozinha simples, mas firme.
High Roller tem cara de balada, mas sem melar a cueca. É rock, simples e direto. Auf Wiedersehen tem aquele contrabaixo de 12 cordas já mencionado aqui. Taking Me Back é, definitivamente, uma balada, com vocais harmonizados e cara de pop. On The Radio mostra o lado riffman de Nielsen, apesar de, mais uma vez, suas guitarras permanecerem discretas. O ruim deste disco (e a culpa é do produtor) é o pouco cuidado com os timbres de guitarra. Parece que o disco inteiro foi gravado com um único timbre, uma mesma guitarra e um mesmo amplificador. E isso não é somente para ouvidos acurados, pois é perceptível a todo momento. Sinto uma falta enorme de ambiências sonoras com texturas de guitarras. E Nielsen tem cacife para isso.
High Roller tem cara de balada, mas sem melar a cueca. É rock, simples e direto. Auf Wiedersehen tem aquele contrabaixo de 12 cordas já mencionado aqui. Taking Me Back é, definitivamente, uma balada, com vocais harmonizados e cara de pop. On The Radio mostra o lado riffman de Nielsen, apesar de, mais uma vez, suas guitarras permanecerem discretas. O ruim deste disco (e a culpa é do produtor) é o pouco cuidado com os timbres de guitarra. Parece que o disco inteiro foi gravado com um único timbre, uma mesma guitarra e um mesmo amplificador. E isso não é somente para ouvidos acurados, pois é perceptível a todo momento. Sinto uma falta enorme de ambiências sonoras com texturas de guitarras. E Nielsen tem cacife para isso.
A música que dá nome ao play é uma balada lenta e claustrofóbica, que nos brinda com quase seis minutos de uma psicodelia que foge do padrão do grupo. Pode ser boa, ou não, dependendo do estado de espírito de quem ouve.
Um disco de rock cru e direto, que fez a cabeça da molecada naqueles That 70’s show. Transporte-se para a época e pense que ninguém precisava usar a porra do protetor solar; ou se preocupar em fazer cursinho para ter carteira de motorista; ou ficar apreensivo quando parado no semáforo de madrugada; ou AIDS. Enfim, tempos que não voltam mais.
Um disco de rock cru e direto, que fez a cabeça da molecada naqueles That 70’s show. Transporte-se para a época e pense que ninguém precisava usar a porra do protetor solar; ou se preocupar em fazer cursinho para ter carteira de motorista; ou ficar apreensivo quando parado no semáforo de madrugada; ou AIDS. Enfim, tempos que não voltam mais.
Track List
1. Surrender
2. On Top of the World
3. California Man
4. High Roller
5. Auf Wiedersehen
6. Takin' Me Back
7. On the Radio
8. Heaven Tonight
9. Stiff Competition
10. How Are You?
11. Oh Claire
Robin Zander (guitarra e vocais)
Tom Petersson (baixo e vocais)
Rick Nielsen (guitarras)
Bun E Carlos (bateria)
Link nos comentários
Link on the comments
Por Zorreiro
8 comentários:
http://www.mediafire.com/?zhhtjk9rb5lvtb2
Cheap Trick é digno. E você tem razão: os caras nunca atingiram a fama merecida aqui ou na Europa, mas são rockstars e ainda enchem seus shows nos EUA.
Que bom que postaram um pouco desses caras aqui, realmente uma peróla!
banda fenomenal !!...valeuu !
Sim senhor, discão!!!!
Belo post! Deles só conheço a "Might Wings" do Top Gun... Pela boa referência despertou minha curiosidade, já estou baixando.
Valeu Combe!
Adorei o post e a resenha... vale mto a pena conferir :) parabéns.
Tava faltando Cheap Trick na Combi. Valeu pelo post.
Postar um comentário