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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lynch Mob – Smoke & Mirrors [2009]


Falta de reconhecimento do esforço do empregado. Remuneração baixa, que avilta a profissão. Ambiente de trabalho insalubre.

Não, isso não é um manifesto trabalhista. Mas é a sensação que tive ao ouvir este trabalho do Lynch Mob. Talvez um dos mais emblemáticos guitarristas da cena hard dos anos 80, George Lynch sempre me empolgou em suas composições.

Complementando o enunciado acima, talvez ele seja o único guitarrista da safra que consiga segurar ao vivo as músicas gravadas em estúdio sem a ajuda de um tecladista ou segundo guitarrista. Enquanto Reb Beach, Yngwie Malmsteen e os demais sempre precisaram de uma cama mais completa, George Lynch fazia sua festa somente como power trio (me refiro ao instrumental).

Seja no Dokken ou em seus projetos solo (Lynch Mob nunca me convenceu a ser ouvido como uma banda), o guitarrista é um exemplo de que a técnica pode ser aliada ao talento e gerar ótimas composições. E neste último petardo do Lynch Mob a coisa não decepciona, em parte.

Quase duas décadas após o lançamento de Wicked Sensation, o guitarrista reúne suas forças ao vocalista Oni Logan para mais uma empreitada (lembrando que tivemos o autointitulado Lynch Mob em 92, sem Logan). A reunião ocorreu no festival Rocklahoma, em 2008, e, para a gravação do disco, recrutaram ninguém menos que a dupla Marco Mendoza (Whitesnake, Blue Murder, Thin Lizzy) e Scot Coogan (Brides of Destruction). A banda parecia um supergrupo perfeito, reencarnação do Lynch Mob original com o acréscimo de um baixista mais que responsa. Mas química musical não se compra em farmácia.

A abertura fica a cargo de 21st Century Man, na qual Lynch desfila seu estilo característico em riffs de entortar pescoço. Solo com todos os tipos de técnica e clichês conhecidos, faz a alegria do ouvinte justamente por trazer mais do mesmo de forma magistral. Smoke and Mirrors, que dá nome ao play, tem um clima southern com violão dobro segurando a onda o tempo todo e fraseados de slide absolutamente providenciais. Refrões que parecem ter saído das gravações do último disco do Lynyrd Skynyrd mostram que estamos diante de uma fase nova de Lynch.



Quando temos a impressão de estar diante de algo magistral, a coisa degringola.

Lucky Man, apesar do estilão Bon Jovi, nos brinda com timbres absolutamente oitentistas. Sempre me impressionou o timbre e as equalizações da época. Lucky Man traz as guitarras fazendo frases que, normalmente, caberiam aos teclados. Talvez isso a torne tão especial, ainda mais quando é utilizado um efeito de tremolo para dar tempero à coisa toda.

My Kind of Healer entra na onda dos riffs maravilhosos. O vocal aqui melhora em comparação às faixas anteriores, mas sempre temos a sensação de que falta algo na banda de apoio que, apesar de competente, fica restrita a tal qualificação. Sabemos que química significa mais que simplesmente juntar pessoas competentes.

Time Keepers não me diz nada, mas complementa o play. Já Revolution Heroes é forte, tem pegada e ritmos desconexos que nos fazem lembrar que aqui tem uma banda tocando, e não apenas George Lynch com amigos. Let The Music Be Your Master tem no título uma frase tirada de Houses of the Holy, do Led Zeppelin, e, por vezes, lembra o grupo de Page na levada de bateria a la Bonzo. E é só.



The Phacist traz um riff de abertura que quero que o nobre passageiro me diga nos comentários de onde veio. Afinal, é praticamente chupado de maneira descarada de um dos maiores hits do... bem, ouça você mesmo e me diga. Até o timbre é igual.

Mas voltamos ao entusiasmo com Where do you sleep at night. Aquela intercalação de guitarras distorcidas com dedilhados limpos nos lembra que temos aqui algo acima da média. We will remain traz o velho Dokken aos nossos ouvidos (até a entrada do vocal, que põe tudo a perder). Before I close my eyes e Mansions in the Sky estão presentes pra não dizer que o play tem somente dez músicas. Dispensáveis.

Um disco comandado por George Lynch que, apesar de ter uma banda competente, está longe de empolgar. O guitarrista é fantástico, e suas composições também. Mas isso, apenas, não faz verão.

Saudades de Jeff Pilson.

Track List

1. 21st Century Man
2. Smoke and Mirrors
3. Lucky Man
4. My Kind Of Healer
5. Time Keepers
6. Revolution Heroes
7. Let The Music Be Your Master
8. The Phacist
9. Where Do You Sleep At Night
10. Madly Backwards
11. We Will Remain
12. Before I Close My Eyes
13. Mansions In The Sky

George Lynch (guitarras)
Marco Mendoza (baixo)
Scot Coogan (bateria)
Oni Logan (vocal)

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Por Zorreiro

5 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?czmziuleiryphm6

Winys_Rockman disse...

Eu já Havia Postado Esse Play No Meu Blog...Mas como esse é o blog q eu mais gosto eu vou Comentar.
o Smoke And Mirrors é um álbum que talvez os fãs do Lynch tenham esperado mais de uma década Pra Ouvir,e que remete a época do Wicked Sensation.
Nitidamente quando se ouve dá pra perceber que ele deixou toda a baboseira de New Metal como no Lynch/Pilson e que ele quer voltar a fazer o som que consagrou a banda.
Por esse Motivo eu me matei mas consegui o Original!

Keep On Posting!

http:/www.blogdowinys.blogspot.com

Anônimo disse...

Obrigado!

Mas não consegui identificar o Riff da "The Phacist"

dnlz disse...

Dico do caralho , o vocal do Oni esta lembrando muito o finado Ray Gillan, depois de Wicked Sansation esse é o melhor disco do Lynch Mob, o disco com o Manson é bem legal tbm , quem gosta de Badlands vai adorar esse album , muitissimo bom!

Anônimo disse...

Discordo da análise crítica , achei o disco excelente e as músicas ditas dispensáveis fazem minha alegria! De qualquer forma parabéns pelo ótimo Blog.