Quando entrou no Deep Purple, David Coverdale tirou a sorte grande. De balconista de loja e cantor de uma banda sem expressão chamada The Government, passou a ser o homem de frente daquela que foi uma das integrantes da santíssima trindade do rock pesado britânico: Led/Sabbath/Purple. Coverdale foi chamado por Ritchie Blackmore para integrar o posto em 1973, após uma audição.
Sua missão era substituir ninguém menos que Ian Gillan e dividir os microfones com Glenn Hughes, que também segurava o baixo. Mas ele fez bonito e sua estreia no continente americano se deu justamente num grande festival, o California Jam, ao lado do Black Sabbath e outras feras do som pesado.
Em seguida, lançou dois álbuns clássicos com o Purple (Burn e Stormbringer) e, no final do ano de 1975, Blackmore cai fora para formar o Rainbow. A banda continua com o excelente Tommy Bolin nas guitarras, com quem lança, em 1976, Come Taste the Band. Aqui as influências do soul e do funk substituiram o estilo clássico de Blackmore, fruto da presença marcante de Glenn Hughes.
Mas Bolin estava no fundo do poço com seu vício em heroína e Hughes, com a cocaína. Basta ver o vídeo Deep Purple Rises Over Japan para perceber que Bolin não consegue tocar e nem se mexer e Hughes se mexe tanto que não consegue tocar nem cantar direito. John Lord segura a onda com maestria, mas suas montanhas de teclados o impedem de realizar algo performático enquanto tem que tocar absolutamente todos os sons ao lado de Ian Paice. O entretenimento do show fica exclusivamente a cargo de Coverdale, cuja voz estava no auge. O Purple é obrigado a encerrar as atividades.
David Coverdale não podia ficar parado, pois havia se tornado um homem de destaque no showbusiness mundial. Imediatamente chamou seu antigo companheiro Micky Moody para lhe ajudar nas composições e lançou, em sequência, os dois álbuns dessa postagem.
White Snake ainda não tinha nenhuma relação com a banda homônima que Coverdale formaria dois anos depois. É o primeiro disco solo do vocalista e mostra que ele ainda tinha muita lenha para queimar na época em que o Deep Purple terminou pela primeira vez.
Celebration é um funk, que mostra que os anos ao lado de Hughes e Bolin lhe ensinaram como compor algo com muito groove. Mas a face baladeira, que no Purple aparece bem em Mistreated, composta juntamente com Blackmore, está presente na fantástica Hole in the Sky. Tente não se emocionar ouvindo-a e conseguirá um atestado de coração de pedra. O disco todo é excelente e vale conferir.
Mas Bolin estava no fundo do poço com seu vício em heroína e Hughes, com a cocaína. Basta ver o vídeo Deep Purple Rises Over Japan para perceber que Bolin não consegue tocar e nem se mexer e Hughes se mexe tanto que não consegue tocar nem cantar direito. John Lord segura a onda com maestria, mas suas montanhas de teclados o impedem de realizar algo performático enquanto tem que tocar absolutamente todos os sons ao lado de Ian Paice. O entretenimento do show fica exclusivamente a cargo de Coverdale, cuja voz estava no auge. O Purple é obrigado a encerrar as atividades.
David Coverdale não podia ficar parado, pois havia se tornado um homem de destaque no showbusiness mundial. Imediatamente chamou seu antigo companheiro Micky Moody para lhe ajudar nas composições e lançou, em sequência, os dois álbuns dessa postagem.
White Snake ainda não tinha nenhuma relação com a banda homônima que Coverdale formaria dois anos depois. É o primeiro disco solo do vocalista e mostra que ele ainda tinha muita lenha para queimar na época em que o Deep Purple terminou pela primeira vez.
Celebration é um funk, que mostra que os anos ao lado de Hughes e Bolin lhe ensinaram como compor algo com muito groove. Mas a face baladeira, que no Purple aparece bem em Mistreated, composta juntamente com Blackmore, está presente na fantástica Hole in the Sky. Tente não se emocionar ouvindo-a e conseguirá um atestado de coração de pedra. O disco todo é excelente e vale conferir.
Northwinds é o segundo trabalho que a parceria Coverdale/Moody rendeu, e muitas de suas músicas foram aproveitadas no primeiro disco da banda Whitesnake, que ambos formaram em 1978 ao lado de Bernie Marsden e John Lord. Estão lá Only My Soul e Queen of Hearts, com aquele embalo típico da primeira fase do Whitesnake, a chamada “fase blues”. Quem já conhece o debut da banda vai ouvir aqui as versões originais, acrescidas de outras pérolas maravilhosas.
No ano de 1988, os dois discos foram lançados em um único formato, com ambos os álbuns na íntegra, mas sem as bônus tracks das versões individuais lançadas em cd posteriormente. É a versão que posto hoje.
White Snake foi gravado entre agosto e setembro de 1976, e produzido por Roger Glover, ex-baixista do Deep Purple. Foi oficialmente lançado no ano de 1977. Northwinds foi gravado entre março e abril de 1977, e também foi produzido pelo baixista. Foi oficialmente lançado no ano de 1978. Ambos sob o selo Deep Purple Overseas Management Ltd. que, penso, não preciso explicar do que se trata. Quando Northwinds saiu, a banda Whitesnake já tinha sido oficialmente formada, e o disco Snakebite (1978) foi lançado com algumas músicas regravadas.
Coverdale, por mais que seja um marqueteiro de primeira e tenha seguido os modismos dos anos 70 e 80, nunca fez música ruim. Imaginem o que ele fez no auge da sua voz em composições solo com a parceria de um amigo então desconhecido do grande público. Bem, agora não precisa mais imaginar.
Ah! Vá ao final da postagem e veja quem participa do disco.
Track List
Do álbum White Snake
1. Lady
2. Blindman
3. Goldies Place
4. Whitesnake
5. Time On My Side
6. Peace Lovin’ Man
7. Sunny Days
8. Hole In The Sky
9. Celebration
Do album Northwinds
10. Keep On Giving Me Love
11. Northwinds
12. Give Me Kindness
13. Time And Again
14. Queen Of Hearts
15. Only My Soul
16. Say You Love Me
17. Breakdown
David Coverdale (vocais)
Micky Moody (guitarras)
Tim Hinckley (teclados)
De Lisle Harper (baixo em White Snake)
Simon Phillips (bateria em White Snake)
Roger Glover (sintetizadores)
Alan Spenner (baixo em Northwinds)
Tony Newman (bateria em Northwinds)
Ronnie James Dio e Wendy Dio (backing vocais em Give Me Kindness)
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Por Zorreiro
6 comentários:
http://www.mediafire.com/?s7ado8hoi7cxq4o
Combe do Iommi é foda! Muito legal esses posts com a história do disco/banda! massa !!!
Coverdale é um dos meus vocalistas que mais admiro! E prefiro o Deep Purple com ele, assim como prefiro o Sabbath com o mestre Dio.
Valeu pela históriia e pelos cd's !!
pérola meu amigo... pérola... valeu pelo ótimo post!!
abraço!
otimo post
não são os melhores cds do WS (pra mim todo cd do DC é do WS, q eles são a mesma coisa), mas são bons CDs...
valeu..
Gosto muito! tem muita influencia de purple ainda,mas ele sabe adicionar seus gostos tipo R&B e tal! Muito bom!
Valeu muito!!! Tô procurando esse cd tem um tempão e não achava de jeito nenhum...Obrigadão
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