Pages

Lembre-se

Comentar em alguma postagem não irá lhe custar mais do que alguns segundos. Não seja um sanguessuga - COMENTE nas postagens que apreciar!

Os links para download estão nos comentários de cada postagem.

Acesse: www.vandohalen.com.br

domingo, 27 de março de 2011

David Bowie – Aladdin Sane 30th Anniversary Edition [1973 – 2003]


O Glam Rock tem sua gênese creditada a Marc Bolan e seu T Rex, enquanto ao New York Dolls é creditada a criação do sleaze. Alguns não concordam com isso, outros batem o pé e não admitem outras personagens nesse capítulo da história da música. Seja como for, absolutamente ninguém foi tão influente nas duas cenas durante a primeira metade dos anos 70 como David Bowie.


Chamado muito apropriadamente de Camaleão, Bowie sempre foi um cara com grande senso de timming, que soube aproveitar todas as ondas do rock sem se vincular aos clichês de época e gênero. Ele cria seus próprios clichês.


Se nos anos 80 flertou simultaneamente com o dance e com o blues (Let’s Dance tem Stevie Ray Vaughan nas guitarras), e nos 2000 com o nu metal (Earthling chega a quase isso), em todas as suas investidas ele imprimiu uma qualidade muito acima dos seus contemporâneos.


Quer ver a influência do Camaleão nos cinemas? É no show de Bowie em Berlim que Christiane F. experimenta pela primeira vez a coisa ruim (veja o filme). Assista o filme The Runaways e sinta como o público feminino absorvia a androginia de Bowie como se ele fosse o rockstar que entendia as mulheres, o impensável roqueiro sensível. Leia a biografia do Led Zeppelin de Mick Wall e perceba que ele nunca foi santo (muito ao contrário).


Mas Bowie tinha um fiel escudeiro nos anos 70 que fazia com que suas obras se tornassem mágicas e icônicas. Mick Ronson era guitarrista, arranjador, produtor e compositor de mão cheia, fazendo com que a carreira do Camaleão não baixasse jamais do seu nível de excelência. E Aladdin Sane surgiu exatamente nesse período áureo, sendo o sexto disco de estúdio de Bowie, dando sequência à saga Ziggy Stardust.


O disco foi todo inspirado na obra "Vile Bodies" de Evelyn Waugh, e traz previsões sarcásticas de uma terceira guerra mundial que resultaria no fim do mundo, levando a crer que esse final ocorreria ainda na década de 70 (veja o título da música Aladdin Sane com as três datas – 1913, 1938 e 197?, que fazem referência aos anos de início das duas grandes guerras mundiais).


Para o disco, Mike Garson substituiu Rick Wakeman no piano e, sinceramente, esse foi o grande diferencial, a grande sacada de Bowie. A música Time, aparentemente uma música simples com poucos acordes repetitivos e letra apocalíptica, tornou-se algo sublime, cheia de tensão e dinâmicas graças à performance inigualável de Garson. Mick Ronson, com sua grande visão de músico que joga para o time, deixa o piano se sobressair por toda a música, aparecendo somente em momentos certos, com poucas e muito bem escolhidas notas. Química somada ao talento, meu caro passageiro.



A abertura do disco, com Watch That Man, mostra um Bowie roqueiro, antenado com o que a cena rocker estava fazendo, seus flertes com a música negra norte americana e as influências do blues e do country. Os Rolling Stones, aliás, aparecem na cover de Let’s Spend The Night Toghether em uma versão que não me agradou muito, mas tudo bem. The Jean Genie também é rock’n’roll, sendo este considerado o último disco dessa fase rocker de Bowie. A partir daí, o timming seria outro.



A versão que posto é a reedição de 30 anos do play, que tem um cd bônus com 10 músicas, incluindo a clássica All The Young Dudes, a versão do single de Time e diversos tracks da turnê americana gravados ao vivo. Um biscoito fino, definitivamente.


Time é para ouvir em estado de melancolia. Um piano como jamais se ouviu na história do rock. Sublime.


Track List


CD 1

1. "Watch That Man"

2. "Aladdin Sane (1913-1938-197?)"

3. "Drive-In Saturday" 4. "Panic in Detroit"

5. "Cracked Actor"

6. "Time"

7. "The Prettiest Star"

8. "Let's Spend the Night Together"

9. "The Jean Genie"

10. "Lady Grinning Soul"


CD 2 – Bônus da edição de aniversário

1. "John, I'm Only Dancing" ('sax' version)

2. "The Jean Genie" (single mix for single A-side, 1972)

3. "Time" (edit for single A-Side, 1973)

4. "All the Young Dudes" (mono mix)

5. "Changes" (Live) Boston Music Hall, 1 October 1972

6. "The Supermen" (Live) Boston Music Hall, 1 October 1972

7. "Life on Mars?" (Live) Boston Music Hall, 1 October 1972

8. "John, I'm Only Dancing" (Live) Boston Music Hall, 1 October 1972

9. "The Jean Genie" (Live) Santa Monica Civic Auditorium, 20 October 1972

10. "Drive-In Saturday" (Live) Cleveland Public Auditorium, 25 November 1972


David Bowie – guitarra, teclado, saxofone, voz

Mick Ronson – guitarra, piano, voz

Trevor Bolder – baixo

Mick "Woody" Woodmansey – bateria

Mike Garson – piano

Ken Fordham – saxofone

Brian "Bux" Wilshaw – saxofone e flauta

Linda Lewis – backing vocais

Juanita "Honey" Franklin – backing vocais

G.A. MacCormack – backing vocais


Link nos comentários

Link on the comments


Por Zorreiro

2 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?sdrsiubq9l9u0km

Deckard disse...

Esse tambem é classico. Acho a musica Aladin Sane uma das melhores do Bowie. Grande post!!!!