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domingo, 25 de abril de 2010

Deep Purple - Burn [1974]


Em 1973, o Deep Purple ia muito bem, obrigado. No auge da formação clássica, o grupo já havia dominado o mundo com seu Rock n' Roll divertido, pesado e levemente psicodélico. Mas o mundo foi surpreendido com a notícia que o vocalista Ian Gillan, após muitos desentendimentos com o guitarrista Ritchie Blackmore, sairia da banda. Com ele, também foi o baixista Roger Glover, após o mesmo descobrir que os remanescentes queriam despedí-lo.

Para os postos, foram escalados David Coverdale (vocal) e Glenn Hughes (baixo e vocal). Inicialmente, apenas Glenn Hughes seria convocado e permaenceria como vocalista principal, mas os caras optaram por ter um frontman. Para quem conhece um pouco de Hard Rock, esses nomes não são nem um pouco desconhecidos, apesar de que, antes disso, eram. Coverdale é o líder do Whitesnake e Hughes já participou de tantas bandas que nem compensa citá-las. (risos)

Com as mudanças e a liberdade de composição entregue aos novatos, era de se esperar que a sonoridade sofresse mudanças. David e Glenn eram muito influenciados pelo Blues e Soul Music, logo, suas composições inseriam mais pegada e boogie, mas sem perder o peso. Jon Lord e Ian Paice conciliaram bem as mudanças, mas Blackmore demorou pra se acostumar com tudo, não aceitando de primeira. Ironicamente, considero as guitarras desse álbum excelentes, com várias das melhores linhas já compostas pelo excêntrico Ritchie.

Enfim, "Burn" demorou um mês para ser gravado. A banda saiu da estrada em julho de 1973 e em três meses conseguiram encontrar os músicos, compor as canções do disco (isso foi realizado em duas semanas apenas) e gravar este que é um dos maiores clássicos do Hard Rock. Apesar de apenas 8 faixas, o play não precisa mais do que isso para mostrar ao mundo o poder desses caras.


Tudo começa com um genial riff de Ritchie Blackmore abrindo a faixa título com muita energia. A canção, que já se tornou um hino rocker logo de cara, conta com uma performance incrível de todos os integrantes: guitarras fantásticas, baixo bem colocado, bateria furiosa, teclados frenéticos e vozes (tanto de Coverdale quanto de Hughes) simplesmente fantásticas!

A cativante "Might Just Take Your Life" destaca Jon Lord e Glenn Hughes. O riff nos teclados ganha espaço e segue a música que, além de contar com a grande voz de David, tem uma performance incrível de Glenn Hughes, que arregaça em um dueto com si mesmo, em tons de voz diferentes. "Lay Down, Stay Down", em compensação, coloca Ian Paice em destaque, com uma bateria muito bem tocada. Além disso, há uma divisão vocal incrível entre Coverdale e Hughes que, quando não revezam estrofes, cantam em uníssono. A guitarra de Ritchie Blackmore está excelente, por sinal, com ótimos riffs e belos solos.

"Sail Away", um pouco mais calma, tem uma pegada repleta de groove, instrumental rebuscado e, novamente, divisão vocal belíssima. "You Fool No One" mantém a pegada diferenciada, mas com mais agilidade e força, com menções honrosas às vozes de Glenn e às guitarras frenéticas de Blackmore. O frenezzi descamba em "What's Goin' On Here", um digno blues de boteco norte-americano, com direito a órgão Hammond e frases de guitarra e baixo bem criativas.

O álbum chega ao fim, mas em grande estilo. A melancólica "Mistreated" entra com uma performance emocionante de David Coverdale, além de guitarras e teclados harmonizados, solos belíssimos e cozinha bastante cuidadosa. O instrumental "A 200" fecha o disco com Jon Lord e Ritchie Blackmore brilhando mais do que nunca.

Em questão de receptividade, "Burn" divide opiniões. Há quem não concorde com o direcionamento que a banda tomou após a saída de Gillan e Glover. Mas é inegável a importância desse play, em vários aspectos e contextos históricos.

Além de ter dado holofotes à David Coverdale e Glenn Hughes, dois talentos até então desconhecidos que contribuiriam muito para o Rock no futuro, vale lembrar que o Deep Purple estava com baixos números de vendas com o antecessor "Who Do We Think We Are", que vendeu abaixo do esperado nos Estados Unidos e na Inglaterra, mercados que eram referência para o Rock na época, juntamente do Japão. "Burn", em compensação, vendeu mais de 500 mil cópias na terra do Tio Sam e, no Reino Unido, ultrapassou a marca de 100 mil exemplares vendidos.

Caro leitor, isso é Deep Purple! É clássico! Confira já!

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' On Here
07. Mistreated
08. A 200

David Coverdale - vocal
Ritchie Blackmore - guitarra
Glenn Hughes - baixo, vocal
Jon Lord - teclados, órgão Hammond
Ian Paice - bateria, percussão

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

10 comentários:

Anônimo disse...

Deep Purple - Burn [1974]
http://lix.in/-7ebc51

jantchc disse...

a melhor banda do mundo de todos os tempos e este é o meu cd preferido junto com o In Rock...

a banda mudou com a entrada dos dois, não digo pra melhor, mas mudou e continou otima..

ótimo post..

Zakk disse...

Ótimo post, um dos melhores discos q ouvi na minha vida! Parabéns, acertaram em cheio!

GrassHoper disse...

De fato esse álbum me marcou muito, quando o ouvi pela primeira vez, mesmo depois de três décadas de seu lançamento. Cara, nem sei dizer qual o melhor entre esse e o Stormbringer, a parada é duríssima! Ambos figuram entre os melhores do Purple, mas o posto de melhores da discografia da banda eu concederia ao Machine Head, Fireball e o Who do we think we are, ainda assim sem nenhum que desponte como O melhor.

Gratificante que bandas assim tenham surgido, as quais você ouve, ouve e não consegue apontar o melhor trabalho de cara, dentro das várias opções!

dnlz disse...

Na minha opinião essa formação fez todas as outras formações parecerem chatas , só consigo escutar DP dessa fase , apesar de serem muito boas as outras formações assim como a atual , até o Blackmre que é uma chato ficou mais legal nessa formação.
Valeu!!

Unknown disse...

Mais um grand post, eu ja havia ouvido... mas faz uns anos... era em vinyl inclusive... valeu ! Silver, deixa eu te perguntar cara, qual é o email para envio de material próprio ?? valeu !

Igor Miranda disse...

Ainda não estamos aceitando material de bandas independentes porque estamos tentando recuperar o material "essencial" ao blog (já que tivemos baixas na staff).

Quando estivermos compilando, avisaremos aos usuários. Continue visitando e um abraço!

Anônimo disse...

com o coverdale fico ótimo.

Unknown disse...

Coverdale deu um gás novo ao Purple. Classicão!

Anônimo disse...

Simplesmente perfeito!