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sábado, 5 de março de 2011

Demons & Wizards - Demons & Wizards [1999]


A história nos mostra que a união de músicos, provenientes da mesma cena, que simbolizam determinadas bandas, quase sempre gera bons frutos. Porém quando ocorre esse tipo de parceria tem-se em mente produzir algo diferente dos grupos pelo qual os remetem. Page e Coverdale não tentaram misturar Whitesnake e Led Zeppelin; Robin McAuley e Michael Schenker não fizeram um mix de UFO e Grand Prix; Paul Laine, David Readman e André Andersen não se juntaram pra mesclar a sonoridade do Danger Danger, Pink Cream 69 e Royal Hunt. Só pra citar alguns exemplos.

Mas a coisa muda de figura quando pegamos o projeto Demons & Wizards, liderado pelos 'chefes' do Iced Earth e Blind Guardian, pois a intenção foi de misturar a sonoridade dos conjuntos representados pelos mentores. E o resultado não podia ser melhor. Embora muitos falem de uma mistura do Iced Earth com Blind Guardian, não acho que seja exatamente isso. Defino como o cruzamento das características das bandas. Ou seja, a junção da epopéia guardiã com a agressividade gelada. Com algumas notáveis diferenças em relação aos trabalhos de vocais e guitarras.


Segundo Hansi Kürsch, o projeto é "a versão mais simples do Blind Guardian". Particularmente, acho uma péssima definição que chega até a menosprezar o trabalho realizado. Além de Hansi nos vocais, e Jon Schaffer cuidando das seis cordas, o projeto contou, em seu debut, com o auxílio do então baterista do Iced Earth, Mark Prator, e o produtor do templo do Heavy Metal estadunidense, Jim Morris, responsável por produzir e fazer a engenharia de som do primeiro full-lenght do D&W no conceituado Morrisound Studios, além de gravar solos adicionais.

O papel fundamental de Morris, no entanto, foi o direcionamento proposto para a gravação dos vocais. Talvez o elemento mais diferenciado deste projeto seja a forma como as vozes de Hansi foram trabalhadas, e foi Morris quem deu a ideia de criar o máximo de harmonizações vocais. Além das harmonias serem extremamente bem construídas e passarem o clima mágico das letras, as sobreposições com timbres agudos e graves contrastando na mesma passagem, ou agressividade e suavidade melódica andando lado a lado, produz um efeito dramático do bem e o mal, gerando uma experiência catártica.



Como diria todos os professores de Matemática "não entenderam a definição, então vamos aos exemplos que fica fácil". As variações de Hansi em "Heaven Denies" ultrapassam o significado de versatilidade e transmitem todos os sentimentos fantasiosos de escuridão-luz-inferno-paraíso representado na letra. Sem contar o instrumental afiado e cortante como uma navalha. A semi-balada "Fiddler on the Green" é estruturada de maneira similar a "Sailing Ships" do Whitesnake e honra o disco que batizou o grupo, pois apesar de não haver semelhança com o Uriah Heep, a emoção mística é igual ao clássico de 1972, sem exagero algum!

Outra composição onde as multi-camadas vocais criam um clima irresistível é "Blood On My Hands", que lembra o Nightfall in Middle-Earth nesse aspecto. A proximidade do Something Wicked This Way Comes exerce grande influência no processo compositivo e, ao final do disco, as últimas músicas constituem uma trilogia, assim como foi feito no recém-lançado álbum do Iced Earth à época. Sem revoluções e original por um lado. Reciclagem de alguns clichês? Apenas o necessário. Entretanto jamais cai numa mesmice e mantém o Rock como uma das principais expressões artísticas e pratica som emergente da criatividade, assim como incontáveis bandas e projetos surgidos nos últimos vinte anos.

01. Rites Of Passages
02. Heaven Denies
03. Poor Man's Crusade
04. Fiddler On The Green
05. Blood On My Hands
06. Path Of Glory
07. Winter Of Souls
08. The Wistler
09. Tear Down The Wall
10. Gallows Pole
11. My Last Sunrise
12. Chant
13. White Room [Cream cover] (bonus track)

Hansi Kürsch - Vocals
Jon Schaffer - Rhythm and Lead Guitar/Bass

Guest musicians:
Jim Morris - Lead Guitar
Mark Prator - Drums

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

7 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?5oc01ifvuuo79a4

Taliban Sexy Trucker disse...

Embora nem seja muito a minha praia, eu acho que essa parceria foi uma das mais brilhantes do Power Metal, existem várias, e muitas delas mto boas tbm, mas essa, putz, ficou sensacional msm...

Jay disse...

Grande projeto, mas confesso que o segundo álbum não me agradou tanto quanto esse.

Anônimo disse...

Tenho esse CD e o comprei justamente por reunir as duas forças do Metal, em seus respectivos lugares, respeitando-se suas origens. Gosto das duas bandas, o Iced Earth e Blind Guardian, e confesso que em algumas passagens teria sido excelente contar com a participação do Matt Barlow (aí, o projeto teria que ter outro nome, tipo DEMONS, WIZARDS AND WARRIORS), mas no geral, eu gostei deste debut.
São caras que merecem respeito pelo talento e pelos trabalhos realizados.
Vale conferir!

Abraços Rocker!

Dragztripztar disse...

Agora que reparei que não tinha colocado o tracklist inteiro. Pra quem já tem, essa é a versão que tem como bônus o cover do Cream.

Emerson L. Penerari disse...

Clássico absoluto! Amo esse play, e tenho a versão que saiu com o cover do Cream mais duas faixas demo...

[]´s
Merso

Trovator disse...

Apesar de não ser tão técnico quanto o sucessor, de 2005, o álbum de estreia une dois gênios do Power Metal. O disco é sensacional.