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terça-feira, 29 de março de 2011

REPOSTAGEM: Led Zeppelin - II [1969]


O Led Zeppelin surgiu com a tentativa do guitarrista Jimmy Page de formar um novo Yardbirds - apenas na teoria, pois o grupo realmente se chamaria "The New Yardbirds" para cumprir um contrato de shows na Escandinávia. Com ele estavam o baixista Chris Dreja, o vocalista Robert Plant e o baterista John Bonham, mas logo Dreja deu lugar a John Paul Jones e uma das bandas mais importantes do Rock estava formada. O primeiro álbum, auto-intitulado e lançado em janeiro de 1969, foi um sucesso, e não poderia se esperar menos de seu sucessor.

"Led Zeppelin II"
chegou às prateleiras em outubro de 1969 e foi gravado aos pedaços, em vários lugares diferentes, durante descansos de turnês - já que, agora, o quarteto fazia muitos shows. Mas isso não interferiu no processo compositivo. Pelo contrário: ajudou bastante, pois as pirações improvisadas nos palcos se tornavam novas composições. Daí fora construído um clássico incontestável do Rock N' Roll que, do começo ao fim, não transmite falta de inspiração em nenhum momento sequer.

Em comparação aos outros trabalhos do começo do Zeppelin, "II" é o mais pesado. Ainda que com as mesmas temáticas das letras e influência do Blues e da Folk Music, seu antecessor e seus primeiros sucessores continham uma predominância acústica, enquanto que neste disco é tudo feito de forma bem crua, inclusive a produção do grande Eddie Kramer, prevalecendo elementos como guitarras distorcidas, vocais agudos e berrados, linhas de baixo pesadas e sequências de bateria bem agressivas.


A paulada Whole Lotta Love abre o disco, unindo Blues, Rock N' Roll e psicodelia de forma soberba, com riffs avassaladores de guitarra e baixo, bateria cavalar e vocais impecáveis de Plant. Em seguida tem-se What Is And What Should Never Be, que se assemelha mais com o primeiro álbum do Led pelas mudanças entre o calmo e o pesado, e The Lemon Song, um Blues Rock onde Page dá um show a parte.

Thank You, composição de Plant e Page, quebra o clima perfeitamente e é uma das melhores baladas da carreira da banda, caracterizando-se por ser simples, direta e aconchegante. Mas logo a pauleira volta com Heartbreaker, hino imponente que conta com um dos riffs e solos mais conhecidos da história do gênero. A canção, notória evolução do Blues rústico, é tão influente que até motivou Eddie Van Halen a desenvolver sua técnica de tapping, enquanto tentava reproduzir seu solo, segundo relato do próprio.

A continuação de Heartbreaker é uma das músicas mais injustiçadas da carreira do grupo: Living Loving Maid (She's Just A Woman), mesmo com uma levada clássica e gostosa, nunca recebeu muita atenção pela banda pela temática, groupies, pois a namorada de Jimmy na época, Charlotte Martin, se sentiu ofendida - uma pena, pois é excelente. Em seguida, a calma Ramble On, que teve sua letra influenciada pelo livro "O Senhor Dos Anéis" de J.R.R. Tolkien, tem uma musicalidade peculiar e um tanto quanto inspirada na Folk Music, mas com seus momentos Rock N' Roll.

O instrumental Moby Dick chega e os caras simplesmente descem o cacete, principalmente John Bonham em seu magistral solo de bateria. Por fim, uma readaptação de Bring It On Home, composta por Willie Dixon e popularizada por Sonny Boy Williamson II. Apenas a introdução e algumas outras nuances remetem à canção original, enquanto a maioria das modificações foi realizada por Page e Plant. Um desfecho apoteótico para um álbum que dispensa quaisquer comentários.

A recepção, como sempre, foi calorosa: o álbum chegou à primeira posição das paradas inglesas, canadenses e americanas, chutando "Abbey Road" do The Beatles do topo desta. Em poucos meses o álbum já havia vendido 3 milhões de cópias nos Estados Unidos e hoje já passou das 12 milhões apenas por lá, enquanto que no Reino Unido já receberam 3 discos de platina até hoje pelo play. E novamente o Zeppelin embarcou para uma incessante turnê.

Ao meu ver, este é o melhor trabalho dos monstros. Está muito a frente da época em que foi gravada em inúmeros aspectos e influenciou a maioria das bandas de Hard Rock e Heavy Metal que vieram no futuro, de Kiss até The White Stripes, de Aerosmith até Red Hot Chili Peppers. Preciso dizer que "Led Zeppelin II" é indispensável na coleção de qualquer roqueiro que se preze?



01. Whole Lotta Love
02. What Is And What Shoud Never Be
03. The Lemon Song
04. Thank You
05. Heartbreaker
06. Living Loving Maid (She’s Just A Woman)
07. Ramble On
08. Moby Dick
09. Bring It On Home

Robert Plant - vocal, harmônica
Jimmy Page - guitarra, violão, backing vocals
John Paul Jones - baixo, órgão, teclados, backing vocals
John Bonham - bateria, tímpano, percussão, backing vocals

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

9 comentários:

Anônimo disse...

Led Zeppelin - II [1969]
(94,6mb ~ 320kbps)

http://www.mediafire.com/?5oo72yscjp11oqz

Jp disse...

google doidão vai caçar, hahaha

grande texto silver!

Jonathan disse...

Brow, o link tá quebrado...

Rex Niskke disse...

nao sei pq o cara floq ue o link ta quebrados e aqui ta funcionando de boas '-'

grande resenha silver,foda demais!! o/

Jonathan disse...

Qnd tentei mais cedo não deu certo, agora foi. Vlw realmente um ótimo disco.

Anônimo disse...

Caralho! Sou obrigado a comentar só pra dizer que esse é o disco que também, em minha opinião, é o melhor do véio Zep, apesar de saber que, tecnicamente, o "Physical Graffiti" é o álbum definitivo deles por conter TODOS os elementos que definiram a banda.

AlBassPlayer

ruben disse...

Gosto muito deste disco, um de meus preferidos do Led, tenho ele em vinil...grande post.

`Pacheco´ disse...

otimo album
fui ao show de um cover do led mto bom esse fds
grande banda!
obrigado pelo play
bom trabalho

Ito disse...

Esse faltava na minha coleção, engraçado que acabei baixando o cd do pai e do filho ao mesmo tempo... Vlw.