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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Meat Loaf – Bat Out Of Hell [1977]

Jim Steinman é um cara muito chato. Muito chato além de americano, pianista, compositor e gênio. Exatamente, talvez, pelo fato de ser muito chato. E sua chatice, fonte de um perfeccionismo quase doentio, não o permitiriam aceitar qualquer um para interpretar suas canções dramáticas. E foi um texano gorducho sem eira nem beira chamado Marvin Lee Aday, doravante chamado “Meat Loaf” o único capaz de cativar perfeitamente a canalização do talento de Steinman, em uma relação que já dura quase 40 anos. Foi dos primórdios deste encontro de gigantes (então desconhecidos) que foi gerado o terceiro disco mais vendido da história da humanidade: Bat Out Of Hell.


Em 1973, Jim Steinman, então apenas um instransigente autor de musicais, conheceu Meat Loaf - recém-chegado do Texas fugido do pai, que o maltratava exatamente por ser gordo - para as audições da peça “More Than You Deserve” e ficou impressionado com o alcance de tenor operístico do cantor. Ao se derreter, escreveu outras coisas para que Meat cantasse e, com o tempo, os dois foram juntos desenvolvendo aquele que seria o que o compositor descrevia como seu ataque definitivo: um espetáculo de excessos calcado em aventuras adolescentes, desastres de automóveis, amor descontrolado e outras ações ultradramáticas com visual chocante e interpretação idem. Após compor o disco, em 1975 a dupla convocou músicos de estúdio calcados no Utopia, de Todd Rundgren, e registrou a bolacha. O problema foi lançá-la.


Durante dois anos e meio, os animados vanguardistas visitaram mais de 15 gravadoras nos EUA para audições do álbum e foram recusados por todas elas. Quando estavam perto de desistir, fecharam por pura sorte com a Cleveland International Records em outubro de 1977 e conseguiram sucesso imediato na Austrália e Inglaterra. Os rumores de êxito vazaram para os Estados Unidos e, quando o disco saiu, a corrida por cópias foi frenética e Meat Loaf se tornou um sucesso nacional instantâneo.



Não foi, porém, por acaso que o disco foi bem e sucesso chegou para o cantor. Sua interpretação é de fato inspirada fortemente pelas óperas clássicas, com um timbre incrivelmente agudo, além do coração depositado por inteiro em cada uma das sete canções do disco, em relações estabelecidas entre todas as faixas. Sua performance vocal é destacada especialmente em “Bat Out Of Hell”, considerada pelo compositor “a melhor canção sobre um acidente de carro de todos os tempos” e em “For Crying Out Loud”, em que os agudos e força de timbre em determinado momento beiram o absurdo e provocam arrepios em quem ouve.


A grande influência de Beach Boys de Jim Steinman é sentida a partir das complexidades melódicas das canções interpretadas com o típico espírito improvisacional das bandas dos anos 70, o que dá ao ouvinte uma sensação de ouvir uma execução ao mesmo tempo refinada e visceral. A excelência do álbum levou Meat Loaf a percorrer o país em sequência e a natureza radical da apresentação fez o vocalista literalmente perder a voz em um futuro próximo, ao passo em que também se afundava em álcool e drogas tamanha a megalomania alcançada. Mas isto é assunto para uma outra postagem.


Mais de 30 anos depois do lançamento, "Bat" continua vendendo muito no mundo inteiro. Até hoje, a conta bate em 43 milhões de cópias, perdendo apenas para "Back In Black", do AC/DC (45 milhões) e o imbatível "Thriller", de Michael Jackson (mais de 100 milhões). Para orgulho do compositor, além de ser um sucesso de venda e uma quebra de paradigma no que se refere a um espetáculo musical, muito além do rock, o grande trunfo do álbum é ser uma obra definitiva concebida em sua totalidade por apenas um único homem: Jim Steinman.


OBS: O álbum postado conta com duas faixas ao vivo da turnê original de Bat Out Of Hell.



01.Bat Out Of Hell

02.You Took The Words Right Out Of My Mouth (Hot Summer Nights)

03.Heaven Can Wait

04.All Revved Up With No Place To Go

05.2 Out Of 3 Ain’t Bad

06.Paradise By The Dashboard Light

07.For Crying Out Loud


Meat Loaf – Vocais

Roy Bittan – Piano

Jim Steinman - Teclados

Ellen Foley – Vocais em “Paradise…” e back-vocais

Rory Dodd – Back Vocais

Todd Rundgren – Guitarras, percussão e teclados

Kasim Sulton – Baixo

Edgar Winter - Sax em "All Revved Up..."

Max Weinberg – bateria em “Bat...”, “You Took The Words...” e “Paradise…”

John Wilcox – Bateria em “All Revved Up...”, “2 Out Of 3…” e “For Crying...”

Participação da Orquestra Filarmônica de Nova York e da Filarmônica da Filadélfia


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Um oferecimento de ZoSo

7 comentários:

Anônimo disse...

http://www.multiupload.com/DUEAABNBAV

Jp disse...

caramba, que ótimo texto

Igor Miranda disse...

Os números não mentem, esse disco é grandioso.

Lyn disse...

Bem-vindo à trupe!
Abs.

GrassHoper disse...

Ouvi esse disco pela primeira vez ano passado. Indiscutivelmente ele merece todas essas vendagens, o mix de hard rock e influências operísticas é realizado aqui à perfeição. Créditos ao compositor Steinman e à emocionante perfomance de Meat Loaf.

Discão!!!

jantchc disse...

acho q este disco já foi postado por aqui..

ele é tão bom q merece ser postado e resenhado mais de uma vez..

eu sei q já baixei daqui a versão ao vivo do 1º disco..

e ela é tão boa qto o cd de estudio..

otima resenha gente fina..

Unknown disse...

Da outra vez que postaram esse disco eu achei que era pauleirão e nem baixei. Dessa vez me arrisquei, e gostei um pouco.

Não sou um fã de músicas longas, e não conhecia nenhuma música desse grande sucesso.

Embora não tenha combinado com o meu gosto, não posso tirar a grandiosidade do play.