Desde o surgimento do Black Sabbath, no fim dos anos 1960, o mundo da música nunca mais foi o mesmo. Álbuns como "Paranoid" e "Master Of Reality" revolucionaram o jeito de fazer Rock, incrementando mais peso, horror e ocultismo em afinações baixas, vocais sombrios e cozinha bastante aparente. Mas na segunda metade da década de 1970, o grupo entrou em uma certa decadência, principalmente após o lançamento do mediano "Technical Ecstasy", antecessor do álbum dessa postagem.
A crise se extendia e, dias antes das gravações do disco se iniciarem, o vocalista Ozzy Osbourne, que já passava por problemas com drogas e os mesmos se agravaram com a morte de seu pai, saiu da banda. O posto foi assumido pelo vocalista Dave Walker (ex-Fleetwood Mac) e a formação trabalhou em algumas composições, chegando até a apresentar uma delas, "Junior's Eyes", em uma versão diferente no programa Look! Hear! da BBC.
No entanto tudo o que havia sido feito foi deixado de lado ou recebeu generosas reformas quando Ozzy voltou, poucos meses depois, já que o mesmo não queria trabalhar em nada que tivesse sido feito durante sua ausência. Dessa forma, o período de composição foi bem conturbado pois, segundo Tony Iommi, as composições eram basicamente feitas de manhã para serem ensaiadas à tarde e gravadas no período da noite, não se tendo tempo para refletir se as canções eram realmente boas.
Finalmente lançado em setembro de 1978, "Never Say Die!" é o oitavo álbum do Black Sabbath e acabou por ser o último com Ozzy nos vocais. Em suma, não se deve esperar a levada sombria e metálica dos clássicos. O Sabbath arriscou (novamente) em músicas mais diretas, um pouco puxadas para o Hard Rock no estilo do Cactus, com uma pitada de experimentalismo psicodélico, principalmente inserida pelo tecladista Don Airey. Pode-se considerar que é uma sequência ao trabalho já apresentado por "Technical Ecstasy", mas com uma produção melhor, vocais mais incrementados, instrumental mais sólido e, apesar do período conturbado de composições, as mesmas se apresentam muito melhores do que no lançamento anterior.
A crise se extendia e, dias antes das gravações do disco se iniciarem, o vocalista Ozzy Osbourne, que já passava por problemas com drogas e os mesmos se agravaram com a morte de seu pai, saiu da banda. O posto foi assumido pelo vocalista Dave Walker (ex-Fleetwood Mac) e a formação trabalhou em algumas composições, chegando até a apresentar uma delas, "Junior's Eyes", em uma versão diferente no programa Look! Hear! da BBC.
No entanto tudo o que havia sido feito foi deixado de lado ou recebeu generosas reformas quando Ozzy voltou, poucos meses depois, já que o mesmo não queria trabalhar em nada que tivesse sido feito durante sua ausência. Dessa forma, o período de composição foi bem conturbado pois, segundo Tony Iommi, as composições eram basicamente feitas de manhã para serem ensaiadas à tarde e gravadas no período da noite, não se tendo tempo para refletir se as canções eram realmente boas.
Finalmente lançado em setembro de 1978, "Never Say Die!" é o oitavo álbum do Black Sabbath e acabou por ser o último com Ozzy nos vocais. Em suma, não se deve esperar a levada sombria e metálica dos clássicos. O Sabbath arriscou (novamente) em músicas mais diretas, um pouco puxadas para o Hard Rock no estilo do Cactus, com uma pitada de experimentalismo psicodélico, principalmente inserida pelo tecladista Don Airey. Pode-se considerar que é uma sequência ao trabalho já apresentado por "Technical Ecstasy", mas com uma produção melhor, vocais mais incrementados, instrumental mais sólido e, apesar do período conturbado de composições, as mesmas se apresentam muito melhores do que no lançamento anterior.
A abertura com a direta faixa-título anima o ouvinte, tendo-se Osbourne como o destaque nesta, e a sequência com "Johnny Blade" e "Junior's Eyes" (esta cuja composição foi inspirada no falecimento do pai de Ozzy) ainda dá um respaldo de 'Classic Sabbath', com letras levemente depressivas e melodias um pouco mais lentas e pesadas, diferenciando-se dos bons tempos apenas pelo uso de sintetizadores - que só deixaram a parada ainda mais dark.
"A Hard Road" e "Shock Wave", apesar de ótimas músicas, se diferenciam bastante das três primeiras, com uma levada menos densa e mais acessível - se não me falha a memória, "A Hard Road" é a primeira música dos caras em dez anos de carreira que tem backing vocals! Em seguida encontra-se a boa porém diferente "Air Dance", com uma melodia bastante puxada para o jazz, onde o baixo de Geezer Butler e o piano de Don Airey lideram o andamento da canção.
"Over To You" tem boas vocalizações e um riff cativante de Tony Iommi, mas não impressiona. "Breakout" também está longe de ser uma das melhores, mas tem um bom solo de guitarra e uma nuance com trompa (!!!). O fechamento com "Swinging The Chain" é um dos pontos altos do play: a mescla entre Hard, Blues e Heavy tem o baterista Bill Ward como vocalista principal (que por sinal é dono de um baita vozerão) e uma gaita muito malandra e bem adequada.
A recepção foi abaixo do esperado mas até prevista por conta de tanta turbulência girando o grupo. Mas "Never Say Die!" teve até boas vendas: chegou ao 12° lugar das paradas inglesas e ao 69° das americanas. Infelizmente só recebeu disco de ouro nos Estados Unidos em 1997, com a "guinada" que recebeu da reunião da formação original, não ganhando outra certificação em outro país. Vale ressaltar que os singles "A Hard Road" e faixa-título chegaram às posições de número 33 e 21 nos charts gerais do Reino Unido, respectivamente.
No mais, "Never Say Die!" soa pesado como um álbum do Black Sabbath deve soar e, apesar de não ser aclamado como os clássicos incontestáveis, é um belo de um discão!
"A Hard Road" e "Shock Wave", apesar de ótimas músicas, se diferenciam bastante das três primeiras, com uma levada menos densa e mais acessível - se não me falha a memória, "A Hard Road" é a primeira música dos caras em dez anos de carreira que tem backing vocals! Em seguida encontra-se a boa porém diferente "Air Dance", com uma melodia bastante puxada para o jazz, onde o baixo de Geezer Butler e o piano de Don Airey lideram o andamento da canção.
"Over To You" tem boas vocalizações e um riff cativante de Tony Iommi, mas não impressiona. "Breakout" também está longe de ser uma das melhores, mas tem um bom solo de guitarra e uma nuance com trompa (!!!). O fechamento com "Swinging The Chain" é um dos pontos altos do play: a mescla entre Hard, Blues e Heavy tem o baterista Bill Ward como vocalista principal (que por sinal é dono de um baita vozerão) e uma gaita muito malandra e bem adequada.
A recepção foi abaixo do esperado mas até prevista por conta de tanta turbulência girando o grupo. Mas "Never Say Die!" teve até boas vendas: chegou ao 12° lugar das paradas inglesas e ao 69° das americanas. Infelizmente só recebeu disco de ouro nos Estados Unidos em 1997, com a "guinada" que recebeu da reunião da formação original, não ganhando outra certificação em outro país. Vale ressaltar que os singles "A Hard Road" e faixa-título chegaram às posições de número 33 e 21 nos charts gerais do Reino Unido, respectivamente.
No mais, "Never Say Die!" soa pesado como um álbum do Black Sabbath deve soar e, apesar de não ser aclamado como os clássicos incontestáveis, é um belo de um discão!
01. Never Say Die!
02. Johnny Blade
03. Junior's Eyes
04. A Hard Road
05. Shock Wave
06. Air Dance
07. Over To You
08. Breakout
09. Swinging The Chain
Ozzy Osbourne - vocal
Tony Iommi - guitarra, violão, backing vocals em 4
Geezer Butler - baixo, backing vocals em 4
Bill Ward - bateria, percussão, vocal em 9, backing vocals em 4
Músicos adicionais:
Don Airey - teclados
John Elstar - gaita
Will Malone - trompa
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
8 comentários:
Never Say Die! [1978]
http://www.mediafire.com/?meikjjl2mjy#1
Dei uma nova chance pra este disco recentemente... e ele é muito bom... bem experimental e despojado...diferente do que se espera do Sabbath...e por isso mesmo muito bom.... quanto ao anterior ainda não gosto dele...mas quem sabe dando um nova chance
opinião é igual bunda, cada um tem a sua..
e na minha opinião, este é um dos piores discos do sabbath, junto com o technical ecstasy e o born again..
qq um da discografia com o tony martin dá de 10 X 0 neste cd..
mas já ouvi muito e até tenho este cd na minha coleção até hoje..
SABBATH!!!!!!!!!
Só agora é que consegui fazer comentários!
Farei sempre!!!!
Confesso, sem restrições, que usufluo de muito som por aqui já a algum tempo, e me contento, sempre, pelas otimas postagens e resenhas que convencem qualquer mente indecisa. E afirmo,por experiência propria, que as resenhas nunca prometem mais do que se pode provar nos albuns, por si próprios.
Mas enfim, minha intenção de confissão aqui é pelo fato de nunca (nunca mesmo) ter feito algum comentario.
Sem desculpas esfarrapadas ou histórinhas irrelevantes, me comprometo de verdade, daqui por diante ;)
Sobre o album: apesar de não ter repercutido maravilhas nos meus ouvidos, por pessoas proximas, a resenha acabou por me convencer, mais uma vez...
Fico grata.
Pra mim toda a discografia do Sabbath é quase que igualmente espetacular e só tem dois discos abaixo da média, esse e o Forbidden.
Acho o Technical Ecstasy superior, tem muito mais sonzera, Dirty Women [que conta com um dos meus solos preferidos do Iommi], Rock 'n' Roll Doctor e It's Alright q é uma balada bem agradável.
Mas, concordo que a produção deixa a desejar...
Do Never Say Die, eu acho Swinging the Chain o ponto alto do disco e Air Dance tbm é uma viagem de bom gosto... mas no geral, considero só um bom disco.
Sou suspeito para falar de Black Sabbath eheh, mas esse é álbum é bom demais!! Alem da faixa título que destroi tudo os outros destaques pra mim são Juniors Eyes, Jonny Blade e A Hard Road que tem uma excelente letra.
Não acredito que muitos fãs ñ curtem esse som!!
eu viajo na maionese a cada riff...
a primeira vez q escutei fiquei pensando: como pude passar tanto tempo sem conhecer isso... mas que perda de tempo!!
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