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domingo, 4 de julho de 2010

Mötley Crüe - Saints Of Los Angeles [2008]


Após a saída de Tommy Lee do grupo e um hiato de 4 anos dado após a turnê de "New Tattoo", disco gravado e viagem ocorrida sem o baterista, finalmente em 2004 o Mötley Crüe anunciou uma reunião. Embarcaram em tours muito bem sucedidas (incluindo o próprio festival Crüe Fest e shows com o Aerosmith), lançaram coletâneas que venderam bastante e lançaram os novos singles "If I Die Tomorrow" e "Sick Love Song". Mas nada de disco novo. Desde a reunião, Nikki Sixx e Vince Neil anunciavam que estavam trabalhando em um novo álbum, mas apenas em 2008 as falas se tornaram ações.

Lançado em 24 de junho de 2008, "Saints Of Los Angeles" é o nono lançamento do Mötley - o primeiro após 8 anos sem colocar um full-length no mercado e após 11 anos a ter a formação clássica. A produção ficou a cargo de James Michael, o mesmo que integra o Sixx:A.M. como vocalista. Vale mencionar que Michael, DJ Ashba (também integrante do Sixx:A.M. e atual Guns N' Roses) e Marti Frederiksen (produtor-compositor conhecido por trabalhos com o Aerosmith) co-escreveram praticamente o álbum inteiro com Nikki, com poucas participações dos outros integrantes.

O play é baseado na história do grupo, narrada no livro "The Dirt". Cada faixa tem uma ligação com o que é contado na obra e com o que de fato ocorreu durante a existência do Crüe. Assim, o álbum pode ser considerado semi-conceitual, pois não segue à risca mas tem muito a ver com a narrativa. Esse fator, aliado à inspiração e comprometimento dos envolvidos, gerou um disco excelente, que musicalmente lembra muito os dias de glória do quarteto, com uma pitada de modernidade, mas nada que deixe os fãs desapontados ou nada comparável aos dois lançamentos anteriores, bastante inferiores.

"Saints Of Los Angeles" apresenta todos os bons elementos do Mötley Crüe: Hard Rock consistente, pesado, bem-feito, digno de se associar à sua discografia. São 44 minutos capazes de arrancar dentes e chutar bundas. Inserções de Heavy, Sleaze e até mesmo uma nuance ou outra mais puxada pro Alternative são encontradas e apenas acrescentam melhorias, ao meu ver. A dica é curtir o álbum sem compará-lo aos clássicos porque os tempos são outros, pois esse petardo contém bastante energia e é prato cheio para qualquer fã do Mötley.


Nikki Sixx, baixista e principal compositor, continua o mesmo: linhas sólidas de baixo e composições incríveis. Vince Neil apresenta boas vocalizações, logicamente com as marcas que os anos e os abusos deixaram, mas ainda com qualidade. Tommy Lee, que sempre dispensou comentários como baterista, colabora bastante com linhas de bateria genuinamente Hard e ótimas viradas. Há rumores de que Mick Mars não tocou por aqui, mas logo nos primeiros minutos percebe-se que só poderia ser Mars nas seis cordas: riffs precisos, ótimos solos e bases concisas.

A recepção de "Saints Of Los Angeles" foi muito boa, diga-se de passagem. Já estreou na 4ª posição das paradas americanas (onde vendeu quase 100 mil cópias na semana de estreia), 3ª nas canadenses (onde garantiu disco de ouro), 5ª nas suecas e 14ª nas australianas. Os singles de "Mutherfucker Of The Year", da faixa-título e de "White Trash Circus" mantiveram boas posiçõs nos charts especializados em Rock. Além disso, a turnê de divulgação foi pra lá de bem-sucedida, chegando a passar pelo Pepsi Music na capital argentina de Buenos Aires (e nada de Brasil).

Entre os destaques, tem-se os singles já citados, além de "Welcome To The Machine", "Goin' Out Swinging", "What's It Gonna Take" e "Chicks = Trouble", sendo que principalmente a última remete o ouvinte ao Crüe clássico dos anos 1980 mais do que as outras já lembram. No mais, "Saints Of Los Angeles" foi um dos melhores lançamentos da década de 2000. Vale a conferida pois é pedrada do início ao fim!

01. L.A.M.F.
02. Face Down In The Dirt
03. What's It Gonna Take
04. Down At The Whiskey
05. Saints Of Los Angeles
06. Mutherfucker Of The Year
07. The Animal In Me
08. Welcome To The Machine
09. Just Another Psycho
10. Chicks = Trouble
11. This Ain't A Love Song
12. White Trash Circus
13. Goin' Out Swinging

Vince Neil - vocal
Mick Mars - guitarra, backing vocals
Nikki Sixx - baixo, backing vocals
Tommy Lee - bateria, backing vocals

Músicos adicionais:
James Michael - backing vocals, teclados, programação
Josh Todd - backing vocals
Jacoby Shaddix - backing vocals
Chris Taylor Brown - backing vocals
Marti Frederiksen - backing vocals
Melissa Harding - backing vocals

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

7 comentários:

Anônimo disse...

Saints of Los Angeles [2008]

http://www.multiupload.com/TWB5N05RL6

Unknown disse...

Adoro ese disco...não é um "Dr. Feelgood", mas quem se importa??Disco novo do Motlëy, MUITO agradável de se ouvir, muito sleaze mescalado com hard rock!!

Dynasty disse...

Aqui vai mais um gostinho do livro sobre a historia do Heavy Metal. Vale a pena, ainda que possamos contestar muitas das teses que a autor apresenta.

“Brotando de uma calçada em Hollywood, Califórnia, o glam metal era um produto da energia heavy metal, purpurina da MTV e remanescentes do hard rock. Ainda que Guns N’s Roses, Poison e até David Lee Roth tivessem vindo do meio-oeste dos Estados Unidos, de alguma forma, todos que estavam tocando um metal leve em guitarras pink e se travestindo acabavam por aterrisar em Los Angeles no fim dos anos de 1980, onde encontravam namoradas para sustenta-los até que fossem abençoados pela inevitável luz do estrelato. Infelizmente, para a banda finlandesa Hanói Hocks – os precursores de Poison e Gun N’s Roses e, mais tarde Motley Crue -, seu namoro com Hollywood transformou-se em tragédia quando ocorreu a morte do baterista Razzle em um acidente de carro cujo motorista estava alcoolizado. Sem desanimar, a máquina galm seguiria bramindo, mesmo que decadente, ate o final da década, quando os sonhos poser seriam esmagados entre o grunge e o implacável ataque do Mettalica. De qualquer modo, as cabeleiras quilométricas, a lingerie feminina e o blush definiram o visual heavy metal na memória popular”. ( Heavy Metal: a história completa / Ian Christe. São Paulo: Arx, Saraiva, 2010. Pág. 207)

Valeu, um grande abraço a todos os amigos da Combi. Parabéns pela postagem!

dnlz disse...

Yes Sir!!!!!!
ANIMALZÃO!!!! Disco Fudidasso, vale cada segundo , mesmo para quem não conhece Motley serve como porta de entrada .
Um dos melhores albuns da dácada!
Valeu Silver!!!

ZORREIRO disse...

Senti falta dos riffs do Mars no disco.
Aqueles riffs malandros, com jeito de glam/ blues.
Sei lá. Adoro Motley, mas esse disco tá muito Sixx AM pro meu gosto (que também é um baita disco, mas não é Motley)

Yusef disse...

Putz disco muito bom, nao é (novamente) um "Dr Feelgood" que mostrava toda a técnica dos motley ou "Girls Girls Girls" que é o reflexo do exagero dos motleys. Excelente!

ALL IN THE NAME OF... ROCK !!

Lyn disse...

Me apaixonei por esse CD... Maravilhoso...