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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Napalm Death - Smear Campaign [2006]

O Napalm Death surgiu, sem muito compromisso, na vila de Meriden, perto da industrial Birmingham, na chuvosa Inglaterra. O vocalista Nic Bullen e o batera Miles Ratledge adotaram vários nomes para a banda mas nenhum com impacto (ou que fosse bom); foi aí que resolveram colocar Napalm Death logo de vez em 1981. Os garotos tinham o sonho de tocar música extrema, mas não imaginaram que fariam parte de uma das maiores entidades do grindcore, fazendo parte da criação desse gênero que até hoje atormenta os porões do mundo inteiro.

Depois de inúmeras trocas de line-up, em 1987 eles lançaram um dos maiores marcos da história do grindcore: o brutal Scum [1997], cujo lado A (da faixa 1 até a 12) havia sido composto por Bullen, Ratledge e o guitarrista e vocalista Justin Broadrick, e o lado B (o resto do album) havia sido composto pela nova formação, composta por Lee Dorrian (hoje no Cathedral) nos vocais, o veloz guitarrista Bill Steer (que faria história com o Carcass), o baixista Jim Whitely e o batera e vocal Mick Harris.

Após lançar o clássico From Enslavement To Obliteration [1988] com o mesmo line-up do lado B de Scum, exceto pela entrada do baixista Shane Embury, que continua até hoje na banda. O lançamento de 1988 consolidou o Napalm pela crueza a habilidade das execuções, levando o hardcore até a sua forma mais rápida e brutal, que é conhecida hoje por grindcore. Os gritos de Lee Dorian e as guitarras rascantes comandavam.


Já em 1990, começou o início da era Greenway no Napalm, com um line-up todo modificado: Mark ''Barney'' Greenway nos vocais, Mitch Harris e Jesse Pintado nas guitarras e os já de casa, o baixista Shane Embury e o batera Mick Harris. Com essa formação eles gravaram o extremo Harmony Corruption [1990], contando com convidados como John Tardy (vocalista do Obituary e Tardy Brothers) e Glen Benton (vocalista do Deicide). Como o pessoal já deve ter notado pelos convidados, o Napalm se aproximou mais do death metal, mesclando esse gênero com o habitual grindcore já praticado. O line-up foi aprovado e o disco fez um bom sucesso, contando com pedradas como Suffer The Children, If The Truth Be Known, Extremity Retained e a canção que tem a participação dos convidados, a brutal Unfit Earth.

Pulando agora para 2006, o line-up continua praticamente igual ao do Harmony Corruption exceto pela presença do batera Danny Herrera (desde Utopia Banished [1992]) e a ausência do guitarrista Jesse ''Grindfather'' Pintado, falecido em 27 de agosto de 2006; apenas cinco dias após o seu último lançamento: Darker Days Ahead [2006], com o medalhão Terrorizer.
Apesar da morte de Jesse, esse foi um ano de ouro para o Napalm com o fantástico Smear Campaign, disco que trago para vocês hoje.


Lançado em 15 de setembro, Smear Campaign é o décimo terceiro lançamento do grupo e retorna de vez com a brutalidade do grind/death após a época experimental (1996-1998). Contando com a boa participação da vocalista Anneke van Giersbergen com a sua voz operística na faixa In Deference, Smear... oferece uma viagem sem volta dentro do estilo em quase 50 minutos de audição.

Após a abertura com Weltschmerz, a pancadaria começa com o rifferama cruel de Sink Fast, Let Go, provando que o Napalm ainda respira (e detona) muito bem e consolidando essa faixa como um clássico. Fatalist, Puritanical Punishment Beating e Rabid Wolves (For Christ), além de verdadeiros barris de nitroglicerina, demonstram explicitamente o conceito do disco: críticas contra as religiões; tema tratado com maestria aqui.

When All Is Said And Done, canção que virou clipe, chega destruindo tudo assim como a já citada ''In Deference'' e a porrada de Identity Crisis. Eyes Right Out é uma faixa que sem dúvida, vai ser a alegria dos moshs no mundo e o terror das botas. Persona Non Grata, assim como Sink Fast, Let Go é um dos novos clássicos da banda, e mostra a habilidade do feroz Mitch Harris nas seis cordas e segura muito bem o posto que compratilhava com Jesse; não só nessa faixa, como nas outras. Na cola de Harris, o grande baixista Shane Embury, que debulha as quatro cordas do seu instrumento como se fosse uma guitarra.

O disco termina com muita classe e menos acelerado na faixa Smear Campaign, que possui, assim como Morale do ótimo The Code Is Red... Long Live The Code [2005], influências da música industrial. A versão que trago para vocês hoje é a da edição digipak, com tracklist ordenado a partir do verso dessa versão e que contém as porradas Call That An Option? e Atheist Runt como bonus tracks.

Smear Campaign, no final das contas é um disco perfeitamente excecutado, composto e inspirado. Se depender de Greenway & cia, o mundo vai estar sendo bem criticado e coberto com esse grind/death metal de primeiríssima qualidade. Download OBRIGATÓRIO!

Versão digipak de Smear Campaign.
Tracklist:
01 - Weltschmerz
02 - Sink Fast, Let Go
03 - Fatalist
04 - Puritanical Punishment Beating
05 - Well All Is Said And Done
06 - Freedom Is The Wage Of Sin
07 - In Deference
08 - Short Lived
09 - Identity Crisis
10 - Shattered Existence
11 - Eyes Right Out
12 - Call That An Option? [Bonus Track]
13 - Warped Beyond Logic
14 - Rabid Wolves (For Christ)
15 - Deaf And Dumbstruck (Intelligent Design)
16 - Persona Non Grata
17 - Smear Campaign
18 - Atheist Runt [Bonus Track]

Line-up:
Mark ''Barney'' Greenway – Vocais
Shane Embury – Baixo
Mitch Harris – Guitarra, vocais
Danny Herrera – Bateria
Anneke van Giersbergen – Vocais em ''In Deference''

(Links nos comentários - links on the comments)

By Alvaro Corpse

4 comentários:

Fábinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Link:

http://bit.ly/cY7a4V

Unknown disse...

Paulada bem no meio do cerebro ..me levou de volta ao final dos anos 80 ..que delicia ..valeu pelopost

fabio disse...

Uma das bandas mais extremas do planeta, podem bater cabeça.