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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Alice In Chains - MTV Unplugged [1996]

NIRVANA É O CARALHO!

O Alice In Chains foi criado em 1987 pelo guitarrista/vocalista Jerry Cantrell e o vocalista Layne Staley. A banda, originária da, na época, explosiva Seattle, é um exemplo de talento nato com um toque amargo de melancolia e morte. Uma grande história sempre acompanha uma grande banda, e com um dos maiores nomes da história do grunge/heavy metal não poderia ser diferente.

Em 1986, Layne trabalhava com uma banda que ele mesmo formou, o Alice N' Chains, que tocava diversos cover de metal e etc. Num belo dia, Layne conheceu Jerry num estúdio para ensaios e, o mesmo tempo em que se tornaram camaradas, a união criativa e musical deles foi se tornando cada vez mais forte.

O Alice N' Chains desandou e Layne acabou numa banda de funk que precisava de um guitarrista; Cantrell aceitou, mas com uma condição: Layne precisaria entrar na banda de Jerry, a Diamond Lie, que contava com o batera Sean Kinney e o baixista Mike Starr. A empreitada de funk ferrou em 1987 e Layne registrou a sua permanência no Diamond Lie de vez, tocando com a banda em trocentos bares da região e usando a alcunha, Alice In Chains, como um nome provisório - estava aí formado o embrião do que viria a ser o Alice In Chains.


Algum tempo depois, os caras de Seattle foram convidados a gravar a sua primeira demo, que ficou conhecida posteriormente como The Treehouse Tapes. A demo chamou a atenção dos caras da gravadora Columbia Records e, uma vez reconhecido o poder de fogo do Alice, eles passaram a ser considerados como a maior aposta da gravadora. Em julho de 1990 saía o primeiro registro oficial, a clássica EP We Die Young, e essa EP ganhou uma abismal notoriedade entre as rádios que tocavam metal na época. Chegava a hora do tão esperado debut.

Em agosto de 1990, o tão aguardado debut do Alice já estava nas lojas: o fantástico Facelift. Alcançando a posição de nº 42 na Billboard e tendo boa exibição do clipe da canção Man In The Box (de Facelift) na MTV, o Alice dava os seus primeiros passos; posteriormente, o clipe ganhou disco de ouro e tanto na época como depois, Facelift foi aclamado com unanimidade pela crítica em geral.


Mais um aperitivo foi dado aos fãs enquanto não vinha o sucessor de Facelift e a EP Sap foi muito bem recebida. Lançado na mesma época do monolito cultural dos anos 90, o disco Nevermind do Nirvana, os dois trabalhos elevaram o grunge a outro patamar; mainstream total e absoluto. A ótima EP ainda contou com a vocalista Ann Wilson do Heart cantando juntamente como Layne e Jerry nas canções Am I Inside, Love Song e em especial, na clássica Brother.

Em fevereiro de 1992, o Alice voltava ao estúdio para começar a trabalhar no que viria a ser Dirt. O próximo disco, assim como disse Jerry na época, seria muito mais obscuro e melancólico que o disco de estréia e assim foi: Dirt foi lançado no final de setembro em 1992, com letras tratando de temas como morte, vícios, guerra e outros conflitos sentimentais, trabalhados de forma tão viciada e decadente pela caneta de Layne Staley e Jerry Cantrell.

Dirt, para o uploader que a vós escreve, é um dos discos mais fodas que alguém pode ouvir na vida. É simplesmente impecável, pesado, escuro e decadente.


Nesse meio tempo entre Dirt e o terceiro disco, foi lançado a EP Jar Of Flies. Um trabalho que mostra como é que uma banda pode-se transformar isolamento e tristeza em música boa (uma verdadeira lição para alguns góticos, aliás rs). Jar Of Flies foi aclamado pela mídia, contando com canções seminais como Nutshell e No Excuses, e nessa mesma época Layne entrou para a reabilitação devido ao seu vício pela heroína. Pouco tempo depois, Layne voltou ao seu vício e a banda se viu forçada a cancelar datas e mais datas, entrando na geladeira durante algum tempo. Devido as condições de Layne o Alice cancelou a turnê de 1994 com o Metallica e o Suicidal Tendencies, e esse foi apenas o primeiro indício do que viria a ser, posteriormente, a grande batalha que Layne travaria com as drogas.

Depois de Layne e o resto do Alice (lembrando aqui que desde o final das gravações de Dirt o baixista Mike Starr não estava mais na banda, sendo substituído pelo excelente Mike Inez) se dedicarem a outras atividades durante algum tempo, chegou a hora de mais outro album. Em novembro de 1995, a banda lançava o seu disco auto-intitulado, que fez um sucesso estrondoso: debutou na primeira posição da Billboard 200 e ganhou platina duplo. Contando com canções fulminantes como Grind e a canção que tá pra para o Alice assim como Black está para o Pearl Jam: a fantástica Heaven Beside You, a banda causou certa estranheza ao não promover o auto-intitulado, mesmo com tanto sucesso. Agora sim, chegamos até onde queríamos chegar.


O Alice voltou à tona em 1996, três anos após o seu último show, e saiu do jejum gravando um dos discos mais fenomenais que alguém pode ouvir na vida, mesmo gostando de rock ou não; o seminal MTV Unplugged do Alice In Chains.

O show foi exibido em 28 de maio de 1996 e o disco resultante dessa apresentação foi lançado em julho daquele ano ganhando a posição de nº 3 na Billboard 200 e posteriormente ganhando disco de ouro. O sucesso da apresentção do acústica do Alice se compara com os clássicos registros acústicos da MTV gravados pelo Nirvana e o britânico Eric Clapton. MTV Unplugged seria um marco musicalmente e por ser uma das últimas aparições de Layne para o público até a sua morte.

Abrindo a tracklist deste fantástico disco, apontar destaques é nada mais, nada menos, do que covardia. Posso destacar momentos incríveis desde a abertura com Nutshell e o seguimento com a fantástica No Excuses (com a abertura de bateria tão conhecida, fruto de Sean Kinney). A tensa Sludge Factory encontra refúgio na ótima adaptação e abre o clima para uma das músicas mais FANTÁSTICAS já criadas: a melancólica Down In A Hole.


A performance de Angry Chair é perfeita, e sobre a música, nem é preciso comentar; sendo uma das mais conhecidas dos fãs, possuindo uma letra marcante. Rooster, canção obrigatória nos shows, fala sobre o pai de Cantrell e os seus tempos na guerra. Uma canção marcante e que mostrou o quão competente foi a adaptação das músicas do Alice ao formato acústico.

A descompromissada Got Me Wrong dá uma desnuviada, juntamente com um dos maiores clássicos do Alice, a fantástica e saudosista Heaven Beside You (que possui uma das letras mais chicletes de todos os tempos). Também incluída na lista de músicas mais fantásticas já criadas na opinião desse uploader, a poderosa e obscura Would? dá as caras, contando com aquele marcante fraseado de baixo que dá inicio a canção. Essa é a prova cabal que Layne e Cantrell foram uma das melhores duplas que o rock/metal já teve, tanto em composição quanto nos vocais, descrevendo na letra os sentimentos que Cantrell sentia em relação a morte do seminal Andrew Wood (vocalista do excelente Mother Love Bone) e na música, com muita emoção e peso, por meio do vocal poderoso de Layne e a dobradinha de Cantrell.

Finalizando, há ainda as exclente Frogs, Over Now e Killer Is Me, lembrando também que Frogs e Killer Is Me não são originais do acústico e foram gravadas posteriormente para o relançamento.


O Alice In Chains marcou para sempre a história do sempre trágico rock/metal. Layne deixou esse mundo em 5 de abril de 2002, com apenas 34 anos. Uma das coisas tristes que acompanham esse gênero, sem dúvida, é a morte, vide Cliff Burton, Dio, Vitek, etc..

O Alice tocou a vida, com os membros participando de outros projetos, até que o Alice lançou o excelente Black Gives Way To Blue com outro vocalista, o ótimo William DuVall. O sonho dos garotos de Seattle ainda prosegue, infelizmente, sem Layne.

Alice In Chains na fase DuVall

Enfim, o Unplugged é um disco que todos deveriam ouvir antes de morrer.
Um ótimo download!

R.I.P. Layne Thomas Staley (22 de agosto de 1967 - 5 de abril de 2002)

Tracklist:

1. Nutshell
2. Brother
3. No Excuses
4. Sludge Factory
5. Down In A Hole
6. Angry Chair
7. Rooster
8. Got Me Wrong
9. Heaven Beside You
10. Would?
11. Frogs
12. Over Now
13. Killer Is Me

Line-up:
Layne Staley - Vocais, violão em ''Angry Chair''
Jerry Cantrell - Violão, vocais
Mike Inez - Baixo, violão em ''Killer Is Me''
Sean Kinney - Bateria

Músicos convidados:
Scott Olson - Violão, baixo em ''Killer Is Me''

(Links nos comentários - links on the comments)

By Alvaro Corpse

19 comentários:

Anônimo disse...

Alice In Chains - MTV Unplugged [1996]
http://bit.ly/cf9BFq

Igor Miranda disse...

Belo post Haroldo!

Coelho disse...

AI SIM

DISCÃO QUE MARCOU UM AGERAÇÃO !!


POST FODA, ALVYE


PS: entupa essa porra de fotos mesmo,fdx quem vier de mimimi.

ficou foda.

Jp disse...

cara, botou pra fuder! mandou muito bem, só com um post desse tamanho dá pra fazer honra ao Alice

Bruno "Hate" Gonzalez disse...

O melhor acústico da êmi tí ví.

Anônimo disse...

parabéns pelo post e texto...uma lição aos Restarts e Nxiszerosdemerda da vida!
Discaço!

jantchc disse...

não gosto de alice in chains, mas gostei muito da resenha..

Malu disse...

Fantastico, Alvye :]

Anônimo disse...

Valeu d+ pelo post!!!

Anônimo disse...

Belo texto, parabéns!!

Unknown disse...

O melhor acústico já lançado pela MTV !!! Simplesmente do caralho !!!

Unknown disse...

Thank´s não conheço mais cnhecerei agora Valew

Wanderson Picoli disse...

Respeito muito a história do Alice in Chais, mas sinceramente, não me dizem nada, acho muito chato.

De qualquer forma, é só uma opinião, sem maiores pretensões.

Parabéns pelo trabalho.

Valeu.

Daniel Nolasco disse...

muito doida a resenha.. to baixando o cd ;)

Anônimo disse...

o batera manda bem pra caralho nesse acústico

Moura disse...

Adoro discos no formato acútico, é aqui onde as bandas mostram o talento ao adaptar as músicas para esse formato, e o Alice provou aqui toda a competência de seus músicos.
Belo post

Anônimo disse...

Melhor acústico simplismente amooooooooooooooooo Layne Staley

Anônimo disse...

Ótima bolacha. Valeu pelo oportunidade!

suellendc disse...

O melhor acústico já feito pela MTV!
O disco que me fez conhecer Alice In Chains e me apaixonar por Layne Staley.

Essa versão de Down In A Hole é uma das musicas mas tristes e lindas de toda a história da música!
Tenho tanto o cd quanto o DVD mas esse texto esta tão bem feito e emocionante que quis registrar aqui meus parabéns pelo excelente post. Parabéns!!