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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Memento Mori - Rhymes of Lunacy [1993]



O que esperar de um grupo que conta em sua formação com músicos que têm no currículo passagens por bandas como Candlemass, Mercyful Fate, King Diamond e Dream Evil? Pois então, esse é o Memento Mori, inicialmente um projeto fundado por Messiah Marcolin após o fim do Candlemass, se aliando ao guitarrista Mike Wead, velho parceiro do King Diamond, tanto no Mercyful Fate quanto em sua banda solo. E completando a banda, o multi-instrumentista, Snowy Shaw, que também já gravou com Mercyful Fate e King Diamond, mas que teve uma boa projeção trabalhando com o Dream Evil, em todas essas bandas exercendo a função de baterista, embora já tenha cantado no Therion, e atualmente andou quebrando um galho no Dimmu Borgir, onde tocou baixo. Além do baixista Marty Marteen, vindo da banda de Thrash Metal, Hexenhaus, e o competente e desconhecido, Nikkey Argento (guitarra).

Essa mistura de músicos experientes e versáteis de áreas diversas resultou em uma sonoridade muito original, fincada no Heavy Metal, e com toques de Prog e Doom. Apesar de o estilo ser bem próprio, dá pra apontar um meio-termo entre Nevermore e Savatage. E como todo bom projeto lançado por um selo que não exige material comercial (entende-se por 'comercial', apelativo), os caras deixam fluir espontaneamente toda a criatividade, registrando um verdadeiro clássico do Metal nos anos 90.

Em "Rhymes of Lunacy" são apresentadas oito músicas incrivelmente bem trabalhadas, com bastante técnica, sem nunca soar pretensioso, e um vocalista extraordinário com um baita vozeirão. Pra complementar esses sons inspiradíssimos ainda tem um cover para o clássico "Lost Horizons" do Michael Schenker Group (do disco postado há poucos dias aqui), e pra preencher espaço, duas intros dispensáveis.

A coisa começa fulminante logo em "The Seeds of Hatred" com um instrumental cortante, e guitarras numa sincronia hipnotizante acompanhadas por uma "cozinha" ditando um ritmo descomunal. "Morbid Fear" mantém o disco em alto nível com uma pegada voltada mais para o Heavy Metal Tradicional, ainda que completamente fora dos padrões e sem clichê algum, com direito até a passagens acústicas.



Outra grande eficácia desse material, que o faz se distanciar da tonelada de lançamentos do estilo, é a proeza em conseguir criar arranjos dinâmicos delirantes, com uma complexidade realçada por melodias fantásticas, e fáceis de absorver, nada 'intelectualóide' para nerds rockeiros ficarem refletindo o quão difícil é tal lick, o quanto é penoso reproduzir determinada passagem...

Encadeado nessas idéias, o prosseguimento do álbum se torna uma incógnita, pois depois de ser abismado por duas músicas extraordinárias, você numa primeira audição deve pensar que não seja possível que o nível será mantido. Mas é só deixar rolar e esperar começar "The Caravan of Souls" pra ser novamente bombardeado por outra faixa exuberante, cheia de solos, tempos e uma atuação digna de aplausos por parte dos instrumentistas, com menção especial ao Snowy Shaw, que dá uma aula de precisão e tem uma destreza espantosa com os pedais duplos.

E pra mostrar que não estão de brincadeira, escolheram fazer um cover de uma música grandiosa, com solos longos e pegada devastadora, que como disse no texto do M.S.G., nenhum baterista consegue reproduzir fielmente tamanha criatividade, porém Snowy Shaw fez um grande trabalho e impôs uma cara própria ao cover. O resultado final ficou uma coisa do outro mundo! Nas músicas seguintes os momentos Doom e Prog se alternam e aparecem com mais força, como em "When Nothing Remain", "Fear Of God" e o instrumental "Forbidden Dreams" que é simplesmente genial. A banda ainda é auxiliada por uma produção impecável, evidenciando toda a habilidade dos músicos, tornando o som denso e limpo.

"Rhymes of Lunacy" é Heavy Metal fino e do mais alto nível, do começo ao fim, que não bastasse toda a execução primorosa, é acima de tudo, inspiradíssimo. A banda depois desse trabalho, ainda lançou três discos mantendo as mesmas características e estruturas de composição, mas todos esses discos soaram como uma simples tentativa de repetir a fórmula de "Rhymes of Lunacy". Falharam em todas as tentativas, pois nenhum dos discos posteriores se aproxima do debut, pelo contrário, são até cansativos, pois foram feitos de forma claramente forçada.

01. The Rhyme
02. The Seeds of Hatred
03. Morbid Fear
04. The Caravan of Souls
05. Lost Horizons (Michael Schenker Group cover)
06. When Nothing Remain
07. Forbbiden Dreams
08. Little Anne's Not An Angel
09. Fear of God
10. The Riddle
11. The Monolith

Messiah Marcolin - vocal
Mike Wead - guitar
Nikkey Argento - guitar
Marty Marteen - bass
Snowy Shaw - drums

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

5 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?i6fwhb5n1k78vjt

Anônimo disse...

parece otimo hein

Anônimo disse...

Du Kralho esse som , lembra muito o CANDLEMASS, to baixando, e parabens mais uma vez DRAGZTRIPZTAR, abraço do CHOPÃO.

Buda disse...

só musicão! cd fodastico!

Victor Nazário disse...

EXCELENTE !!!!!