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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

After Forever - Invisible Circles [2004]


"Odeio estes moleques que usam camisas de bandas gays". Falei isso, por volta de 2004, pra algum conhecido, após pedir informação para um cidadão que usava camisa do After Forever. O mais interessante é que eu nunca tinha ouvido a banda. Conhecia de nome e tinha ideia do estilo que praticavam. Não tenho dúvida que ainda existe muita gente com o mesmo pensamento infundado. E minha intenção não é mudar a opinião de ninguém, até porque isso é questão imaturidade, e o tempo que ficará encarregado de modificar tais mentalidades radicais (ou não). Veja bem, estou falando de radicalismo que leva a ridicularizar, e não de gosto pessoal.

Indo logo ao que interessa, no primeiro post gótico feito por mim, esclareci que a banda possuía fortes peculiaridades. Pois bem, aqui está outro exemplo. Apesar de não ter mais preconceito em relação a este estilo, tenho total consciência que a maioria das bandas se prende somente às características sorumbáticas, e mesmo aquelas que recorrem às influências clássicas são igualmente fatigantes. O After Forever, no entanto, por optar às nuances voltadas ao Power, Prog e Heavy Metal, agrega elementos mais coléricos e elimina as passagens depressivas.


Invisible Circles é o terceiro full-lenght do grupo e apresenta músicas temáticas em torno da desestruturação familiar e de como isso afeta a vida dos envolvidos, em especial as crianças e adolescentes. A história é construída de modo operístico e narra, da criação à fase adulta, a vida de uma pessoa abusada na infância. Tema curioso, mas não vejo o Metal como um emissor para estes assuntos. No mais, essa história fazia parte do trabalho de pesquisa pessoal de um integrante da banda. Que faça suas filantropias, mas longe da música!

Um dos pontos mais marcantes encontrados neste play é a sinfonia esplendorosa a cargo dos músicos convidados, transitando entre apoteóticas orquestrações e corais muito bem encaixados. Porém a estrela que mais brilha, sem dúvidas, é a deslumbrante Floor Jansen. Inegavelmente, a melhor vocalista do gênero, pois possui uma desenvoltura que vai muito além daqueles insuportáveis vocais fantasmagóricos. E complementando a parte vocal, ainda têm os vocais agressivos de Sander Gommans e os limpos de Bas Maas - ambos guitarristas e principais responsáveis pela violência que contrasta com a sensibilidade forjada por Jansen e o tecladista Lando van Gils.



Depois da curta intro, somos apresentados à "Beautiful Emptiness", que começa como uma típica composição gótica, mas logo ganha contornos adversos à ambientação tristonha desta vertente e se transforma num Heavy Metal progressivo extremamente vigoroso, com as gradações ditando o clímax. A união de vocais macabros e suntuosos traduz o título de "Between Love and Fire", intercalada por um diálogo bem curto que corta um pouco a empolgação. E chegando ao maior destaque, temos "Digital Deceit", um dos maiores clássicos da banda, e demonstra toda a agilidade vocal de Jansen dentro de melodias inspiradíssimas.

O restante das composições enfoca diversas abordagens, algumas acentuam o Power Metal ("Victim of Choices"), outras enfatizam o lado agressivo ("Blind Pain"), e o progressivo é compreendido em "Reflections" e "Life's Vortex". E é com esta diversidade de elementos que Invisible Circles se consolida como um álbum que suplanta os demais trabalhos de Gothic Metal e dá uma visão interessante e criativa para a mistura do assombroso com o extremo, mostrando que os desígnios musicais góticos não são desprezíveis, mas sim, mal trabalhados na maioria das vezes. Exceto o aspecto visual e a mensagem, que serão sempre rejeitáveis. Mas em casos onde a inspiração se encontra fora do comum, não precisa simpatizar com mais nada além da música.



01 - Childhood in Minor
02 - Beautiful Emptiness
03 - Between Love and Fire
04 - Sins of Idealism
05 - Eccentric
06 - Digital Deceit
07 - Through Square Eyes
08 - Blind Pain
09 - Two Sides
10 - Victim of Choices
11 - Reflections
12 - Life's Vortex

Floor Jansen - female soprano vocals
Sander Gommans - guitar, grunts
Bas Maas - guitar, clean male vocals
Luuk van Gerven - bass guitar
André Borgman - drums
Lando van Gils - keyboards

[12 músicos adicionais - não listarei]

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

8 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?rrva45ru777qhyh

Alceu disse...

valeu tchê, baxando pra conhecer!!

Lyn disse...

Seu texto despertou meu interesse. Vou baixar para conhecer.
Vlw!

jesusbiblio disse...

Realmente é umaa banda que se destaca das demais do genero, o som mixa varios estilos sem ficar uma farofada. Pena que a banda findou-se.

Anônimo disse...

depois do teu post ai, resolvi conhecer esta banda! Grato!

Renato Spacek disse...

EXCELENTE!! Uma das melhores bandas com vocal feminino na minha opinião, e nesse ramo de Gothic, com certeza é a melhor, deixa Nightwish e Epica no chinelo.

Eu vi um show cover do AF, e achei simplesmente excelente, me senti num show da banda. Ótimo post.

Anônimo disse...

otima banda .. coloca mais bandas do genro ai.. abraço

Anônimo disse...

O texto me interessou, baixando.