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sábado, 27 de novembro de 2010

Helloween - Pink Bubbles Go Ape [1991]


Após a referencial era Keepers, o Helloween era um grupo totalmente dividido. Enquanto alguns músicos entendiam que deveriam se manter na sonoridade que os consagrou, outros achavam que era hora de ousar, explorar novidades e tentar se lançar a um patamar mais alto. Essa série de diferenças resultou na saída de Kai Hansen, hoje considerada pelos mais fanáticos como o início do fim. Seu substituto foi Roland Grapow, guitarrista com um background mais abrangente, muito influenciado por bandas norte-americanas. Com sangue novo, era hora de dar início a um novo trabalho em estúdio e tentar acalmar o clima interno, que era muito conturbado.

O escolhido para produzir o álbum foi Chris Tsangarides, que havia acabado de colaborar com o Judas Priest no hoje clássico Painkiller, além de contar com uma folha corrida pra lá de respeitável no meio Hard/Heavy. Anos mais tarde, o próprio definiria o trabalho com o Helloween como o mais difícil de toda sua carreira. Nas palavras de Chris, o que a banda estava precisando de verdade era um psiquiatra ao invés de um produtor, tantas e tão infantis eram as brigas. Foi nesse cenário que Pink Bubbles Go Ape (Bolhas Rosas Viram Chimpanzés, nome que, segundo Michael Kiske, resumia perfeitamente a esquizofrenia coletiva do momento) nasceu.


Apesar de tudo, particularmente o considero um grande disco. Variado, com boas músicas e um ótimo desempenho de todos os envolvidos, consegue entreter o ouvinte de mente mais aberta sem maiores esforços. Certamente, quem esperava um novo capítulo da saga Keeper of the Seven Keys, se decepcionou totalmente – o que seria natural, fosse como fosse, pois esse momento faria parte do passado de qualquer maneira. Mas com o desenrolar do tempo, Pink Bubbles... foi ganhando o respeito e a admiração de muitos que lhe jogaram pedras durante o impacto inicial.

Após a vinheta que dá título ao play, o grande hit do álbum, “Kids of the Century”, explode nos alto-falantes sem deixar transparecer as mudanças que seriam perceptíveis na seqüência. Impossível não escutá-la sem lembrar o seu clipe, que alterna entre o bizarro e o bem humorado. “Back on the Streets” mantém o pique, com Kiske mostrando mais uma vez porque é uma das melhores vozes que o estilo já teve. A coisa começa a ficar diferente a partir de “Number One”, faixa com pegada puxada para o Hard Rock e uma melodia que resvala no Pop. Nem por isso deixa de ser outro grande destaque, com seu refrão que gruda na cabeça.



Outros momentos que merecem ser citados são a alegre “Goin’ Home” e o clássico “The Chance”, única faixa que sobreviveu nos setlists de turnês futuras, tendo sido até mesmo executada pelo Masterplan em sua primeira excursão. Para encerrar, a belíssima “Your Turn”, balada que assusta os headbangers mais puristas por seu formato que se adaptaria a bandas como o Bon Jovi sem o menor esforço. Radicalismos à parte, é uma linda canção, com arranjo semi-acústico, letra tocante e uma performance fantástica de Michael nos vocais. Um bom trabalho de mídia poderia tê-la transformado em hit nas rádios. Mas a última coisa que havia naquele momento era consenso coletivo sobre qualquer coisa.

A edição que aqui disponibilizamos é a expandida. Sendo assim, podemos conferir 4 b-sides, com destaque para a interpretação de “Blue Suede Shoes”, de Carl Perkins, com Kiske mostrando sua veia Classic Rock – ele que sempre declarou ser Elvis o seu intérprete favorito – e a pesada e interessante “You Run With the Pack”, que até poderia ter entrado no tracklist normal. No mais, as bizarrices que o Helloween sempre colocou nesse tipo de faixa, como “Shit and Lobster”, que parece até trilha sonora infantil. Vale como bônus.

Michael Kiske (vocals)
Michael Weikath (guitars)
Roland Grapow (guitars)
Markus Grosskopf (bass)
Ingo Schwichtenberg (drums)

01. Pink Bubbles Go Ape
02. Kids of the Century
03. Back on the Streets
04. Number One
05. Heavy Metal Hamsters
06. Goin’ Home
07. Someone’s Crying
08. Mankind
09. I’m Doin’ Fine, Crazy Man
10. The Chance
11. Your Turn

Expanded Edition Tracks

12. Blue Suede Shoes
13. Shit and Lobster
14. Les Hambourgeois Walkways
15. You Run With the Pack

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JAY

11 comentários:

Anônimo disse...

Helloween – Pink Bubbles Go Ape [1991]

55 MB
128 kbps

http://www.mediafire.com/?t6jhtw0lqhwypv8

Igor Miranda disse...

Essa é a formação mais injustiçada do Helloween e uma da mais injustiçadas do metal na minha opinião.

Esses cinco caras poderiam fazer muita coisa melhor se tivessem canalizado suas forças e esquecessem das pirracinhas. A energia dos registros ao vivo da época é absurdo - Kiskão na melhor fase, Weikath e Grapow casam muito bem juntos, cozinha insana.

Pink Bubbles e Chamaleon são bons discos, mas deixam aquele gosto de "quero mais". Um gosto amargo porque não sei quem dos 5 está mais longe: provavelmente Ingo.

Anônimo disse...

hhhhhhheeeeeeeeeeeeeeavy metal hamster!

dnlz disse...

Adoro os dois keepers e o pink bubbles o Chameleon é muito legal , eu tocava até um cover dele em uma banda lá em 1995, acho que era uma fase bem alto astral o Pink Bubbles eu adorava , mas lembro que um pessoal mais troo não curtiu muito não e o Chameleon menos ainda , ai acho que ajudou a culminar o racha na banda , a galera começou a curtir muito essas paradinhas de senhor dos anéis, metal do rei Arthur e afins ai, quem viu viu , quem não viu alto astral parecido , ai só mesmo só mesmo com o Edguy, que eu conheça. Valeu!!!!

Anônimo disse...

Gosto muito deste disco, mesmo sendo meio diferentão. Kids Of the Century é uma puta musica!!

Excellence disse...

Este disco é legal mesmo! Obrigado pela postagem!

ZORREIRO disse...

Concordo com o dnlz.
A fase que marca essa formação, ao menos nas composições, é alto astral (apesar das brigas internas).
Escute When the sinner, do chameleon, e tente não imitar os sopros do refrão como se tivesse um air trombone!

Anônimo disse...

"I'll go home to what I know
I'll go home, home to yooooooou"

Isaac disse...

Apesar da opinião dos fãs xiitas, este é um grande álbum e o que me fez querer me aprofundar no som do Helloween.
Ouça sem preocupações e preconceitos.

Emerson L. Penerari disse...

Gosto muito desse disco.... no começo me assustei com a diferença dele em relação aos anteriores, mas hoje em dia ach que esse e o Chameleon são álbuns fundamentais! Pra que outro Keeper se eles já tinham se superado nos anteriores? O lance é inovar sempre!

[]´s
Merso

Anônimo disse...

Kiske prova nesse Pink Bubbles que não é só falsetes e agudos. Melhor disco de Kiske com Helloween. Pessoalmente prefiro o trabalho de Kiske em bandas como o Place Vendome, onde seu vocal está impecável. Definitivamente não curto seu estilo de canto no Helloween. Prefiro a fase Deris.