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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cozy Powell - Especially for You [1998]


O selo Polydor Records antes de arruinar o mundo musical apostando em "artistas" abomináveis, fez grandes favores aos sons dignos no passado distante. Além das dezenas de grandes bandas e músicos que contaram com seu apoio, existem alguns feitos históricos que não tiveram tanta repercussão, mas que os alemães - hoje radicados na Inglaterra - merecem muito crédito pela força que deram e, acima de tudo, pela persistência em apoiar aquilo que, mesmo sabendo que não iria dar tantos lucros, merecia destaque.

Depois de Cozy Powell ter abandonado o Rainbow (uma das principais apostas da Polydor na época), o selo viu a chance de oferecer espaço para este lançar materiais solos. Mas por que ofertar isso pra um músico de exímias habilidades, mas que não compõe? Powell naquela época já possuía enorme respeito dos principais músicos mundiais do Rock, e chocou meio mundo com sua atuação no Rainbow (em especial no Rising), então era esperado que os relacionamentos no meio musical e sua destreza contribuíssem para que os álbuns fossem produzidos com garantia de qualidade.

Por favor, ajoelhe-se e erga as mãos

Foram lançados três discos entre 1979 e 1983 que não chegaram a sacudir o mercado, mas apresentaram talento de sobra, participações invejáveis de verdadeiras lendas do Rock e Powell ainda foi 'presenteado' com composições de gente como Don Airey, Bernie Marsden (Whitesnake), Max Middleton (Jeff Beck Group), Mel Galley (Trapeze, Whitesnake), David Coverdale e Gary Moore que compôs quatro músicas para essas bolachas. 15 anos depois, ainda mais consagrado após ter passado por grupos de extrema relevância no Rock e deixado sua marca, a Polydor novamente deu chance para Powell se colocar como a estrela principal.

Especially for You se diferencia dos anteriores por ter a sonoridade direcionada pro Hard Rock, ao contrário dos demais que são instrumentais fusion/jazz/prog. Outras diferenças surgem no quesito composição, pois Cozy Powell não co-compôs nenhuma música (sem contar que sua contribuição anteriormente era mínima), cuidando apenas da produção. E os responsáveis por assinar as canções, não foram músicos influentes, mas sim, nomes de enorme talento que são relativamente desconhecidos: John West (Artension, Royal Hunt, Feinstein) e Mike Casswell (Walk on Fire, Brian May). Acho que não precisa dizer que a formação é completada pelo baixista Neil Murray, tendo em vista que Powell formou a cozinha com Murray em todos seus trabalhos (rysoz).



Oito composições foram escritas pelo vocalista West ao lado do guitarrista Casswell. E o que chama a atenção é que, mesmo Powell isento das composições, todas as músicas são propulsionadas pela bateria. Desde o hit em potencial "Why Does Love Hurt", passando pelo instrumental "Haunted by the Devil", até o Hard magnético de "Call Me Mayhem", a contribuição de Powell impõe seu reconhecível estilo com batidas bem colocadas, impressiva criatividade para elaborar conduções engenhosas e ritmos cativantes. Seus comparsas não ficam atrás nos destaques, e o feeling de Casswell é evidenciado em "Doing The Natural Thing" com grande influência setentista, enquanto West dá mais uma prova de sua competência única no maior destaque do play; a brilhante balada "All I Wanted Was Your Love”.

A variedade seguida neste álbum também é outro ponto notável. Temos Hards matadores como "Man With a Mission" e "Make You A Man", bem como sons sutis na cola do Lite AOR, vide "High Time To Fly" e "The Light". Porém todas possuem em comum as belas melodias bem construídas e Powell ensinando como se injeta musicalidade usando o kit. Se não fosse um lançamento exclusivo para o mercado japonês, Especially for You figuraria na lista dos melhores discos 90's de muita gente. Além de consolidar o saudoso Cozy no segundo escalão dos melhores bateras que já passaram pelo mundo, ao lado de Tommy Aldridge e Carmine Appice, ficando atrás somente de Neil Peart, John Bonham e pouquíssimos outros.

01 - Man With A Mission
02 - Ivory Towers
03 - Why Does Love Hurt
04 - Haunted By The Devil
05 - Doing The Natural Thing
06 - All I Wanted Was Your Love
07 - Call Me Mayhem
08 - The Light
09 - High Time To Fly
10 - Make You A Man
11 - Power In The Wrong Hands
12 - You're All I Believe In

John West - vocal
Mike Casswell - guitar
Neil Murray - bass
Cozy Powell - drums

Sylvain - guitar on 4
Lonnie Park - keyboards
Ken Boley - keyboards

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

8 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?6zcz4a62zqccd6p

Ron Mick disse...

Bela resenha de um bom disco! Apesar de não ser dos melhores trampos do sr. Powell, eu tive a oportunidade de comprar o CD original japona (80 pilas, mas nem pisquei pra tirar a carteira do bolso), e tive uma grata surpresa, pois além do baterista furioso que Cozy sempre foi - mesmo depois do acidente à cavalo em 1993 que lhe machucou a coluna e tirou um pouco sua velocidade - extremamente criativo, tb sempre contou com excelentes companhias em tds os trabalhos que fez parte em sua carreira. E nesta pepita nao podia ser diferente, soh adaptaram um pouco o som pra sonoridade menos pesada, o que, infelizmente, estava em voga na epoca. Mas nada que tire o brilho deste cara, que morreu cedo, mas fez mais pela boa musica do que muita gente por ai que so tem garganta, que se intitula vocalista de uma das bandas icones do melodico nacional.
Quem tiver curiosidade d ouvir um dos melhores trabalhos do Powell, ouça o Facing The Animal, do Mamsteen. Acho que depois do Rising, as melhores viradas e batidas do Cozy.
Lembrando que o clone sueco do Ronaldo fez QUESTÃO de ter o Powell, dando carta branca a tds as mudanças que o Cozy achasse necessário.
Ótima Resenha, Ótimo Álbum!

Dragztripztar disse...

Facing the Animal é o meu disco preferido do Malmsteen. Disparado!
Agradeço o comentário. Grande acréscimo ao texto!

Anônimo disse...

Só não concordo em dizer que ele faz parte do segundo escalão dos grandes bateristas? qual o critério pra se ter feito essa análise? Pelo seu passado, Mr. Powell sempre estará no Olimpo dos bateristas! Odeio essa molecada de hoje em dia que valoriza mais um Joey Jordison ou um Mike Portinoy da vida e nunca escutaram os irmãos Appice, Powell e até mesmo o braço duro Bill Ward, que criaram todo um estilo de porradaria nas peles. Mas... bela resenha, gostei! Essa Combe é foda!

Dragztripztar disse...

Bem, acho que a contribuição de bateristas como John Bonham, Neil Peart, Ian Paice e Bill Bruford extrapolaram os limites da inserção da bateria apenas para ritmar o som. Ou seja, foram além dos limites percussivos almejados.

Mas isso não quer dizer que todos devam concordar e achar esses bateristas acima "os melhores", "os preferidos"... isso vai do critério de cada um, porém eles colaboraram para estabelecer novos limites e isso é inegável.

Meus bateras preferidos são Carmine Appice e Bill Ward, e não acho que esses atuais que tu citaste cheguem a se fixar em termos de importância. São ótimos bateristas, mas da cena atual, um dos únicos que contribui de forma significante para a evolução do estudo técnico da bateria é o Virgil Donati, que inclusive adaptou e aperfeiçoou técnicas novas para o instrumento. Além do Donati, outro grande batera da atualidade é o John Macaluso, que tem a habilidade rara de compor muito bem por estilos distantes do convencional.
Pena que a mídia dita o que é ou não valoroso e muitas pessoas só absorvem, nem param pra prestar atenção no que vem sendo feito, se os melhores são realmente esses que ficam em evidencia, enfim...

jantchc disse...

john west cantando??

o download é obrigatorio..

Dragztripztar disse...

E só finalizando; muita gente reverencia alguns bateras só pro aloprarem o kit. Cozy, Aldridge e os irmãos Appice criam linhas que podem ser reproduzidas sem muitas dificuldades, mas a criatividade que eles imprimem é intransferível. Se algumas pessoas continuarem com o conceito de que tocar "na doida" é significado de excelência, vão passar a idolatrar os bateras de emocore, pois todos tocam alopradamente, mas com viradas, rufadas e sincronismos executados de forma cega, assim como muitos por aí no Rock mais sério. Sem contar aqueles ordinários que gravam o disco inteiro com o mesmo andamento.

Anônimo disse...

Mr. Powell sempre estará no Olimpo dos bateristas! [2]