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domingo, 12 de dezembro de 2010

Candlemass - Chapter VI [1992]


Que o Candlemass é o maior representante do Doom Metal e o baixista Leif Edling é o compositor que melhor sabe absorver e trabalhar as características do estilo, todo mundo já sabe (ou deveria saber). Mas contrapondo esse merecido reconhecimento há um momento muito subestimado na carreira da banda, e talvez do estilo em si - não precisamente do gênero Doom.

Depois de alcançar o auge da carreira nos anos 80, o Candlemass resolveu cessar as atividades por um curto tempo e quando retornou substituiu o vocalista Messiah Marcolin por Thomas Vikström, que havia saído de uma banda de Hard Rock e ao longo de sua carreira se mostraria um dos vocalistas mais versáteis do cenário atual. Essa mudança causou um grande desconforto nos fãs que, em sua maioria, rejeitaram Chapter VI.

Chapter VI é uma das maiores obras-primas da década de 90 e apesar de ter uma pegada mais Heavy Metal do que Doom, carregou o lado épico do conjunto de forma tão consistente e intensa como nunca havia ocorrido, de um modo que jamais foi alcançado. E, diferente de Messiah Marcolin, Vikström não usa vibratos operáticos à exaustão e possui um estilo diferente do monge, além de saber usar muito bem sua voz, coisa que, convenhamos, Marcolin demorou muito pra aprender, e sua performance afobada inclusive contribuiu para Edling lhe tirar do grupo.



O disco abre com "The Dying Illusion" e podemos constatar que mesmo com um direcionamento diferente dos trabalhos anteriores, a sonoridade não foi descaracterizada e há reminiscências fortes de todos os elementos característicos, principalmente o lado épico, como já dito. Outro fator marcante são as letras extremamente poéticas. Seja usando metáforas de desespero com a história da Chapeuzinho Vermelho ("Julie Laughs No More"), desilusão profética ("Aftermath") ou romantizando o paganismo ("Where The Runes Still Speak"), Edling concedeu uma riqueza literária que enobrece ainda mais as músicas.

"Julie Laughs No More" evidencia o talento de Vikström que se mostra muito superior ao Johan Längqvist, vocalista do disco mais clássico do grupo, o debut Epicus Doomicus Metallicus. O que revela a medonha contradição de alguns que reclamam dos vocais de Vikström mas idolatram o primeiro álbum - talvez por ser mais fácil apreciar o que já é consagrado. Na sequência, "Where The Runes Still Speak", uma das músicas mais esplendorosas do Doom Metal, e uma das composições mais impecáveis do Candlemass.

Outro fator que diferencia Chapter VI do que vinha sendo trabalhado pelo Candlemass é o uso acentuado de teclados. Em "The Ebony Throne" isso pode ser notado como um recurso que contribuiu para deixar a música ainda mais sinistra e atraente. Muito embora o êxtase dessa música se dê no refrão monumental. A simplicidade eficiente do Doom transborda em "Black Eyes" que é refutada pelo dinamismo de "The End of Pain" fechando o disco.



Leif Edling que é praticamente o único compositor da banda, se mostrou inspiradíssimo e desenvolveu nesse disco a esteira para o projeto Abstrakt Algebra, que segue o mesmo rumo, sendo um pouco mais progressivo e Power Metal. O disco do Abtrakt Algebra ao lado do Chapter VI é um dos melhores materiais que Edling escreveu em sua carreira e diferente do que ocorreu com o trabalho em questão aqui, o Abstrakt não foi rejeitado, e sim, completamente ignorado.

Aqui está meu álbum preferido do Candlemass, e não representa de forma alguma uma mudança drástica, pois isso só viria a ocorrer na fase do vocalista Bjorn Flodkvist. Existem três DVDs que possuem trechos de algumas apresentações do Candlemass com Vikström nos vocais, que comprovam a coesão do grupo nessa época e a apresentação de "Where The Runes Still Speak" em 2007 é a melhor exibição de Doom Metal que eu conheço desde que o estilo foi criado (sem considerar o Black Sabbath que é hors-concours). E a saída de Marcolin foi bom para os dois lados, pois a banda fundada pelo monge lançou outro grande clássico dos anos 90 (que vocês podem conhecer clicando AQUI).

01 - The Dying Illusion
02 - Julie Laughs No More
03 - Where The Runes Still Speak
04 - The Ebony Throne
05 - Temple Of The Dead
06 - Aftermath
07 - Black Eyes
08 - The End Of Pain

Thomas Vikström - vocals
Lars Johansson - lead guitar
Mats "Mappe" Björkman - rhythm guitar
Leif Edling - bass
Jan Lindh - drums

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

5 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?22ubw6kr6x8xyuu

Anônimo disse...

Fala ai Drag, td blz?parabens pelos posts maravilhosos, continue sempre nos abastecendo do melhor som que existe Heavy/Hard/Rock, Candlemass sonzeira du kralho, abraço e tks.

Anônimo disse...

Meu primeiro contato com o Candlemass foi com esse disco e isso já faz 15 anos!!! Simplesmente maravilhso!!!

Morsa disse...

Doido pra conhecer esse! Brigado!

cristiane disse...

otimo disco