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domingo, 5 de dezembro de 2010

Mercyful Fate - Time [1994]


Após o lançamento de Don't Break the Oath em 1984, King Diamond decidiu parar as atividades do Mercyful Fate e investiu em sua carreira-solo. Depois de uma seqüência de álbuns clássicos, o Rei perdeu a majestade após o lançamento de The Eye (1990), seu quinto álbum de estúdio, que apresentou uma sonoridade com aproximações ao Prog e um uso demasiado de teclados, além de ter sido gravado com bateria programada, embora tudo isso não tenha chegado a debandar do estilo que vinha sendo trabalhado.

Depois de repousar quase dez anos, o Mercyful Fate retornou lançando o ótimo In The Shadows. Esse retorno se deu depois de King Diamond ter escutado as demos do que seria o segundo álbum do Zoser Mez (projeto dos guitarristas Denner e Shermann), e sentido que as músicas lembravam seu antigo grupo. Porém, a intenção era trazer o line-up original para gravar o disco de retorno, mas o baterista Kim Ruzz não pôde se juntar e durante as gravações o baixista Timi Hansen teve sérias dificuldades para gravar suas partes, devido ao longo tempo longe da cena que o fez esquecer como tocar o instrumento, segundo rumores.

Nessa mesma época, King Diamond mantinha sua carreira-solo paralela que não recebia atenção nem dos fãs e muito menos da crítica. No meio dos anos 90 o Heavy Metal também estava em baixa e a vertente do estilo que mais recebia atenção era o Black Metal. E se os discos do King Diamond que sempre possuem fatores extras musicais que atraem o público não estavam funcionando, o Mercyful Fate passou mais batido ainda.


Sucedendo o In The Shadows, veio Time que possui a mesma qualidade, mas conta com umas peculiaridades e uma cozinha diferente que o coloca num nível ainda maior. Particularmente falando, Time não deve nada para o clássico Don't Break the Oath e só fica atrás do imbatível debut Melissa. Com a presença de Sharlee D'Angelo (Arch Enemy, Dismember, Spiritual Beggars) no baixo e o batera Snowy Shaw (Memento Mori, Dream Evil, Dimmu Borgir) - que foi creditado nos dois trabalhos anteriores do King Diamond, mas na realidade não tocou em nenhum -, o conjunto ganhou um alicerce ainda mais potente para a dupla Denner/Shermann passeiar com seus riffs e solos deslumbrantes.

Lírica e musicalmente, o Mercyful Fate tem diferenças consideráveis em relação ao grupo solo do King Diamond. Os temas abordam maldições e satanismo, enquanto os discos do Rei são temáticos em torno de contos de terror. E na parte musical, o MF é mais visceral e cru, se distinguindo da sonoridade intricada da empreitada solo de Kim Petersen, e que preza pelo clima sombrio auxiliado por teclados, além da utilização de falsetes na maior parte das músicas, o que não ocorre no Mercyful Fate.



No entanto, as ligações entre as obras de King Diamond também estão presentes no Mercyful Fate. Aqui em Time, "Angel of Light" é relacionada com "The Oath" do segundo full lenght da banda, e "The Mad Arab" tem seu desfecho no Into the Unknown, na composição "Kutulu (The Mad Arab Part Two)". Essa música, como o próprio nome sugere, possui um tema de guitarra voltado à música árabe. Outro momento interessante fica a cargo de "The Preacher", uma das mais furiosas do material, que trata de um dos milhares de casos de extorsão pela igreja.

A já citada "Angel of Light", "Castillo Del Mortes" e o single "Witches' Dance" remetem ao Mercyful dos anos 80 ao passo que o outro single "Nightmare Be Thy Name", "My Devil" e a faixa-título possuem climas que se confundem um pouco com o que King Diamond faz em seus discos solos. Talvez, esse seja o disco mais "experimental" do Mercyful Fate, e outro momento insólito pode ser constatado em "The Afterlife" com as guitarras introdutórias que passam uma sensação de que vai começar uma balada ao melhor estilo de "Still Loving You".



É verdade que o aspecto teatral e fantasioso de King Diamond fica mais contido no Mercyful Fate, mas a excelência de seus trabalhos é mantida, e acho que de uma forma ainda mais intensa, porque o Mercyful Fate nunca escorregou em toda sua carreira, todos os discos têm atributos que os tornam especiais. Sem contar que, Hank Shermann e Michael Denner formam uma das melhores duplas de guitarra do Heavy Metal.

01. Nightmare be Thy Name
02. Angel of Light
03. Witches' Dance
04. The Mad Arab
05. My Demon
06. Time
07. The Preacher
08. The Lady in Black
09. Mirror
10. The Afterlife
11. Castillo Del Mortes

King Diamond - vocal
Michael Denner - guitar
Hank Shermann - guitar
Sharlee D'Angelo - bass
Snowy Shaw - drums

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

Da esquerda para direita: Snowy Shaw, King Diamond, Sharlee D'Angelo, Hank Shermann e Michael Denner

8 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?dmxai3254j39oq4

Anônimo disse...

Muito bom!

King Diamond = Mestre

Não acredito que só agora postaram algo dele aqui na combe.

Seria interessante postarem os álbuns da carreira solo!

Abçs

GrassHoper disse...

MESTRES!

Anônimo disse...

Aee....
Mercyfullllll...
bom demas...
valeu!!!!

BraBus! disse...

Muito bom ^^! me lembro ke algums anos atraz foi postado na combe o Ep do king, The Dark Sides, eu baixei e gostei muito e baixei toda discografai dele e o Mercyful!

Só nao baixo pq ja tenho !

Anônimo disse...

esse album ainda nao conheço vou conferir ^^

Renato Spacek disse...

Excelente post. O MF serve pra esregar na cara de quem diz que metal extremo é só "gritaria".

Abraços!

BORS disse...

Esse disco é do caralho!

Time é uma música fudida!