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domingo, 9 de janeiro de 2011

Helloween - Chameleon [1993]


Aqui está um disco que defendi inúmeras vezes em discussões com os amigos. E o argumento é simples: esse não é um trabalho do Helloween, mas sim, de seus integrantes. Cada músico trouxe as suas idéias e as desenvolveu da maneira que bem entendesse, sem se apegar ao formato que consagrou o grupo. Por conta disso, os fãs mais tradicionais da era Keepers, desaprovam seu conteúdo, assim como os membros daquela época que permanecem na banda. De certo modo é compreensível, visto que Chameleon é um suicídio comercial. Foi após seu retumbante fracasso que a EMI demitiu o grupo, que nunca mais teve a chance de trabalhar com uma estrutura do tipo.

Mesmo assim, considero sua sonoridade fenomenal, até mesmo pela ousadia descompromissada. Misturando diferentes influências, o álbum confundiu a cabeça de muita gente, especialmente em uma época onde não era possível conferir amostras grátis antes do lançamento – exceto pelos singles que eram enviados às rádios. Hoje, após quase duas décadas completas, Chameleon alcançou status de cult junto aos menos radicais, que aprenderam a apreciá-lo da maneira correta, sem rótulos pré-concebidos. Quem conseguiu assimilar, saiu ganhando, já que temos músicas excelentes aqui, independente do estilo que seguem.



Alguns resquícios do passado ainda se fazem presentes, como na abertura com “First Time” e também em “Giants”, única que chegou a ser executada posteriormente, na turnê do álbum Master of the Rings. A bem elaborada “When the Sinner” foi o primeiro single. “Windmill” e “Step Out of Hell” também foram lançadas de forma promocional posteriormente. A última nesse formato foi a bela “I Don’t Wanna Cry No More”, que Roland Grapow escreveu em homenagem a seu falecido irmão, com uma letra de emocionar. A grandiosa “I Believe”, composição de Michael Kiske, traz em seus nove minutos, corais infantis e orquestrações brilhantes, dando uma atmosfera toda especial.

E se o CD principal já é cheio de particularidades fugindo do padrão habitual, o que dizer do segundo disquinho, com os b-sides? Aí a experimentação ganhou ares de loucura mesmo. O que não significa algo ruim de forma alguma. “I Don’t Care, You Don’t Care”, por exemplo, conta com um clima setentista bem interessante nas guitarras, assim como a instrumental “Oriental Journey”. Um Rock básico e com senso de humor em “Get Me Out of Here” abre espaço para a esquizofrenia definitiva de “Red Socks and the Smell of Trees”, viagem pura desde o título até o final de seus quase onze minutos.


A turnê de divulgação foi um verdadeiro fiasco. Devido a seus problemas mentais cada vez mais evidentes, Ingo Schwichtenberg foi substituído por Ritchie Abdel Nabi, que acabou se mostrando insuficiente, especialmente nas músicas antigas. Enquanto isso, os outros quatro membros continuavam quebrando o pau nos bastidores, ao passo que os shows atraíam cada vez menos público. A performance também deixava a desejar, especialmente por parte de Kiske. Sua voz tinha virado apenas um arremedo dos velhos tempos. Todos esses fatores despedaçaram de vez o Helloween, que terminaria o ano sem frontman e baterista.

Dois anos mais tarde, Ingo se suicidaria ao se jogar na frente de um trem. Kiske iniciaria uma verdadeira batalha interna, que deixou seus resquícios até hoje. Já a banda, conseguiria contornar os problemas com a chegada do vocalista Andi Deris e do batera Uli Kusch, embora boa parte dos fãs das antigas nunca os tenha aceitado da mesma forma que seus antecessores. Heavy Metal, Rock, Pop, Progressivo e tudo o mais que se encontrar. Esse camaleão merece ser apreciado em sua forma mais pura. Verdadeira viagem musical.

Michael Kiske (vocals)
Michael Weikath (guitars)
Roland Grapow (guitars)
Markus Grosskopf (bass)
Ingo Schwichtenberg (drums)

01. First Time
02. When the Sinner
03. I Don’t Wanna Cry No More
04. Crazy Cat
05. Giants
06. Windmill
07. Revolution Now
08. In the Night
09. Music
10. Step Out of Hell
11. I Believe
12. Longing

Bonus CD Expanded Edition

01. I Don’t Care, You Don’t Care
02. Oriental Journey
03. Cut in the Middle
04. Introduction
05. Get Me Out of Here
06. Red Socks and the Smell of Trees
07. Ain’t Got Nothin’ Better
08. Windmill (demo)

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JAY

11 comentários:

Anônimo disse...

Helloween – Chameleon [1993]

256 kbps

CD 1 (118 MB) -> http://www.mediafire.com/?ld47bjb904q6qb6

CD 2 (63 MB) -> http://www.mediafire.com/?r14406599sdc3bq

Anônimo disse...

Foda, álbum maneiro e mal compreendido

JORJAOFONSECA disse...

Esse foi um dos primeiros discos do Helloween que ouvi e na época também estranhei, afinal tinha conhecido a banda pelos clássicos Keepers, mas com o tempo passei a curtir muito.Não conhecia esse cd 02,mas creio que hj consigo curtir com mais facilidade, já que gosto do Chameleon, assim como curto o Pink Bubbles

Igor Miranda disse...

Eu gosto mais do Pink Bubbles, mas Chamaleon é um disco muito bom. Sonho impossível de se concretizar, mas ainda imagino Kiske se reunindo ao Helloween, nem que fosse para apenas um show.

Snakke disse...

Eu particularmente não gosto de Power Metal. Mas o Helloween é e sempre foi alheio a Rotulos, não é uma banda de power, é uma PUTA BANDA DE ROCK/METAL, não importando a veia seguida.E a prova disso sao discos como o Chamaleon e o Pink Bubbles...

Belissimo Post =)

Marcelo disse...

Puta Cd legal. Provavelmente as pessoas que falam mal ou detestam este disco são possivelmente os mesmos manés que metem o pau no Unarmed.

Anônimo disse...

Esse disco é muito estranho!! Não que seja ruim, mas ele tem uns exageros.. Acho que se tirassem os metais, diminuíssem algumas músicas, deixassem outras mais agressivas, ficaria um belo disco. De qualquer forma, merece ser ouvido.

Anônimo disse...

É foda essa coisa de radicalismo. O próprio Helloween não se leva muito à sério em se manter fiéis a algum estilo ou postura (vejam os vídeos, ouçam as músicas). Eles são MÚSICOS, e grandes músicos que já possuem uma obra bem extensa. Polêmicas são formadas apenas pelas viuvinhas dos "Keepers...". Há muito eles colocam em seus álbuns elementos de outros estilos (jazz, prog, etc.) e "Chameleon" é a consolidação desta tendência. Aliás, sempre achei o Helloween uma banda mais prog/psicodélica do que propriamente metal. Acho que já passou da hora de parar de mi,mi,mi's e comparações pois a obra do Helloween merece muito mais do que alguns idiotas ficarem comparando 1 álbum (os "Keeper's..." eram para ser um só) com um uma discografia de respeito. E tem outra: falta muito para o "Keeper's" ser o melhor álbum do Helloween.

AlBassPlayer
Curitiba

Anônimo disse...

Helloween tem uma grande parcela de responsabilidade pela nova cara do metal nos anos 80, depois do NWOBHM.
Não sou fã da banda, nem dos seus álbuns, mas tenho respeito por tudo o que fizeram, dentro do universo metálico/rocker.
Das bandas alemãs, eu gosto mais é de Warlock e Doro, Scorpions, Axel Rudi Pell, Accept, Rammstein... Coloco o Helloween na mesma prateleira do Gamma Ray e Primal Fear, de conjuntos bons.

Anônimo disse...

Eu não conhecia esse álbum, baixei e ouvi. Vou ser sincero: não me agradou. Algumas músicas são legais, mas no geral não me agradou, mas nem por isso vou dizer que é ruim, porque não é. Honestamente, Helloween nunca foi das minhas bandas favoritas, apesar de ter os Keeper e o Master of the Rings, não é uma banda que eu pegue para ouvir a qualquer hora. Mas mesmo assim vocês estão de parabéns com a diversificação dos posts.

[]s
Junior

Érico disse...

I believe!