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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Metallica - St. Anger [2003]


Já li trocentos reviews colocando esse álbum abaixo de um estado mínimo de dignidade, mas mesmo quando não gostava, discordava do radicalismo. "St. Anger" marca, pessoalmente, a época que comecei a conhecer mais sobre Heavy Metal - um pouco antes na verdade, mas foi o primeiro lançamento de inéditas que vivenciei antenado -, e como o Metallica foi a primeira banda que tive contato, a expectativa era muito grande vinda de minha parte. Da maioria dos fãs também, já que todos esperavam uma volta às origens, pois os antecessores "Load" e "ReLoad" não foram muito aprovados pela base mais ortodoxa de apreciadores do grupo.

E, de primeira, o oitavo disco de estúdio do Metallica decepcionou. De segunda também. Pode decepcionar várias vezes seguidas (risos). Deve-se salientar de antemão que é um álbum complicado de ser digerido por quem gosta de qualquer outra fase do conjunto, pois aqui as composições são ousadas e arriscadas ao ponto de não apenas de flertar, mas de pagar um jantar e namorar com vertentes mais atuais do Rock e do Metal, como o famigerado New Metal e outras. Favor não confundir: não se trata de um play de New Metal, mas tem sim uma faceta moderna.

O contexto histórico de "St. Anger" colabora com a compreensão do produto final: o Metallica tinha planos de entrar em estúdio em 2000. Mas logo ao início de 2001, o baixista Jason Newsted anunciou que estava fora. O momento não era bom, pois os integrantes se envolveram com o caso Napster, que desgastou a imagem da banda, fora os anteriores "Load" e "ReLoad" que, apesar de terem vendido muito bem, desapontou os fãs por conta da sonoridade mais leve. Pra piorar, o vocalista e guitarrista James Hetfield estava sofrendo com as drogas e o álcool, se internando em uma clínica de reabilitação.

Com tudo em ordem, as gravações das novas músicas tiveram início. O baixo foi assumido por Bob Rock, que também produziu o álbum, até que o substituto Robert Trujillo (Suicidal Tendencies, Ozzy Osbourne) passou a fazer parte da banda - já com as gravações concluídas. E ao contrário do que muitos pensam, todo o planejamento de "St. Anger" não contou com a interferência de Bob. A ideia de fazer um álbum com a sonoridade tão crua como a aqui encontrada deriva-se principalmente dos problemas pessoais que o trio passou pelos últimos tempos - principalmente por James ter se internado em uma clínica de reabilitação.

Da esquerda pra direita: Robert Trujillo,
James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett


O reflexo de todos os problemas gerou um disco de som extremamente visceral - o que incomodou muitos ouvintes -, com peso e timbragens semelhantes à plays de New Metal. E caiu bem para as composições aqui presentes. As letras carregam certa melancolia e soam desesperadas, mas não perdem o foco e estão muito bem feitas. Apesar da sujeira, bons riffs são apresentados. As linhas de bateria são muito boas e mostram um Lars Ulrich inspirado, só é uma pena que a caixa de bateria atrapalhe bastante. A ausência de solos do ótimo Kirk Hammett é um ponto negativo e triste - o único que é musicalmente negativo, pois se a produção tivesse sido mais cautelosa, só faltariam bons solos.

O mais engraçado é que, mesmo recebendo paulada de todos os lados, as vendas foram satisfatórias. Não chegaram aos padrões de antes, mas em comparação à outas bandas de metal, foram bem satisfatórias. O disco conquistou o primeiro lugar nas paradas de vários países, incluindo Alemanha, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Japão. Só nos Estados Unidos, conseguiu disco de ouro nas primeiras semanas de lançamento, sendo que a primeira já limou 400 mil cópias das prateleiras. A faixa-título ainda ganhou um Grammy em 2004 na categoria "melhor performance de Metal".

Não esperem encontrar nesse texto que se trata do melhor álbum do Metallica. Está longe disso, não dá pra ser zé-do-contra e comparar com "Kill 'Em All" ou "Master Of Puppets", já que são conceitos e épocas diferentes. Mas "St. Anger" é espontâneo, pesado e tem qualidade suficiente para receber o título de "injustiçado". Se tornará um clássico cult no futuro, como "ReLoad" já se tornou para vários fãs.



01. Frantic
02. St. Anger
03. Some Kind Of Monster
04. Dirty Window
05. Invisible Kid
06. My World
07. Shoot Me Again
08. Sweet Amber
09. The Unnamed Feeling
10. Purify
11. All Within My Hands

James Hetfield - vocal, guitarra
Kirk Hammett - guitarra, backing vocals
Lars Ulrich - bateria, percussão

Músido adicional:
Bob Rock - baixo, backing vocals


(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

25 comentários:

Anônimo disse...

Metallica - St. Anger [2003]

http://www.mediafire.com/?uv2vax95cu2f1ff

Anônimo disse...

Não gosto nem do Load, e nem do Reload, muito menos do St. Anger. Infelizmente não desce, por mais que eu tente. Mas o Death Magnetic vai de boa. E esse vai gerar comentário com muito mimimi, certeza! shauhsuahushuahushuahushuahusha

Willian disse...

Uma frase resume tudo: um disco do Metallica sem solos! Pode ter bons riffs, boas letras e ideias bem colocadas aqui e acolá, mas sem os solos do Hammmet não dá p descer...
E concordo com o Coverdale: o Death Magnetic, em comparação com os últimos trabalhos, é uma beleza! rsrsrs

Alessandro disse...

O St. Anger teve uma importância muito significativa prá mim: Fez com que eu achasse o Load e o Reload muito bons!!! hehehe
Sério mesmo, pq eu torcia o nariz pros 2, mas com o St. Anger a decepção foi tão grande, que comecei a comparar aos 2 anteriores, resultado: Comecei a achar os outros 2 albuns realmente muito bons!!!
Já o Death Magnetic eu tb gosto, esse não precisei fazer força prá gostar não... hahahahah
Abraço!

Anônimo disse...

Cara este disco é simplesmete maravilhoso hehe...

OBS:É CLARO QUE ESTOU BRINCANDO!

Anônimo disse...

Megadeth >>>> Metallica.

Uma trollagenzinha não faz mal pra blog nenhum...

Igor Miranda disse...

O último comentário fez com que eu me lembrasse de uma antiga postagem que realizei pra Van do Halen:

http://bit.ly/eyfs4N

Kaic O. disse...

Megadeth >>>> Metallica.

Uma trollagenzinha não faz mal pra blog nenhum... [2]

Mas agora falando sério. O Metallica é uma banda da qual eu gosto. Tá longe de ser uma das favoritas, mas os caras são bons. Especialmente no começo e mais especialmente ainda com o Black Album, porque minhas músicas favoritas deles tão nesse disco (Wherever I May Roam já vale por todas as músicas deles só pela intro). Mas na boa, o St. Anger foi um tiro no saco deles mesmos. A ausência de solo nem me incomodou, afinal eu escuto algumas bandas que não tem solos, como Hatebreed, Madball e Raised Fist, só pra citar algumas. Mas o que me dá mais nojo nesse disco é a bateria. Nem a banda mais porca de todas que eu já ouvi se presta a fazer aquilo com o som da bateria. Parece uma panela sendo espancada. É atterrorizantemente ruim. Mas ainda assim, é questão de gosto.

Jay disse...

Cem quenga around my neck...

Ricardo Seelig disse...

Parabéns por escrever, de forma tão sincera e clara, a sua opinião sobre um disco tão polêmico, discutido e odiado como St Anger.

Não acho o álbum o lixo que pregam. Daria um 6 para ele, e tenho certeza de que, com uma produção melhor, ele seria bem aceito pelos fãs, já que apresenta uma agressividade que estava em falta nos álbuns do Metallica na época.

Recomendo que assistam os clipes do disco, principalmente para a faixa título, que são excelentes, isso sem falar no documentário Some Kind of a Monster, que deixa claro o caos que a banda vivia na época.

Abraço.

Anônimo disse...

Desse texto eu me lembro Silver. Acho que sou um dos poucos fãs de Megadeth que realmente gosta de Metallica, afinal senão fosse por eles, o Mustaine não teria montado o Megadeth! shauhsuahshaus...

Brincadeiras à parte, sinto falta do Metallica que existiu até 1988, pois dali para frente, nada do que foi apresentado realmente me agradou de verdade. E isso nem é querer pegar no pé, pois foi a primeira banda de Metal que ouvi, e respeito muito até os dias de hoje. Isso é uma questão de gosto meu, mas para mim depois do And Justice, aquela pegada matadora que eles tinham se enfraqueceu, algo que me deixa completamente triste. :-(

Willian disse...

Apesar de alguns álbuns erráticos, eles são dignos de admiração, pois não tiveram medo de mudar, inovar e experimentar novas sonoridades. É clichê falar isso, mas é verdade. Eu prefiro o Metallica dos velhos tempos, claro, mas ainda os admiro muito e espero ter grana e tempo para assisti-los no Rock in Rio!
E, só para constar: também adoro o Megadeth, tanto quanto ou mais do que o Metallica!

Anônimo disse...

Apenas uma definição para este disco e fase do Metallica: triste.

OBS: O som da bateria dessa gravação parece o som da bateria que o Pato Fu conseguiu no disco que eles gravaram apenas com instrumentos musicais de brinquedo.

AlBassPlayer
Curitiba

Leandro disse...

cara esse post por ser tão polemico não posso deixar de participar.

cara não sou um dos grandes defensores, do metallica na sua q eu chamo 2ª fase, mas nunca escutei um album com dispreso a eles, acho q o metallica sempre fez oq a época pedia, em 80 lançou grandes pérolas do thrash metal, 90 era precisou algo mais leve, mas com a cara metallica.
isso q pra mim faz uma banda de qualidade, sua musicalidade, e metallica não tem oq se contestar.
metallica is metallica man!!!

Anônimo disse...

Eu não acho esse disco tão ruim quanto dizem (pelo menos tem atitude, o que o Load/Reload não tinha) e acho que foi uma fase necessária pra banda passar pra voltar mais ou menos a fazer som pesado como o Death Magnetic.

E o DM é um puta disco. Daqui uns 5 anos vai todo mundo olhar pra trás e falar tão bem quando o ...And Justice (que também foi massacrado pelos "fãs" na época).

Anônimo disse...

LIXO!

mgtattoos disse...

Há uma "pausa inteletual" no metallica logo após o black album. Nao gostei do Load e Reload menos do st. anger. Vi um pseudo reality que fizeram mostrando o retorno do hetfield, o analista dentro da banda, como "entrou" o baixista, as discussoes do hammett e bob (solos sim solos nao) etc. o "clima" na banda era bastante delicado como pra fazer um bom disco de metal. Pra algo diferente já existia o "and justice", uma obra prima. Reinvindicados com death magnetic, o st anger vendeu gracas ao logotipo só que feito de aluminio.

caique disse...

apesar de um bando de gente falar merda desse album, não acho nada de tão ruim

destaque para "some kind of monster"

NATJUNIOR disse...

Em minha opinião, o St. Anger é um dos melhores CDs do Metallica, junto com os três primeiros LPs, que também são muito bons.

Sei que tem gente que não gosta, mas eu adorei. Tenha até a edição especial do St. Anger - que vem com um DVD onde a banda toca as músicas em um estúdio.

Anônimo disse...

cara fala serio comparar esse st anger com os primeiros do Metallica é sacanagem...

Icedguy disse...

Conheço metallica dos idos tempos do album da serpente(black album). e tenho que dizer gosto muito do load e mesnos do reload agora sem radicalismo até pq gosto de cada coisa pavorosa. mas serio se fosse lançamento merecido seria esse post mas, como é sabido essa é a coisa mas pavorosa que já ouvi na vida vindo de uma banda não precisa se repetir logico, mas isso é completamente assustador. esperava até um disco mais calmo ou ate mais pesado não isso ate pq literalmente esse album não era para levar o nome metallica e sim qualquer outro

Mamede disse...

Link Of ai... preciso do St. Anger! unica peça faltosa da minha descografia Metallica!

Anônimo disse...

St. Anger mal crítica. odiado. To nem aí, eu gosto. Gosto do Metallica, gosto de thrash metal, gosto do St. Anger, gosto de nü metal, e foda-se qualquer tipo de tr00zice, escute aquilo que te faz bem. se você gosta, e daí?

NinoSapari . disse...

link quebrado ae galr, off

Beto Cardoso disse...

Curto muito o Load, o ReLoad é marromenos, mas o St Anger... As músicas são longas e muito secas. A falta de solos deixa tudo muito repetitivo... E, me desculpe, o Lars tá horrível nessa performance. E eu ainda me pergunto o motivo dele usar equipamento de cozinha no lugar da bateria.