O Motörhead lançou álbuns formadores de caráter entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1980. E a grande maioria do êxito desse trabalho se deve à química do grupo: o vocalista, baixista e divindade Ian "Lemmy" Kilmister, o guitarrista "Fast" Eddie Clarke e o baterista Phil "Philthy Animal" Taylor. Mas na metade de 1982, Clarke decidiu abandonar o barco. Substitutos foram procurados ao longo do meio rocker mundial e o que mais agradou foi Brian "Robbo" Robertson, que fez parte da formação clássica do Thin Lizzy e trabalhava com o Wild Horses e em um projeto solo no momento. Robertson topou o convite e o trio, com sangue novo, entrou em estúdio para gravar o seu trabalho mais curioso e único.
"Another Perfect Day" se difere dos demais por adotar uma linha melódica mais apurada. Enquanto que, com Clarke, o som tendia para o Heavy Metal e para o Punk, com Robertson a coisa já se puxava para o Hard Rock. Nada farofeiro, diga-se de passagem. A guitarra se tornou um instrumento de maior ênfase, enquanto que o baixo e a bateria, apesar de ainda saltarem, perdiam um pouco de espaço. Bases mais trabalhadas e vários solos de guitarra foram inseridos ao estilo do Motörhead.
O produto final, todavia, é de se espantar. Trata-se de um álbum conciso e que ainda tem a essência roqueira que consagrou a trupe, com um quê melódico. Um casamento instável em aspectos pessoais, porém agradabilíssimo em termos musicais. Um pouco menos pesado, mas com ótimas sacadas e ainda pesado! Vale ser ressaltado que a produção, assinada por Tony Platt, veio a calhar: o cara soube captar a arriscada empreitada e a fez soar muito bem.
"Another Perfect Day" se difere dos demais por adotar uma linha melódica mais apurada. Enquanto que, com Clarke, o som tendia para o Heavy Metal e para o Punk, com Robertson a coisa já se puxava para o Hard Rock. Nada farofeiro, diga-se de passagem. A guitarra se tornou um instrumento de maior ênfase, enquanto que o baixo e a bateria, apesar de ainda saltarem, perdiam um pouco de espaço. Bases mais trabalhadas e vários solos de guitarra foram inseridos ao estilo do Motörhead.
O produto final, todavia, é de se espantar. Trata-se de um álbum conciso e que ainda tem a essência roqueira que consagrou a trupe, com um quê melódico. Um casamento instável em aspectos pessoais, porém agradabilíssimo em termos musicais. Um pouco menos pesado, mas com ótimas sacadas e ainda pesado! Vale ser ressaltado que a produção, assinada por Tony Platt, veio a calhar: o cara soube captar a arriscada empreitada e a fez soar muito bem.
A recepção do álbum não foi ruim. Nas paradas britânicas, atingiu a 20ª posição, e nas norte-americanas, a 153ª - levando-se em consideração que o grupo nunca foi um sucesso nos Estados Unidos. Os singles de "I Got Mine" e "Shine" chegaram às colocações de número 46 e 59, respectivamente, no Reino Unido. As turnês atraíam público, passando pela Europa, América do Norte e Japão.
Brian, no entanto, causava atrito: além de utilizar um visual diferente e pra lá de "duvidoso" (shorts, sapatos de balé e uma faixa na cabeça), o guitarrista não concordava em tocar sons de outras épocas que tivessem participação de Clarke, desapontando muitos fãs e restringindo o repertório do conjunto, que com vários clássicos gravados, teve de tocar apenas músicas do álbum recém-lançado e alguns covers. Como seu contrato era para apenas um disco, sua saída foi amigável e ocorreu em novembro de 1983.
Talvez por ser excêntrico e controverso, Robertson nunca tenha atingido o grande público com novos trabalhos desde sua saída. Mas seu talento é incontestável, assim como o de Lemmy e Philty. Com "Another Perfect Day", a diversão é garantida.
Brian, no entanto, causava atrito: além de utilizar um visual diferente e pra lá de "duvidoso" (shorts, sapatos de balé e uma faixa na cabeça), o guitarrista não concordava em tocar sons de outras épocas que tivessem participação de Clarke, desapontando muitos fãs e restringindo o repertório do conjunto, que com vários clássicos gravados, teve de tocar apenas músicas do álbum recém-lançado e alguns covers. Como seu contrato era para apenas um disco, sua saída foi amigável e ocorreu em novembro de 1983.
Talvez por ser excêntrico e controverso, Robertson nunca tenha atingido o grande público com novos trabalhos desde sua saída. Mas seu talento é incontestável, assim como o de Lemmy e Philty. Com "Another Perfect Day", a diversão é garantida.
01. Back At The Funny Farm
02. Shine
03. Dancing On Your Grave
04. Rock It
05. One Track Mind
06. Another Perfect Day
07. Marching Off To War
08. I Got Mine
09. Tales Of Glory
10. Die You Bastard
Bonustracks:
11. Turn You Round Again
12. (I'm Your) Hoochie Coochie Man (Live - Willie Dixon Cover)
13. (Don't Need) Religion (Live)
Ian "Lemmy" Kilmister - vocal, baixo
Brian "Robbo" Robertson - guitarra, piano em 4
Phil "Philthy Animal" Taylor - bateria
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
9 comentários:
Motörhead - Another Perfect Day [1983]
Link:
http://www.mediafire.com/?42ug27asv4tb2bl
Meu preferido do Motörhead
Quero dizer, de estúdio. Meu preferido mesmo é o No Sleep at All.
I got mine tem um riff sensacional!
O melhor do Motorhead, na minha opinião.
A começar pela capa.
E ainda tem a lenda que diz que o Lemmy teria chegado para o Brian Robertson e dito que não daria para prosseguir com ele, porque ele tocava muito para o que a banda pedia.
Esse lance da excentricidade dele é novidade para mim. Não sabia disso. Uma coisa que constata é justamente o fato dele não ter conseguido emplacar nada depois.
Mas o cara era foda mesmo. 83 foi um ano mágico, para quem gosta de metal. Gravaram o Born Again e esse disco, exemplares únicos, só para deixar a gente babando.
ainda não ouvi este cd, mas com certeza vou baixar e ouvir mais tarde
e concordo com o anonimo, a capa é muito boa..
Curiosidade sobre a capa: Phil Taylor, quando a viu, disse "se as crianças verem isso sob efeito de ácido, elas irão simplesmente pirar!".
Sábio.
Discaço.
Só posso dizer como diziam os suditos romanos antigamente :
AVE KILMISTER
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