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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

John Mayall´s Blues Breakers - John Mayall´s Blues Breakers With Eric Clapton [1966]



Eric Clapton define esse registro com o disco definitivo de sua carreira, aquele que atraiu a atenção para seu blues rock cheio de identidade e de influências de artistas como Robert Johnson, Muddy Waters e Otis Spann, só para citar alguns. E não á toa, pois ao lado de feras como John Mayall e John Mc Vie, Clapton pela primeira vez assombra o mundo com seu feeling absurdo e confirma de vez a famosa afirmação "Clapton Is God", que ganhou durante o período que tocava em vários clubes ao redor da Inglaterra.

Oriundo da então pequena Ripley, Clapton durante sua infância e adolescência uma vida reclusa, em que recusava chamar a atenção de quem estava ao seu redor. Isso muito se deu pela sua criação, em que foi criado por sua avó materna e seu segundo marido, que o tratavam como filho. E durante esse meio tempo ele conhece sua mãe, e acaba se sentindo rejeitado por ela. Com toda essa história de novela mexicana, Clapton acaba por encontrar na música sua grande paixão, e começa sozinho a aprender a tocar um violão, imitando as gravações que ele escutava de música folk e do próprio blues.


Já com um tempo aprendendo sozinho, e bastante obcecado em atingir o objetivo de se tornar músico, ele entra no Yardbirds, onde consegue notoriedade, mas acaba por sair da banda, por não concordar com o direcionamento pop ao qual estavam seguindo. E foi após a saída do Yardbirds que através de Ben Palmer, que passa o contato de Clapton para John Mayall, que já tinha uma boa reputação, que Eric passa a ser o novo guitarrista do Blues Breakers. E após a entrada dele, a banda teve seu som direcionado para o blues de Chicago, o que agrada muito a Mayall, que também era um adepto dessa vertente e via ali um jovem (Clapton é 12 anos mais jovem que Mayall) que levava o blues tão a sério quanto ele.

Após um bom tempo em turnê, a banda entra em estúdio no ano de 1966. Em apenas três dias, eles gravam esse registro, que era basicamente o set que eles faziam nos shows, com adição de algumas sessões de sopros. E durante as gravações uma das preocupações foi de que tudo soasse como um disco ao vivo, e pelo seu curto tempo de gravação, somos presenteados com uma gravação crua e áspera, que vai direto ao ponto e que nos entrega uma aula de blues rock, em que todo o grupo dá uma aula, desde o já conhecido Clapton, John Mc Vie antecipando o que ele faria posteriormente no Fleetwood Mac, John Mayall bem nos vocais e Hughie Flint com competência nas baquetas.



Músicas atemporais e muitas bem executadas são apresentadas aqui. A abertura com "All Your Love" nos apresenta o tradicional timbre de Clapton, com solos transpirando feeling para todos os lados, e que confirma que não se precisar tocar 60 notas por segundo para ser um excelente guitarrista, e onde a cozinha segura as pontas de maneira exemplar. "Hideaway" é uma verdadeira aula de como uma banda tem de trabalhar e é um instrumental daqueles que tem de ser apreciado no volume máximo. Todo disco é excelente, mas por questão de gosto recomendo a sensacional versão de "What'd I Say" gravada originalmente por Ray Charles e que ainda faria referência a "Day Tripper" dos Beatles, "Have You Heard" e "Ramblin’ on My Mind", onde Clapton assume os vocais.

Um registro que em poucos momentos soa datado, feito com um feeling absurdo por músicos que manjavam do riscado. Esse é um dos discos que devem ser apreciados antes de morrer e que com certeza aumentará ainda mais a admiração por esse músico monstruoso que é Eric Clapton. OBRIGATÓRIO!




1.All Your Love
2.Hideaway
3.Little Girl
4.Another Man
5.Double Crossing Time
6.What’d I Say
7.Key to Love
8.Parchman Farm
9.Have You Heard
10.Ramblin’ on My Mind
11.Steppin’ Out
12.It Ain’t Right


John Mayall – Vocais, Piano, Órgão Hammond B3 , Gaita
Eric Clapton – Guitarras, Vocais em "Ramblin' on My Mind"
John McVie – Baixo
Hughie Flint – Bateria



By Weschap Coverdale

9 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?lq7oxrfpkxt47ky

Dragztripztar disse...

vou copiar e colar o que já falei no msn:
*o disco mais atemporal da década de 60 !!!
*só tem duas músicas nesse trabalho q soam datadas.. é incrível como a maioria tem melodias e ritmos q pode falar pra qualquer pessoa q é de 80, 90 ou do ano passado
*e é pré-hendrix
*então nem existia referência de som mais enérgico assim, pq só tinha iê iê iê's até então e aqueles blues cansativos...

Jp disse...

Esse disco é um dos melhores dos anos 60...
Tem a melhor versão já feita de Ramblin' On My Mind, além de outras pérolas.

Anônimo disse...

Este play está para o blues "branco", assim como o primeiro do Black Sabbath está para o Heavy Metal!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

bom pra caraio...
valeu!!

Victor Nazário disse...

PQP Véioooo, bom pracarái !!!!!
Vocês estão cada dia melhores !!!!
Valeu !!!!!!!

Unknown disse...

Clapton é Clapton! Post do cacete, Weschap!

Ricardo Adriano disse...

há tempos eu queria baixar esse album, é uma obra prima dos mestres Clapton e Mayall. Muito obrigado por esse post, um abraço.

Anônimo disse...

Link está quebrado..