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quarta-feira, 2 de março de 2011

Mamonas Assassinas - Mamonas Assassinas [1995]


Um fenômeno reverenciado até os dias de hoje. Veio, chocou o Brasil, e infelizmente se foi, mas mantém um legado de reconhecimento quase unânime nessas terras - algo difícil em um país com proporções continentais e culturas diversas. Hoje, 2 de março de 2011, completa-se 15 anos que os Mamonas Assassinas foram dessa para uma melhor, de forma trágica, num acidente aéreo na Serra da Cantareira (saiba o que mais aconteceu hoje clicando AQUI). Nada mais justo do que uma homenagem a um dos meteoros musicais mais competentes e notáveis da história brasileira.

Descrever o impacto dos Mamonas Assassinas é extremamente difícil, mesmo por quem viveu o pedaço de ano de fama do conjunto, formado em Guarulhos, São Paulo. Constituído por Dinho nos vocais, Bento Hinoto na guitarra, Júlio Rasec nos teclados e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli respectivamente no baixo e na bateria, o quinteto se chamou Utopia de 1990 até 1995, e nesse período tentavam fazer um Rock sério, inspirado no Titãs e no Rush, mas logo notaram que as paródias e canções escrachadas recebiam maior recepção do público, já que tinham talento para isso.

Após conhecerem o até então desconhecido produtor Rick Bonadio e enviarem uma demo para algumas grandes gravadoras do Brasil, os caras conseguiram um contrato com a EMI. Com pouco menos de dois meses, o disco de estreia já estava nas prateleiras do Brasil, e em questão de dias os Mamonas eram sensação nacional. Não era pra menos: lançaram um disco envolvente, cativante, versátil e sem uma música mediana sequer.


Apesar do humor que todos sabem que marcaram presença nas composições desse disco - que são inteligentíssimas e fazem críticas sem que muita gente perceba -, e do carisma dos integrantes, principalmente do frontman Dinho, análises pormenorizadas atestam a habilidade e a versatilidade dos músicos. Muitas vezes passa despercebido, mas o instrumental é muito bem feito e, mesmo que de forma cômica, passeia sem equívocos por diversos gêneros musicais, como rock, metal, samba, pagode, baião, forró, pop e por aí vai. Diferente dos "fenômenos musicais" recentes, os homens tinham competência em seus instrumentos e deixavam isso claro, inclusive, nos shows.

Estima-se que a bolacha tenha vendido milhões de cópias desde seu lançamento, angariando um disco de diamante pelas ótimas vendas. Também é estimado que, no auge, cem mil cópias eram vendidas em um intervalo de dois dias. Infelizmente o acidente que tirou a vida dos cinco membros da banda interrompeu uma trajetória que poderia ser mais brilhante. Mas os poucos meses de Mamonas Assassinas valeram a pena - e eu duvido que qualquer leitor deste blog não conheça e aprecie o disco dessa postagem.



01. 1406
02. Vira-Vira
03. Pelados em Santos
04. Chopis Centis
05. Jumento Celestino
06. Sabão Crá-Crá
07. Uma Arlinda Mulher
08. Cabeça de Bagre II
09. Mundo Animal
10. Robocop Gay
11. Bois Don't Cry
12. Débil Metal
13. Sábado de Sol
14. Lá Vem o Alemão

Dinho - vocal, violão
Bento Hinoto - guitarra, violão, backing vocals
Samuel Reoli - baixo, backing vocals
Sérgio Reoli - bateria, percussão
Júlio Rasec - teclados, backing vocals

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

32 comentários:

Anônimo disse...

Mamonas Assassinas [1995]

http://www.mediafire.com/?1uv662zrakusukr

Anônimo disse...

ESSE POST É APELAÇÃO! CLÁSSICO MEGA HIPER BLASTER DO ROCK NACIONAL....

Esse é hours concours... Pena que foram embora cedo demais! :-(

Anônimo disse...

MERECE UM SEGUNDO COMENTÁRIO! VOU ESCUTAR JUMENTO CELESTINO DE MANEIRA EMPOLGADA NESSE MOMENTO.

Escutar coisas como "Lá vem o Alemão", "Bois Don't Cry", "Débil Metal" e "1406" e não se apaixonar é uma tarefa que nem Chuck Norris conseguiria. Realmente, nenhuma única música desse disco chega nem perto de ser mediano. MELHOR POST DE TODOS OS TEMPOS AQUI DA COMBE! Será unânimidade total!

Daniel disse...

Inesquecivel. Pena que durou muito pouco. Infelizmente.

Anônimo disse...

Olha não queria falar isso não, mas nosso amigo Silver tem uma teoria para o personagem de Bois Don't Cry:

Dejair = jair = jay! OMG...

Anônimo disse...

De longe, o melhor post da combe

Mamonas eterno, a melhor banda nascional

Anônimo disse...

Ele foram a melhor banda nacional, a melhor parte da minha infancia!
Saudades eternas!

Rodrigo Ferro disse...

Eu ainda guardo com muito carinho o cd que ganhei do meu pai quanto eu tinha 5 anos :)

Anônimo disse...

Falaram ae no post q vendeu um milhão de cópias. Acho que vendeu bem mais hein?!

Anônimo disse...

Vendeu bem mais que 1 milhão facil

Jay disse...

Assisti o primeiro show deles em 1996. Mal sabia que aquele ano ia durar tão pouco. Lembro do choque coletivo naquela manhã de domingo. Foi algo realmente estranho. O mais legal hoje, com vasto conhecimento sobre Rock, é pegar o disco e identificar algumas "surrupiadas" em clássicos do estilo.

Importante destacar que eles eram bons músicos, especialmente o Bento e o Samuel. Lembro que nesse show que fui, ambos fizeram solos de alta qualidade.

Tenho uma outra observação sobre os Mamonas, mas acho que seria muito cruel fazer nessa data, então retomarei outro dia. Post altamente recomendado!

Jay disse...

Bem observado. Antes da morte eles já tinham vendido quase um milhão e meio. Depois, passou dos dois milhões fácil. Lembro que até foi comentado logo após o acidente que era o disco de estréia mais vendido da história da indústria fonográfica brasileira.

Willian disse...

Curto muito thrash, death e black metal, mas não tem como não ter um carinho especial por esse cd e pela época em que foi lançado...

E não tem como não fazer uma triste observação: bons tempos em que surgiam bandas como o Mamonas, exaltando o lado divertido e desencanado do rock n'roll... Pena das pobres almas de hoje que têm como "revelações" musicais coisas como Restart e NxZero...

Trágico, como diria o Sr. Omar...

Unknown disse...

já faz 15 anos??

pqp..

Dynasty disse...

Para mim, Mamonas era o Twisted Sisters brasileiro. Pesado, boa música e divertido.

Estava influenciando uma geração inteira, criando novos roqueiros, digamos... da escolhinha.

Foi realmente uma pena para o rock pesado nacional. Abraço a todos da Combe, postadores e comentaristas. Parabens pelo post.

Lyn disse...

Baixando pra ouvir daqui a pouco no trabalho e matar as saudades.

Igor Miranda disse...

Apesar do texto estar com o dado "MAIS de um milhão", apaguei e refiz a frase, generalizando o número por eu não ter conseguido uma fonte correta: só é sabido que passou de 300 mil, o mínimo para se conquistar disco de diamante certificado pela ABPD.

Jay, já estamos em outro dia, então a observação é bem-vinda e informação nunca é demais.

Jay disse...

Ok, vamos lá. Na verdade é uma opinião. Sempre vejo muita gente falar que foi uma pena porque eles estariam fazendo sucesso até hoje, etc... Lógico que isso nós nunca saberemos. Mas acho que a tendência é que atualmente a banda tivesse caído no ostracismo.

É o caminho que todos os grupos que vão nessa linha seguem, vide Ultraje a Rigor, que vive até hoje do Nós Vamos Invadir Sua Praia. Da mesma forma o Joelho de Porco com seus clássicos "México Lindo" e "Mardito Fiapo de Manga". Chega lá pelo terceiro disco e começa a soar como a mesma piada contada de novo e de novo e de novo.

E isso independe da questão do talento, os caras podem ter capacidade de fazer quinhentos discos assim com qualidade. Mas acaba ficando repetitivo, inevitavelmente. Então, é até mórbido dizer isso, mas a morte ajudou a estabelecer o mito. É lógico que, pelo aspecto humano, melhor se eles estivessem todos vivos até hoje, fosse como fosse. Mas creio que já estariam em outra viagem sonora hoje. Talvez rolasse aquela luta interna de querer provar ao mundo que eram mais que humoristas musicais. Anyway, só uma opinião.

Caue Machado disse...

O ponto de vista do Jay é mais que correto. Eu tava lendo o post hoje e já pensando nisso. O puta sucesso que alcançaram não poderia ser mantido. Isso é impossível, há inumeros casos na história do Rock'n Rolla.

Estava assistindo um documentário sobre o New Kids on the Block essa semana. Aconteceu algo interessante com eles: estouraram ainda muito jovens e tiveram uma ascensão assombrosa em pouco tempo. Curtiram a fama por mais alguns anos e logo já não aguentavam mais e nem as tietes aturavam mais a diferença de sonoridade, qualidade musical sem comparando ao inicio de carreira. Resultado: separaram-se. Agora em 2009, 15 anos depois os caras se reuniram, e muitas das fãs perdidas voltaram a curtir os caras.

Penso que com os Mamonas assim seria. Um sucesso absurdo, um segundo disco talvez com a mesma vendagem ou um pouco abaixo, que seria a indicação que as coisas não iriam durar muito tempo. Separação, encerramento das atividades, e um tempo depois eles voltariam pra algumas apresentações sem vergonha visando à nostalgia e $$$.

Igor Miranda disse...

A morte sempre ajuda a estabelecer o mito. Bandas/formações que duram pouco são muitas vezes ovacionadas, artistas que morreram cedo geralmente são endeusados. Formação original do Guns N' Roses, Randy Rhoads, John Bonham e por aí vai.

É muito difícil manter um sucesso astronômico como esse. Dos grandes já podemos pegar exemplos, como o Kiss e o AC/DC, que já tiveram seus momentos de baixas vendas. Até os Beatles provavelmente teriam seus momentos decadentes se durassem mais do que 7 ou 8 anos.

No Brasil, isso é ainda pior porque as tendências mudam de forma mais rápida e quem vendeu muito em anos passados simplesmente perde o valor. O tal do Nx Zero tá mais sumido do que tudo. Jota Quest nem se fala. Restart estará sumido daqui uns tempos.

Também discuti isso ontem com o Weschap no MSN, afinal é um assunto interessante. Nunca saberemos, porque a carreira foi tragicamente interrompida. Mas acredito muito mais que aconteceria o que foi falado pelo Jay: estariam em outra, querendo provar que podiam fazer mais do que humor musical. Afinal, todos eram muito apegados ao Rock n' Roll.

Só que, independente disso, o primeiro e único álbum dos caras é honesto e transita por inúmeros gêneros sem soar metódico ou forçado, na minha opinião e provavelmente na de todos com audição um pouco mais aguçada.

Anônimo disse...

Boa Jay!

Anônimo disse...

"Melhor post de todos os tempos na combe" é sacanagem, hein?

Jay disse...

Concordo, melhor vai ser a discografia do Falcão, que postaremos nos próximos dias.

Bonito, lindo e joiado (1992)
O dinheiro não é tudo, mas é 100% (1994)
A besteira é a base da sabedoria (1995)
A um passo da MPB (1996)
Quanto pior, melhor (1997)
500 anos de chifre (1999)
Do penico à bomba atômica (2000)
Maxximum: Falcão (coletânea) (2005)
What Porra Is This? (2006)

Lyn disse...

O mais legal deste post está sendo a discussão bacana em torno de um assunto que surgiu por causa dele.

Quisera fosse assim em todas as postagens.

Quisera todos que passam por aqui entendessem que crítica interessante não é aquela que diz "gosto" ou "não gosto", mas sim a arguição saudável em torno de um assunto, onde as pessoas dão vida aos seus pontos de vista e conversam sobre eles.

Parabéns não só ao Silver pela escolha, mas, ao passageiros que trouxeram à luz uma pauta interessante para se trocar uma idéia, provando que é possível sim ser contrário ou não algo que nós escrevemos, sem precisar nos xingar de graça.

Abraços.

Anônimo disse...

Aguardando a postagem da discografia do Falcão para conhecer! Vai ser uma postagem altamente clássica!

Anônimo disse...

Tem músicas mto progressivas, eles eram fãs de Dream Theater, na bois don't cry isso tá explícito!

E Jumento Celestino o produtor não tinha gostado pq era meio cópia de Eu quero ver o oco!

Unknown disse...

CRÁAASSICO OBRIGATÓRIO! TENHO ESSA BAGAÇA DESDE OS 6 ANOS DE IDADE!

Anônimo disse...

A melhor forma de aferir o sucesso dos Mamonas foi quando fui convidado à festa de aniversário de 3 anos da filha de um amigo, a criançada toda cantava junta o "Pelados em Santos", "RoboCop Gay" e o álbum inteiro, tocado no minisystem pelo pai da menina. Aquilo provou por A + B que Mamonas Assassinas tinha realmente atingido o ponto certo de ebulição.
Fizeram muito sucesso, e creio, merecido, porque tinham talento e tiveram total cunplicidade de seu público, vastíssimo e heterogêneo.
Todas as pessoas, de todas as idades e posições sociais, ninguém ficava indiferente (acho que só as estátuas e gente sem noção), e isso nenhum outro conjunto conseguiu. Talvez o único que rivalizasse em termos de explosão tenha sido o RPM, para citar um exemplo de som moderno. Nem dá para comparar com Roberto Carlos, que é de outro período da Música.

Enfim, se passaram 15 anos, e me lembro que fiquei arrasado, e eu nem era fã da banda, mas a crueldade do destino, que ceifou as jovens e promissoras vidas, sempre impressiona. Assim como em todas as tragédias que aconteceram no meio aéreo.

Com relação à qualidade musical da banda, INQUESTIONÁVEL. E Dinho será sempre um dos melhores frontman da Música.

Ótima homenagem aos Mamonas, caros condutores de coletivo!

Abraços Rocker!

Natan Vieira disse...

Maravilhoso e triste recordar desses caras, eu vivi e recordo com carinho todo sucesso dos caras, realmente nao tinha quem nao gostasse, pode parecer piegas mas esses caras realmente trouxeram alegria pra uma nação, como eu vivia em casas de pessoas mais abastadas por conta do trabalho de doméstica da minha mãe eu via como eles realmente atingiam as classes de A a Z, incrível mesmo.
Enfim,Mamonas Forever

ZoSo disse...

Foi um dos discos que mais curti na vida. Eu e uns amigos meus, sempre q viajamos juntos, ouvimos ele todos juntos pelo menos uma vez de cabo a rabo. Todos ouvimos muito esse disco e fomos crescendo com ele, mesmo depois da morte dos Mamonas. Quando o acidente aconteceu, eu tinha 13 anos e passei uns dias sem dormir, catatônico. Foi muito doloroso. Até hoje me machuca. Eu tive toda a sorte do mundo de ver o show deles aqui em Salvador, o primeiro e único. Foi um show inesquecível, mesmo que tão curto. Impressionante que eles faziam uma apresentação um pouco maior que uma hora com tão poucas músicas e sem tocar nenhuma música que não fosse deles. Afinal, que espécie de cover os Mamonas poderiam fazer naquele esquema rock n roll escracho infantil? Então não fazia nenhum. Muita piada, muita brincadeira, eu ri muito naquele show. E atualmente ouço ele e fico ainda mais admirado com o quão bem esses caras tocavam. Eram muito talentosos. Foi um prazer ter vivido essa época por inteiro. Amo esse disco. Um dos melhores registros do rock nacional de todos os tempos.

Red Rocker ( Nikkie ) disse...

muito obrigado

cara q curte mamonas disse...

eu tinha uma fita deles que ganhei quando criança.. e sinceramente.. nunca mais vai existir outra banda igual! os cara era foddaa!

escutei mamonas a minha vida toda! \o/ <o/