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terça-feira, 31 de maio de 2011

Alice Cooper – School’s Out [1972]



Acabou a aula!

Alice Cooper estava no auge da popularidade com o lançamento de Killer quando soltou essa bomba. Preparando o terreno para mostrar ao mundo que os padrões das composições havia mudado na banda, os músicos desenvolveram um estilo de hard rock que pôde ser considerado inovador para a época.

O próximo disco, Billion Dollar Babies, serviria para manter a banda no estrelato, mas foi School’s Out que a lançou para o topo como um foguete descontrolado. Produção impecável, a capa original do vinil traz uma carteira escolar toda detonada a estilete e pintada com lápis e canetas. Mas o legal é que você pode abri-la como se fosse uma carteira de verdade! Dentro, o disco, foto da banda enchendo a lata, bolita, estilingue e todos os artefatos absolutamente imprescindíveis para a felicidade de um garoto em idade escolar.


O produtor do disco foi ninguém menos que Bob Ezrin, que também tocou teclado e contribuiu na composição de duas músicas do play, além de ser o responsável pela maioria dos arranjos de estúdio. Esse é o quinto álbum de uma banda com química formada pelos anos na estrada, para o qual a megagravadora Warner investiu bastante para obter um resultado final primoroso e que lhe rendesse as cifras gorduchas que tanto gosta. E o tiro foi certeiro.


Esse disco formou gerações. Twisted Sister criou seus clips e adotou a maquiagem pesada graças às influências de Furnier e sua trupe. Assista ao clipe de I Wanna Rock, dos Sisters, e verás que essa visão anti repressão escolar foi buscada em School’s Out. Furnier participaria, depois, como convidado especial no disco Come Out And Play, mas isso é outra história.

O play abre com o hino School’s Out. Riff avassalador de guitarra com um hino fantástico: acabaram as aulas para as férias de verão, acabaram as aulas para sempre, que a escola exploda em pedaços. Na época, obviamente, isso era apenas um hino para cantar e dar risada. Hoje em dia pode ser levado ao pé da letra. Portanto, crianças, nada de comprar TNT do Paraguai para explodir o prédio do colégio, ou AR15 para fuzilar o professor de química, ok?



Luney Tune traz aquela levada tipicamente Alice Cooper, com solos de fuzz e bateria levada à la Keith Moon. Bob Ezrin detona nos teclados. Parece fazer realmente parte da banda. Gutter Cat vs The Jets é rockão básico e classudo. Mas até o básico dessa banda supera quase tudo o que existia na época. E estamos falando de 1972, ou seja, quando gigantes andavam sobre a Terra.

Blue Turk é quase... jazz! Uma jam como nunca mais se ouviu nos discos de Alice Cooper. Public Animal no. 9 traz mais uma vez o produtor dando as tintas e mostrando que a banda podia ser mais do que era normalmente. E eu penso ser esse o trabalho de um produtor: espremer a banda até tirar o sumo. Ir até onde nem mesmo os músicos sabiam que podiam ir. Grand Finale encerra o disco com um clima conceitual, semelhante à sensação passada pelo produtor em Destroyer, do KISS.

Como Vincent Furnier está no Brasil neste exato momento, nada mais justo que homenageá-lo postando um de seus maiores clássicos.

Vamos matar aula para ir ao fliperama e, depois, comer amoras no terreno da velha que mora na esquina. Afinal, isso sim é diversão infantil.

Track List

1. "School's Out"
2. "Luney Tune"
3. "Gutter Cat vs. the Jets"
4. "Street Fight"
5. "Blue Turk"
6. "My Stars"
7. "Public Animal #9"
8. "Alma Mater"
9. "Grande Finale

Vincent "Alice Cooper" Furnier (vocais)
Michael Bruce (guitarra, teclado)
Glen Buxton (guitarra)
Dennis Dunaway (baixo)
Neal Smith (bateria)

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Por Zorreiro

11 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?n3pjsn3rr5s6upg

Eduardo Paiva disse...

Grande álbum!

Ricardo Brovin disse...

Grande Albúm, grande titia Alice!!!parabéns pelo post...

Caue Machado disse...

Essas resenhas estão ficando cada vez melhores...

Fliperama e amoras, ri demais...

Anônimo disse...

"school's out for summer... "

tinha epocas que era a unica coisa que eu cantava, hehehe

um classico que tava faltando para o blog

Valeu Zorreiro, suas resenhas apavoram
e o post do Jeff Beck também ficou demais!
Valeu Combe


Yusef

Unknown disse...

Esse é discografia básica. Totalmente majestoso. E nem preciso falar da resenha...

Deckard disse...

Este não é o melhor, mas com certeza o mais marcante album do Alice Cooper. Os detalhes das capas dos discos da saudades do tempo do vinil, quando a criatividade reinava. Parabens pelo grande album postado.

Mamede disse...

As resenhas do zorreiro, muito invejadas por mim... qria mesmo saber a sabedoria deste sábio neste mundo lindo do rock... o verdadeiro ROCK! Vlws de novo... sohta faltando suas resenhas pro BLS! xD>~~

ZORREIRO disse...

Agora não falta mais
Abs
E valeu a todos pelos comments

Michel Dorrian disse...

Depois de ouvir o Anthrax tocando I'M EIGHTEEN fiquei curioso pra conhecer alice cooper....pela resenha é bom! hehehe

RicardoRockV8 disse...

School's Out, 1972... A carteira escolar PERFEITA!!!
Billion Dollar Babies, 1973...Uma carteira de couro de cobra que ao abrir, uma grande nota de 1 bilhão de dolares estava lá, disponível, valendo cada acorde da titia e seus "comparsas", além de figurinhas da banda para destacar.
1974, Muscle Of Love...uma encomenda em caixa de papelão, e dentro dela...o garoto da escola cresceu e viu o resultado da bebedeira num puteiro!!!
From The Inside, 1979...abra as portas para um hospício!!!
Caraca, estamos falando de uma época onde com pouquíssima tecnologia se utilizava muito mais a imaginação, a arte, não só nos acordes, na revolução do rock, no que hoje são as bandas de tendência desse rock da molecada(até meu filho de 5 anos curte Tiatia Alice...é chegado no rock horror show. GUILHOTINAS, MONSTROS GIGANTES (que inspirou o MAIDEN)e uma enxurrada de psicodelias).
Realmente, digo sempre, o mundo mudou depois de Alice Cooper, Kiss, Flipperama (Pinball), motor V8 e do Rock In Rio I.
Valeu pelo post, pelo blog (que já coloquei nos meus favoritos).
Diga-se de passagem, grandes bandas regravaram A Titia: Ramones gravou 7 and 7 is, Megadeth, Antrax, e um tributo ao Alice Cooper com Bruce Dickinson, Dio e outros grandes monstros sagrados, afinal, estamos falando de um gênio, mestre e professor Vincent Furnier!