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sábado, 14 de maio de 2011

Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath [1973]

Black Sabbath sem Ozzy é como Zeppelin sem Plant ou Purple sem Gillan.

Por mais que eu prefira a MKIII do Purple, com Glenn Hughes e David Coverdale dividindo magistralmente os vocais, a palavra Deep Purple me remete aos vocais de Ian Gillan. E o mesmo se aplica ao Sabbath.

A fase Dio é fantástica, e trouxe-nos coisas melhores do que algumas feitas com Ozzy (até hoje não “entendo” o Technical Ecstasy). Mas Black Sabbath, a química, o clima das composições, a relação conturbada entre jovens músicos suburbanos que acabam conhecendo o sucesso sem nenhuma estrutura emocional, é o quarteto Ozzy/Butler/Ward/Iommi. E Sabbath Bloody Sabbath é o ápice criativo dessa MKI.

Os riffs pesadíssimos de Iommi aliados às letras macabras de Geezer Butler sempre foram o diferencial do Sabbath. Mas aqui eles tinham dinheiro para ousar, e resolveram alugar um castelo na floresta de Dean, Inglaterra, para trabalhar nas composições.


Clearwell Castle

A capa é um show à parte, e o nobre passageiro sabe que eu sou um defensor da arte visual que acompanhava as capas e encartes dos vinis. Elas fazem parte do conjunto da obra e, como tal, devem ser apreciadas. Drew Struzan desenhou duas obras primas nas capa e contracapa. Na capa, um homem na cama é atacado por demônios e ratos. Ao virar o disco para curtir a contracapa, nos deparamos com o homem já morto e sua alma subindo aos céus. Drew foi o responsável pelos cartazes da saga Star Wars e Indiana Jones, bem como algumas capas de Alice Cooper.

Depois de Black Sabbath, Paranoid, Masters of Reality e Vol. 4, o que temos aqui é um grupo maduro em suas composições. Para as gravações, o tecladista do Yes, Rick Wakeman, foi requisitado e aparece sob o pseudônimo de Spock Wall. Um flerte com o rock progressivo parece enaltecer as qualidades dos músicos. Black Sabbath deixava de ter um som cru e agressivo para ter um som trabalhado e poderoso, com dedilhados de guitarra e violão em uníssono e climas de teclado.

Sabbath Bloody Sabbath abre o play com um riff de Iommi lacrando o efeito de fuzz. A música alterna climas com as já citadas levadas de violão com dedilhados de guitarra de forma magnífica. Graças à sequência de abertura, esse é meu disco favorito dos caras. Sim, porque A National Acrobat vem logo em seguida mostrando de onde saiu o riff de Fade To Black, do Metallica. Os vocais dobrados de Ozzy estão mais diabólicos que nunca, e, na ponte, Iommi resolve colocar um providencial wah wah. Pra mim é perfeito.

Fluff é uma instrumental com cara de vinheta, com uma beleza ímpar na melodia. Sabbra Cadabra é Iommi puro, mas lembrando um pouco os riffs de Blackmore. Essa sensação nunca consegui dissipar ao ouvir o som. Parece que começa como uma música do Purple... até que Ozzy abre a boca tudo volta a ser Sabbath. Killing yourself to live é rock’n’roll. É Sabbath mostrando que foi influência direta do grunge, enquanto Who Are You traz Rick Wakeman destruindo tudo.

E pensar que Tony Iommi disse não conseguir inspirações para esse disco na época. A banda estava num processo de autodestruição muito violento e os ensaios, inicialmente em Los Angeles, não rendiam.

Depois disso a banda gravou bons discos, mas nunca mais com o clima de Sabbath Bloody Sabbath. Uma obra prima, e deve ser apreciada como tal.

Track List

1. "Sabbath Bloody Sabbath"
2. "A National Acrobat"
3. "Fluff"
4. "Sabbra Cadabra"
5. "Killing Yourself to Live"
6. "Who are You?"
7. "Looking for Today"
8. "Spiral Architect"

Ozzy Osbourne (vocais)
Tony Iommi (guitarras e violões)
Geezer Butler (baixo e violões)
Bill Ward (bateria e percussão)
Rick Wakeman (teclados)

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Por Zorreiro

14 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?r6wfk18f1u80kks

Jay disse...

É difícil para mim escolher um preferido do Sabbath. Mas esse tem um lugar especial no coração, pois foi o primeiro, ainda em vinil, importado, que ganhei do meu tio, diretamente de sua coleção. O plátisco que envolve o disco, com vários logos da Warner, é muito bonito.

Quanto à obra musical, sem comentários, só clássico de primeiríssima linha do Rock.

Ainda bem que o Sabbath teve longa vida. Mas creio que se tivessem acabado cedo, seriam lembrados hoje da mesma forma que os Beatles e o Led Zeppelin.

Eduardo disse...

Véri Naice!!

Unknown disse...

Classiquíssimo! Obra de mestre, mas meu preferido deles ainda é o Master Of Reality.
Inclusive, sem palavras para o texto. PQP Zorreiro, vc escreve muito mesmo! Parabéns!

aheavylife disse...

Estava sentindo falta desse CLÁSSICO na combe. Ainda bem que a pátria foi salva pelo motorista Zorreiro, que sabe dirigir essa perua muito bem....
Valeu!

Anônimo disse...

Po o Sabotage é bom à pampa também. Como é que o Sabbath, depois desse, não acertou mais?

André Costa disse...

Cara, parabéns pelo texto, é difícil empolgar falando de um clássico já zilhões de vezes resenhado, mas você mandou bem. Só discordo da análise das capas. Minha interpretação é que existem dois caminhos que levam a dois "sonos" (ou fim de vida): um sono macabro, onde o cara é atormentado por demonhos e um sono dos justos, onde o cara é cercado de carinho da família e velado por anjos...

jantchc disse...

todos os discos do sabbath são bons, uns são fodas e outros são bons...

os depois desse, com o ozzy são bons, mas todos até esse são fodas..

ótimo texto, mas eu acho q o melhor cd deles é o 1º...

ZORREIRO disse...

"Como é que o Sabbath, depois desse, não acertou mais?"
Ou você não leu o que escrevi, ou não sabe ler.
Volte pra escola.

Renato Spacek disse...

Eu acharia sua comparação na primeira linha um absurdo se eu não gostasse infinitamente mais do Coverdale/Hughes no Purple do que do Gillan, uhahuahuahua.

Unknown disse...

sempre que posso olho este blog, tambémm tenho um que faz resenhas de álbuns!
http://www.resenhasdocarlos.blogspot.com/

angel borja disse...

o melhor , tenho saudades do vinilll

Vince Garcia disse...

E o meu preferido é o Technical Ecstasy, hehehe. Mas então, a qualidade do seu blog é inquestionável, proponho uma parceria, só responder nos meus comentários ! Grande abraço e continue !

http://vincemaidenmaniaco.blogspot.com/

KLÉBER NÉLSON disse...

phoda!!