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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Blackfoot - Strikes [1979]

No meu último post de uma banda de Southern, em um dos comentários, era lamentado que no Brasil não se tinha espaço para esse tipo de som, que é feito para ser curtido trocando sopapos num bar na beira de estrada, após passar horas guiando uma Harley Davidson. Resumindo, som de gente politicamente incorreta, sem essa de um monte de frescos boiolas coloridos cantando traumas de adolescência, como temos infelizmente hoje. Som pra macho troglodita, uma raça em completa extinção. Ao ler este, lembrei de um dos discos que sempre que escuto, acaba por despertar esse lado rústico estradeiro que com certeza existe em muitos dos passageiros dessa combosa.

A história da banda começa quando Rickey Medlocke (figurinha carimbada no grandioso Lynyrd, em que hoje é guitarrista, mas que em certo momento já foi baterista do grupo) junto com Greg T. Walker montaram na mágica Jacksonville uma banda chamada Fresh Garbagem, que acabou por ser o embrião do Blackfoot, que sofreu por um bom tempo com mudanças de formação, com até mesmo Medlocke saindo em certo momento para ser segundo baterista no Lynyrd. Tendo crescido junto com essa lendária banda, acabou por reacender o desejo de Medlocke voltar com o Blackfoot, assumindo agora as guitarras e o vocal de maneira definitiva.


Porém as mudanças de formação sempre foram constantes, e podemos citar o Blackfoot como uma jam-band que conseguiu lançar discos obrigatórios para quem é fã de southern. Entre os músicos mais notáveis, temos o baixista Mark "The Animal" Mendoza, que fez sucesso junto ao Twisted Sister e o lendário tecladista Ken Hesley, que creio que dispense maiores apresentações. Mas entre esses discos obrigatórios, creio que o mais cativante e destruidor de todos foi o lançado no ano de 1979, o obrigatório e aclamado "Strikes".

É impossível durante a execução dessa pérola você não se sentir imediatamente transportado para o mais árido solo norte-americano. A rústica mistura entre o blues e hard com o toque sulista aqui é mais pesada, puxando mais para o hard em alguns momentos, com solos bem altos e carregados de distorção, contra-indicados para fracos de coração. "Road Fever" inicia os trabalhos de maneira vigorosa, com solos sensacionais durante toda a canção. "I Got A Line On You" é um baita resumão de tudo que é apaixonante no southern: vocalista com voz de quem está lotado até a tampa de Whisky, guitarristas barulhentos e que prestam homenagem aos heróis do blues e cozinha irreverente, sem falar naquele piano de bar de beira de estrada. Nessa mesma lista coloco "Baby Blue", que segue esta mesma cartilha.



"Pay My Dues" é outra aula de feeling, em que é impossível destacar quem está melhor, a banda trabalha com precisão cirurgica. Vem o cover de "Whishing Well" do obrigatório Free, onde você pensa: "Meu Deus, mas o que que é isso?". Sim, a inspiração é latente, obra de quem tem culhões mesmo. "Train, Train" inicia com a gaita de Shorty Medlocke, avô de Rickey, e que mostra que essa inspiração veio de família, em mais uma canção feita para sair quebrando tudo que se vê pela frente.

Porém a obra-prima ficou para o final do disco. Uma canção que deveria ser hino para todo estradeiro "Highway Song" está para o Blackfoot assim como "Free Bird" está para Lynyrd. Fica muito difícil transcrever em palavras essa grandiosa canção, tarefa que deixo para cada um que escutar esse disco, que qualifique a mesma. Como resumo da ópera, baixe correndo e se sinta no sul do Estados Unidos, tomando aquele generosa golada de Whisky.



1.Road Fever
2.I Got a Line on You
3.Left Turn on a Red Light
4.Pay My Dues
5.Baby Blue
6.Wishing Well
7.Run and Hide
8.Train, Train (Prelude)
9.Train, Train
10.Highway Song


Rickey Medlocke - Vocais, Guitarra, Violão, Violão de 12 cordas, Dobro, Sintentizador, Percussão, Banjo
Charlie Hargrett - Guitarra, Violão, Violão de 12 cordas
Greg T. Walker - Baixo, Backing Vocals
Jakson Spires - Bateria, Backing Vocals
Pat McCaffrey - Teclado
Shorty Medlocke - Gaita
Henry Weck - Percussão
Pamela Vincent, Cynthia Douglas, Donna Davis - Backing Vocals



By Weschap Coverdale

10 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?mlh3lljsk2lm5cd

Filipe disse...

A primeira vez que ouvi Blackfoot foi naquele post da Combe (Harley Davidson Songs) que contém a Highway Song. Ótimo post pessoal, parabéns mesmo...

Ricardo Brovin disse...

Discaralhasso!!!Coverdale mandou bem d+!!!!parabéns...

Beer Jones disse...

Com um dos melhores discos dos 70´s!

Marcos disse...

du caralho. todo Southern é mais do que bem vindo!

Jonathan disse...

Vi o começo do vídeo de Train Train, não precisei ver mais nada. Baixando JÁ!!!

jantchc disse...

ja ouvi falar desta banda por causa do hensley, mas não cheguei a ouvir..

vou baixar e ver como os caras soam..

obrigado,

Ito disse...

Aí, depois vou mandar a conta de um HD novo ok... kkkkk, o meu já está cheio com tudo o que vcs disponibilizam aqui. Vlw.

Anônimo disse...

Legal que tenham feito menção a um comentário meu. Agradeço e faço questão de honrar a postagem deste incrível conjunto e seu notável álbum, que ouso dizer ser mais um representante de um verdadeiro som feito para trogloditas apaixonados pelas mulheres selvagens e as motos mais poderosas do mundo.
Faço um brinde (a essa hora, é um café bem forte, para poder trabalhar!) a todos aqueles que sentem orgulho de nascer homens e de amar as mulheres. Chega dessa baboseira de movimentos coloridos ridículos e de total franguice, e vamos protestar contra essa onda de "politicamente correto" que já torrou o saco da minoria heterossexual que resta no mundo.
O Rock'n'Roll é o combustível que alimenta o coração aventureiro em busca de um sentido para a vida: e o sentido da vida é uma bela mulher na garupa de uma moto companheira pela longa estrada da vida!

Yeah!
Long Live Rock'n'Roll!
Viva as mulheres!

Dimebag Darrell disse...

Só pra informar Ken Hesley não faz parte deste album ^^