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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Faith No More - Angel Dust [1992]


Ao fazer o post de hoje, percebi assim que acessei a Combe de que faltava um disco de uma das mais criativas bandas que fizeram sucesso no começo dos anos 90 e que foi uma das que mais escutei em minha adolescência. Liderados pelo genial Mike Patton, sem sombra de dúvidas o Faith No More foi uma das mais explosivas bandas que estouraram naquela década e que gravaram seu nome a ferro e fogo na história do rock alternativo, e que fazem valer a pena dar alguma atenção ao estilo.

A banda surgiu no começo dos anos 80, após a dissolução do Faith No Man, formado por Mike "The Man" Morris, Roddy Bottum, Mike Bordim e Billy Gould. Devido a problemas, ao invés de demitirem Morris, os outros membros decidem montar um novo grupo e deram como um novo nome Faith No More, já que o "The man" não mais (no more) faria parte do grupo, recrutando o guitarrista Jim Martin no seu lugar. Vários vocalistas fizeram parte da banda, entre eles a controversa Courtney Love, mas o cargo ficou com Chuck Mosley, que gravou os dois primeiros discos do grupo.


Apesar de Mosley ser um vocalista carismático, tinha limitações claras em seus vocais, além de ser um beberrão encrequeiro, que vivia saindo no braço com o restante do grupo. Não foram poucas vezes que ele aparecia bêbado em eventos importantes para a banda, como no lançamento do primeiro disco, e causava em todos os ambientes. A situação com ele ficou tão tensa que ele chegou a fazer alguns shows cantando atrás das cortinas. Não suportando mais a situação a banda procura outro vocalista para a gravação de seu terceiro disco, o qual Jim Martin indica Mike Patton do desconhecido Mr. Bungle, que ele havia conhecido através de uma fita demo que escutava quase todo santo dia.

E foi Mike Patton que deu uma nova vida para o grupo. Dono de um vocal singular e de uma mente criativa, já no primeiro disco com o grupo ele compõe todas as letras da banda e conseguiu levar a banda ao estrelato, com singles que se tornaram clássicos, como "Epic", "Falling To Pieces" e "From Out Of Nowhere". Mas foi com o segundo disco, o excelente "Angel Dust" que eles definitivamente cravaram seu nome na história e nos presenteiam com um registro não menos que memorável. Misturando funk, rock e heavy, temos um som único e difícil de rotular, mas incrivelmente cativante.


Se você se diz vocalista, veja esta pequena aula!

E Patton é um monstro, pois as atuações dele nesse disco são algo de outro mundo. E já na primeira faixa ele nos assombra. A cadenciada "Land Of Sunshine" vem com uma atuação excelente de todo grupo, mas em sua parte final, Patton rouba a cena com um vocal teatral e interpretação carregada e mostra uma versatilidade ímpar, além de uma letra sensacional, em que nos questiona se a vida realmente vale a pena para cada um de nós. E meu amigo haja coração para tanta música boa, aqui temos um registro em que é muito difícil encontrar algum filler, pois o nível de inspiração aqui é latente em todas as faixas.

"Caffeine" começa cheia de cadência, mas beira o heavy em quase toda a execução, onde a banda desce o braço sem dó e Patton entrega um vocal agressivo. "Midlife Crisis" foi uma das músicas de maior sucesso deste, com destaque para a cozinha, que faz um trabalho ótimo. Mais uma vez é a vez de Patton roubar a cena em "RV", com vocais "sinatrianos", em que canta os dissabores e desilusões da vida de um pai de família da classe média americana, que se lamenta da vida que leva, e que seria cômica se não fosse tão trágica. A funkeada "Everything's Ruined" tem uma levada que contagia e um refrão que funciona muito bem, tanto que foi um dos singles do disco.



A paulada "Malpractice" volta a mostrar as influências de heavy, com riffs densos à lá Sabbath e repentinas quebradas em seu andamento, o que garantirá um baita torcicolo ao final da canção em que toda a banda dá um verdadeiro show. A cativante e irresistível "A Small Victory" foi um dos grandes clássicos deste, tocava horrores em tudo o que era rádio de rock e na MTV e foi a responsável por me apresentar ao grupo, e é uma das minhas músicas prediletas deles. Outro grande clássico é o lindo e emocional cover para "Easy", que ganhou outra vida com a versão do grupo e a interpretação passional de Patton.

Um baita discaço que vai lhe viciar por alguns dias, pois tudo aqui realmente é muito inspirado e com certeza é um dos grandes discos dos anos 90. Se você ainda não conhece ou não se deu a oportunidade de o ouvir, tenho certeza que ficará impressionado com o que é apresentado. Este entra na lista de discos que é obrigatório ter em sua discografia básica.




1.Land of Sunshine
2.Caffeine
3.Midlife Crisis
4.RV
5.Smaller and Smaller
6.Everything's Ruined
7.Malpractice
8.Kindergarten
9.Be Aggressive
10.A Small Victory
11.Crack Hitler
12.Jizzlobber
13.Midnight Cowboy
14.Easy


Mike Patton — Vocal
Jim Martin — Guitarra
Billy Gould — Baixo
Roddy Bottum — Teclados
Mike Bordin — Bateria


By Weschap Coverdale

13 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?l5vgxsuh67o1ht9

Anônimo disse...

baixandooooooooooooooooo

Lyn disse...

Mike Patton maravilhoso. FNM também é uma das minhas bandas favoritas.

Angel Dust é genial, todavia eu ainda prefiro o debut The Real Thing.

Ingsoc disse...

Este disco é a obra-prima do FNM.

Depois do sucesso estrondoso do álbum anterior, seria fácil fazer mais do mesmo e lançar um The Real Thing 2.Mas corajosamente, Patton e cia. resolveram lançar um disco que chega às raias do anti-comercial.

Lembro-me bem que, na época em que este álbum foi lançado, muitos que começaram a ouvir FNM por causa dos hits que passavam na MTV torceram o nariz pra montanha russa que é Angel Dust. Definitivamente, o Mike Patton "misterbungleou" o Faith No More.

Raskól disse...

foda!!!!!!!!!!!!!!!!!!
vlw
ótimo post!!!
=D

Anônimo disse...

Eu esperei demais esse disco sair na época e confesso que me decepcionei um pouco. Como o Ingsoc falou, eu também esperava um "The Real Thing" parte 2.

Depois de um tempo eu vi a besteira que estava fazendo, esse disco é uma obra prima, ouço até hoje e acho fenomenal em todos os sentidos.

Anônimo disse...

Pra mim melhor disco do FNM, obra primam, mike patton definitivamente nao é desse mundo. Quando ouço o inicio de "A small victory" ja me arrepio.

Demorô... Partiu! disse...

Engraçado, ouvi esse album na época e salvo "A small victory", "Midlife crisis" e "Everythings ruined", nada mais me havia agradado no album. King for a Day acabou sendo meu #1 (The Real Thing nem conta). Hora de dar mais uma chance =D Obrigada pela lembrança.

Anônimo disse...

Não é melhor q The Real Thing, mas ainda assim é foda!!

JORJAOFONSECA disse...

Viciante, sim, é esse o adjetivo que tanto busquei pra esse disco. Bela resenha, ele é mesmo um dicaço, do jeito que a música deve ser, ousada, cativante, amalucada, é pra mim, altamente anos 70 e 80, um dos melhores trabalhos dos anos 90.Belo desde a capa!!!

jantchc disse...

concordo com a demorô..

na epoca este disco me decepcionou, mas hoje eu acho ele bem legal..

tb prefiro o king for a day, um dos primeiros discos q eu comprei..

Victor Klinger disse...

Baixando... obrigado!

Anônimo disse...

belissimo texto adoro angel dust