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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

The Doors – L. A. Woman [1971]



Resolvi dia desses pegar o volante da Combosa pra dar uma pilotada. Afinal, ficar tempo sem pilotar provoca síndrome de abstinência.

Como quem dirige escolhe o que rola no toca-fitas (afinal, é um combão), escavei o baú e metí Blue Cheer a todo volume. No meio do caminho escuto uma voz que vem lá da terceira fila de passageiros dizendo que o som tá bom, mas que tá faltando um Doors pra animar o passeio.

Dou um bico no retrovisor e vejo o velho marujo Cauê Machado fazendo um positivo com o dedão da mão esquerda e lascando aquele sorriso. E sabe que ele tem razão? Pois agora vou dirigir mais um pouco, ao som dos Doors, e vendo o Cauê dar porrada no encosto do banco da frente na batida do som.

The Doors teve seu nome inspirado na obra de Aldous Huxley, intitulada The Doors of Perception; um livro editado em 1954 que relatava as experiências do autor com mescalina, uma substância alucinógena extraída do Peiote, uma espécie de cactus que nasce nas regiões desérticas do México.

Difícil escolher um disco da carreira dos Doors e, em razão disso, resolvi optar pelo último que, apesar das críticas,é meu preferido.

A carreira da banda estava a perigo com as inconstâncias do líder Jim Morrison, que não produzia como antes e suas letras deixavam de ter o poder instigante de outrora. Ademais, ao vivo ele praticamente não cantava. Estava gordo e barbudo, deixando de ser, inclusive, aquele sex symbol que enlouquecia as garotas nos shows.



Os dois grandes compositores da banda, o guitarrista Rob Krieger e o tecladista Ray Manzareck, estavam em constantes viagens de LSD. O baterista John Densmore parecia cansado. Para completar, o produtor Paul A. Rothchild participou de somente duas músicas, abandonando o estúdio e, segundo o próprio relatou em uma entrevista à revista Guitar World, mandando-os à merda porque eles haviam entrado no estúdio sem nenhuma composição pronta, e não se achavam como grupo.



Paul relatou também que, no disco, somente duas músicas prestam. Eu, pessoalmente, discordo.

Nesse clima absolutamente ruim de desintegração, a banda assumiu a produção do disco e recrutou Marc Breno para as guitarras bases e Jerry Cheff para o baixo. Era um staff que garantia liberdade para Krieger e Manzareck brincarem à vontade e, com isso, comporem para o play. As músicas saíam a fórceps, e as gravações foram feitas praticamente na forma ao vivo no estúdio.

Love Her Madly é uma daquelas composições típicas de Robbie Krieger, com alto astral e melodias cativantes, a exemplo do que o cara já havia feito em Light My Fire e Touch Me. L. A. Woman traz um riff de corda solta que, se botar distorção, é hard rock puro.

Crawling King Snake é um cover de John Lee Hooker que traz a veia blueseira da banda, junto com Cars Hiss By My Window. Muito do que foi feito aqui pode ser considerado a musicalização de poemas de Morrison. Mas a cereja do bolo é o encerramento, com a fantástica Riders on the Storm. A música é o canto do cisne, a última gravação original da banda que mudou a contracultura norteamericana.



A turnê do disco foi um verdadeiro desastre. Morrison não conseguia cantar e não terminou quase nenhum show. A banda, então, cancela os trabalhos e o cantor se muda para Paris com sua namorada. Em 3 de julho de 1971, é encontrado morto na banheira do hotel sob circunstâncias misteriosas. O médico legista, que estava saindo de férias, fez um laudo obscuro e a causa mortis nunca foi registrada de forma clara.

Alguns dizem que ele teve uma overdose de heroína no banheiro de um bar após cheirar a droga pensando que era cocaína. Ele teria sido levado até o hotel e colocado na banheira por conhecidos. A verdade, nunca saberemos.

Well I came into town about an hour ago….

Track List

1. The Chalenging
2. Lover Her Madly
3. Been Down So Long
4. Carrs Hiss By My Window
5. L.A. Woman
6. L’America
7. Hyacinth House
8. Crawling King Snake
9. The WASP (Texas Radio and the big beat)
10. Riders On The Storm

Jim Morrison (vocais)
Robbie Krieger (guitarras)
Ray Manzarek (piano, órgão)
John Densmore (bateria)

Marc Benno (guitarra base)
Jerry Scheff (baixo)

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Por ZOrreiro

9 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?nt8aowv9tdplpvo

Ricardo Brovin disse...

Só não baixo pq já tenho!!!a combe e o Zorreiro fodendo o cu do palhaço grandão!!!valeu men...

foralula disse...

amigos,

sou o foralula e descobri a Combe faz umas 2 ou 3 semanas.

não gosto de The Doors nem um pouco, mas como esse é o post mais atual, estou usando-o para o comentário abaixo:

quem são vocês? de onde vieram? por que demorei tanto para conhecer esse brogue?

pergunto isso porque estou considerando a hipótese de construir um altar aqui na minha casa em vossa homenagem!

esse brogue é simplesmente o mais espetacularmente inigualável do universo!

ecletismo, resenhas sensacionais, material de primeiríssissíssima!

parabéns e obrigado pelo brogue.

Unknown disse...

E estava faltando um Doors mesmo! Inaugurou a tag com grande estilo.

Gosto muito desse disco. Apesar de Morrison não estar mais com aqueles vocais graves de antes, é excepcional.

jantchc disse...

será q existe alguem q gosta de rock mas não goste de doors???

acho muito dificil, ja q doors é muito bom..

Eduardo Paiva disse...

Baixando!
Valeu, Zorreiro!

Jay disse...

será q existe alguem q gosta de rock mas não goste de doors???

Eu. Muita poesia pra minha cabeça. Meu negócio é Rock farrista e vazio.

Caue Machado disse...

O que falar sobre esta postagem??

Zorreiro, meu caro, vc é demais. Obrigado!
Postagem aprovadíssima, com méritos rsrs, olha meu polegar estendido para cima.
Tenho um hábito de apreciar mais os discos de fase inicial da carreira dos grupos. No caso do Doors, até Waiting for the Sun são meus preferidos.
Não que L.A. Woman seja ruim, nada disso. Love her madly e a viajante Riders on the Storme já valem o bolachão.

Sou da ala do Jay, prefiro a festa, farra, e companhia limitada; contudo algo no Doors e Janis me chamam a atenção. Fora nada anterior a 70 me atrai.

Agradecemos mais uma vez.

Keep on Riding!

Artur Barz disse...

Esqueceram da incrivel Changeling e a Been Down so Long meus caros (sem falar que a ultima tem um fodido trabalho de baixo). Junto com a Riders of storm, são as melhores do album.

O album se destaca por ser mais o mais cru da carreira da banda. Neste album a sonoridade da banda se aproximou mais do bom e velho blues.