
Freak Kitchen é uma das novidades suecas do novo milênio. Mas não apenas mais uma. É um power trio daqueles que trazem novidades à cena mundial.
Se você acha que o último guitarrista inovador que surgiu no mundo foi Tom Morello, está na hora de conhecer o endiabrado Mattias “IA” Eklundh, queridinho da hora da mídia especializada no instrumento e maluquete de plantão (apesar de ser um marqueteiro de primeira categoria). Ele é famoso por tirar sons malucos da guitarra utilizando artefatos não convencionais como vibradores elétricos e escalas temperadas de guitarra (com trastes retorcidos – veja a foto).
Se você acha que o último guitarrista inovador que surgiu no mundo foi Tom Morello, está na hora de conhecer o endiabrado Mattias “IA” Eklundh, queridinho da hora da mídia especializada no instrumento e maluquete de plantão (apesar de ser um marqueteiro de primeira categoria). Ele é famoso por tirar sons malucos da guitarra utilizando artefatos não convencionais como vibradores elétricos e escalas temperadas de guitarra (com trastes retorcidos – veja a foto).
Como o JP já resenhou o disco Move e, na resenha, descreveu o som da banda, não pretendo sobrecarregar o nobre passageiro. Eu concordo com absolutamente tudo o que foi descrito, mas acrescentaria que, na loucura do som, tem muito groove e que, somente às vezes – e bem de leve –, lembra Frank Zappa. Então, não vou repetir a dose. Assim, vamos dar uma passadinha rápida na biografia da banda para analisar esse petardo.A banda foi formada na Suécia, na cidade de Gottemburg, em 1992. Mattias já era conhecido na cena metal escandinava pois havia participado de diversas bandas e era um excelente e não convencional professor de música (carreira essa que desenvolve até hoje). O baixista Christian Gronlund tocava em bandas cover de glam rock, e o baterista Joakim Sjöberg havia integrado anteriormente uma banda de metal juntamente com Mattias chamada Frozen Eyes.
Spanking Hour é o segundo disco do Freak Kitchen. Existe uma maior preocupação em soar mais pop se compararmos com o primeiro, Appetizer, lançado dois anos antes. A banda traz o melhor que um power trio pode oferecer: guitarras bem trabalhadas e cozinha coesa, com muito groove. Os vocais, classifico apenas como bons.
Como destaque do play, a abertura Walls of Stupidity sai longe na frente. Um groove fantástico, riffs matadores, solos inspirados e... refrões ganchudos! Sim, é praticamente uma canção pop com guitarras muito pesadas. O interessante da banda – que fica claro nessa música – é que parece não haver overdubs de instrumentos. Quando a guitarra sola, não se ouve bases de fundo além do baixo. Power trio de verdade e na veia. Excelente!
Inner Revolution é um sambão heavy metal quase panterístico (tente não lembrar de Pantera ao ouvir os riffs). Penso ser o mais próximo de Frank Zappa que o disco conseguiu ser. Jerk é meio adolescente, como se o Justin Bieber formasse uma banda com Diamond Darrel e Steve Vai nas guitarras. Tá, peguei pesado, mas se o Jerk for o próprio Justin, tá valendo a comparação, mesmo que desastrosa. Haw Haw Haw é quase Alice in Chains, soturna e rica em harmonia. Enfim, um álbum eclético.
Um disco para quem está cansado da mesmice que tá rolando na indústria musical e não tem saco para experimentalismos extremos. Recomendado.
Track List
01 - Walls Of Stupidity
02 - Haw, Haw, Haw
03 - Jerk
04 - Taste My Fist
05 - Burning Bridges
06 - Inner Revolution
07 - Lisa
08 - Spanking Hour
09 - Proud To Be Plastic
10 - Dystopia
11 - The Bitter Season
Mattias "IA" Eklundh (Vocais e Guitarra)
Christian Grönlund (Baixo Vocais)
Joakim Sjöberg (Bateria)
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Por Zorreiro
10 comentários:
http://www.mediafire.com/?8zpdeu7vmgdt56p
Classificar o vocal do Mattias apenas como 'bom' é sacanagem. O cara além de ótimo guitarrista, ainda canta DEMAIS. Cito como uma música que exemplifica o que eu tô dizendo: Raw, do Appetizer. Pra quem não tem o play, tem como ver o clipe dela no YouTube. Aliás, podiam postar ele aqui, hein. Acho que é o melhor dos caras.
Banda completamente insana e original. Meu preferido é o Move, mas esse também é incrível. Vale a pena, é uma fuga total do convencional.
Agora Kaic, classificar o vocal do Mattias como "bom" é justificável. Em estúdio a coisa é muito artificial. Ao vivo, na "hora do pau", o cara canta no máximo de maneira boa mesmo.
O primeirão? Deixe esse post esfriar um pouco que tá anotado.
Obrigado por comentar.
Jp, concordo em partes com o que você disse sobre o estúdio. Mas pra mim, o lance ao vivo pode decair unicamente porque num estúdio ele pode se concentrar em uma coisa de cada vez. Primeiro canta, depois toca (ou vice versa). Já ao vivo o cara tem que fazer os dois ao mesmo tempo, e o vocal acaba decaindo pra manter o nível na guitarra. Mas ainda assim, acho que ele canta muito. Sem contar que pra mim, cantar muito significa o cara ser capaz de manter o tom sempre, ter uma voz marcante e forte, e não se esgoelar até explodir. Esse vídeo mostra bem isso, mesmo tocando o cara não desafina em momento algum, e tem uma puta voz bacana: http://www.youtube.com/watch?v=1xPi90PwzPo
Recomendado.
checando.. valeu pelo post..
abraço!
Curti pra caramba!! Ja tô baixando o Move!
Não conhecia, curti
Valew Combe
Valeu pelo post.
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