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sexta-feira, 22 de julho de 2011

REPOSTAGEM: Ozzy Osbourne – Blizzard Of Ozz (Expanded Edition) [1980]


Com a comemoração dos 30 anos do lançamento do magnífico Blizzard of Ozz, Ozzy e sua esposa Sharon não poderiam deixar passar a oportunidade de levantar uns trocados e lançaram, entre outras pérolas, a edição remasterizada das gravações originais de Blizzard Of Ozz.

Esse disco já foi postado aqui por mim, mas entendo que essa versão faz por merecer uma repostagem, afinal, estamos falando de um clássico absoluto do metal que, finalmente, traz Bob Daisley no baixo e Lee Keslake na bateria, e não Trujillo e Bordin, como era a versão remasterizada. Segue o texto com as devidas alterações.


O título dessa postagem deveria ser Blizzard of Ozz – Blizzard of Ozz [1980].

Quando Ozzy foi chutado do Black Sabbath pela segunda vez, em 1979, a banda ainda tentava fazer o mundo acreditar que Never Say Die era um grande disco (apesar de que eu gosto muito do play, mesmo não sendo a fase mais inspirada dos caras). O estilo já estava saturado e a banda havia se tornado uma paródia de si mesma.

Enquanto Tony Iommi cortejava Ronald Padavona para substituir Ozzy, este último estava completamente perdido. Excesso de drogas e a falta de talento para compor sozinho músicas que pudessem ser consideradas aceitáveis por uma gravadora faziam com que Ozzy tivesse apenas um porto seguro: Sharon. E a mulher mostrou-se ser a responsável por absolutamente todo o sucesso da carreira do Madman, tanto na produção como direção da carreira artística e, por que não dizer, pessoal do maluco.

O golpe de sorte se deu quando Ozzy descobriu Randy Rhoads, um jovem californiano que dava aulas de guitarra e violão na escola de música de sua mãe, Delores, e tocava em uma bandinha de bar na Sunset Strip chamada Quiet Riot. Reza a lenda que, na audição, Rhoads tocou sua Les Paul em um pequeno amplificador Fender Champ e, já nas primeiras notas, teria conquistado o coração de Ozzy. Apesar de ser difícil acreditar nisso, o fato é que ali estava a maior descoberta da história do metal.

Rhoads era de outra praia, sendo fã de ícones como David Bowie, Eddie Van Halen e Marc Bolan. Black Sabbath nunca esteve em seu repertório. Aliás, em entrevista à Guitar World, Rudy Sarzo comentou que ele sequer gostava do estilo de som criado por Iommi. Mas a chance de realizar algo grande e o enorme senso de profissionalismo fizeram com que o rapaz encarasse a empreitada. E como ninguém mais teria talento para encarar.


Para o baixo recrutaram Bob Daisley, que já havia trabalhado no Rainbow. Um australiano talentoso ao extremo que, além de compor boas músicas, era um letrista de primeira (tudo o que faltava). Ozzy o convidou para integrar a nova banda que estava formando, e que se chamaria Blizzard of Ozz. Disse que tinha um jovem talento para as guitarras e Daisley topou no mesmo momento. Reza a lenda que, depois de trabalhar com Blackmore, o cidadão topa qualquer coisa e acha bom.

O trio então chamou Lee Kerslake (Uriah Heep) para a bateria e backing vocais e Don Airey (que havia trabalhado nas gravações de Never Say Die) para os teclados. A banda estava formada mas, por questão de contrato ou, segundo Daisley, traição pura, o disco foi lançado como um primeiro álbum solo de Ozzy Osbourne.




Composições não creditadas, relançamento com baixo e bateria substituídos por outros músicos, a obra prima do metal, enfim, Blizzard of Ozz é um álbum polêmico que está sendo relançado em um box cheio de fru frus com o atrativo de trazer, depois de muitos anos, as gravações com os músicos originais, o lado B do single nunca antes lançado no formato full lenght e mais duas faixas bonus. Definitivamente, dinheiro não é tudo mas é 100%, como já diz o Falcão. E essa expanded edition é a versão que vos trago na repostagem de hoje.

Quando saiu, todos esperavam algo sombrio como o velho Sabbath, pois esse era o tipo de música no qual a voz de Ozzy aparentemente melhor se encaixava. Mas a banda apareceu como um furacão, tocando uma nova modalidade de metal, mais speed, com solos inspirados nos licks de Eddie Van Halen e no estilo neoclássico de Blackmore. Letras polêmicas, como Suicide Solution (feita em homenagem a Bon Scott, segundo Ozzy, e em homenagem a Ozzy, segundo Daisley) e Mr. Crowley (feita em homenagem ao próprio Besta 666) coroavam o play. Era um som diferente, incomparável, novo!



Aqui está tudo o que Ozzy fez de melhor em sua vida. Crazy Train tem o melhor riff de guitarra da história. Nem Iommi conseguiu fazer algo assim. Mr. Crowley tem o melhor solo de guitarra da história. Dee é uma gravação de Rhoads solo ao violão, em uma composição em homenagem à sua mãe, Delores. I Don’t Know é somente a base de todo tipo de speed metal que surgiu a partir dos anos 80. Clássico absoluto (e minhas próprias opiniões, obviamente).

A versão em vinil não trouxe o single You Looking At Me Looking At You, mas ele está aqui.


Tem também uma versão para Goodbye to Romance com os vocais de Ozzy e as camadas de guitarras e violões gravadas por Rhoads. Serve para apreciar o magnífico trabalho do californiano, que não se contentava com resultados meia boca, e era realmente perfeccionista no exercício do seu ofício. Coroa o play a música RR, uma sobra de gravação na qual o cara mostra que, se não fosse vitimado pela imprudência de um motorista de caminhão imbecil, seria facilmente colocado no pedestal de melhor guitarrista dos anos 80. Eu sei que a afirmativa é forte, mas Randy Rhoads era um músico em constante evolução, e isso é inegável.


Simplesmente o melhor disco da história do metal, na minha opinião de Rhoads maníaco.

Track List

1. I Don't Know
2. Crazy Train
3. Goodbye to Romance
4. Dee
5. Suicide Solution
6. Mr. Crowley
7. No Bone Movies
8. Revelation (Mother Earth)
9. Steal Away (The Night)
10. You Looking At Me Looking At You
11. Goodbye to Romance (vocals and guitars mix)
12. RR (outtake from the sessions)

Ozzy Osbourne (vocais)
Randy Rhoads (guitarras)
Bob Daisley (baixo)
Lee Kerslake (bateria)
Don Airey (teclados)

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Por Zorreiro

27 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?wckecpdxl04yyde

Igor Miranda disse...

Clássico, clássico.

Anônimo disse...

O melhor cd do ozzy. Vale a conferida.

Anônimo disse...

Falar que nem o Iommi faz é forçar a barra, hein?

Marcio disse...

Sem sombra de dúvida o melhor disco do Ozzy e que está na minha lista dos 10 melhores álbuns da história! Belo post!

Anônimo disse...

Palavras não são suficientes para descrever essa OBRA PRIMA. O início de "Crazy Train" foi executado enquanto recebia meu canudo de formatura na Faculdade... Álbum absurdamente excelente e insuperável. Mestre Randy Rhoads, Deus te acompanhe onde estiver. Parabéns pela justa homenagem ao álbum e excelente texto.

Ismael RS

Rex Niskke disse...

melhor disco lançado em 1980 e um dos melhores do madman na carrera solo,e definitivamente o momento (ainda) mais inspirado na meteorica,porem brilhante,carreira de rhoads, discao!!!! \o/

Anônimo disse...

É incrível como o acaso consegue reunir um músico decadente, porém famoso e com uma ótima empresária, e um gênio da guitarra, em sua alvorada no mundo da música.
Penso que sem o Randy Rhoads, o Ozzy teria que se contentar em chamar músicos de estúdio (nada contra os músicos de estúdio!) e fazer um álbum com canções bem produzidas e bem tocadas. Mas aí, faltaria o sangue novo, aquilo que permeou a carreira de Ozzy após a súbita perda, e jamais conheceríamos Jake E. Lee e Zakk Wylde. O Gus G, basicamente era bem conhecido já. Mas a trinca de ouro do Ozzy o seguiu bravamente: Rhoads, Lee e Wylde, e com esses músicos, não tinha como a carreira do Ozzy perder o rumo. É sucesso!
Mas vejam só o que as drogas e a vida maluca de um rockstar conseguem fazer: Ozzy hoje não passa de uma sombra do que já fora um dia, nos idos de 1980.

Álbum brilhante, formação de enorme responsabiilidade e um eterno clássico, para sempre, forever!

Abraços Rocker!

jantchc disse...

esse disco é muito bom..

considero toda a carreira do ozzy, até o ozmosys, ótima..

e este é um dos melhores discos..

mas a souicide solution, q foi escrita pelo bob daisley, é sobre o próprio ozzy..

o ozzy q diz q escreveu a musica sobre o bon scott, mas como o ozzy mal escreve o próprio nome, quem escreveu foi o bob..

otimo post..

mgtattoos disse...

Randy Rhoads é insuperavel.

Anônimo disse...

crássicaço!!!
valeu!!!

Irish disse...

Grande resenha!! E sem dúvida um dos maiores clássicos do metal detodosos tempos!!
Fiquei com uma dúvida (ainda não baixei) se esseque vcpostou é o originalou a regravação... É que vc explicou tudo e com os créditos etc mas comotem referências à regravação fiquei na dúvida!!
Abração!
beerbliotecadorock.blogspot.com

ZORREIRO disse...

Irish
Até onde sei, a versão original não foi lançada em cd no formato remasterizado. Somente a regravação.
A que postei é a versão remaster, então...
Quanto a suicide solution, uma é a versão de Ozzy e outra é a versão de Bob:
http://www.bobdaisley.com/interview-panzer.html

Anônimo disse...

adoro ozzy desde meus tempos de moleque (muitos e muitos anos atrás), mas ele não escreve as letras... depois de anos que veio com essa estória de que pelo menos escrevia as próprias letras... pura cascata. nem compositor é, deixa tudo pra banda. não tiro o mperito dele, sempre será um dos maiores da história e um dos criadores do estilo, mas ozzy nunca foi 100% artista e sim 100% rock star, com seus defeitos e virtudes. e sim, bb daisley está correto... suicide solution era pra outra pessoa.

dnlz disse...

Disco do caralho eu fui conhecer esse disco em 1982, na verdade conheci primeiro o Diary of a madman, posso dizer que para a decada de 80 esse album influenciou tanto quanto o Black Sabbath influenciou os anos 70, o O\zy é um arrobado , mas é o cara no lugar certo na hora certa.
Blizzard, Diary, Bark at the moon , No more tears . para mim são os melhores do Ozzy

ZORREIRO disse...

Bueno. Texto ajeitado. Novidade na área. Abs

Anônimo disse...

Blizzard of Ozz (expanded edition) 320kbps

http://www.mediafire.com/?w2tv3f4vff6r7se

jantchc disse...

opa...

baixando de novo..

não sei se disse antes, mas a frase d q depois de trabalhar com o blackmore o daisley aceita qq coisa foi muito engraçada..

Anônimo disse...

"Coroa o play a música RR, uma sobra de gravação na qual o cara mostra que, se não fosse um motorista de caminhão imbecil, ele seria facilmente colocado no pedestal de melhor guitarrista dos anos 80."

Eu só corrigiria a construção da frase acima, para não confundir o Randy Rhoads com "o motorista de caminhão imbecil": "... o cara mostra que seria colocado no pedestal de melhor guitarrista dos anos 80, se não fosse vitimado pela imprudência de um motorista de caminhão imbecil."

No mais, parabéns pela repostagem, que sempre vale a pena mostrar aos novatos (os "bichos" da universidade do Rock) como é que se fazia música sem Pro Tools, e ainda irradiar energia de verdade!

Long Live Rock'n'Roll!

ZORREIRO disse...

Bem dito. Comprota interpretação. Texto devidamente alterado. Abs

PrØxy disse...

Album muito bom, classico

Marcelão disse...

Não sabia que a primeira versão do Blizzard tinha sido "camuflada" por músicos novos do Madman.

Sacanagem. O Ozzy teve uma puta sorte na vida: encontrou Sharon e a sua carreira no Balck Sabbath só virou nostalgia. Eles já se reuniram novamente e o impacto nem foi tão grande assim porque Ozzy já tinha uma carreira solo consolidada.

No resto. Uma puta estréia solo e Randy Rhoads mostrando tudo o que sabe. Quem nunca ouviu, baixe sem dó.

Anônimo disse...

Na verdade quem pilotava o avião em que o Randy estava quando morreu era o motorista do ÔNIBUS da tour, e não motorista de caminhão. Nenhum caminhão tem a ver com a morte do Randy. No mais, ótima resenha.

ratto disse...

Esse blog representa muito!

Anônimo disse...

Excelente post! Randy Rhoads sensacional! Obrigado!

Anônimo disse...

vo afunda a kbça de todo mundo na marretada

Anônimo disse...

eu vou degolar as suas gargantas