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sexta-feira, 28 de maio de 2010

London Philharmonic Orchestra - Kashmir: The Symphonic Led Zeppelin [1997]


Se existe algo que caracteriza o rock, é o instrumento elétrico e alto. O que seria da história do estilo sem o peso dos acordes distorcidos da guitarra e do baixo sonoro acompanhados da bateria ensurdecedora? São esses três instrumentos que simbolizam toda a atitude que o gênero prega.

E é por isso que Jaz Coleman aceitou uma missão quase impossível ao decidir arranjar canções de nada menos que o Led Zeppelin para a Orquestra Filarmônica de Londres. Ora, todos sabemos que o Led é uma das bandas mais representativas, influentes e barulhentas do rock. Então, como transformar o que é feito para a guitarra em algo tocado por um violino? Como adaptar a música tão visceral, gritante e furiosa da banda de Jimmy Page para algo executável por uma orquestra de mais de 100 músicos, sem tirar toda a espontaneidade e criar algo artificial que não honra as versões originais?

Imagino que só com muito conhecimento musical. Afinal, Jaz Coleman realmente conseguiu. O compositor estudou em vários colégios e internatos musicais, é multiinstrumentista e vocalista da banda de pós-punk Killing Joke. Além do álbum que posto hoje, ele também arranjou Us And Them: Symphonic Pink Floyd, Riders on the Storm: The Doors Concerto e Symphonic Music of the Rolling Stones.

Jaz Coleman

Para a execução, a majestosa Orquestra Filarmônica de Londres, regida pelo maestro Peter Scholes.

O que posso dizer desse play? Simplesmente fantástico, surreal, perfeito no que se propõe. No disco temos clássicos do Led Zeppelin e do rock em si, interpretados de maneira inacreditável pela orquestra, gerando algo novo, mas que cria a sensação de que essas músicas foram feitas para ser tocadas também por violinos, violoncelos, flautas e toda a infinidade de instrumentos que aqui ouvimos.

Uma abertura com certo espírito oriental abre as portas para uma versão surpreendente de Kashmir. Aqui, e no resto do play, os lendários vocais de Robert Plant são substituídos por suaves violinos, tocados como solo pelo primeiro violinista, abaixo apenas do maestro na hierarquia de uma orquestra. Com certeza Kashmir é o grande destaque do álbum, com seu antológico riff abrindo espaço para o explosivo trecho melódico, que os músicos souberam deixar ainda mais marcante.

Outro ponto alto é a maravilhosa The Battle of Evermore, que ganha gaitas-de-fole e assim mergulha ainda mais fundo no clima "Tolkiano". Linda interpretação com a cara de Robert Plant, que provavelmente adoraria ouví-la lendo O Hobbit.

A histórica Stairway to Heaven beira a perfeição, trazendo uma aplaudível leitura do solo de guitarra. When the Levee Breaks carrega a mesma energia vibrante da versão orginal, com destaque para os instrumentos de percussão. Going to California é campo para diversas criações instrumentais originais, que se encaixam perfeitamente com os elementos da música. Friends é outra que puxa a mesma proposta que os compositores buscaram, sendo bastante caótica e sombria. All My Love segue a mesma linha de Going to California, com muita coisa nova produzida pela orquestra.

A Orquestra

Enfim, o play é emocionante, forte, envolvente, uma peça rara de música. As cordas, os metais, as madeiras criam novos contrastes, novas visões, novos sentimentos nessas faixas que tanto conhecemos. Jaz Coleman aceitou a complicada tarefa de trazer tudo o que o rock e o Led Zeppelin representam para uma orquestra, e a executou muito bem.

Termino essa resenha dizendo que, muito provavelmente, quando você terminar de ouvir o disco, terá os mesmos pensamentos que eu: "Meu Deus, até onde foi a musicalidade do Led Zeppelin?". E é exatamente isso que fica muito claro com esse álbum: Sir Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham fizeram nada menos que arte. A interpretação da Orquestra Filarmônica de Londres nos dá a idéia de que se Mozart, Bach e Beethoven foram os grandes mestres do século XIII e da música erudita, o século XX e sua música também tiveram seus gênios. Garanto que qualquer um que ouve esse álbum pode vislumbrar tudo isso, e convido você, visitante da Combe, a experimentar essas sensações.

01. Down at the Great Pyramid
02. Kashmir
03. The Battle of Evermore
04. Stairway to Heaven
05. When the Levee Breaks
06. Going to California
07. Friends
08. All My Love
09. Kulu Valley (ambient remix)

Cordas, metais, madeiras, instrumentos de percussão e teclas - Orquestra Filarmônica de Londres
Peter Scholes - regência
Jaz Coleman - arranjos

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Jp


10 comentários:

Anônimo disse...

http://www.4shared.com/file/HTWKnHkp/SLZ_Jp.html

84,1mb - 192kbps

JoaoFPR disse...

O rock sempre flertou com a musica clássica.
Deve ser maravilhoso

Taliban Sexy Trucker disse...

Pô, tá aí uma coisa da qual não fazia idéia, mas de fato é sensacional, na verdade fiquei um pouco desconfiado, mas agora que estou ouvindo achei sensacional, um material realmente maravilhoso, ponto pra combe... mais uma vez, claro..

Anônimo disse...

vlw sempre postando material de extrema qualidade

Anônimo disse...

demas!!
valeu!

Anônimo disse...

mtu da Hora! mtu bom msm ! parabéns combe !

Anônimo disse...

Excelente post! Ambos gêneros se complementam, principalmente por serem extremos...

Ana Lima disse...

È uma obra prima!!!!!!! Amei muito!!!

Artur Barz disse...

Ja ouvi muitos trabalhos de metal - de death metal principalmente - que poderiam se converter em sinfonias...

Death e Vital remains eh um exemplo disso...O q eh a musica Symbolic senão uma pequena sinfonia?

Led Zeppelin interpretado por uma Sinfonia deve ser extremamente interessante, se nao extraordinario.

Podiam fazer o mesmo com as bandas que ja citei anteriormente.

Tairones Oliveira disse...

Ótimo post, cara! O album está sensacional!