Se hoje em dia é complicado disseminar som pesado no Brasil, basta imaginar o quão difícil era em décadas passadas, sem o advento da Internet. Um mix de sorte, talento e investimento financeiro serviu para consagrar bandas como Sepultura, Sarcófago e a que está sendo trazida nessa postagem: o Angra.
A empreitada já tinha a pretensão de ter bastante sucesso, pois foi idealizada por alguém avulso aos músicos: Antônio Pirani, o "Toninho", ex-empresário do Viper e dono da revista Rock Brigade. Os convocados foram Andre Matos (ex-Viper) para vocal, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt para as guitarras, Luís Mariutti pro baixo e Marco Antunes pra bateria.
Tudo já estava preparado para o lançamento de um primeiro disco - os caras já haviam gravado uma demo chamada "Reaching Horizons", estavam entrosadíssimos e conquistando fãs com os poucos concertos que haviam realizado. No entanto, Marco abandonou o barco pouco antes das gravações começarem. De última hora, o baterista do Rhapsody (hoje "Of Fire"), Alex Holzwarth, se apoderou das baquetas, fazendo o trabalho de forma muitíssimo bem feita. Posteriormente a vaga foi preenchida por Ricardo Confessori.
O resultado pode ser conferido em "Angels Cry". Gravado nos estúdios de Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray), na Alemanha, se trata de um verdadeiro marco na história do metal brasileiro e talvez um dos mais importantes discos nacionais do gênero. Fenômeno por várias partes do mundo, como no Japão (recebeu até disco de ouro), Europa (com direito à turnê e boas vendagens por lá) e, claro, América do Sul.
A empreitada já tinha a pretensão de ter bastante sucesso, pois foi idealizada por alguém avulso aos músicos: Antônio Pirani, o "Toninho", ex-empresário do Viper e dono da revista Rock Brigade. Os convocados foram Andre Matos (ex-Viper) para vocal, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt para as guitarras, Luís Mariutti pro baixo e Marco Antunes pra bateria.
Tudo já estava preparado para o lançamento de um primeiro disco - os caras já haviam gravado uma demo chamada "Reaching Horizons", estavam entrosadíssimos e conquistando fãs com os poucos concertos que haviam realizado. No entanto, Marco abandonou o barco pouco antes das gravações começarem. De última hora, o baterista do Rhapsody (hoje "Of Fire"), Alex Holzwarth, se apoderou das baquetas, fazendo o trabalho de forma muitíssimo bem feita. Posteriormente a vaga foi preenchida por Ricardo Confessori.
O resultado pode ser conferido em "Angels Cry". Gravado nos estúdios de Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray), na Alemanha, se trata de um verdadeiro marco na história do metal brasileiro e talvez um dos mais importantes discos nacionais do gênero. Fenômeno por várias partes do mundo, como no Japão (recebeu até disco de ouro), Europa (com direito à turnê e boas vendagens por lá) e, claro, América do Sul.
A formação até "Angels Cry". Da esquerda pra direita: Kiko Loureiro, Luís Mariutti, Andre Matos, Marco Antunes e Rafael Bittencourt
"Angels Cry" é, também, um marco na vertente melódica do Heavy Metal. As composições gozam de originalidade e peculiaridade, com inserções e nuances que vão desde música clássica até ritmos folclóricos brasileiros. Instrumentalmente não há do que se reclamar: enquanto a dupla dinâmica Loureiro/Bittencourt debulha nas guitarras, a cozinha de Mariutti e Holzwarth se apresenta muitíssimo acima da média, dando subsídio para que Matos brilhasse com sua voz potente, que vai de tons bem graves até muito agudos.
Como se não bastasse, as composições, líricas e melódicas, estão fantásticas. Dedicação máxima, bons temas, tudo impecável e minucioso. Dentre elas, os destaques vão para "Time", "Evil Warning", a faixa-título e a sempre clássica "Carry On". E, pela execução, vale citar também "Wuthering Heights", cover inusitado porém muito bem escolhido de Kate Bush.
Mesmo lançando ótimos trabalhos posteriormente, deve-se admitir que "Angels Cry" é o trabalho definitivo do Angra. Clássico atrás de clássico, inspiração fluente e química incontestável. Vale a pena ouvir com a maior atenção possível.
01. Unfinished Allegro
02. Carry On
03. Time
04. Angels Cry
05. Stand Away
06. Never Understand
07. Wuthering Heights
08. Streets Of Tomorrow
09. Evil Warning
10. Lasting Child
Andre Matos - vocal
Kiko Loureiro - guitarra
Rafael Bittencourt - guitarra
Luis Mariutti - baixo
Alex Holzwarth - bateria
Músicos adicionais:
Kai Hansen - guitarra em 6
Dirk Schlächter - guitarra em 6
Sascha Paeth - guitarra e violão em 6
Thomas Nack - bateria em 7
by Silver
Como se não bastasse, as composições, líricas e melódicas, estão fantásticas. Dedicação máxima, bons temas, tudo impecável e minucioso. Dentre elas, os destaques vão para "Time", "Evil Warning", a faixa-título e a sempre clássica "Carry On". E, pela execução, vale citar também "Wuthering Heights", cover inusitado porém muito bem escolhido de Kate Bush.
Mesmo lançando ótimos trabalhos posteriormente, deve-se admitir que "Angels Cry" é o trabalho definitivo do Angra. Clássico atrás de clássico, inspiração fluente e química incontestável. Vale a pena ouvir com a maior atenção possível.
01. Unfinished Allegro
02. Carry On
03. Time
04. Angels Cry
05. Stand Away
06. Never Understand
07. Wuthering Heights
08. Streets Of Tomorrow
09. Evil Warning
10. Lasting Child
Andre Matos - vocal
Kiko Loureiro - guitarra
Rafael Bittencourt - guitarra
Luis Mariutti - baixo
Alex Holzwarth - bateria
Músicos adicionais:
Kai Hansen - guitarra em 6
Dirk Schlächter - guitarra em 6
Sascha Paeth - guitarra e violão em 6
Thomas Nack - bateria em 7
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
19 comentários:
Angels Cry [1993]
http://www.multiupload.com/FT2ASJ1K5Z
o melhor disco do Heavy nacional. FATO!
Um dos melhores discos do nosso Metal!
Postasso!
Um dos primeiros cd's que eu comprei, junto com "No Rest For The Wicked" do Ozzy e "The Number Of The Beast" do Iron... Lembro que paguei uns 12 reais nesse do Angra na época... Barato demais pra uma pepita dessa qualidade! Concordo com os comentários anteriores, um dos melhores discos do Metal nacional!!!
disco massa ...
se a galera da combe permitir
que eu faça isso
eu gostaria de postar um bootleg do angra dessa epoca ou ate 99
se interessar manda
email eduardo.rogerio@gmail.com
o melhor disco do Heavy nacional. FATO![2]
concordo q é classico do metal nacional
mas eu ainda prefiro o rebirth, mesmo gostando bastante dos vocais do andre matos..
Velho, tinha 16 anos quando ouvi esse album, é (junto com o Time of the oath) o cd que eu mais ouvi na minha vida!! classico incontestavel do metal, que nos eleva ao nivel dos ``mais maiores`` do genero!!!
Angels cry e o Rebirth são os melhores do Angra o resto é muitissimo chato apesar de tocarem muito bem... Não ouvi o último ainda , o André Matos novo é muito bom , mas Angels Cry tem a aura de clássico merecidamente.
Angels cry e o Rebirth são os melhores do Angra o resto é muitissimo chato [2] -- Exceto pelo Fireworks e pelo Aqua, o novo, q vale MUITO a pena!
Já os projetos paralelos (Almah, Firesign, Freakeys, Hangar etc) eu acho todos uma bosta se comparados ao Angra.
Adoro o Angels Cry, não é a toa q, nos velhos tempos de comberocks, quem assinou a resenha dele foi o Mean aqui, hehe :P
Ôloko! O Temple Of Shadows é um baita de um disco. O mais pesado da carreira do Angra. Pra mim só perde mesmo pro Angels Cry.
Sempre fico em dúvida se tento considerar esse disco o melhor do Angra, apesar de sua inegável preciosidade. O Holy Land à sua maneira também é outro clássico incrível, embora devido a seu estilo diferenciado e mais "limpo" alguns possam torcer o nariz para o mesmo. Em relação aos trabalhos da nova, quer dizer antiga (também) formação - já que o Aquiles saiu - Rebirth foi muito marcante mas o Temple of Shadows foi destruidor, daí que fico melindroso para apontar os meus favoritos já que gosto quase igualmente desses discos.
P.S. - E com certeza o Aqua está um puta de um álbum, serve de prova que a banda renasceu mais uma vez com ótimo desempenho em estúdio e ao vivo tbm (vide os vídeos do show em Salvador).
Viva o Angra, a fênix do metal nacional!
Sempre fico em dúvida se tento considerar esse disco o melhor do Angra, apesar de sua inegável preciosidade. O Holy Land à sua maneira também é outro clássico incrível, embora devido a seu estilo diferenciado e mais "limpo" alguns possam torcer o nariz para o mesmo. Em relação aos trabalhos da nova, quer dizer antiga (também) formação - já que o Aquiles saiu - Rebirth foi muito marcante mas o Temple of Shadows foi destruidor, daí que fico melindroso para apontar os meus favoritos já que gosto quase igualmente desses discos.
P.S. - E com certeza o Aqua está um puta de um álbum, serve de prova que a banda renasceu mais uma vez com ótimo desempenho em estúdio e ao vivo tbm (vide os vídeos do show em Salvador).
Viva o Angra, a fênix do metal nacional!
Esse disco tinha uma alegria, uma gana que Angra, infelizmente, diluiu com o tempo.
Concordo com o Weschap, acima.
Nussaaaa, mais do que legal isso. Não sou grande fan de Angra, mas isso me lembra uma boa época...quando eu fazia segundo grau e mais nada! Obrigada por essa sensação!
Discaço e discoteca básica de qualquer cara que curte som pesado.
muito bom o disco
"Franga"foi ótimo.... kkkk
Depois de muita relutancia cim o angra ,resolvi dar uma chance e ouvir esse disco!!!!!!
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