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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Screaming Trees - Sweet Oblivion [1992]


Enquanto o Kurt Cobain matava aula e o Alice In Chains fazia cover de David Bowie, o underground do estado de Washington já explodia com bandas cada vez mais interessantes e influentes. Entre elas Green River, Melvins e o Screaming Trees, banda que trago hoje, nessa segunda-feira de chuva à la Seattle.

O Screaming Trees nasceu em 1985, em Ellensburg, Washington. A história é a típica das bandas alternativas da década de 80: colegiais compartilhando o mesmo gosto musical. No caso, punk e garage rock, new wave e hard setentista. O grupo lançou o primeiro LP em 86, e passou a referência underground com o Buzz Factory (1989) e o Uncle Anestesia (1991). Mas é claro que o reconhecimento midiático, mesmo que medíocre para a banda, só viria depois do Nirvana lançar o Nevermind. Então é óbvio que este álbum, o Sweet Oblivion, é o de maior sucesso comercial. Sob alguns pontos de vista, também o melhor.

O som do Screaming Trees é bastante característico. Jogado no caldo do grunge, o que temos aqui é rock alternativo sujo, profundamente influenciado pelo rock setentista e com grandes doses de psicodelia. Em meio à guitarra suja e ao baixo sonoro dos irmãos Conner, a bateria e a percussão de Barret Martin marcam forte presença. Mas o grande destaque é Mark Lanegan, fantástico vocalista e letrista que faz uso de sua voz grave e rouca, resultado de anos de destilados e cigarros, para produzir os soturnos registros que fazem-no parecer o filho perdido de Tom Waits.

Os destaques são muitos. "Shadow of the Season" é a abertura com toques de folk que tem a melhor performance de Lanegan. "Dollar Bill" e "Winter Song" também carregam forte influência folk. "No One Knows" e "More Or Less" são ótimas baladas que estouraram nos anos 90 na sombra da divertidíssima "Nearly Lost You", grande hit da banda que apareceu na famosa trilha sonora do filme Singles, que também lançou sucessos de Alice In Chains e Pearl Jam, como "Would?" e "State of Love and Trust". Talvez a melhor faixa do disco seja a junkie "Troubled Times", que tem uma introdução slow blues para uma melodia empolgante e bem trabalhada.

Sweet Oblivion teve boa repercussão e foi comercialmente o melhor momento do Screaming Trees. É sem dúvidas uma ótima indrodução ao som da banda, que, além dos belos trabalhos anteriores, ainda lançaria o excelente Dust, para depois encerrar suas atividades em 2000. Depois disso, os irmãos Conner e Barret Martin participaram de diversos projetos. Mark Lanegan, além de consolidar uma sólida carreira solo no folk, emprestou sua voz ao Mad Season e hoje é membro esporádico do Queens of the Stone Age, além de dividir seu tempo em incontáveis empreitadas nos mais doidos e obscuros submundos da música mundial.

Ótimo álbum de uma das bandas mais seguras, espontâneas e fáceis de se gostar do tal do grunge. Confira!

01. Shadow of the Season
02. Nearly Lost You
03. Dollar Bill
04. More or Less
05. Butterfly
06. For Celebrations Past
07. The Secret Kind
08. Winter Song
09. Troubled Times
10. No One Knows
11. Julie Paradise

Mark Lanegan - vocais
Gary Lee Conner - guitarras, vocais de apoio
Van Conner - baixo
Barret Martin - bateria, percussão

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Jp


6 comentários:

Anônimo disse...

http://www.4shared.com/file/Sup5ubVo/ST_SO_-_Jp__Combe_.html

Esteves Vinícius disse...

Parece interessante, baixando pra conferir, valeu Combe!

Anônimo disse...

Muito bom post!
Valeu!

Anônimo disse...

nunca prestei atenação..
baixando pra conferir...
valeu pelo post!

ZORREIRO disse...

Duas bandas, do grunge, merecem ser ouvidas.
Essa é uma delas.
Grande post. Os gordinhos fizeram "altos discasso"

Igor Miranda disse...

Gr00nge!