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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uli Jon Roth - Sky of Avalon: Prologue to the Symphonic Legends [1996]


Todos sabem que as definições do Metal Neoclássico são atribuídas, principalmente, ao guitarrista Uli Jon Roth. Bem como suponho que devam saber que, apesar de ser humilde e tocar com trocentos músicos, o alemão sempre se mostrou contrário às exigências fonográficas e nunca deixou que limitassem suas criações. Partindo destas pressuposições, ainda é preciso discorrer acerca de vários pontos relacionados. Primeiramente, é necessário frisar a forma como Uli concebe suas criações clássicas; existem dois conceitos (Sky of Avalon e Transcendental Sky Guitar) referentes ao modo como é determinado cada forma de abordagem do Clássico.

Mas antes de deslindar tais conceitos, é importante esclarecer o que sustenta os mesmos. Desde sempre, Roth quis alcançar notar mais altas em seus solos para reproduzir peças clássicas, e necessitava de agudos que não existe no instrumento. Foi então criada a Sky Guitar, uma guitarra personalizada que atende sua necessidade. E para acompanhar sua fertilidade inventiva, foi originada a Sky Orchestra, e junto foi desenvolvido todo um conceito de elevação artística e cultural da música através do ensino metafísico das composições clássicas. Isso foi expandido pela Sky Academy, um seminário que terá seus intuitos explicados ao longo do texto.

Retomando a ideia do começo, existem dois princípios de execução da música erudita por Roth. A Sky of Avalon é a mais acessível, sendo destinada a criar peças sinfônicas, embora compactas (principalmente a primeira parte, aqui presente); e a Transcendental Sky Guitar, que exige muito do ouvinte, pois faz releituras de obras grandiosas, e as complementa com composições próprias ou releituras de sons contemporâneos, causando complexidade para absorver, ligar os dois mundos e, por fim, apreciar. Portanto, pra entender este último conceito, os ouvidos têm que ser treinados com a Sky of Avalon.


No meu ponto de vista, a Sky of Avalon é o conceito mais interessante e superior. Já que a intenção é atingir mais pessoas com a Música Clássica, o ideal é criar obras condensadas, mas igualmente soberanas. E isso é realizado com proficiência por Uli e seus sequazes na obra-prima Prologue to the Symphonic Legends. Uma verdadeira revitalização da música clássica com visão e ouvidos voltados aos tempos atuais. Uli Jon Roth se mostra definitivamente como o gênio que nasceu na época errada - alguns séculos depois -, ao compor sons tão opulentos quanto qualquer outra composição erudita, se mostrando um herdeiro legítimo das lendas sinfônicas.

Nesta primeira jornada, são apresentadas 9 composições próprias de Uli juntamente com duas releituras de Giacomo Puccini. E o álbum ainda conta com os vocais de Tommy Heart (Fair Warning) e Michael Flexig (Zeno), além da Sky Orchestra e a soprano Leonora Gold. São basicamente apenas três músicas inseridas de forma estratégica (começo, meio e fim), e entremeadas por interlúdios majestosos que não soam como vinhetas ou simples intros. Aí você deve pensar que, por serem apenas três composições, têm aproximadamente 10 minutos cada. Pois está enganado. Média de 5 minutos cada. E o ápice se encontra em "Winds of War", onde o patamar se eleva numa grandiosidade inacreditável. E Tommy Heart realiza um trabalho de penetrar o espírito.



O disco tem o preceito de servir como representação sonora dos misticismos de Avalon; a imortalidade daqueles que a habitam é metaforicamente associada ao conteúdo de Prologue to the Symphonic Legends através do maior propósito de Jon Roth - imortalizar a música clássica por meio de novas roupagens com a finalidade de desmistificar o princípio da sociedade atual de que a mesma seja obsoleta. Sem hipocrisia, U.J.R. aceita que o modelo de Música Clássica dos séculos passados não transcendeu o tempo, mas que a riqueza das composições permanece a mesma, necessitando apenas de visões alternativas para se espalhar nos dias de hoje.

Vários outros misticismos de Avalon podem ser usados como metáfora para simbolizar este conceito. O poder da espada Excalibur pode ser refletido pela força de uma composição mágica como "Bridge to Heaven". E ainda tem o ideal cultural acima de tudo, pois Uli sempre liga seus trabalhos ao âmbito social no sentido de fazer com que a música clássica atinja as pessoas a fim de oferecer perspectiva para a compreensão da música como arte suma. A princípio são conjeturas, mas levadas a sério, e não é a toa que tudo isso é tratado com afinco pela Sky Academy. Devaneador para alguns, presunçoso para outros, entretanto a maioria compreende que se trata de um músico ostentador de um estilo subversivo que inspirou gerações, mas não originou similares, apenas aspirantes.



01 - Bridge To Heaven
02 - Thunder Bay
03 - Pegasus
04 - Starships Of Dawn
05 - Winds Of War
06 - Sky Valley
07 - The Wings Of Avalon
08 - Until The End Of Time
09 - Tod Und Zerstorung
10 - E Lucevan Le Stelle
11 - Starlight

Uli Jon Roth - guitar/bass/keyboards/programming
Tommy Heart - vocal on 1, 5, 8 -- harmony on 4, 5, 9
Michael Flexig - vocal on 4, 9, 11 -- harmony on 4, 11
Leonora Gold - lead soprano on 2 -- harmony on 1, 9
Steve Bentley-Klein - violin
Roger Smith - cello
Leonora, Francesca, Beryll, Sharon, Luciane, Berenice - choir
Sky Orchestra

(Links nos comentários - links on the comments)

Dragztripztar

9 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?pyfg9m8qo6hexj7

romulo disse...

Lindo!
é o que posso dizer
alguem reconhcer o trabalho desse mestre, Uli!

Excelente texto
meus parabens!

Pablon disse...

Combe, sempre INDISPENSÀVEL!
Excelente texto, excelente álbum, excelente blog!

ZORREIRO disse...

Mas que texto fantástico!
Post de excelência.

Anônimo disse...

fodaaa

jantchc disse...

puta resenha

mostrou q conhece mesmo os preceitos da musica do gente fina..

to baixando..

Luan Ferraz disse...

Um dos maiores gênios das seis cordas.

Anônimo disse...

Gênio, apenas isso! Esse é um mestre e sua sky guitar é encantadora

Renato Spacek disse...

Um dos guitarristas mais geniais da história. Na minha opinião sua época do Scorpions é insuperável, o melhor trabalho que ele já fez na vida, isso sem tirar o mérito de sua carreira solo, que também é excelente.