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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bob Dylan - Bringing It All Back Home [1965]


Clássico. É assim que podemos definir o quinto disco do genial Bob Dylan. O que iremos encontrar será Dylan dividido entre o folk do início de sua carreira e do rock que tinha explodido com o surgimento de bandas como Beatles e o Rolling Stones. Sem se definir, ele acaba por misturar ambos, em um disco homogêneo e que se tornaria uma antecipação do que viria no petardo "Highway 61 Revisited", lançado ainda no mesmo ano (e postado aqui pelo camarada JP).

Sim, o trabalho aqui é tão bem feito, que em tudo que é lista de grandes clássicos você encontrará este, desde a lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame até a de Pop Albums, em que está em um honroso 6º lugar. Sim, na minha modesta opinião, junto com o Desire, este é um dos mais grandiosos momentos da carreira de Dylan. Letras sensacionais, e que transmitem ironia, dor e poesia, e que confirmam que não à toa Dylan seja conhecido como um dos grandes poetas da história do rock.

Também temos o distanciamento das canções puramente de protesto, o que era a principal característica de sua carreira até este momento. E sem falar que o que levou ele para aquele momento foi a invasão das bandas de rock britânicas. Influenciado por artistas como Elvis e Hank Williams, ele começa a mostrar sua veia roqueira, e como sugere de maneira sutil no título do disco, traz "tudo de volta para casa", ao tentar trazer um resgate do rock americano, e de sua própria carreira.


Com o primeiro lado do disco essencialmente elétrico, e o lado B acústico, o equilíbrio entre as canções é perfeito. "Subterranean Homesick Blues" abre os trabalhos com uma grande influência de Chuck Berry, com sua letra declamada, e que alguns inclusive a citam como uma das precursoras do rap devido a isso. O tom amargo e ácido dessa canção é perfeito, que mostra a criatividade de Dylan. A ainda melhor "Maggie's Farm" é outro grande destaque, com uma letra que declama que ele nunca mais trabalharia na fazenda de Maggie, retrata bem a maneira que alguns trabalhadores camponeses eram e ainda são explorados, ganhando miséria mesmo que seu trabalho seja duro.

"Love Minus Zero/No Limit" tem uma cativante letra anti-amor, na metáfora de uma mulher que não se deixa enganar com as ilusões que este sentimento traz e escapa de todos os exageros e perigos que este traz. Outros destaques "eletrificados" se dão na bluseira e empolgante "Outlaw Blues" e na animada e cheia de referências "Bob Dylan's 115th Dream" na qual ele tira sarro de algumas paranóias norte-americanas naquele momento. Após isso temos o lado folk de Dylan, que gera quatro canções belíssimas e que encerram esse disco de maneira perfeita.

A emocionante "Mr. Tambourine Man", com sua letra belíssima letra que fala de todas as angústias que um ser humano pode sentir, o que é maximizado na pele de um artista que busca se superar, um clássico que fez ainda mais sucesso na versão feita pelo The Byrds. Uma letra sensacional e um dos maiores clássicos da carreira de Dylan. Outra grandiosa canção é a despedida apresentada em forma de poesia, a também clássica "It's All Over Now, Baby Blue", que confirma a genialidade desse monstro e que ganhou muitas versões, até uma gravada em português pelos Engenheiros do Hawaii e por Zé Ramalho, conhecida por "Negro Amor".

Um registro que está na relação dos obrigatórios para quem afirmar gostar de rock n' roll. Não só para esses, mas para qualquer um que realmente goste de música, pois a obra de Bob Dylan está acima de qualquer definição.






1.Subterranean Homesick Blues
2.She Belongs to Me
3.Maggie's Farm
4.Love Minus Zero/No Limit
5.Outlaw Blues
6.On the Road Again
7.Bob Dylan's 115th Dream
8.Mr. Tambourine Man
9.Gates of Eden
10.It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding)
11.It's All Over Now, Baby Blue


Bob Dylan – Vocais, Guitarra, Gaitas, Teclados
John H. Hammond Jr, Kenny Rankin, Al Gorgoni, Bruce Langhorne – Guitarras
John Sebastian, John Boone, Bill Lee, Joseph Macho Jr. – Baixo
Bobby Gregg – Bateria
Paul Griffin – Piano, teclados
Frank Owens – Piano


By Weschap Coverdale

5 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?lvzk5g6ub0ved7r

David disse...

foda foda sem mais

Unknown disse...

Mestre Dylan!!

Jp disse...

Simplesmente genial!

Vedana disse...

Grande Kombi, trazendo o bom e velho Dylan, petáculo