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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Elton John – Goodbye Yellow Brick Road [1973]



O que dizer do disco que é uma das maiores inspirações para Zakk Wylde?

Elton John mudou o mundo do show business e proporcionou shows antológicos que, além de música de qualidade, traziam performances arrasadoras.

Nascido sob o nome de batismo Reginald Kenneth Dwight, Sir Elton Hercules John (que nome artístico!) começou sua carreia profissional em 1967, já dividindo as composições com seu grande parceiro de longa data Bernie Taupin. É músico de formação clássica, tendo estudado na Royal Academy of Music em sua adolescência.

Antes de 1967, ele chegou a tocar em pubs de Londres, sem, contudo, gravar nada. Dá pra dizer, guardadas as devidas proporções, que Elton começou como pianista de churrascaria (não resisti). Foi então que ele conheceu o letrista Bernie Taupin e ambos compuseram em parceria o debut do artista. Depois disso, ele se tornou um dos maiores artistas da gravadora MCA, tendo participado, inclusive, da ópera rock Tommy, do The Who, com aquela que é a melhor música do disco na minha opinião: Pinball Wizard. Elton John era Midas naqueles loucos anos 70.



A postagem de hoje, Goodbye Yellow Brick Road, é o sétimo disco de estúdio de Elton John. Vendeu até hoje a bagatela de 31 milhões de cópias em uma carreira que conta com mais de 250 milhões de vendas no total. Estamos falando de uma época em que rockstars eram realmente glamourosos e podiam andar pela rua com terno de lantejoulas sem serem taxados de malucos.

Elton John e Bernie Taupin escreveram e começaram a produção no disco durante suas férias na Jamaica, em 1973. Após problemas com a qualidade de gravação jamaicana, mudaram a turma para Château d'Hérouville, na França, e lá concluíram os trabalhos. Uma das música é entitulada Jamaican Jerk Off, e eu faço uma ideia do porquê.

O castelo foi palco de gravação de diversas bandas, como Pink Floyd, T Rex, MC5, Bad Company e David Bowie. A banda de Elton John contava com Davey Johnstone nas guitarras, fiel escudeiro que o acompanha até os dias de hoje.

O play abre com a fantástica Funeral For a Friend/ Love Lies Bleeding, que fizeram Zakk Wylde virar seus olhos para o piano diversas vezes. O bom gosto da composição, as dinâmicas e a fúria da banda que acompanha o cara tornaram essa abertura um hit de proporções históricas. Sintetizadores pesados, cadência angustiante e o piano regendo a melodia trazem uma sensação única. Apague as luzes e deixe rolar esse som nos falantes (sem fones de ouvido, por favor, porque a liberdade é wireless).



Na sequência, a famosa Candle in The Wind, que tornou-se um hit brega após a morte da amiguxa princesa Diana. Esqueça aquela cafonice. Aqui ela faz parte de um contexto, e merece crédito. A seguir, Bennie and the Jetts traz o Elton John rocker, lembrando o que Paul McCartney fez nos Wings na mesma época, mas sem aquela sensação de estar forçando a barra que permeava os discos do Beatle.

Todo o disco é bom, mas também vale destacar o rockão Saturday Night’s is Allright for Fighting, que traz a veia mais dançante e pesada (guardadas novamente as devidas proporções) do cara, lembrando o que ele fizera com o The Who em Tommy.



Se a imagem que você tem de Elton John é do gordinho burocrático que tocou no Rock in Rio, ou da louca que era amiga da Princesa Diana, chegou a hora de mudar seus conceitos. Ninguém, desde Jerry Lee Lewis, fez o que Elton John fez ao piano nos anos 70. E duvido que tenhamos, tão breve, algo parecido. É bem melhor abaixar a afinação de sua guitarra com captadores EMG ativos e soar absolutamente igual a todas as outras bandas de merda do metal atual.

Isso é escola do rock. Encare como tal.

Track List

1. "Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding"
2. "Candle in the Wind"
3. "Bennie and the Jets"
4. "Goodbye Yellow Brick Road"
5. "This Song Has No Title"
6. "Grey Seal"
7. "Jamaica Jerk-Off"
8. "I've Seen That Movie Too"
9. "Sweet Painted Lady"
10. "The Ballad of Danny Bailey (1909–34)"
11. "Dirty Little Girl"
12. "All the Young Girls Love Alice"
13. "Your Sister Can't Twist (But She Can Rock 'n' Roll)"
14. "Saturday Night's Alright for Fighting"
15. "Roy Rogers"
16. "Social Disease"
17. "Harmony"

Elton John (vocals, piano, electric piano, organ, Farfisa organ, mellotron, Leslie piano)
Dee Murray (baixo)
Davey Johnstone (acoustic, electric, Leslie, slide and steel guitars, banjo)
Nigel Olsson (bateria)
Ray Cooper (tambourine, congas)
Dee Murray, Davey Johnstone, Nigel Olsson (backing vocals)
Del Newman (orchestral arrangement)
Leroy Gomez (Saxophone solo on "Social Disease")
David Hentschel (A.R.P. synthesiser)
Kiki Dee (Backing Vocals on "All the Girls Love Alice")

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Por ZOrreiro

18 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mediafire.com/?1ffja6zkwz1zgzd

Ron Mick disse...

Aquele imbecil do Medina teve a audácia de dizer que o show do Elton não foi bom...
Aff..
Cada festival tem os Angras que merece!
No mais, pra mim, é o disco mais ESSENCIAL do gordinho! Sem mais.
ÓTIMA resenha, Zorreiro!
Aliás, esperar algo menos que excelente que vc faça é impossível!
Thanks, pal!

Ricardo Brovin disse...

Pra mim post do ano!!!Ei
Medina vai tomar no cu!!!(desculpas, não resisti)Valeu...

Unknown disse...

belíssimo post!
é muito bom acompanhar as postagens diversas do seu blog,parabéns!
ainda é uma pena que várias pessoas deixem de conhecer vários sons por puro preconceito,enfim...
um dos melhores post do blog!
vlw!!

Marquinho disse...

Zorreiro vc postou o melhor disco da sua vida, e da combe do iommi!

João Batista Reis disse...

Defina, É bem melhor abaixar a afinação de sua guitarra com captadores EMG ativos e soar absolutamente igual a todas as outras bandas de merda do metal atual.
Gosto do disco mas algumas citações são simplesmente estranhas...

Rex Niskke disse...

da pra intender perfeitamente o que ele quis diser :D e concordo com td que foi dito ai,alias grande resenha zorreiro!!!! \o/

ZORREIRO disse...

Rendeu.
João Batista. Captadores ativos de guitarra (como os EMG) descarracterizam o timbre da madeira do instrumento. O que se ouve é produto da eletrônica, basicamente.
Assim, todas as bandas atualmente do metal utilizam a mesma configuração e soam absolutamente com o mesmo timbre de guitarra.
Ouça: In FLames, Asking Alexandria, Black Veil Brides, Suicide Silence etc. E comprove o que estou dizendo.
E desculpe se fui técnico. Não resisti.
Abraço e obrigado por comentar.

Anônimo disse...

Isso é um classico, isso é musica, da pra notar como cada música do play é bem trabalhada, bem escrita, Elton John é outra coisa, quem não gosta tem que reconhecer que o cara revolucionou a musica da maneira dele, tem um vinil desse album aqui em casa, muito bom post!

AlBassPlayer disse...

Aula de R'n'R!!! Pena que o (hoje) gordinho Elton e tantos outros grandes Rockers da década de 70 que compuseram clássicos como o que temos aqui, tenham se tornado simples melas-cuecas que fazem especiais com músicas chorosas e "românticas" (Rod Stewart e Roberto Carlos que o digam...)

jantchc disse...

não ouvi este disco, mas tenho greatest hits dele em meu cel há mais de 6 meses e não tenho a menor intenção de tirar..

são 40 musicas otimas ..

o cara foi muito bom..

João Batista Reis disse...

Zorreiro, o que falta em todos é sentir a ironia é entender o sarcasmo, e sinceramente não consigo entender certas agreções gratuítas, tenho muito mais tempo de Rock do que vc de vida, e sou o tipo que gosta de tudo (se não gosto entendo) gosto tb de Jazz a Death Black Metal ( e outras milhões de variações) a generos, Elton John não é mais o Elton John que eu gostava desde de a decada de 80, ele vende mais e portanto ganha mais dinheiro, fazendo musica pop açucarada. Os fans das novas bandas de rock querem sempre o mesmo disco, se não eles não precisariam fazer discos com sonoridade sempre parecidas? Quando alguem faz algo igual Crazy Lixx, Foo Figthers, Elton John, Cláudia Leite, Luan Santana (baixei o nível da conversa) e REM são donos de discos ótimos ou quando inovam os fans torcem o nariz(The Strokes), Outras bandas já nem se preocuopam em lançar discos com músicas novas, regravam e regravam, ai lançam um ao vivo, isto sem contar que hoje os cara ganham dinheiro em shows mesmo porque tudo hoje de uma maneira ou de outra soa repetitivo, parece que já fizeram algo igual, ninguem tem paciência pela maturação de um tipo de som, público e gravadoras (nem os músicos tem), imagine ficar trancado em uma fazenda 6 meses procurando uma nova sonoridade, quem pagrá por isto? E ninguém mais ouve um disco inteiro centenas de vezes, como eu fiz centenas de vezes, procurando detalhes (eu peregrino por blogs e sites a procura de coisas novas, comprar discos daquilo que gosto é mais que um discurso é uma obrigação, vou a shows para que não seja mais 1). Procuro coisas novas, mais ainda amo o Zeppelin, Purple, Sabbath, as bandas dos anos 80, as do 90 e as novas que mesmo com a mesma sonoridade me soam melhor que qq merda que toca nas rádios e qq show do Sepultura (este tb defenestrado por muitos fans por procurar uma nova sonoridade) vai ser melhor que o show do Elton John no Rock in Rio. A capacidade de entender as músicas e não a produção este talvez seja o segredo. Saudações, alguns dias estou mais chato que outros e este foi um destes dias.

Paulo Monteiro disse...

Sou fã do Elton John desde criança, nos idos de 1975 me lembro de quando vi um concerto dele na Globo, durante uma festa do meu primo. Eu parava em frente a tela, para ver. Parava até de brincar. Aliás, esta é a diferença: minha geração cresceu escutando Elton John, Led Zeppelin, Black Sabbath, James Brown, e outros petardos. Agora, escutam Fiuk, Restart, só merda.

ZORREIRO disse...

"tenho muito mais tempo de Rock do que vc de vida"
Definitivamente, você não faz ideia de com quem essteja falando.
Isso, pra mim, é ótimo.
Imagino que você deva ser, portanto, um Jedi.
Legal, pois sempre achei que eles fossem obra de ficção.

Igor Miranda disse...

"tenho muito mais tempo de Rock do que vc de vida"
JEDI! HAUHAUHAUHAUHAUHAUHA
O cara viu o surgimento de Chuck Berry e tá aqui pra contar história, só pode huahauhauh.
A idade dele deve estar afetando também a capacidade de raciocínio, pois eu não consegui abstrair quase nada do comentário, com todo o respeito...

Estive afastado da produção, mas sempre de olho no que estava sendo produzido. E devo dizer que nunca li um texto tão convincente sobre Elton John como este.

dnlz disse...

Medina do olho esbugalhado , vai tomar Leite!

Carlos disse...

Enquanto todos à minha volta queriam ver pornografias sonoras como Rhiana, Shakira, e roqueiros que fazem cara de mau, gritam e fazem prezepadas tais como umsa bandas de metal que detesto, eu me atraquei na frente da TV pra ver Sir Elton John, que ao lado do show de Stevie Wonder foram os melhores do rock in rio, nada de barulheira desnecessária...
a qualidade da banda do Elton John assolava qq outro músico presente no rock in rio, aliás roqueiros que façam mais barulho que música
repleto de artistas nacionais que a mídia adora bajular, que apesar da qualidade inexistente levam um publico gigantesco e sedento por letras banais e que no verão seguinte ninguém mais lembrará, fora os fãs de bandas de rock que acham que rock se limita à ficar gritando, fazendo cara de mau e prezepadas, ou q a música se define em popularidade e não qualidade!!!
prefiro qualidade!!!
e sobre o disco, trata-se de um dos maiores discos da historia da música, e nele contém faixas bem roqueiras!!!

Anônimo disse...

Essa é uma obra prima desse gê
nio da musica.