
A banda foi formada em 1976 em Camberley, uma espéce de cidade satélite de Londres, por Nicky Tesco (vocal) e Jean-Marie Carroll, a.k.a. JC (guitarra). Nos primeiros meses a formação sofreu muitas mudanças até se estabilizar com a dupla mais o baixista Nigel Bennett, o guitarrista Chris Payne e o baterista Adrian Lillywhite (irmão de Steve Lillywhite, o famoso produtor musical).
Antes de lançar um LP, a banda apareceu numa coletânea chamada "Streets" (um dos mais importantes discos do punk rock inglês 77) e lançou alguns singles. Desde o início, a banda se caracterizou por alguns flertes com o reggae, o que levou eles a serem comparados várias vezes com o Clash. Mas vale dizer que, o som deles é bem único e criativo, não sendo uma cópia descarada do The Clash. E uma das coisas que mais o diferenciam do Clash, é o conteúdo lírico, que ao invés de tratar sobre temas políticos, são zuação pura ou falam sobre a vida nos subúrbios/cidades.
"At The Chelsea Nightclub" é o primeiro álbum dos Members e, apesar do nome, não se trata de um disco ao vivo, apesar da última faixa, "Chelsea Nightclub", ter sido gravada ao vivo mesmo.
É um disco realmente do caralho, uma das melhores obras do punk rock setentista! Vou até fazer questão de comentar faixa a faixa, do início ao fim! hahaha. O disco abre com uma faixa instrumental, "Electricity" (eles também abriam com uma faixa instrumental as suas apresentações). Depois, vem a música "Sally", uma música super criativa e no melhor estilo The Clash de ser, alternando a agressividade do punk com a batida calma do reggae. Depois, vem "Soho A Go Go", que começa lenta e vai "ganhando forma" numa sonoridade melódica, mas ao mesmo tempo pesada. "Don't Push" vem a seguir e parece ter saído do disco "London Calling" do Clash, que por acaso foi lançado naquele mesmo ano de 1979. Pra fechar o lado A (esse disco não foi lançado em CD), temos "Solitary Confinement", uma música no mínimo emocionante, a minha favorita do disco, que fala sobre a história de um cara que morava nos subúrbios e veio tentar a vida na cidade grande.
Abrindo o lado B, temos um punkabilly (?) da melhor qualidade, a "Frustated Bagshot", uma das melhores do disco, e que abre caminho para o reggae de "Stand Up And Spit". A próxima é "The Sound of the Suburbs", um clássico do punk rock, com uma ótima letra que descreve perfeitamente o movimento naquela época. Logo em seguida vem um rock sacana falando sobre masturbação, a "Phone In Show". Depois, temos "Love In A Lift", com uma pegada meio reggae e o disco fecha com "Chelsea Nightclub", faixa gravada ao vivo e que fala sobre a casa de shows Chelsea Nightclub, onde eles tocaram com freqüência. É a faixa mais punk do disco, rápida, agressiva e bem simples.
O disco foi bem recebido pelos fãs do punk rock inglês e pelos críticos, embora não tenha alcançado o sucesso de outras bandas. Grande injustiça, pois o Members, para mim, está no mesmo patamar do Clash. É uma banda genial, e que vale a pena ser conferida. Não vou dar destaques, afinal, todas as faixas são igualmente do caralho. Aliás, caso não fossem, não ia ter comentado todas elas, uma a uma, hahaha.
Download recomendado a todos, principalmente aos fãs de punk, pois tenho certeza que irão curtir esse som!
01. Electricity
02. Sally
03. Soho A Go Go
04. Don't Push
05. Solitary Confinement
06. Frustrated Bagshot
07. Stand Up and Spit
08. Sound of the Suburbs
09. Phone in Show
10. Love in a Lift
11. Chelsea Nightclub
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5 comentários:
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Bandaça! Mais depois lançou uns discos fraquinhos...
Valeu! Abs.
Good job. I'm definitely going to bookmark you!
Vendeu o peixe direitinho, fiquei afinzaço de ouvir.
Valeu aí.
Sera que existe alguma banda punk de 77, ruim, por que o fórmula simples de fazer um som, e ser ótima de curtir.
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