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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Kiss – Dressed To Kill [1975]


O mais recente empreendimento do Kiss, o cruzeiro Kiss Kruise, me fez pensar em como “Dressed To Kill” é um disco injustiçado na carreira da banda. Grande parte de seu conteúdo é ignorado nos concertos desde sempre. Só agora, com os shows nos navios, algumas pérolas desse registro foram desenterradas. O leitor menos informado deve discordar de cara com a sentença anterior, visto que é o álbum que carrega o clássico Rock And Roll All Nite, responsável por levar o quarteto ao estrelato. Mas não foi bem assim.

O Kiss havia lançado dois álbuns em 1974: o auto-intitulado de estreia e o subsequente “Hotter Than Hell”. Ambos haviam fracassado em vendas, mas, ironicamente, a banda conquistava cada vez mais fãs com suas apresentações ao vivo. Apesar de ainda não tomarem conta de grandes estádios, conseguiram rodar por grande parte da América do Norte em turnês.

Produzido pelo presidente da gravadora Neil Bogart graças às dificuldades financeiras, “Dressed To Kill” chegou às prateleiras no ano seguinte com a promessa de salvar a gravadora Casablanca Records da falência e de elevar o Kiss ao status de superbanda. Apesar de nenhum dos objetivos terem sido conquistados, o álbum se saiu muito melhor que os outros em diferentes aspectos.



O padrão de composições se manteve estável e fiel à proposta apresentada nos álbuns anteriores. Os mascarados continuaram apostando num Rock n' Roll simples, visceral, conciso e direto. Por incrível que pareça, a produção de Bogart superou com sobras a de Kenny Kerner e Richie Wise para os antecessores. Tudo soa bem melhor. Além disso, “Dressed To Kill” lançou dois singles para as faixas C'mon And Love Me e Rock And Roll All Nite, decisivos para as vendas mais satisfatórias – apesar de não ideais – do full-length, que atingiu a 32ª posição das paradas norte-americanas.

Room Service abre o play com muita energia. Morrerei sem entender o motivo de não apostarem em sua presença nos repertórios desde a época. Composição típica de Paul Stanley, com uma grande performance instrumental principalmente de Ace Frehley. Two Timer e Ladies In Waiting, menos aceleradas, parecem ser músicas irmãs. Ambas cantadas e compostas por Gene Simmons, trazem uma batida incrível e riffs fortes. Getaway mantém o pique: feita por Frehley e cantada por Peter Criss, o melhor vocalista da banda naqueles tempos.



Rock Bottom engana com a bela introdução acústica. É uma paulada certeira e cheia de classe. C'mon And Love Me é uma canção primorosa, com todos os elementos de uma boa música de Hard Rock: bons solos de guitarra, cozinha envolventes e refrão grudento. Anything For My Baby não tem a mesma inspiração das outras, todavia não chega a ser um filler. She, a única além de Rock And Roll All Nite que recebeu atenção nos repertórios de turnês posteriores, é uma composição de Gene Simmons e seu ex-parceiro de banda Stephen Coronel, feita nos tempos de Bullfrog Bheer, ao fim da década de 1960. Tem um andamento forte e é poderosa principalmente ao vivo.

Love Her All I Can é divertida e tem bons riffs de guitarra, além de uma grandiosa linha de bateria. O fechamento fica por conta de Rock And Roll All Nite, que, apesar de saturada nos dias de hoje, é um verdadeiro ode ao Rock n' Roll – preferencialmente em sua versão ao vivo, pois a gravada em estúdio não tem solo de guitarra (!).

Mesmo com as vendas acima da média e a boa qualidade do registro, o estrelato não veio e a Casablanca continuou com problemas financeiros. Daí apelaram para um disco duplo ao vivo, o lendário “Alive!”, e o resto é história. Tanto Rock And Roll All Nite quanto o próprio grupo estouraram com este live. Mas “Dressed To Kill” é parte importante na discografia do Kiss, além de ser um baita de um discão e uma verdadeira aula de como se fazer Rock n' Roll poderoso e despretensioso.



01. Room Service
02. Two Timer
03. Ladies In Waiting
04. Getaway
05. Rock Bottom
06. C'mon And Love Me
07. Anything for My Baby
08. She
09. Love Her All I Can
10. Rock and Roll All Nite

Paul Stanley – vocal (1, 5, 6, 7, 8, 9), guitarra rítmica (solo inicial em 6)
Gene Simmons – vocal (2, 3, 8, 10), baixo
Ace Frehley – guitarra solo
Peter Criss – vocal em 5, bateria, percussão

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

5 comentários:

Anônimo disse...

Kiss – Dressed To Kill [1975]
(40,9mb ~ 192kbps)

Download link:

http://www.multiupload.com/A88O1ZGFVL

Anônimo disse...

Considero que os seis primeiros albuns de estúdio do KIS não tem filler.

Anônimo disse...

Só o Love Gun e o Dinasty são melhores que esse disco.

ZORREIRO disse...

Esse disco é meu preferido da fase. Destroyer é excelente, mas aqui é a cacetada do hard cru sem Bob Ezrin.
Eeeeeh.... Dinasty é melhor que esse? Tão tá.

Unknown disse...

Faço minhas as palavras do Zorreiro. Grande disco e resenha!