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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tyketto - Shine [1995]


Todos aqueles que acompanham as minhas postagens com maior atenção devem ter percebido que discos de formações fora das clássicas, daqueles que são execrados pelos fãs mais radicais, são constantemente abordados nas escolhas de meus reviews. Entre vários exemplos, posso citar "Slaves And Masters" do Deep Purple, "Music From The Elder" e "Carnival Of Souls" do Kiss, "III" do Van Halen, "St. Anger" do Metallica, "Seventh Star" do Black Sabbath e por aí a lista só engorda.

O terceiro álbum do Tyketto, assim como todos esses listados acima, faz parte da lista de patinhos feios do Rock, principalmente do Hard Rock. Apesar do limitado sucesso conquistado com seus dois lançamentos anteriores, "Don't Come Easy" e "Strength In Numbers", havia uma incansável legião de fãs com o grupo onde quer que fosse. Mas a grande baixa na formação colocou tudo em jogo: o vocalista Danny Vaughn se desligou para tomar conta de sua esposa, que estava com câncer.

Para substituir o carismático Danny, o convidado foi Steve Augeri, vocalista do recém-acabado Tall Stories, logo ao início de 1995. "Shine", o primeiro trabalho com a nova line-up, foi lançado ainda em 1995 pela CMC Internacional nos Estados Unidos e pela Music For Nations no resto do mundo - mesma iniciativa que abraçou o conjunto quando foram demitidos da Geffen, em meados de 1992.

As diferenças são grandes entre este e os outros trabalhos. Enquanto que Danny é um genuíno cantor de Hard melódico e deu a verdadeira identidade ao Tyketto, Steve se dá bem no AOR, gênero que o consagraria no futuro ao assumir o microfone do Journey. Com a participação do novo vocalista inclusive nas composições, a mudança de estilo era previsível, e realmente ocorreu.



No geral, "Shine" é um disco menos pesado, mas não recheado de teclados ou qualquer bobagem que esses caras nunca tenham feito - o som apenas ficou menos denso, com uma levada direcionada ao AOR mas sem uma transição completa, namorando o o Pop Rock, o Blues (bem presente no álbum antecessor) e o Hard Rock em diversos momentos. Sem experimentalismos exagerados.

De forma positiva, algumas características de outrora foram novamente abordadas, como a bateria repleta de groove do talentoso Michael Clayton, o baixo destacado e forte de Jaimie Scott (que, cá entre nós, dá um banho no original Jimi Kennedy), os riffs melódicos e os bons solos de Brooke St. James e a presença de violões guiando várias canções. Steve Augeri não faz feio em nenhuma hora, o cara canta muito e sua competência já foi provada em outros projetos. Sua entrada apenas promoveu uma mudança mais do que natural, que não foi bem recebida por todos.

Infelizmente as vendas de "Shine" foram ainda mais baixas do que se esperava, colocando em crise a banda, desmanchada em 1996 após lançar "Take Out & Served Up Live" e só voltando em 2007, com a formação original. Michael e Jaimie se juntaram ao já disponível Danny para a banda Vaughn, que trazia o atual guitarrista do Tyketto, P.J. Zitarosa. Brooke se envolveu com uma banda de metal melódico (!) chamada Lionsheart e Steve integrou o Journey de 1998 até 2006.

Entre os destaques do álbum, pode-se citar a cativante abertura "Jamie", as animadas faixa-título e "Let It Go", e as belas baladas "I Won't Cry" e "Get Me There". O segredo para curtir esse ótimo disco é se desligar do excelente Danny Vaughn e encarar essa formação como uma nova banda.

Lembrando que Steve Augeri se apresentará no Brasil nos dias 12 e 13 de fevereiro, respectivamente em São Paulo e Porto Alegre. Saiba mais clicando AQUI.



01. Jamie
02. Rawthigh
03. Radio Mary
04. Get Me There
05. High
06. The Ballad Of Ruby
07. Let It Go
08. Long Cold Winter
09. I Won't Cry
10. Shine

Steve Augeri - vocal, violão
Brooke St.James - guitarra, violão, sitar, backing vocals
Jaimie Scott - baixo, percussão, backing vocals
Michael Clayton - bateria, percussão, backing vocals

Músicos adicionais:
Tom Brennan - teclados
Kristin Mooney - backing vocals
Scott McKelvey - backing vocals

(Links nos comentários - links on the comments)

by Silver

De tão underground que essa formação foi, não há sequer uma
foto promocional, até onde pesquisei: na imagem acima,
Steve Augeri à esquerda e Brooke St. James à direita

6 comentários:

Anônimo disse...

Tyketto - Shine [1995]

Link:
http://www.mediafire.com/?182bbpk0jkm040o

Igor Miranda disse...

Ninguém comentou, mas o arquivo teve mais de 40 downloads. É tão ruim assim? :|

Dragztripztar disse...

Crueldade... o Dirty Fingers teve 248 downloads, mas ninguém comentou sobre o disco. Ou seja, se o Gary não tivesse falecido, não teria nenhum comment. É, também teria metade dos downloads...

O Union Radio teve um comment e mais de 60 downs, o Mortaes teve um comment e mais de 50 downs (recorde imbatível do metal extremo)...

Como não conheço muito bem o Tyketto e o que eu conheço não me chamou muito a atenção, vou baixar esse disco.

Igor Miranda disse...

Isso é tenso, Drag.

Mais tenso ainda é começar conhecendo o Tyketto por esse disco, que não tem muito a ver com o Tyketto HAHAHAH.

Não deixa de ser um ótimo disco, mas recomendo que confira na íntegra os outros dois com o Danny Vaughn pra entender bem a coisa.

Dragztripztar disse...

Realmente, soa incomum pra uma banda Hard. Mas valeu o download, por mais que seja muito acústico pro meu gosto. Curti as levadas do batera, gostei da Rawthigh e, olha só, acabei de citar a Static ali no post do Mr. Big e a High tem um acorde (antes do solo, pra ser mais preciso) que lembra a Static.

Anônimo disse...

Esse blog é trabalho de profissional. As observasões pessoais a respeito dos albuns e artistas é o que o torna único. Parabéns pelo ótimo trabalho!