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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Yngwie Malmsteen - Magnum Opus [1995]


É um fato que muita gente não gosta desse disco – inclusive seu próprio autor já deu algumas espinafradas públicas. E devo admitir que o gordão sueco egocêntrico realmente tem álbuns muito mais inspirados na gloriosa carreira. Mesmo assim, tenho um carinho todo especial por Magnum Opus. Afinal de contas, foi na época de seu lançamento, em minha adolescência altamente troo, que me interessei pela carreira de Yngwie Malmsteen (época em que os jovens se interessavam por músicos que sabiam tocar seus instrumentos, algo perdido no tempo). Então, nada mais natural que esse tenha sido um dos primeiros trabalhos dele que escutei.

Após o grande sucesso de Seventh Sign, além do EP I Can’t Wait, nada mais normal que o caminho a seguir fosse uma extensão. Para isso, a primeira providência foi manter o mesmo line-up. O único que não permaneceu foi Mike Terrana, que foi convidado a tocar com Tony MacAlpine. Hoje, conhecendo melhor o baterista, acredito que o choque de egos com Yngwie tenha sido decisivo, já que ambos são chegados num holofote – o que não o impede de ser um cara bem acessível, ao contrário do guitarrista, que faz questão de se mostrar um mala o tempo inteiro. Os vocais ficaram mais uma vez a cargo do competentíssimo Michael Vescera, responsável também pela maioria das letras.

Malmsteen fazendo "porquinho"

As quatro primeiras faixas valem o disco. A speed tipicamente Malmsteen “Vengeance” abre os trabalhos trazendo tudo aquilo que os fãs esperam. Na seqüência, um ótimo Hard Rock com muito groove, “No Love Lost”. A faceta mais metálica comparece em “Tomorrow’s Gone”, lembrando a sempre presente influência Blackmoreana. “The Only One” é a mais comercial, com uma melodia quase escorregando para o AOR e um refrão altamente grudento. Não por menos foi lançada como música de trabalho. Outros destaques vão para a densa “Voodoo”, o já tradicional clima oriental em “Time Will Tell” e a adaptação para a obra de Vivaldi, “Cantabile”.



Para os brasileiros, um motivo especial em lembrar esse disco é o fato de ter sido na sua turnê que Yngwie passou por esses lados do mapa pela primeira vez. A resposta foi tão positiva que na excursão seguinte seria registrado um álbum e home-video ao vivo. Também foi nessa viagem que Vescera conheceu os músicos do Dr. Sin, com quem viria a trabalhar posteriormente. Não é um clássico no nível de Rising Force, Marching Out ou Trilogy. Mas é diversão garantida para quem é chegado em técnicas como: bululu, espancamento de gatinhos, fritação de abelhas e afins.

Yngwie Malmsteen (guitars)
Michael Vescera (vocals)
Barry Sparks (bass)
Mats Olausson (keyboards)
Shane Gaalaas (drums)

01. Vengeance
02. No Love Lost
03. Tomorrow’s Gone
04. The Only One
05. I’d Die Without You
06. Overture 1622
07. Voodoo
08. Cross the Line
09. Time Will Tell
10. Fire in the Sky
11. Amber Dawn
12. Cantabile

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Capa da versão remasterizada

JAY

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Guns N' Roses - Lies [1988]


Bastou um álbum e pronto: o Guns N' Roses havia se tornado a maior banda de Rock do mundo naqueles dias. "Appetite For Destruction" pode ser considerado como o começo da banda (como o óbvio permite concluir), mas também pode ser tratado como o começo do fim. Foi o início da construção de um monstro - nos dois sentidos - chamado Axl Rose. Mas não estou aqui para discutir conduta moral, nem falar sobre o que ocorreu após o contexto dessa postagem.

"GN'R Lies", ou simplesmente "Lies", deu as caras no fim de 1988 após a Geffen Records vir a mina de ouro que o Guns N' Roses representava e, consequentemente, fechar contrato para mais discos. As quatro primeiras faixas não são inéditas, pois são as mesmas que constituem o EP "Live ?!*@ Like a Suicide", primeiro lançamento oficial do grupo. Em seguida, quatro outras novas e acústicas. Vale lembrar que este é o último registro que conta com a presença de Steven Adler nas baquetas, pois algum tempo depois foi demitido por conta das drogas.


É interessante observar como "Lies" representa extremos e, mesmo assim, soa homogêneo e com muita qualidade. A primeira metade do álbum traz a crueza da banda que foi considerada "a mais perigosa do mundo". Tem-se duas composições próprias que nunca foram relançadas nos full-length ("Reckless Life" e "Move To The City") e duas versões para pedradas do Aerosmith e Rose Tattoo: "Mama Kin" e "Nice Boys", respectivamente. O instrumental visceral e roqueiro, "melhorado" pelo orçamento limitado para os caras, que não faziam parte do cast da poderosa Geffen e tinham que se virar; aliados aos vocais agudos e berrados de Rose, que recitava palavras não muito conservadoras, marca os primeiros 14 minutos de duração da bolacha.

A segunda metade é marcada pela presença de violões e até mesmo ausência de bateria em algumas músicas. Mesmo assim, nota-se facilmente que são os caras tocando, principalmente pela pegada inconfundível de Slash, pelas habilidades compositivas líricas e melódicas de Izzy Stradlin, pela sólida cozinha (quando aparece) de Duff McKagan e Steven Adler e pelas vozes de Axl Rose, agora mais calmas porém sempre cheias de personalidade. Além das conhecidas "Patience" e "Used To Love Her", desse lado tem-se a regravação de "You're Crazy", anteriormente lançada no "Appetite" numa versão bem mais rápida, e a polêmica "One In A Million", que gerou alvoroço pelo uso dos termos "niggers" e "faggots" em sua letra, se referindo à negros e homossexuais de forma pejorativa.



Mesmo com essa controvérsia, "Lies" vendeu bastante. Conquistou a segunda posição das paradas norte-americanas e hoje já coleciona 5 milhões de cópias vendidas por lá, além de 11 milhões por outros cantos do mundo. O single de "Patience" atingiu o 4° lugar dos charts da terra do Tio Sam e o top 10 de vários países, incluindo o Reino Unido e a Holanda.

Além disso, "Lies" teve uma clara função: manter o Guns N' Roses no topo. Ainda mais se for considerado que, das oito, apenas três são canções realmente novas ("You're Crazy" é uma versão de uma canção já lançada por eles mesmos). Tiveram êxito nisso, tanto que alavancou novamente as vendas de "Appetite For Destruction", que atingiu novamente ao primeiro lugar nos Estados Unidos e não permitiu que o novo lançamento chegasse ao topo. Independente disso, vale a pena conferir mais esse petardo da turma do William.

01. Reckless Life (Live)
02. Nice Boys (Live - Rose Tattoo cover)
03. Move To The City (Live)
04. Mama Kin (Live - Aerosmith cover)
05. Patience
06. Used To Love Her
07. You're Crazy (Acoustic version)
08. One In A Million

Axl Rose - vocal, percussão
Slash - guitarra, violão
Izzy Stradlin - guitarra, violão, backing vocals
Duff McKagan - baixo, violão em 5 e 8, backing vocals
Steven Adler - bateria, percussão, backing vocals

Músicos adicionais:
Howard Teman - percussão
Rick Richards - percussão

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by Silver

Dokken - We're Illegal (Single) [1982] e Dream Warriors (Single) [1987]


Aproveitando que redescobri essa maravilhosa banda, resolvi postar algo deles a todos, e como toda a discografia já consta nos arquivos do blog, decidi postar esses dois singles, que apresentam raridades nunca antes lançadas oficialmente em discos de estúdio pela banda.


Para começar, trago o single "We're Illegal" de 1982, lançado ainda antes de "Breaking The Chains", considerado o primeiro disco da banda, que abriu as portas para o sucesso que a banda atingiu nos anos 80. Das três faixas apresentadas, apenas uma nunca chegou a entrar para um LP propriamente dito, a faixa-título 'We're Illegal', bem rápida e simples, nos moldes do comeco da carreira do grupo, podendo entrar perfeitamente para o disco "Breaking The Chains" ou até para o "Tooth & Nail". Além dela temos uma versão de estúdio de 'Paris Is Burning' e ainda a faixa 'Breaking The Chains' em versão demo, não muito diferente da versão final lançada um ano mais tarde.

01. We're Illegal
02. Paris Is Burning (Studio Version)
03. Breaking The Chains (Demo)

Don Dokken - vocal
George Lynch - guitarra
Mick Brown - bateria
Juan Croucier - baixo


E para finalizar temos o single de uma das canções de mais sucesso do quarteto, 'Dream Warriors', lançado antes de "Back For The Attack". Além da música já citada, temos uma versão 1987 de 'Paris Is Burning' e a inédita 'Back For The Attack', que apenas originou o título do álbum seguinte dos caras, porque o som não chegou a ver a luz do sol. Sobre a faixa, apenas posso dizer que resume bem a carreira da banda, aliando partes mais rápidas com peso no baixo/bateria, guitarras afiadas com solo virtuoso, Don Dokken cantando como nunca, aproveitando ao máximo todo o poder de sua voz, melodia certeira e contagiante e um refrão poderoso, que faz você ficar se perguntando qual o motivo desta incrível canção ficar fora do álbum de 1987.

01. Dream Warriors
02. Back For The Attack
03. Paris Is Burning

Don Dokken - vocal
George Lynch - guitarra
Mick Brown - bateria
Jeff Pilson - baixo

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Hairbanger

Judas Priest - Jugulator [1997]


Como substituir uma lenda? Fosse assim tão fácil todos os grupos saberiam a resposta na ponta da língua, não? Mas alguns tiveram que passar por essa verdadeira prova de fogo. Um dos casos mais famosos foi o do Judas Priest. Após quase vinte anos de uma parceria mais que bem sucedida, Rob Halford decidiu que era hora de uma mudança radical de rumos em sua vida. Após o êxito do Fight, o Metal God pirou de vez, misturando vida pessoal com artística. Ao assumir que cagava pra dentro, entendeu que era hora de partir para um som diferente, como se uma coisa tivesse algo a ver com a outra. Assim, concebeu o Two, projeto com Trent Reznor, do Nine Inch Nails, enquanto dava declarações à imprensa criticando abertamente o Heavy Metal, chegando a dizer que o estilo estava morto.

Rob Halford, "a louca", em 1997

Sem um vocalista, Glenn Tipton, KK Downing e Ian Hill decidiram que primeiro deveriam confirmar se o baterista Scott Travis continuaria. Afinal de contas, ele também tinha ido para o Fight e era muito amigo de Rob, que foi quem o chamou para ser o baterista do Priest anos antes. Prontamente ele se comprometeu a permanecer, deixando o trio aliviado. Várias especulações aconteciam. A mais forte de todas, dava conta que Ralf Scheepers assumiria o microfone. O alemão chegou até mesmo a abandonar o Gamma Ray, dando por certo que seria confirmado. Mas não foi como aconteceu, lhe causando uma grande desilusão, tanto que só retornaria à cena três anos mais tarde, já com o Primal Fear.

A resposta definitiva só viria após o grupo receber vídeos de uma banda tributo norte-americana, chamada British Steel. Todos ficaram impressionados com a capacidade do cantor. Assim sendo, o chamaram para um teste. Começava a história de Tim Owens com seus grandes ídolos. Bastaram algumas linhas vocais da música “The Ripper” para que a certeza de que ele era o cara certo viesse à tona. Como forma de homenagem, os músicos o apelidaram de Ripper, alcunha que o acompanha até hoje.

A expectativa por um novo álbum era enorme. Como já era de se esperar, Jugulator dividiu – e até hoje divide – os fãs. Quem esperava melodias típicas da era de ouro da banda, ficou a ver navios. O lado mais porrada de sua sonoridade, que já aparecia com força no álbum anterior, o clássico Painkiller, ganhava ainda mais destaque. A agressividade chegava a assustar os mais puristas, com riffs e levadas que remetiam ao Thrash Metal, guitarras com afinações mais baixas que o costumeiro, além de Tim explorando seu registro vocal aos extremos, fator beneficiado por sua juventude – tinha 29 anos na época da gravação, 16 a menos que Halford.



A faixa-título abre o trabalho dando uma amostra do que vem pela frente. Violenta, soa como uma verdadeira agressão aos ouvidos – no bom sentido, é claro. Na seqüência, “Blood Stained”, com seu refrão marcante, tornou-se uma das preferidas dos fãs mundo afora. Outras que caíram no gosto popular foram “Burn In Hell”, utilizada como música promocional, com direito a clipe; a indicada para o Grammy como Best Heavy Metal Performance, “Bullet Train”, a soturna “Abductors” (com performance aterrorizante de Owens” e a ótima “Cathedral Spires”, que encerra o play. Essa ganhou até elogios de Rob Halford, que já declarou que se tivesse que cantar alguma da Ripper Era ao vivo, gostaria que fosse ela.


As vendas foram baixas, mas não causaram grande pânico, já que era uma época onde a cena Heavy como um todo estava em baixa. A principal resposta positiva veio ao vivo, onde Ripper conquistou boa parte dos fãs com sua interpretação para os clássicos, que também tiveram seus tons diminuídos, adaptando-se à nova proposta. Tanto que a turnê rendeu o álbum Live Meltdown ’98, para mostrar a todos que não viram nenhum show, a potência do novo cantor. Falando nisso, lembro que rolaram muitos rumores sobre a possibilidade da banda encabeçar o Monsters of Rock brasileiro, naquela que seria sua última edição. Ficou só nas especulações mesmo.

Tim “Ripper” Owens (vocals)
Glenn Tipton (guitars)
K.K. Downing (guitars)
Ian Hill (bass)
Scott Travis (drums)

01. Jugulator
02. Blood Stained
03. Dead Meat
04. Death Row
05. Decapitate
06. Burn in Hell
07. Brain Dead
08. Abductors
09. Bullet Train
10. Cathedral Spires

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JAY

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Humanary Stew: A Tribute to Alice Cooper [1999]


Se eu tivesse que escolher apenas um tributo para escutar até o fim de minha vida, sem sombra de dúvidas seria esse aqui. Poucas vezes um line-up com tanto talento conseguiu fazer um trabalho tão bom como nessa fantástica homenagem ao grande Vincent Furnier, um dos maiores compositores da história do Rock – ainda não reconhecido dessa forma pelo simples fato de não ter morrido jovem. Aproveitando-se do fato de ser um cara bem relacionado no mundo das guitarras pesadas, Bob Kulick (que toca guitarra-base em dez das onze faixas) chamou amigos e criou uma verdadeira constelação. É mais ou menos como fazer a seleção de todos os tempos, só vai ter craque pra jogar. Como a causa era nobre, todo mundo atendeu o chamado.

Quem abre o espetáculo é a dupla do Def Leppard, Joe Elliott e Phil Collen, com uma ótima versão para “Under My Wheels”. Na seqüência, é a vez de Dave Mustaine homenagear mais uma vez um de seus heróis, soltando a voz em “School’s Out”. Mostrando que não apenas as gerações posteriores apreciam o trabalho de Alice, Roger Daltrey comparece e, junto a Slash, revisita o hino “No More Mr. Nice Guy”. Eis que surge um dos momentos mais brilhantes do disco, quando o saudoso Ronnie James Dio se impõe, com uma interpretação fenomenal para “Welcome To My Nightmare”, dando sua cara à música sem descaracterizá-la. Coisas que só o baixinho com voz de ouro conseguia fazer. O Rock and Roll puro come solto com Vince Neil e sua trupe fazendo bonito em “Cold Ethyl”.



Eis que chega outro momento de qualidade superior, com a fantástica versão de Bruce Dickinson (com Adrian Smith nas seis cordas) para “Black Widow”. Com um clima todo especial, a voz do Iron Maiden se apropria desse clássico com toda a personalidade que lhe é peculiar. O sempre ótimo Dee Snider mostra que possui vestígios do DNA de Cooper em seu sangue ao interpretar “Go To Hell” com a cozinha da era clássica do Quiet Riot e Zakk Wylde na guitarra. Phil Lewis deixa seu registro em “Billion Dollar Babies”, abrindo espaço para Glenn Hughes fazer o trabalho à sua maneira peculiar na baladaça “Only Women Bleed”, contando com Paul Gilbert para auxiliar. Outra faixa que merece todo destaque é “I’m Eighteen”, com Don Dokken em um de seus últimos grandes momentos como cantor. Para fechar a festa, Steve Jones e Duff McKagan protagonizam um dueto sem frescuras para “Elected”.

Sem dúvida, um dos melhores exemplares do gênero, com cada músico se esforçando para dar o seu melhor. Caça-níqueis? Talvez, mas ao menos fizeram isso enquanto nosso amigo Vincent ainda está vivo, ao contrário de certas ações sujas que vem acontecendo desde o falecimento de Dio. Baixe e descubra porque ao ouvirmos Alice Cooper sentimos vontade de fazer a coisa certa: assassinar.

01. Under My Wheels
Joe Elliott (vocals)
Phil Collen (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Chuck Wright (bass)
Pat Torpey (drums)
Clarence Clemons (saxophone)

02. School’s Out
Dave Mustaine (vocals)
Marty Friedman (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Bob Daisley (bass)
Eric Singer (drums)
Paul Taylor (keyboards)
David Glen Eisley, Cristy Baeuerle, Stella Stevens e Tom Fletcher (backing vocals)

03. No More Mr. Nice Guy
Roger Daltrey (vocals)
Slash (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Mike Inez (bass)
Carmine Appice (drums)
David Glen Eisley (backing vocals)

04. Welcome To My Nightmare
Ronnie James Dio (vocals)
Steve Lukather (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Phil Soussan (bass)
Randy Castillo (drums)
Paul Taylor (keyboards)

05. Cold Ethyl
Vince Neil (vocals)
Mick Mars (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Billy Sheehan (bass)
Simon Phillips (drums)

06. Black Widow
Bruce Dickinson (vocals)
Adrian Smith (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Tony Franklin (bass)
Tommy Aldridge (drums)
David Glen Eisley (backing vocals)

07. Go To Hell
Dee Snider (vocals)
Zakk Wylde (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Rudy Sarzo (bass)
Frankie Banalli (drums)
Paul Taylor (keyboards)

08. Billion Dollar Babies
Phil Lewis (vocals)
George Lynch (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Stu Hamm (bass)
Vinnie Colaiuta (drums)
Derek Sherinian (keyboards)
David Glen Eisley (backing vocals)

09. Only Women Bleed
Glenn Hughes (vocals)
Paul Gilbert (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Michael Porcaro (bass)
Stephen Ferrone (drums)
Paul Taylor (keyboards)
David Glen Eisley (backing vocals)

10. I’m Eighteen
Don Dokken (vocals)
John Norum (guitars)
Bob Kulick (guitars)
Tim Bogert (bass)
Gregg Bissonette (drums)
David Glen Eisley (backing vocals)

11. Elected
Steve Jones (vocals, guitars)
Duff McKagan (vocals, bass)
Billy Duff (guitars)
Matt Sorum (drums)

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JAY

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fiona - Fiona [1985]


De origem irlandesa, Fiona Flanagan nasceu em 13 de setembro de 1961 em New Jersey, Estados Unidos. Depois de concluir o colegial, Fiona tem a chance para entrar para uma renomada escola de atuação em Nova York, mas decide apostar em uma carreira musical.

Depois de tocar em bares desde os 16 anos, uma demo da cantora acaba caindo na mesa da Atlantic Records, que acabou achando incrível o trabalho da jovem musicista, que fez de tudo para conseguir um contrato para ela e começar a trabalhar no que viria a ser o debut de sua carreira.

Logo em 1985 é lançado seu primeiro LP, levando apenas o nome de Fiona, apostando numa sonoridade que mistura Aor e Hard Rock com leves pitadas Pop, que tornam o álbum em um grande disco, sendo apreciado por ouvintes de ambos os estilos. O LP conseguiu uma boa reputação, com revistas como a Kerrang! elogiando bastante o álbum e com o hit 'Talk To Me' tendo bastante repercussão nas rádios e na Mtv na época, alcançando bons lugares na Billboard inclusive.

De fato o single é bem poderoso, com direito a solo de saxofone e interpretação de primeira qualidade de Fiona, além de cozinha comandada por Joe Franco (Widowmaker, Twisted Sister) e Donnie Kisselbach, baixista que já tocou com Alice Cooper. Apesar disso, estaria mentindo se dissesse que o disco se resume a esta canção. Muito pelo contrário, faixas como 'Over Now' com bom solo de guitarra e melodia mais puxada para o Hard Rock oitentista, 'Love Makes You Blind', uma linda balada que também conseguiu certa popularidade, 'You're No Angel', a mais Pop do play, mas que apresenta com perfeição todas as qualidades para engolir o preconceito e curtir o som do jeito que deve ser feito, e 'Na Na Song', que começa lenta e acústica, mas que vai crescendo com o passar do tempo, contém mais uma vez interpretação ímpar de Fiona e um bom refrão, típico da época.

Com o passar dos anos, a americana ainda lançou mais três discos, gravou dueto com Kip Winger e hoje encontra-se casada com o produtor Beau Hill, longe de voltar a carreira musical, infelizmente. Para quem não conhece o trabalho aqui apresentado, recomendo que baixe e curta uma das maiores vozes do Hard/Aor feminino dos anos 80.

01. Hang Your Heart On Me
02. Talk To Me
03. You're No Angel
04. Rescue You
05. James
06. Love Makes You Blind
07. Over Now
08. Na Na Song

Fiona - vocal
Bobby Messano - guitarra
Donnie Kisselbach - baixo
Joe Franco - bateria
Benjy King - teclados

Músicos Adicionais:

Rick Bell - saxofone
Schuyler Deale - baixo
Tom Flanagan - backign vocal
Aaron Hurwitz - teclados
Peppi Marchello - backing vocal
Louie Merlino - backing vocal
The Mob - backing vocal
Tara O'Boyle - backing vocal
Jimmy Wilcox - backing vocal
Gregory Tebbitt - guitarra base
Peter Zale - teclados

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Hairbanger

Motörhead - On Parole [1979]

O meu post hoje é sobre o álbum que deveria ter sido o primeiro LP do Motörhead, banda que já foi postada no blog várias vezes e que eu creio que todos aqui devem conhecer, né?

Enfim, "On Parole" tem uma história um tanto quanto curiosa. Como todos os fãs da banda sabem, Lemmy era do Hawkwind, antes de formar o Motörhead. E por Lemmy ter uma associação com o Hawkwind, ele ainda pertencia ao cast da gravadora United Artist, lá por 75 e 76, quando o Motörhead foi formado. Sendo assim, decidaram entrar no estúdio para gravar "On Parole", que seria seu álbum de estréia.

Assim que "On Parole" começou a ser gravado, já houve mudanças na formação: o baterista original, Lucas Fox, foi substituído por Phil "Philty Animal" Taylor, que acabou regravando a bateria de algumas músicas de Lucas Fox, e Larry Wallis, guitarrista original, decidiu sair quando o "Fast" Eddie Clarke foi convidado para fazer algumas bases. Larry não gostou da idéia de ter dois guitarristas na banda e saiu no meio das gravações. Taí o motivo de no LP ter dois guitarristas creditados. Só não lembro em quais faixas o Fast Eddie tocou guitarra nem em quais o Larry que tocou...

O álbum foi gravado, então, mesmo com essas mudanças na formação. Mas, como os caras da United Artist eram uns frescos do caralho, acabaram não aprovando o álbum e ele ficou mofando nos arquivos até 1979, quando a gravadora decidiu lançar o álbum ao ver que o Motörhead estava fazendo um relativo sucesso com os álbuns "Bomber" e "Overkill".

Depois das gravações desse álbum e alguns shows que foram bem ruins, eles quase (quase) acabaram, porém, decidiram gravar um single (que teria as músicas "Motörhead" e "City Kids") para ao menos deixar um registro sonoro. Felizmente, o resultado desse single foi tão bom que eles decidiram gravar um álbum e daí saiu o "Motörhead" em 1977, e a partir daí, todos já sabem...

Quanto ao álbum em si, "On Parole" apresenta um Motörhead um tanto quanto diferente do que o que estamos habituados a ouvir, mas não por isso deixa de ser bom. Pelo contrário, eu acho o "On Parole" um dos melhores discos da banda. O Motörhead apresentado aqui mostra muita influência do rock dos anos 70 e também uma certa influência punk, e canções mais lentas e mais "toscas" em relação ao que a banda gravou depois. Porém, o som já é cru e tem a sua agressividade. Não sei porque diabo os caras da UA não curtiram esse álbum. Deviam ser uns frescos do caralho!

Enfim, pra quem não tem esse registro, vale a pena baixar! Porém não recomendo pra quem quer conhecer o Motörhead. Recomendo pra quem já curte mesmo! Destaques para "Motörhead", "On Parole" (música GENIAL), "Vibrator", "Iron Horse/Born to Lose" (que aqui apresenta uma versão BEM diferente, porém mesmo assim muito legal), "City Kids" e o cover de "Leaving Here", que eu não sei de quem é, mas sei que é cover...hahahaha.

1. Motörhead
2. On Parole
3. Vibrator
4. Iron Horse/Born to Lose
5. City Kids
6. The Watcher
7. Leaving Here
8. Lost Johnny
9. Fools
10. On Parole (versão alternativa)*
11. City Kids (versão alternativa)*
12. Motörhead (versão alternativa)*
13. Leaving Here (versão alternativa)*

* = faixas bônus

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Maurício Knevitz

Sass Jordan - Rats [1994]


Assim como Mitch Malloy, a canadense Sass Jordan também é conhecida de boa parte dos fãs de Hard Rock por ter sido cogitada como uma das opções para assumir o microfone do Van Halen após a saída de Sammy Hagar. Pode parecer realmente estranho uma mulher nos vocais da banda, especialmente levando em conta que várias das letras – com freqüência maior na primeira fase, com David Lee Roth – não eram exatamente referências de cavalheirismo e bom comportamento diante do sexo oposto. De qualquer modo, deixemos que a própria dama nos explique como a coisa toda rolou, em entrevista à publicação impressa Wall Of Sound, realizada em 1998:

“Um amigo de Toronto conhecia uma pessoa ligada ao escritório dos empresários do Van Halen. Estava morando em Los Angeles essa época. Ele veio até mim e disse: ‘Alguém do Van Halen gostaria de ouvir seus CD’s’. Falei para ligar à gravadora e pedir. Alguns meses mais tarde, Alex Van Halen entrou em contato, perguntando se gostaria de ir conversar com eles e, quem sabe, cantar algo. Eu morava a exatos um minuto e meio da casa de Eddie. Fui até lá e eles me mostraram as novidades em que estavam trabalhando. Convivemos por cerca de um mês. Nunca me confirmaram como vocalista. Algumas semanas depois, encontrei Ray Daniels, manager do grupo, e disse: ‘Juro por Deus, acho que eles estavam pensando em colocar uma cantora na banda’. Ele me respondeu: ‘É claro que estavam. Por que diabos você pensa que foi chamada?’”.


O último trabalho de Sass antes dessa pequena experiência foi Rats. É o terceiro lançamento de sua carreira, contando com a participação de algumas feras como Richie Kotzen, Stevie Salas, Brian Tichy e George Clinton – sim, o tiozão dá as caras em “Ugly”! Aqui temos um exemplar de Hard Rock em sua face mais crua, com influências setentistas e até certo acento sulista, combinando muito bem com a voz potente de Jordan, que se sobressai. Influências de cantoras como Janis Joplin (a quem ela intepretou no musical da Broadway de 2003, Love Janis) e Maggie Bell são facilmente percebidas, mesmo que seu som seja compatível com algo mais atual.



Impulsionado pelo sucesso da ótima música de trabalho “High Road Easy”, o álbum obteve grande repercussão, atingindo vendas satisfatórias e fazendo com que Sass fosse convidada a excursionar como atração de abertura junto a bandas como Aerosmith, Whitesnake e Steve Perry. Mas não era só essa música que valia a pena no disco. A abertura com a agitada “Damaged”, a dramática “Pissin’ Down” (interpretação fora de série!), a rocker “I’m Not”, a curta acústica “Breakin’” e a de clima ‘on the road’ “Give” também merecem seus destaques.

Após a divulgação de Rats, Jordan teve uma briga séria com seu manager, o que acabou a levando a demiti-lo, iniciando uma crise que a deixou fora da cena musical por quatro anos. O hiato só acabaria em 1998, com o lançamento de Present. Atualmente, Sass é casada com o vocalista do Guess Who, Derek Sharp, com quem tem uma filha. Além da carreira como cantora, também segue fazendo aparições como atriz em pacas canadenses, além de ser jurada da versão canadense do reality show Ídolos. De qualquer forma, estamos aqui falando de sua face roqueira, que nenhum amante de boa música pode deixar de conhecer.



Sass Jordan (vocals)
Stevie Salas (guitars)
Carmine Rojas (bass)
Brian Tichy (drums)

Special Guests
Richie Kotzen (backing vocals)
George Clinton (vocals on 7)
Rei Atsumi (Hammond, Mellotron)
Tai Bergman (percussion)
Kimmie Wood (harmonica)

01. Damaged
02. Slave
03. Pissin’ Me Down
04. High Road Easy
05. Sun’s Gonna Rise
06. Head
07. Ugly
08. I’m Not
09. Honey
10. Wish
11. Breakin’
12. Give

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JAY

domingo, 26 de setembro de 2010

X Japan - Blue Blood [1989]

O X Japan, além de ter sido um dos maiores fenômenos musicais da história do Japão, é uma das bandas mais importantes da minha vida, pois só o que eu ouvi isso, desde 2001 pra cá (quando conheci a banda), não foi brincadeira! haha...

Formado no início dos anos 80, por Yoshiki Hayashi e Toshimitsu "Toshi" Deyama, o grupo passou praticamente a década inteira vagando pelo underground japonês, fazendo shows em lugares minúsculos e apertados, mas carregando a cena que mais tarde viria a ficar conhecida como Visual Kei (que envolve inúmeros estilos de Rock e até de Pop) nas costas e já contando com a genialidade de Yoshiki, que fez com que sua mãe vendesse o negócio da família para abrir sua própria gravadora, a hoje famosa Extasy Records.

Fã de bandas como Kiss, T-Rex, Iron Maiden e também de música clássica e Punk Rock, ele decidiu montar uma banda para fundir todos esses estilos, com a ajuda do seu fiel amigo de infância Toshi, para fazer os vocais. Várias e várias formações passaram ao longo da década, até se firmarem em 1987 junto com o lendário guitarrista Hideto "hide" Matsumoto, o também ótimo Tomoaki "Pata" Ishizuka e o melhor baixista do Japão, na minha opinião, o grande Taiji Sawada, e daí, o lançamento de seu debut, "Vanishing Vision", de forma independente, mas fazendo com que a banda estourasse no Japão, entrando para o ranking da Oricon (uma espécie de Billboard japonesa) e já revelando alguns hits, como "Kurenai", "I'll Kill You" e "Alive".

Mas, o que interessa é o disco de hoje, o incrível, sensacional "Blue Blood", que, sem dúvidas, foi o maior sucesso dos caras e fez com que o Japão inteiro se rendesse ao poder que suas músicas passavam. Fazendo um Power Metal, com várias influências do Speed Metal, Hard Rock oitentista, Glam Rock, música clássica e Punk, os caras conquistaram de vez o público japonês, lotando casas de shows e vendendo muitíssimos discos, impulsionados pelos hits que vieram daqui, como a clássica "Week End", a releitura de "Kurenai", o hino particular "X", a paulada "Orgasm", a progressiva "Rose Of Pain", a alternativa "Celebration" e as baladas "Endless Rain" e a também releitura de "Unfinished", sendo mais longa que a do primeiro disco.

E, aquela mistura que citei antes dá muito certo por aqui, já que em meio à bateria insana de Yoshiki, com direito a pedal duplo e tudo o mais, temos arranjos clássicos, com solos de guitarra muitíssimo bem feitos, além dos riffs esmagadores de hide e Pata, o baixo cheio de presença de Taiji, que esbanja técnica e criatividade por aqui. Ainda temos também as baladas, com o piano de Yoshiki extremamente bem tocado, mostrando que, o cara além de um grande baterista, também se entende muitíssimo bem com o piano. Os vocais inconfundíveis de Toshi também marcam uma ótima presença, mostrando que ele é um dos melhores vocalistas não apenas do Japão, mas de todo o mundo.

Bem, galerinha, se vocês querem um bom disco de Heavy Metal, com extremas variações musicais, aqui está um grande! Discasso, vale o download!


Toshi - Vocals
hide - Lead guitar
Pata - Rhythm guitar
Taiji - Bass
Yoshiki - Drums/piano


1. Prologue ~ World Anthem
2. Blue Blood
3. Week End
4. Easy Fight Rambling
5. X
6. Endless Rain
7. Kurenai
8. Xclamation
9. Orgasm
10. Celebration
11. Rose Of Pain
12. Unfinished


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Bruno Gonzalez



Combest Of: Vol. II - Joe Lynn Turner [2010]


Dando continuidade ao "Combest Of", aqui está a segunda edição da seção. O homenageado é ninguém menos que Joe Lynn Turner.

Joseph Arthur Mark Linquito, conhecido mundialmente pela alcunha anteriormente citada, é italo-americano e nasceu em Nova Jérsei. Hoje, já quase sessentão, tem muita história pra contar. Sua trajetória musical como profissional teve início no Fandango, banda que misturava Rock, Pop, Country e um pouco de R&B. Apresentava sonoridade interessante para as cabeças mais abertas, mas definitivamente não era pra JLT. O grupo, que chegou a viajar com o The Allman Brothers e os Beach Boys, se desmanchou após alguns anos, alegando que o roubo de seus equipamentos os desanimaram permanentemente.

Logo após estar desempregado, Turner foi convidado para o Rainbow após impressionar a lenda-viva Ritchie Blackmore. Sua entrada marcou a fase mais comercial do quinteto, com a inserção de composições mais voltadas para o Hard/AOR em ascenção nas rádios naqueles anos. Após a gravação de três ótimos discos, o fim do arco-íris se deu quando o Deep Purple negociou sua primeira reunião.

Joe Lynn Turner com o Rainbow

Joe investiu em seu primeiro disco solo, que saiu em 1985 e era muitíssimo puxado para o AOR. Intitulado "Rescue You", pode-se dizer que foi bem recebido, ainda emplacando o clipe de "Endlessly" na MTV. Participações ali e acolá e mais uma proposta tentadora: um convite para tocar com Yngwie Malmsteen e sua banda, a Rising Force. O disco "Odyssey" é o de maior sucesso da carreira do sueco voador, também por conta de seu direcionamento mais comercial. A união, porém, durou apenas um disco e uma turnê, que gerou lançamento ao vivo: "Trial By Fire", gravado na cidade russa de Leningrado.

Com a Yngwie Malmsteen's Rising Force

O vocalista deu no pé da Rising Force para atender uma proposta ainda maior e, há de se convir, irrecusável. A reunião do Deep Purple havia terminado por conta de constantes brigas que culminaram, novamente, na saída de Ian Gillan. JLT cruzou seu caminho novamente com Blackmore ao receber sua chance de ouro, agora no Purple, e gravou o ótimo "Slaves And Masters". Mais uma vez, sua presença marcou um certo desvio para a ala mais comercial da música, só que não houve boa recepção dos fãs. Ironicamente, a turnê foi um sucesso e cruzou toda a Europa (tanto Ocidental quanto Oriental) com estádios lotados.

Liderando o Deep Purple

Infelizmente a sua demissão já era prevista para, mais uma vez, a volta de Ian. Desde então, Joe se tornou um homem do mundo: já trabalhou com inúmeros artistas, participou de vários tributos e lançou diversos álbuns solo. Os projetos de mais destaque são o Hughes/Turner Project, ao lado do também ex-Purple Glenn Hughes; o Sunstorm, projeto de estúdio com Dennis Ward e Uwe Rietenauer (ambos Pink Cream 69); e o Over The Rainbow, um revival do Rainbow com ex-integrantes do grupo, com exceção de Ritchie, substituído nas guitarras por seu próprio filho, J.R. Blackmore.

Com Glenn Hughes no projeto Hughes/Turner Project

O principal erro (se é que pode ser considerado um erro) de Joe pode ter sido topar entrar para bandas grandes que não o aceitaram bem. Ser "pau pra toda obra" e substituir, principalmente no caso do Deep Purple, gente que não dá pra substituir tão facilmente. Talvez se tivesse feito como David Coverdale, ao montar sua própria banda (Whitesnake), seria mais aclamado e reconhecido nos dias de hoje dentro do mundo roqueiro.

Apesar disso, há de se considerar que estamos falando de um vocalista de sucesso. Incansável e respeitado, JLT tem um currículo invejável e apresenta ótima forma em suas performances ao vivo até hoje. Sua voz é melódica, cativante e muito bem controlada, e como se não bastasse, o cara apresenta boas habilidades de composição e é um frontman de presença. Além disso, muitos fãs já ressaltaram sua simpatia e humildade com os fãs - algo que deveria ser regra entre as estrelas da música e de qualquer ofício.

Pra finalizar, há de se lembrar que, em inúmeras declarações, Ritchie Blackmore (leia-se o cara mais chato e ao mesmo tempo um dos mais talentosos do Rock) não economizou elogios ao homem, chegando a dizer que é seu vocalista predileto dos quais já trabalhou. Se no gosto de Blackmore sua voz conseguiu desbancar a de feras como Gillan e Coverdale, realmente deve-se dar uma atenção especial ao seu trabalho. Novamente espero que os leitores se divirtam com a proposta do Combest Of, que está sempre aberta à sugestões. Comente!

01. Headliner (Fandango)
02. Death Alley Driver (Rainbow)
03. Street Of Dreams (Rainbow)
04. On The Run (Solo)
05. Rising Force (Yngwie Malmsteen's Rising Force)
06. Heaven Tonight (Yngwie Malmsteen's Rising Force - Live)
07. Fire In The Basement (Deep Purple)
08. Truth Hurts (Deep Purple)
09. Promise Of Love (Solo)
10. You Can't Stop Rock N' Roll (Hughes/Turner Project)
11. The Spirit Inside (Sunstorm)
12. Rockin' Around The Xmas Tree (We Wish You A Metal Xmas)
13. Daddy, Brother, Lover, Little Boy (Mr. Big cover)
14. 2 Minutes To Midnight (Iron Maiden cover - with Richie Kotzen, Bob Kulick, Tony Franklin & Chris Slade)
15. Highway To Hell (AC/DC cover)
16. Burn (Deep Purple cover - Live)

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by Silver

V.A. - Stallone Cobra: Original Motion Picture Soundtrack [1985]

Lançado em 1985 com base no livro Fair Game de Paula Gosling, Cobra é um guia de masculinidade. No filme, Sylvester Stallone é Marion Cobretti, o Cobra, policial cabra-macho que corta pizza com tesoura e combate o crime com vigor e frases de efeito. Na época, o longa foi massacrado pela crítica, mas hoje em dia, assim como boa parte dos filmes-clichê dos anos 80, ostenta um status de cult indiscutível, e é referência quando o assunto é formação de caráter de uma geração. Bons tempos! Confira uma cena clicando aqui.

E o que dizer a respeito de sua trilha sonora? Assinada pelo xará de Stallone, Sylvester Levay, traz nomes de peso – há duas décadas atrás eram – como Bill Medley (o mesmo que canta “(I’ve Had) The Time of My Life”, tema do filme Dirty Dancing) e Robert Tepper – quem não se lembra de “No Easy Way Out”, do histórico túnel do tempo de Rocky IV? –, além de nomes em ascenção, como Jean Beauvoir (também conhecido como João Bovoá) e uma tal de Gloria Estefan liderando o extinto Miami Sound Machine.

Mas vamos direto aos destaques, que ficam por conta de “Feel the Heat”, onde o então futuro vocalista do Voodoo X e Crown of Thorns mostrou que seu talento ia muito além das composições para o KISS; a açucarada “Loving on Borrowed Time”, de Bill Medley em dueto com Gladys Knight – outra que aparece também na soundtrack de Rocky IV –; “Suave” (mais pela cena em que ela toca que pela música em si) e “Angel of the City”, que a despeito de não ter repetido o sucesso de “No Easy Way Out”, ajudou a sustentar, mesmo que por pouco tempo, a popularidade alcançada por Robert Tepper.

Há também três instrumentais compostas por Sylvester Levay exclusivamente para a trilha sonora. Curiosamente, a melhor delas, “Skyline”, é a única que não é tocada no filme. No mais, fica a certeza de que, seja usando luvas de boxe, seja usando o distintivo com a alcunha de “o braço forte da lei”, Stallone no cinema é garantia de soundtrack de alto nível.

01. Voice of America's Sons (John Cafferty and the Beaver Brown Band)
02. Feel the Heat (Jean Beauvoir)
03. Loving on Borrowed Time (Bill Medley with Gladys Knight)
04. Skyline (Sylvester Levay)
05. Hold on to Your Vision (Gary Wright)
06. Suave (Miami Sound Machine)
07. Cobra (Sylvester Levay)
08. Angel of the City (Robert Tepper)
09. Chase (Sylvester Levay)
10. Two into One (Bill Medley with Carmen Twillie)

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мєαиѕтяєєт

AdrianGale - Crunch [2004]


Alguns discos fazem a gente ter vontade de abrir a porta de uma gravadora na base do pontapé e espancar os executivos engravatados da hora. Crunch, do AdrianGale, certamente é um desses casos. Simplesmente um dos melhores álbuns de Melodic Rock da década e passou despercebido até mesmo em meio a quem curte o estilo. Talvez por isso tenha sido o último lançamento da banda, que se não anunciou o fim oficialmente, entrou em estado de hibernação desde o ano de 2006. Se você curte Van Halen, Harem Scarem, Def Leppard, Danger Danger e outros desse gênero, aqui está um álbum indispensável em sua coleção.

O começo já vale o play. Após a intro “Breaking Stride”, surge a faixa-título com uma melodia irresistível, daquelas de sair cantando automaticamente. Na seqüência, a paulada de “Faith”, um Hard acelerado e vigoroso. Quando a gente pensa que ouviu tudo, eis que surge a indescritível “Without A Moments Notice”. Simplesmente uma das melhores baladas feitas nos últimos dez, talvez vinte anos. Parece ter saído diretamente da cabeça de Joe Elliot e companhia na época de composição do Hysteria. A letra fala da visão dos músicos sobre os atentados ao World Trade Center. Mas ao contrário do que se pode imaginar, não se trata de um discurso panfletário. A partir das tragédias pessoais, eles refletem sobre como a vida muda em um instante para nunca mais ser a mesma. Não há palavras para descrever a beleza dessa faixa. Nó na garganta certo.



“Tougher Than It Looks” é um som pra recolocar o clima no alto. Melodia fácil, um típico Rock com refrão ‘chiclete’, para deixar um sorriso no olho, já diria aquela ex-jogadora de basquete. Um riff ganchudo e uma levada com muito swing da cozinha ditam o ritmo em “When In Rome”, daquelas que a gente ouve acompanhando a batida com o corpo. “Long Gone” tem cara de hit dos anos oitenta, conseguindo unir a categoria do quarteto com uma acessibilidade que até sua avó vai cantarolá-la depois de uma escutada. A mais obscura “The Thin Line” assemelha-se em certos pontos ao Hard atual, mas sem perder as características típicas do grupo. Na mesma linha, “Question” traz uma bela interpretação de Jamie Rowe, mostrando emoção pura em cada linha vocal.

A instrumental “Freedom” dá uma pequena amostra do poder de fogo de Vic Rivera nas seis cordas. Não é por menos que na ala underground do Hard Rock ele é considerado uma espécie de discípulo de Eddie Van Halen, especialmente na facilidade de criar melodias fantásticas. Sem contar que, na falta de um baterista, o próprio comandou as baquetas nesse play, com alta competência, ressalte-se. Falando nessa influência, o início de “This Time” pode confundir o ouvinte e fazê-lo achar que um disco de David Lee Roth passou a rolar acidentalmente. Mesma coisa quando “The Last Call” tem início e você já grita: ‘Quem colocou o Def Leppard?’. Meras impressões, mas são mais dois sonzaços, que fazem valer ainda mais a pena a conferida.


Atualmente, Vic Rivera dedica seu tempo a outros projetos, quase sempre com a Frontiers Records. O mais conhecido é com o nosso camarada Ted Poley, o cidadão que vira e mexe está dormindo em um sofá de produtor de show no Brasil, no Poley/Rivera. Quanto a Jamie Rowe, havia se especulado uma possibilidade de nova união com o Guardian, mas por enquanto fica no campo das especulações mesmo. Uma pena que não seguiram com o AdrianGale, pois foi sem dúvidas um dos grandes nomes do Hard Rock a surgir recentemente. Duvida? Comprove aqui.

Jamie Rowe (vocals)
Vic Rivera (guitars, drums)
Scott "Riff" Miller (guitars)
Scott Novello (bass)

01. Breaking Stride
02. Crunch
03. Faith
04. Without A Moments Notice
05. Tougher Than It Looks
06. When In Rome
07. Long Gone
08. The Thin Line
09. Question
10. Freedom
11. This Time
12. Last Call

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JAY

sábado, 25 de setembro de 2010

Sabbath Crosses: Tributo Argentino a Black Sabbath [2005]


Tributos ao Black Sabbath são frequentes. E com todos os méritos, diga-se de passagem. Afinal de contas, a banda definitivamente mudou o mundo, trilhando novos caminhos não apenas para a música como para todo o comportamento de futuras gerações. Uma peculiaridade desse exemplar organizado por bandas argentinas é a diversidade. O tracklist não se limita às fases Ozzy/Dio, como é de costume. As eras posteriores comparecem com ao menos uma música cada. Aliás, confesso que não lembro outra compilação desse tipo que reúna faixas de todos os vocalistas que tiveram álbuns lançados oficialmente ao lado de Tony Iommi.

Entre os destaques, o Magika com uma correta versão de “Anno Mundi” e o sempre eficiente Adrián Barilari, interpretando “Heaven and Hell” em espanhol. Pode soar estranho no começo, mas depois que acostuma, passa a ser bem agradável. Aliás, o cidadão aparece mais uma vez no tributo, dessa vez com sua banda principal, o Rata Blanca, na melhor de todas as faixas. Com participação de Glenn Hughes, o grupo ataca com a magnífica “No Stranger To Love”, fazendo com que os corações partidos sangrem até a morte. O momento excêntrico da empreitada fica por conta do Natas e uma versão para o hino “Paranoid” com toques psicodélicos em sua estrutura.

Assim como qualquer trabalho desse tipo, demora um pouco para assimilar algumas propostas concebidas. Mesmo assim, é uma boa pedida para quem quer dar uma refrescada nas idéias sobre aqueles velhos e imortais clássicos que já ouvimos um zilhão de vezes. Basta não ser radical e ficar exigindo que os grupos ajam como bandas cover. Até porque isso tem de sobra por aí e a maioria é extremamente ruim.

01. War Pigs (Nativo)
02. Heaven and Hell (Barilari)
03. TV Crimes (Plan 4)
04. Anno Mundi (Magika)
05. No Stranger To Love (Rata Blanca & Glenn Hughes)
06. Zero The Hero (Sauron)
07. Children Of The Grave (Horcas & Andres Gimenez)
08. Supernaut (O’Connor)
09. Die Young (Beto Vazquez Infinity)
10. Paranoid (Los Natas)

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JAY

Alice In Chains - Black Gives Way to Blue [2009]

Nos últimos dias, os motoristas Bruno Gonzalez e Alvaro Corpse corrigiram a falta de Alice In Chains no acervo da Combe. Assim, este que vos fala, como fã incondicional, se sentiu obrigado a participar disso, postando o retorno triunfal do que foi uma das maiores bandas da década passada.

O Alice In Chains nasceu em Seattle, nos anos de efervescência underground que prescederam o estouro internacional do grunge. O som da banda era uma combinação suja de hard rock com heavy metal, única pelas incríveis composições de Jerry Cantrell, pela cozinha destrutiva de Mike Starr (e depois Mike Inez) e Sean Kinney, e principalmente pelos vocais rasgados do inigualável Layne Staley. Tudo isso em um clima sombrio e com lírica pessimista focada em temas como vício, depressão e morte. Ou seja, prato cheio para o público jovem da época.

Sempre evoluindo do hard ao heavy, a o quarteto lançou as obras primas Facelift, Dirt e um auto-intitulado (conhecido como Tripod), em ordem crescente de influência do heavy metal, se consolidando como uma das maiores instituições do rock pesado dos anos 90.

Depois do Tripod, porém, a situação de Layne Staley foi tornando-se muito complicada. Viciado em heroína e deprimido desde a adolescência, o vocalista acabou saindo da banda e se afundando num isolamento regado à drogas até 2002, quando foi encontrado morto em sua casa, vítima de overdose.

O futuro do grupo parecia certo: o fim. Entretando, em 2005, para um show beneficiente, os três remanescentes se uniram a alguns vocalistas convidados, entre eles Pat Lachman (Damageplan) e Maynard James Keenan (Tool). Depois eles ainda viriam a tocar com Phil Anselmo e Willian DuVall. Esse último, cuja banda, Comes With the Fall, havia aberto para a carreira solo de Jerry Cantrell anos antes, seria escolhido para entrar em uma pequena turnê com o Alice pelos EUA. Em 2008, veio a notícia de que o quarteto estava escrevendo material novo. Era a volta do Alice In Chains.

O lançamento de Black Gives Way to Blue foi agendado para setembro de 2009, sob uma expectativa enorme dos antigos fãs. Mas, tão logo lançado, o álbum se tornou unanimidade. Certificado como disco de ouro, emplacou topo da Billboard com "Check My Brain" e "Your Decision".

E vamos a ele. BGWtB é um trabalho moderno, porém remete de maneira impressionante ao Dirt e principlamente ao Tripod. Aliás, ele faz parecer que a banda seguiria o mesmo caminho se o primeiro vocalista não houvesse morrido. No mais, é uma grande homenagem ao antigo público do Alice e, acima de tudo, à Layne Staley.

A abertura vem com a densa e cadenciada "All Secrets Known", que, apesar de excelente, não é uma das melhores do play. Ela parece vir mais como faixa conceitual, com a letra tematizando o retorno da banda. Jerry Cantrell domina os vocais nesse início. Depois vem a fantástica "Check My Brain", música curta e pesada, puxada por um riff 'mais Alice impossível' e um refrão tão grudento que não vai te deixar em paz por um bom tempo. Aqui DuVall começa a dar as caras de verdade num dueto com Cantrell. Virou o single de maior sucesso do álbum.

E o play parece te preparar progressivamente para a voz do novo cantor. Na terceira faixa, "Last of My Kind", ele realmente assume os vocais principais, sobre a música mais heavy metal do disco, com um refrão à moda do Metallica. Verdadeio show das guitarras, acompanhadas de uma cozinha brutal de Kinney e Inez. Quebrando o clima de destruição, entra outro single: "Your Decision". Bela e emocionante melodia acústica, cujo clipe fez relativo sucesso. Aqui Cantrell chama os vocais para si novamente.

Voltando às tijoladas, entra "A Looking in View", a primeira música do álbum a ser liberada como single. Pesadíssima, longa e com um leve toque industrial, a faixa apresenta um ótimo trabalho da banda toda, com destaque para DuVall, principalmente no refrão, que é de arrepiar a espinha. "When the Sun Rose Again" é uma faixa semi-acústica, com altas doses de folk. Apesar de diferente, tem muito de Alice, com trechos dissonantes seguidos de refrães melódicos. Além disso, é um dos melhores momentos de dueto de Cantrell e DuVall, com uma incrível harmonização das vozes.

"Acid Bubble" é de longe uma das melhores do play. Longa, arrastada e depressiva, vai te lembrar muito o Dirt. Com um pouco de doom metal, a faixa tem uma mudança repentina à la Black Sabbath que deve fazer um estrago ao vivo. Destaque para o dueto Cantrell/DuVall novamente, fazendo um refrão não menos que emocionante; mas é impossível não falar de Sean Kinney, com uma inspiradíssima linha de bateria. "Lesson Learned" é o último single lançado do álbum. Hard 'n' Heavy bastante tradicional, com riff pesado, linhas vocais muito bem encaixadas e outro daqueles refrães que arrepiam a espinha.

"Take Her Out" é um hard bem grudento e melódico. Muito boa, mas nenhum destaque. Se é fã de Alice In Chains, "Private Hell" vai ter um efeito assustador em você. Aqui a voz de Layne parece realmente presente. A melodia e o dueto com Cantrell fazem a voz de DuVall, pela primeira vez no disco, parecer a do antigo vocalista, numa música que entraria fácil no setlist do Jar of Flies. "Black Gives Way to Blue" é uma quebra do clima denso. No meio de tanto niilismo e peso, a faixa de encerramento é uma leve homenagem à Layne Staley, com uma letra emocionante e violões acompanhados pelo piano de ninguém menos que Elton John, que participou como convidado.

No fim das contas, BGWtB é um álbum impecável. Um trabalho denso, nostálgico, pesado e que é a cara da banda. E depois desse retorno incrível, que venha o futuro para o Alice In Chains. Download imperdível!

01. All Secrets Known
02. Check My Brain
03. Last of My Kind
04. Your Decision
05. A Looking in View
06. When the Sun Rose Again
07. Acid Bubble
08. Lesson Learned
09. Take Her Out
10. Private Hell
11. Black Gives Way to Blue

Jerry Cantrell - guitarra, vocais
William DuVall - guitarra, vocais
Sean Kinney - bateria, percussão
Mike Inez - baixo

Elton John - piano em 11

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Jp