O Kiss não foi uma banda que começou grande e que estourou logo com seu debut: os caras realmente ralaram para que, de 1976 a 1978, chegassem ao patamar de "maior banda do mundo" naquele momento. E a afirmativa de que o sexto álbum de sua carreira representa o auge é perfeitamente cabível.
Gravado nos estúdios Record Plant durante o mês de maio e com a produção do monstro Eddie Kramer, "Love Gun" seguiu a forma de se fazer Rock que o Kiss estabelecia desde o início, mas de um jeito cada vez mais potente. A sonoridade de "Love Gun" é bem única e interessante, e tudo soa bastante espontâneo, afinal, eram os quatro caras e só, com a generosa participação e influência de Kramer, principal responsável pela extração de tanta espontaneidade.
A patifaria tem início com uma das canções mais renegadas do Kiss, na minha opinião: "I Stole Your Love" recebeu pouca atenção ao vivo, injustamente, sendo tocada em poucas turnês. Além do riff fantástico de guitarra que permeia o andamento da faixa, tem-se os vocais maravilhosos de Paul Stanley (cada vez melhores), cozinha fantástica (dá-lhe Criss), pegada forte e belos solos de guitarra, com destaque às frases da primeira parte do solo, tocadas por Stanley.
"Christine Sixteen", genuína composição de Gene Simmons, foi o maior sucesso do disco em relação aos singles: atingiu o 25° lugar nas paradas americanas, 22° nas canadenses e 46° nas alemãs. Rock divertido, digno de anos 1970, com uma levada gostosa e bom instrumental. Pode ser resumida em um encontro entre o som de Jerry Lee Lewis e The Rolling Stones. Vale ressaltar que teve o solo composto por Eddie Van Halen (ele e seu irmão, Alex, até então desconhecidos, tocaram na demo e Ace manteve o solo na gravação). "Got Love For Sale" mantém a pegada de sua antecessora, com um ótimo riff de guitarra e agradáveis vocais de Simmons.
Gravado nos estúdios Record Plant durante o mês de maio e com a produção do monstro Eddie Kramer, "Love Gun" seguiu a forma de se fazer Rock que o Kiss estabelecia desde o início, mas de um jeito cada vez mais potente. A sonoridade de "Love Gun" é bem única e interessante, e tudo soa bastante espontâneo, afinal, eram os quatro caras e só, com a generosa participação e influência de Kramer, principal responsável pela extração de tanta espontaneidade.
A patifaria tem início com uma das canções mais renegadas do Kiss, na minha opinião: "I Stole Your Love" recebeu pouca atenção ao vivo, injustamente, sendo tocada em poucas turnês. Além do riff fantástico de guitarra que permeia o andamento da faixa, tem-se os vocais maravilhosos de Paul Stanley (cada vez melhores), cozinha fantástica (dá-lhe Criss), pegada forte e belos solos de guitarra, com destaque às frases da primeira parte do solo, tocadas por Stanley.
"Christine Sixteen", genuína composição de Gene Simmons, foi o maior sucesso do disco em relação aos singles: atingiu o 25° lugar nas paradas americanas, 22° nas canadenses e 46° nas alemãs. Rock divertido, digno de anos 1970, com uma levada gostosa e bom instrumental. Pode ser resumida em um encontro entre o som de Jerry Lee Lewis e The Rolling Stones. Vale ressaltar que teve o solo composto por Eddie Van Halen (ele e seu irmão, Alex, até então desconhecidos, tocaram na demo e Ace manteve o solo na gravação). "Got Love For Sale" mantém a pegada de sua antecessora, com um ótimo riff de guitarra e agradáveis vocais de Simmons.
Em seguida, um dos maiores destaques. "Shock Me", a primeira música onde o guitarrista Ace Frehley assume os vocais principais, foi inspirada num acidente ocorrido em Lakeland, Flórida, quando o Spaceman foi eletrocutado e atrasou o show em 30 minutos. Além de contar com seus vocais (que tiveram de ser feitos com Frehley deitado e com as luzes apagadas pois estava nervoso), tem um dos melhores solos da história do Kiss, riffs e linhas de bateria cavalares e ótimos backing vocals de Paul e Gene.
"Tomorrow And Tonight", segundo Paul Stanley, foi composta na tentativa de se fazer uma nova "Rock And Roll All Nite". Apesar de não ter chegado a isso, é uma ótima música, simples e certeira, com um refrão chiclete e um digno solo de mr. Frehley. Curiosamente, nos backing vocals, tem-se a presença de Ray Simpson, que três anos depois substituiria Victor Willis no Village People (risos).
A faixa-título, sem dúvidas, é a melhor do álbum. Permanece, desde seu lançamento até os dias de hoje, como ato imprescindível dos repertórios do Kiss. Paul Stanley dá um show à parte na guitarra, no baixo e nos poderosos vocais, enquanto Ace Frehley faz outro solo antológico e um Peter Criss inspiradíssimo cria uma de suas melhores linhas de bateria, assemelhando suas batidas iniciais na caixa (repetidas ao longo da canção) aos tiros de uma pistola.
E por falar em Peter, "Hooligan" chega em seguida para manter o clima de paulada. Fora composta por Criss e Stan Penridge, juntamente de uma música chamada "Love Bite", mas apenas "Hooligan" esteve na versão final do play. Paul e Gene dão uma boa base para que Peter e Ace brilhem nessa canção, tanto Peter com seus vocais rasgadíssimos e sua bateria bem tocada quanto Ace e suas excelentes frases de guitarra, que praticamente choram ao longo da canção.
"Almost Human", composta e cantada por Simmons, deixa um clima misterioso, mas sem perder o charme do som do Kiss. Sua letra foi inspirada por histórias de lobisomem e o andamento da canção é bom, apesar de estar longe das melhores do play.
"Tomorrow And Tonight", segundo Paul Stanley, foi composta na tentativa de se fazer uma nova "Rock And Roll All Nite". Apesar de não ter chegado a isso, é uma ótima música, simples e certeira, com um refrão chiclete e um digno solo de mr. Frehley. Curiosamente, nos backing vocals, tem-se a presença de Ray Simpson, que três anos depois substituiria Victor Willis no Village People (risos).
A faixa-título, sem dúvidas, é a melhor do álbum. Permanece, desde seu lançamento até os dias de hoje, como ato imprescindível dos repertórios do Kiss. Paul Stanley dá um show à parte na guitarra, no baixo e nos poderosos vocais, enquanto Ace Frehley faz outro solo antológico e um Peter Criss inspiradíssimo cria uma de suas melhores linhas de bateria, assemelhando suas batidas iniciais na caixa (repetidas ao longo da canção) aos tiros de uma pistola.
E por falar em Peter, "Hooligan" chega em seguida para manter o clima de paulada. Fora composta por Criss e Stan Penridge, juntamente de uma música chamada "Love Bite", mas apenas "Hooligan" esteve na versão final do play. Paul e Gene dão uma boa base para que Peter e Ace brilhem nessa canção, tanto Peter com seus vocais rasgadíssimos e sua bateria bem tocada quanto Ace e suas excelentes frases de guitarra, que praticamente choram ao longo da canção.
"Almost Human", composta e cantada por Simmons, deixa um clima misterioso, mas sem perder o charme do som do Kiss. Sua letra foi inspirada por histórias de lobisomem e o andamento da canção é bom, apesar de estar longe das melhores do play.
"Plaster Caster" é uma das mais interessantes de todo o play, justamente pelo contexto histórico da mulher que inspirou a composição. Cynthia Plaster Caster foi uma groupie de vários artistas de Rock que moldava seus pênis em gesso. Entre as "vítimas", Frank Zappa e Jimi Hendrix, sendo este o primeiro cliente da artista. Hoje em dia, Cynthia cessou da tietagem mas continua com a arte, também investindo em seios de mulheres. Sobre a música, tem-se mais um Rock genuinamente "simmons", com uma ótima levada e um dos melhores refrães do disco. Vale destacar a versão que a canção ganhou no "Unplugged MTV", gravado 18 anos após "Love Gun".
Por fim, uma versão para "Then She Kissed Me" do The Crystals completamente dispensável. O Kiss ia gravar uma versão de "Jailhouse Rock", clássico do Elvis Presley, para completar as dez faixas do play, mas sabe-se lá porque desistiram da ideia e gravaram essa péssima canção, que representa o único ponto baixo do disco. Ironicamente, Presley faleceu menos de um mês após o lançamento do disco, em 16 de agosto de 1977 (o lançamento se deu em 30 de junho).
Infelizmente, "Love Gun" é o último álbum com a formação original da banda, pois os sucessores, apesar de terem Peter Criss na capa, só contam com o ar da graça de suas baquetas em três canções: "Dirty Livin'" ("Dynasty"), "You Wanted The Best" e "Into The Void" (ambas do "Psycho Circus").
Mas diga-se de passagem: essa foi uma despedida honrosa. Além de ter chegado ao topo das paradas de vários países como Estados Unidos (4°), Japão (2°) e Canadá (3°), bateu o primeiro milhão de cópias vendidas apenas na terra do Tio Sam em um dia (!), adquirindo disco de platina logo de cara - hoje já deve estar chegando aos 2 milhões de exemplares vendidos.
A turnê girou por vários locais do mundo, teve o "Alive II" como resultado e contou com maior investimento em merchandising da banda (incluindo um card com uma pistola de brinquedo no encarte do disco). Estima-se que o quarteto tenha movimentado 100 milhões de dólares entre 1977 e 1979, considerando tanto os produtos da marca "Kiss" quanto os lucros gerados na estrada.
Por fim, uma versão para "Then She Kissed Me" do The Crystals completamente dispensável. O Kiss ia gravar uma versão de "Jailhouse Rock", clássico do Elvis Presley, para completar as dez faixas do play, mas sabe-se lá porque desistiram da ideia e gravaram essa péssima canção, que representa o único ponto baixo do disco. Ironicamente, Presley faleceu menos de um mês após o lançamento do disco, em 16 de agosto de 1977 (o lançamento se deu em 30 de junho).
Infelizmente, "Love Gun" é o último álbum com a formação original da banda, pois os sucessores, apesar de terem Peter Criss na capa, só contam com o ar da graça de suas baquetas em três canções: "Dirty Livin'" ("Dynasty"), "You Wanted The Best" e "Into The Void" (ambas do "Psycho Circus").
Mas diga-se de passagem: essa foi uma despedida honrosa. Além de ter chegado ao topo das paradas de vários países como Estados Unidos (4°), Japão (2°) e Canadá (3°), bateu o primeiro milhão de cópias vendidas apenas na terra do Tio Sam em um dia (!), adquirindo disco de platina logo de cara - hoje já deve estar chegando aos 2 milhões de exemplares vendidos.
A turnê girou por vários locais do mundo, teve o "Alive II" como resultado e contou com maior investimento em merchandising da banda (incluindo um card com uma pistola de brinquedo no encarte do disco). Estima-se que o quarteto tenha movimentado 100 milhões de dólares entre 1977 e 1979, considerando tanto os produtos da marca "Kiss" quanto os lucros gerados na estrada.
No mais, "Love Gun" é um clássico imponente. Quem já ouviu, sabe que esse disco é incrível. Quem não ouviu, perdeu tempo e precisa tirar o atraso já!
01. I Stole Your Love
02. Christine Sixteen
03. Got Love For Sale
04. Shock Me
05. Tomorrow And Tonight
06. Love Gun
07. Hooligan
08. Almost Human
09. Plaster Caster
10. Then She Kissed Me (The Crystals cover)
Paul Stanley - vocal em 1, 5, 6 e 10, guitarra base, guitarra solo em 1 (primeiro solo) e 10, baixo em 6, backing vocals
Gene Simmons - vocal em 2, 3, 8 e 9, baixo, guitarra base em 2, 8 e 9, backing vocals
Ace Frehley - vocal em 4, guitarra solo, backing vocals
Peter Criss - vocal em 7, bateria, percussão, backing vocals
Músicos adicionais:
Eddie Kramer - piano em 2
Jimmi Maelin - congas em 8
The KISSettes (Tasha Thomas, Ray Simpson e Hilda Harris) - backing vocals em 5 e 10
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
10 comentários:
Kiss - Love Gun [1977]
http://www.multiupload.com/KJN58FPSCG
Esse é um dos melhores discos do KISS. Belo post!
Isso ae Silver...Love Gun do Kiss é sensacional...Pra didigir essa Combe no volume 11.Salvou a sexta-feira
Caralho, esse eu me arrepiei só de ver a capa.
Rafael, pode crer que vai se arrepiar do primeiro ao último riff desse disco (com exceção de "Then She Kissed Me" hehehe).
"Aposto um Kiss que você me queeer!"
Meu pior comentário até hoje.
Esse e o Creatures Of The Night são os melhores deles pra mim, Kiss é Kiss. (OHHHHHHHH)
Esse é clássico até o último segundo.
Os caras tavam 100%. Aqui ja começamos a ver o Paul começar a ser o Paul que conhecemos.
Excelente.
Auge do KISS! Love Gun é a melhor musica deles de todos os tempos.
baixando..
valeu..
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