O Mötley Crüe é mais famoso pela vida polêmica que seus integrantes levavam do que pela sua música, em si. Mas nos anos 1980, o som dos caras recebia uma baita atenção, e eles eram considerados, por muitos, os principais representantes do famigerado movimento Hard Rock oitentista. E tudo começou, de verdade, a partir do álbum que trago-vos nessa postagem, com direito a uma bootleg (excelente, diga-se de passagem) da época.
Lançado em 21 de junho de 1985 pela Elektra Records (já está prestes a completar 25 anos de lançamento!), "Theatre Of Pain" vem de um contexto histórico no mínimo perturbado. Os integrantes se afundavam cada vez mais nas drogas, e o homicídio culposo do baterista Razzle (Hanoi Rocks) causado por um acidente de carro em que um Vince Neil bêbado era o motorista mostrou ao mundo que as coisas estavam não estavam indo para um bom caminho para os mötleys.
Talvez seja esse o motivo que justifica uma acentuada mudança do grupo, mas eu acredito que razões comerciais acarretaram tais mudanças. Logo de cara, já percebe-se que as coisas são diferentes em "Theatre Of Pain". A capa é a primeira a refletir isso - apesar do pentagrama invertido estar ali, firme e forte, a capa não era tão polêmica quanto suas antecessoras.
Seguindo a ordem natural das coisas (com o material em mãos, vê-se o encarte), percebe-se o vocalista Vince Neil mais colorido do que o normal. Na verdade, mais rosa do que o normal. O visual de motoqueiro sanguinário deu lugar a algo mais pimposo, o que, sim, já denota uma transformação. E apesar dos outros integrantes, no encarte, se apresentarem com roupas menos espalhafatosas, à medida em que se pesquisa imagens e vídeos da época é notável que também aderiram ao visual conhecido como "glam".
Talvez seja esse o motivo que justifica uma acentuada mudança do grupo, mas eu acredito que razões comerciais acarretaram tais mudanças. Logo de cara, já percebe-se que as coisas são diferentes em "Theatre Of Pain". A capa é a primeira a refletir isso - apesar do pentagrama invertido estar ali, firme e forte, a capa não era tão polêmica quanto suas antecessoras.
Seguindo a ordem natural das coisas (com o material em mãos, vê-se o encarte), percebe-se o vocalista Vince Neil mais colorido do que o normal. Na verdade, mais rosa do que o normal. O visual de motoqueiro sanguinário deu lugar a algo mais pimposo, o que, sim, já denota uma transformação. E apesar dos outros integrantes, no encarte, se apresentarem com roupas menos espalhafatosas, à medida em que se pesquisa imagens e vídeos da época é notável que também aderiram ao visual conhecido como "glam".
Certo, o Mötley sempre teve a intenção de chocar com o visual, e quem vos escreve não tem nada contra visuais espalhafatosos. Mas chocar dessa forma denota uma transformação no som também. Ironicamente, a banda estava crescendo bastante na época. Estaria a gravadora castrando os rapazes? A conclusão fica a cargo do ouvinte.
Enfim, ao disco. "Theatre Of Pain" segue o padrão de todos os lançamentos oitentistas do Mötley Crüe: pesado, bem composto, com ótimos refrães, riffs cortantes, solos com bastante destaque (vale ressaltar que mais do que nos antecessores), vocais poderosos e cozinha potente.
Mas, apesar da essência estar ali, o ouvinte não deve esperar algo que mantenha o peso dos antecessores, pois a orientação vai mais à influências do Glam Rock setentista, a-la New York Dolls (sempre), The Sweet e Slade. Pouco sobra da crueza do Punk e do Heavy Metal. E além do fator comercial, pode-se dar um pouco dessa mudança ao próprio Vince, que participou mais das composições melódicas das canções do que Tommy Lee e Mick Mars (já que Nikki Sixx compõe praticamente tudo da banda e, aqui, se responsabilizou por todas as letras e a maioria das melodias).
Enfim, ao disco. "Theatre Of Pain" segue o padrão de todos os lançamentos oitentistas do Mötley Crüe: pesado, bem composto, com ótimos refrães, riffs cortantes, solos com bastante destaque (vale ressaltar que mais do que nos antecessores), vocais poderosos e cozinha potente.
Mas, apesar da essência estar ali, o ouvinte não deve esperar algo que mantenha o peso dos antecessores, pois a orientação vai mais à influências do Glam Rock setentista, a-la New York Dolls (sempre), The Sweet e Slade. Pouco sobra da crueza do Punk e do Heavy Metal. E além do fator comercial, pode-se dar um pouco dessa mudança ao próprio Vince, que participou mais das composições melódicas das canções do que Tommy Lee e Mick Mars (já que Nikki Sixx compõe praticamente tudo da banda e, aqui, se responsabilizou por todas as letras e a maioria das melodias).
Com sinceridade, "Theatre Of Pain" não chega a ser um dos meus preferidos do Mötley Crüe, mas isso não faz que o mesmo deixe de ser um puta discão. Como eu disse, a essência está lá, apenas um pouco mais leve, com mais enfoque no Glam Rock e menos no Punk/Heavy Metal. Encontram-se, ao longo do play, verdadeiras pérolas como "City Boy Blues", "Raise Your Hands To Rock", "Louder Than Hell" e "Use It Our Lose It", além dos hits "Smokin' In The Boys' Room" (cover do Brownsville Station) e "Home Sweet home" (power-ballad que é o maior destaque do álbum).
E, bom, se a razão comercial estava lá, o leitor pode saber de antemão que os caras não falharam: "Theatre Of Pain" chegou ao 6° lugar das paradas norte-americanas e ao 36° das britânicas. A turnê, marcada como sempre pelos excessos, girou os Estados Unidos, o Canadá e a Europa por pouco mais de um ano, e foi bem rentável. Os hits citados no parágrafo anterior emplacaram e colaboraram para o aumento das vendas, sendo que, nos dias de hoje, já ultrapassou as 4 milhões de cópias vendidas apenas na terra do Tio Sam.
Se nos anos seguintes o Mötley Crüe se tornou a atração milionária, o verdadeiro início se deu em "Theatre Of Pain", um baita disco que merece a atenção de qualquer um que se diga fã de Rock.
PS: a versão dessa postagem é a remasterizada de 2003, com 6 bonustracks.
E, bom, se a razão comercial estava lá, o leitor pode saber de antemão que os caras não falharam: "Theatre Of Pain" chegou ao 6° lugar das paradas norte-americanas e ao 36° das britânicas. A turnê, marcada como sempre pelos excessos, girou os Estados Unidos, o Canadá e a Europa por pouco mais de um ano, e foi bem rentável. Os hits citados no parágrafo anterior emplacaram e colaboraram para o aumento das vendas, sendo que, nos dias de hoje, já ultrapassou as 4 milhões de cópias vendidas apenas na terra do Tio Sam.
Se nos anos seguintes o Mötley Crüe se tornou a atração milionária, o verdadeiro início se deu em "Theatre Of Pain", um baita disco que merece a atenção de qualquer um que se diga fã de Rock.
PS: a versão dessa postagem é a remasterizada de 2003, com 6 bonustracks.
01. City Boy Blues
02. Smokin' In the Boys' Room
03. Louder Than Hell
04. Keep Your Eye On The Money
05. Home Sweet Home
06. Tonight (We Need A Lover)
07. Use It Or Lose It
08. Save Our Souls
09. Raise Your Hands To Rock
10. Fight For Your Rights
Bonustracks:
11. Home Sweet Home (Demo Version)
12. Smokin' In The Boys' Room (Alternate Guitar Solo-Rough Mix)
13. City Boy Blues (Demo Version)
14. Home Sweet Home (Instrumental Rough Mix)
15. Keep Your Eye On The Money (Demo Version)
16. Tommy's Drum Piece From Cherokee Studios
Vince Neil - vocal
Mick Mars - guitarra, violão, backing vocals
Nikki Sixx - baixo, teclados, backing vocals
Tommy Lee - bateria, percussão, piano, backing vocals
(Links nos comentários - links on the comments)
"The Devil" foi gravado em um show realizado na Selland Arena da cidade de Fresno, Califórnia, no dia 25 de novembro de 1985. A qualidade está muito boa, pois o áudio foi extraído da mesa de som.
Cronologicamente, esse concerto faz parte da turnê do sensacional "Theatre Of Pain", portando o repertório condiz com a data: pérolas extraídas dos três primeiros discos do Mötley Crüe, desde já indispensáveis como "Live Wire", "Looks That Kill" e "Shout At The Devil" até canções do disco da turnê, como "Home Sweet Home" (que se tornaria clássico e não sairia nunca mais dos repertórios), "Use It Or Lose It" e "City Boy Blues". Além disso, dois consagrados covers regravados pelo Mötley Crüe também figuram na setlist: "Helter Skelter" (The Beatles) e "Smokin' In The Boys' Room" (Brownsville Station)
A banda, como sempre, dispensa comentários. Até hoje não consigo compreender como Mick Mars segura tão bem como guitarra única, já que a grande parte das bandas de hard rock sempre contaram com duas guitarras. A dupla dinâmica Nikki Sixx e Tommy Lee, como sempre, mandam muito bem aqui. Vince Neil também me surpreende, pois o mesmo costuma defecar perante performances ao vivo, mas nessa não. Mais um motivo para conferir, caro leitor! (risos)
Cronologicamente, esse concerto faz parte da turnê do sensacional "Theatre Of Pain", portando o repertório condiz com a data: pérolas extraídas dos três primeiros discos do Mötley Crüe, desde já indispensáveis como "Live Wire", "Looks That Kill" e "Shout At The Devil" até canções do disco da turnê, como "Home Sweet Home" (que se tornaria clássico e não sairia nunca mais dos repertórios), "Use It Or Lose It" e "City Boy Blues". Além disso, dois consagrados covers regravados pelo Mötley Crüe também figuram na setlist: "Helter Skelter" (The Beatles) e "Smokin' In The Boys' Room" (Brownsville Station)
A banda, como sempre, dispensa comentários. Até hoje não consigo compreender como Mick Mars segura tão bem como guitarra única, já que a grande parte das bandas de hard rock sempre contaram com duas guitarras. A dupla dinâmica Nikki Sixx e Tommy Lee, como sempre, mandam muito bem aqui. Vince Neil também me surpreende, pois o mesmo costuma defecar perante performances ao vivo, mas nessa não. Mais um motivo para conferir, caro leitor! (risos)
01. Looks That Kill
02. Too Young To Fall In Love
03. Shout At the Devil
04. City Boy Blues
05. Louder Than Hell
06. Knock 'Em Dead, Kid
07. Home Sweet Home
08. Live Wire
09. Smokin’ In the Boys’ Room
10. Helter Skelter
11. Use It Or Lose It
Vince Neil - vocal
Mick Mars - guitarra, backing vocals
Nikki Sixx - baixo, backing vocals
Tommy Lee - bateria, percussão, piano, backing vocals
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
7 comentários:
Theatre Of Pain [1985]
http://www.multiupload.com/DMBTDFFL2C
***
The Devil: Live In Fresno [1985]
http://lix.in/-7c720c
(Para baixar, clique em "continue to rapidshare" | To download, click on "continue to rapidshare")
ÔÔÔ Diliça esse disco marcou o fim da pegada sleaze que só foi aparcer de novo no New Tattoo. Valeu!!!
bão demais!!!!
muito rlz o boot!
o melhor disco dos caras...
oh mo pai eh bem oq eu tava precisando
valew galera!!
Confesso que comecei a gostar desses caras dps que tive um namorado que adorava Home Sweet Home e dps que comecei a cutir o Sixx A.M. Agora estou lendo a biografia de Nikki. Realmente a vida foi mega generosa com ele por ressucitá-lo duas vezes. A voz do vocalista não me agrada mto, mas o som dos caras é mto bom, pplmente o baixo de Nikki.
Que bom q ele ainda esteja vivo para nos presentear com sua arte!
Inté a próxima!
Link do blooteg quebrado
Trágico D:
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